A confusão e o enjoo dançavam em meu corpo, criando um caos que eu mal conseguia compreender. A venda em meus olhos tornava o ambiente ainda mais sombrio, não apenas privando-me da visão, mas intensificando minha ansiedade. Tentei mover os pulsos e os tornozelos, mas algo áspero pressionava contra minha pele, mantendo-me rigidamente amarrada. Ainda havia algo colado aos meus lábios, o que dificultava ainda mais minha respiração.Uma dor latejante no braço direito novamente me causava ânsia, e a sensação de queimação se espalhou como fogo sob a pele. Não sabia o que poderia causar tal desconforto, mas cada instante era um mistério doloroso. O som constante do motor ecoava ao meu redor, uma melodia perturbadora que agravava minha náusea. Eu lutava para organizar meus pensamentos, mas a dor latejante em minha cabeça insistia em obscurecer minha clareza mental. Onde eu estava? Quem estava por trás disso?Uma leve inclinação do veículo me alertou para uma mudança em nosso percurso. O som
O salão que mais cedo fora preenchido com risos e celebração estava agora imerso em um silêncio sombrio, as luzes lentamente se apagando enquanto a notícia do sequestro de Grace se espalhava como uma mancha escura e fria. A ambulância afastando-se carregava consigo o peso da incerteza, levando Lucas, um homem do qual não conseguia sentir pena, mas cujo envolvimento só aumentava a gravidade da situação.Ao lado de Matt, Donna e Clary, eu estava preso em uma bolha de angústia e desespero. Camille, ainda se recuperando do choque, permanecia ao lado de seu pai, seus olhos refletindo a brutalidade do que testemunhara no vinhedo.A atmosfera estava impregnada de dor e revolta, e enquanto as autoridades assumiam o controle da situação, eu me encontrava à beira de uma decisão que, por anos, evitei. Talvez, quando me acusaram de tirar a vida de Lewis Carter, eu deveria ter agido de maneira diferente. Essa sombra do passado agora se projetava sobre o presente, uma lembrança dolorosa de que algu
A consciência emergiu lentamente, trazendo consigo a confusão e a dor que se infiltravam por todo o meu corpo. Os pulsos ardiam, e a sensação de formigamento percorria meus braços, indicando que eu estava fortemente amarrada. A escuridão ao meu redor aumentava a sensação de desconhecido, tornando meu coração bater descompassado. Eu sentia dores bem localizadas em meu braço então, por um momento penso em que tipo de droga eles estavam usando para me apagar. Sinto um tremor ao pensar se fizeram algo comigo enquanto eu estava inconsciente. Um sussurro próximo fez-me estremecer, e percebi que não estava sozinha: — Shhhhh... — a voz feminina sussurrou, como se temesse ser ouvida. Tentei focar minha visão, distinguir detalhes no escuro. A mulher parecia cautelosa, como se estivesse a beira de uma decisão crucial.— Escute bem, eu não tenho muito tempo. — ela continuou. Seus termos eram enigmáticos, lançando-me em um emaranhado de informações confusas. — O cerco está se fechando, e temos q
O despertar no hospital trouxe consigo uma explosão de dor, uma constelação de agonia que se espalhava por cada centímetro do meu corpo. A consciência retornou como um borrão inicial, fragmentos de memória se juntando lentamente. A última coisa que eu lembrava era o confronto tenso, o momento crucial em que a vida de Grace estava pendurada por um fio e meu desespero atingiu um ponto crítico.O odor característico de hospital envolvia-me, e minha visão estava embaçada, ajustando-se gradualmente à luz suave do quarto. O cheiro de desinfetante e o murmúrio distante de máquinas adicionavam uma camada de irrealidade ao meu estado já atordoado.O curativo no meu peito era evidência física do confronto mortal com Lewis. Lutei para recordar cada detalhe, relembrando a tensão que impregnava o ar quando invadimos o esconderijo do meu pai. Minha única motivação naquele momento era salvar Grace, não importasse o custo.A imagem de Lewis, enforcando Grace com selvageria, continuava a assombrar-me
