CLAIRENo sábado, eu me preparei para mais um encontro com Lucas. Era o primeiro final de semana em que teríamos um tempo só para nós depois da noite tensa no evento, e ele parecia empolgado em me levar para um lugar especial. Ele mencionou uma surpresa, e, embora estivesse curiosa, confiei no julgamento dele. As últimas semanas haviam sido intensas, e um pouco de leveza era exatamente o que precisávamos.Quando ele chegou para me buscar, notei que estava mais descontraído. Usava jeans e uma camisa casual, algo que raramente eu via no escritório. O sorriso em seu rosto também parecia diferente, mais aberto, como se ele estivesse se permitindo uma pausa de toda a pressão que o cercava.— Pronta para a aventura? — Ele perguntou, me lançando um sorriso travesso.— Se você estiver preparado para me contar para onde estamos indo, sim! — Respondi, rindo.Ele balançou a cabeça, misterioso.— Confie em mim. É um lugar que gosto de ir quando preciso desligar de tudo. Espero que você goste.Cur
CLAIREO domingo começou com uma leve sensação de paz. O jantar com Lucas na noite anterior havia me dado uma clareza que eu não sabia que precisava. Estávamos juntos, determinados a enfrentar qualquer desafio, e, apesar da pressão e das expectativas que nos rodeavam, o vínculo entre nós parecia mais forte. No entanto, uma parte de mim ainda sentia uma leve inquietação, como se pressentisse que os desafios estavam longe de acabar.No início da tarde, enquanto organizava alguns papéis em casa, meu telefone vibrou. Ao verificar a tela, fiquei surpresa ao ver uma mensagem de Nicole."Oi, Claire. Precisamos conversar. Nos encontramos no café da esquina do escritório amanhã, às 8h?"A mensagem direta e inesperada fez meu coração disparar. Por que Nicole queria me ver? E, mais importante, o que ela achava que poderia conseguir com isso? Pensei em ignorar, mas sabia que fugir não resolveria nada. Se ela estava disposta a ter essa conversa, eu precisaria estar pronta para enfrentá-la.Suspire
CLAIREO resto da semana foi marcado por uma tensão silenciosa, uma espécie de calmaria antes da tempestade. Lucas e eu estávamos mais próximos do que nunca, mas o peso da conversa com Nicole ainda pairava sobre mim. Ela era uma presença incômoda, alguém que estava disposta a lutar por algo que, aos meus olhos, já não lhe pertencia. E, embora eu confiasse em Lucas, sabia que o mundo ao redor dele era feito de desafios constantes, expectativas e interesses familiares que poderiam facilmente complicar ainda mais o nosso relacionamento.Na quinta-feira, enquanto eu organizava alguns documentos em minha mesa, recebi uma ligação inesperada. Ao atender, uma voz firme e direta se apresentou.— Boa tarde, Claire. Aqui é Richard Donovan. — O tom inconfundível do pai de Lucas ecoou pelo telefone, e senti uma onda de surpresa e nervosismo me tomar.— Boa tarde, Sr. Donovan. Em que posso ajudá-lo? — Respondi, esforçando-me para manter a calma.— Gostaria que viesse à minha casa neste final de sem
CLAIREOs dias que se seguiram à conversa com Richard foram surpreendentemente calmos. Lucas e eu seguimos nossa rotina no escritório, concentrados em nossos projetos, mas o encontro com seu pai havia mudado algo em mim. Senti que, ao enfrentar Richard, eu havia cruzado uma linha invisível, me posicionando de forma firme e definitiva ao lado de Lucas. No entanto, sabia que a tranquilidade que experimentávamos poderia ser apenas temporária. Pessoas como Richard Donovan raramente recuavam tão facilmente.Na quarta-feira, uma reunião importante foi marcada com um dos maiores clientes da empresa, e Lucas estava envolvido em cada detalhe. Passei a manhã revisando documentos, organizando relatórios e coordenando toda a logística para que ele pudesse focar em apresentar a proposta. Essa era uma das minhas tarefas preferidas; auxiliar Lucas e vê-lo trabalhar com tanto comprometimento e precisão era inspirador, e sempre me lembrava dos motivos pelos quais me sentia tão atraída por ele.Perto d
