— Eu fico feliz em te ajudar. — Ele disse, olhando para ela de soslaio.

Isabela manteve o olhar fixo à frente.

— Você está me ajudando por conta do professor Davi, me dando uma oportunidade de aprendizado. Já fico muito grata, como posso ainda te incomodar com questões pessoais?

Ela tinha plena consciência que as pessoas não deviam sempre se aproveitar da bondade dos outros.

Ela sabia a hora certa de ser grata e de não se aproveitar demais.

Embora Jorge fosse muito gentil com ela, Isabela também sabia que precisava ser moderada.

Não poderia desperdiçar a boa vontade dos outros.

Se Jorge soubesse o que se passava em sua mente, ele provavelmente diria: "Eu gostaria que você se aproveitasse mais de mim."

Jorge segurava o volante.

O fato de ela saber se comportar com aquela cautela era, de fato, uma virtude.

Mas, naquele momento, aquilo acabou sendo um defeito.

Ele suspirou levemente.

— Dr. Jorge, me deixe na esquina ali na frente, por favor. — Isabela apontou.

Naquela rua, mais adiante, h