O silêncio preencheu o quarto, apenas interrompido pelo suave zumbido das máquinas e pelas respirações aceleradas de todos. Meus olhos se encontraram com Benedict, seu sorriso irradiando alegria apesar das dores e cicatrizes que o marcavam. — Ben... — murmurei, minha voz embargada pela emoção, e também um tanto apreensiva porque evidentemente ele estava se esforçando para fazer o pedido. — Eu quero. Quero me casar com você, amor!— Eu te amo, Grace Sinclair. E, mesmo que as circunstâncias estejam longe do que imaginei para esse pedido, não quero adiar mais. Ele colocou o anel em meu dedo beijando minha mão em seguida. Ali, no hospital, cercados por testemunhas, enfermeiras que estavam passando, Cam, que havia chegado e silenciosamente assistia a cena enquanto enxugava as lágrimas. Meu pai, a Sra. Carter, e mesmo que não tivesse acontecido como ele havia planejado, ainda assim, foi perfeito!Uma onda de alegria percorreu-me, uma sensação que eclipsava a dor física e as feridas recen
Cheguei em casa depois de uma manhã na Golden Sands, sentindo-me revigorado, desde os acontecimentos recentes, minha equipe tem se empenhado para que eu não precise me preocupar com trabalho, mesmo assim, estou retornando. Apesar de tudo o que aconteceu recentemente, estou começando a me sentir bem novamente. Essas férias forçadas podem até ter sido necessárias, percebo agora.Donna me recebe com alegria, um sorriso caloroso estampado em seu rosto. Ela preparou um almoço especial, e confesso que tenho pressa em retornar à academia, certo que antes do casamento ganharei alguns quilos pois ela tem feito isso todos os dias, e eu adoro a comida de minha mãe! Sentamos à mesa e conversamos sobre o casamento, discutindo os detalhes e compartilhando nossas expectativas. — Acho que Grace gostaria de morar no vinhedo. Você pensou na possibilidade?— Bem, eu não acho uma má ideia, mas gosto da facilidade de uma localização mais central. — falo enquanto me sirvo. — Eu e Grace chegaremos à um ac
Estou diante do espelho, admirando o reflexo no meu vestido delicado e elegante. Cada detalhe é perfeito, assim como o cenário deslumbrante do vinhedo particular da família Sinclair. Os convidados já chegaram, e tudo está pronto para o momento que mudará minha vida para sempre.De repente, ouço uma batida na porta e meu pai, pede permissão para entrar. Com uma caixa nas mãos, ele para por um instante para me admirar.— Você está tão bonita, querida... — meu pai diz suavemente ao entrar, segurando uma caixa cuidadosamente. Seus olhos se iluminam ao admirar-me no vestido de noiva. Ele se aproxima, e nos abraçamos com ternura. — Sua mãe ficaria tão emocionada ao vê-la nesse vestido! — continua ele, transmitindo uma mistura de orgulho e carinho.— Eu queria tanto que ela estivesse aqui... — suspiro, um lampejo de saudade atravessando meu coração. Participar ativamente dos preparativos para o casamento foi significativo, mas houve momentos em que desejei a orientação e a opinião da minha m
Já se passaram dois meses desde o nosso casamento, e posso afirmar, que a mãe de Cam estava certa: tem canalha que vale à pena! E Ben faz questão de manter-se na ativa, pelo menos comigo, e eu confesso, só sei adorá-lo mais por isso, de quero satisfazê-lo em todos os sentidos. Estamos voltando do clube noturno, nossos corpos ainda pulsando com a energia da música e da dança. Foi uma noite agradável, e é meu desejo que termine melhor do que começou, em nossa cama. Ben me segura em seus braços, nossos lábios se encontrando em beijos apaixonados enquanto atravessamos o hall principal da cobertura.Posso sentir a excitação de Ben, seu pau duro, contra minha bunda, seu desejo claramente visível em seu olhar que posso ver no espelho. É então que uma ideia surge em minha mente. Há algo que eu não posso simplesmente ignorar, algo que provocou uma reação estranha em Lewis quando ele fez aquela insinuação incômoda sobre Ben e eu, e não há como negar que tenho uma certa curiosidade sobre isso.E