CLAIREA volta ao trabalho após a viagem ao Havaí trouxe uma onda de nostalgia. A realidade do escritório e das pressões diárias contrastava fortemente com a leveza dos dias que Lucas e eu passamos juntos, mas ao mesmo tempo, me sentia mais fortalecida e confiante do que nunca. Estávamos prontos para enfrentar o que viesse, mas uma parte de mim sabia que os desafios ainda não haviam acabado.Na manhã de terça-feira, cheguei ao escritório um pouco antes do horário. Estava me preparando para revisar algumas pautas quando notei uma movimentação incomum no corredor. Vozes baixas, mas claramente tensas, ecoavam pela parede de vidro que dava para a sala de reuniões. Olhei de relance e vi que Lucas e Richard estavam tendo uma conversa acalorada, e a postura rígida de ambos mostrava que aquilo não era um simples diálogo de rotina.Meu coração apertou. As tensões entre Lucas e o pai sempre haviam sido uma constante, mas desde a conversa que tive com Richard, o assunto parecia estar tomando pro
CLAIREApós a intensa reunião com Richard, Lucas e eu continuamos nossa rotina de trabalho com uma determinação silenciosa. A presença de seu pai no escritório, sua pressão constante para que Lucas seguisse o caminho que ele acreditava ser o mais adequado, e seus olhares calculados me fizeram perceber o quanto a luta por nossa relação seria uma batalha longa. Porém, ao lado de Lucas, sentia-me fortalecida, e sabia que ele compartilhava desse mesmo sentimento.Na sexta-feira, Lucas me convidou para passar o final de semana fora da cidade. Ele disse que havia alugado uma pequena cabana nas montanhas, um lugar isolado onde poderíamos escapar da rotina e das cobranças que nos cercavam. A ideia parecia perfeita, e a possibilidade de um fim de semana longe de tudo me encheu de expectativa. Eu sabia que precisávamos desse tempo juntos para reafirmar nossos compromissos e afastar, nem que fosse temporariamente, os problemas que nos pressionavam.Partimos na manhã de sábado, e a viagem foi tra
CLAIREAs próximas semanas passaram com uma sensação renovada de tranquilidade. Desde que Lucas estabeleceu limites claros com o pai, parecia que a pressão constante diminuíra, ainda que discretamente. Eu sabia que Richard Donovan dificilmente aceitaria essa situação sem tentar alguma nova interferência, mas, por enquanto, estávamos conseguindo viver nossa relação com menos turbulência.Um dos projetos mais desafiadores da empresa estava prestes a ser finalizado, e Lucas estava imerso no trabalho, liderando cada detalhe com uma paixão que eu admirava profundamente. Ver seu empenho e dedicação me inspirava a dar o meu melhor também, e aos poucos, fui ganhando mais responsabilidades, o que só aumentava minha confiança.Numa quinta-feira, logo pela manhã, Lucas chamou uma reunião para discutirmos os detalhes finais da apresentação que faríamos para os investidores na semana seguinte. Estávamos todos reunidos na sala de conferências, e, enquanto ele explicava os últimos ajustes, percebi o
CLAIRENo dia seguinte, após o e-mail ameaçador de Nicole, acordei com um pressentimento de que algo estava para acontecer. Lucas e eu já havíamos conversado sobre a mensagem dela e decidido que enfrentaríamos qualquer desafio juntos, mas a incerteza do que estava por vir ainda me deixava inquieta. Havia algo na determinação fria de Nicole que me fazia acreditar que suas ameaças eram mais do que palavras vazias.Quando cheguei ao escritório, Lucas me aguardava perto da minha mesa, com um café em mãos e um sorriso acolhedor. Ele parecia mais tranquilo do que eu esperava, considerando tudo o que estava acontecendo.— Bom dia. Achei que esse café poderia ajudar a começar o dia com um pouco mais de ânimo. — Ele disse, me entregando o copo.— Obrigada, Lucas. — Respondi, sorrindo para ele e tentando deixar de lado minhas preocupações.Enquanto tomávamos café, Lucas mencionou que tinha uma reunião importante naquela manhã com alguns investidores internacionais. Era uma oportunidade valiosa,