Gemo alto quando me sinto pulsar na sua mão.—Ozan!Que gostoso....Tremo dos pés à cabeça, pulsando agora por algo a mais que desconheço. Enrosco minhas pernas em sua cintura sem nem ao mesmo saber que estou fazendo e o trago mais para mim. Ozan ofega parecendo entender meu pedido silencioso.Ele se afasta.— Não se mova!Eu ergo meu rosto sem entender. Ozan abre a carteira e pega algo.Camisinha!Deus! Eu tinha até me esquecido disso!Ele retorna, se move junto de minhas pernas e eu o envolvo sua cintura. A expectativa do que irá acontecer começa a dominar cada célula do meu corpo. Fecho os olhos, entrando em uma atmosfera desconhecida.Agarro os lençóis macios com toda a minha força esperando o ato. Ozan me penetra, mas não é como eu esperava. Dói. E eu o breco. Empurro sua cintura para baixo.—Sim dói, mas é só no começo depois irá gostar.Eu assinto para ele, ainda relutante. Ozan vai se aprofundando dentro de mim.Deus! Ele é muito grande.Eu o seguro novamente.—Tem algo de err
Ozan pediu macarrão à bolonhesa com frango. Algo simples, mas gostoso, como ele mesmo.Durante o almoço, o silêncio reinou entre nós. Não o silêncio desconfortável, mas aquele cheio de paz. Entre uma garfada e outra, trocávamos olhares e sorrisos suaves, satisfeitos com a companhia um do outro. Ozan terminou primeiro e limpou os lábios com o guardanapo. Seus olhos me buscaram, carregados de curiosidade.— Por que saiu da casa do seu pai? — Ele perguntou, com uma voz calma, mas firme.Senti um aperto no peito. Nunca é fácil falar sobre isso, mas com Ozan, parece que as palavras simplesmente encontram um caminho.— O dinheiro — começo, soltando um suspiro. — Quando se tem muito, ele se torna uma maldição. E foi assim comigo. Meu pai tinha medo de que eu me envolvesse com a pessoa errada. Então, ele começou a me apresentar homens que julgava serem “bons” para mim. Ricos, bem-sucedidos, inteligentes... mas nenhum deles me tocava aqui dentro. — Coloco a mão sobre o coração, tentando explic
OzanVoltamos ao trabalho, mas minha mente estava longe. As memórias do nosso momento de amor inundam meus pensamentos, e meus olhos teimam em buscá-la a cada minuto. Sofia.Cada vez que a vejo, um sentimento profundo e certeiro ecoa dentro de mim: ela é a mulher da minha vida. Não existe espaço para dúvidas. Quero passar todos os meus malditos dias ao lado dela.Confesso que tudo começou por conveniência. O casamento era uma necessidade urgente — um movimento calculado, frio, quase egoísta. No entanto, Sofia... Sofia entrou no meu mundo como uma tempestade e, de alguma forma, tomou conta de tudo. A admiração que sinto por ela cresce em cada detalhe, em cada olhar, em cada sorriso. Agora, a pressa de me casar não vem mais da obrigação; vem do desejo. Do mais puro e verdadeiro desejo.Talvez por isso não tenha lhe contado sobre o testamento. Eu me recuso a permitir que um pedaço de papel manche o que estou sentindo. Não estou me casando por causa dele. Estou me casando porque eu a amo.
SofiaOzan tem uma capacidade impressionante de lidar com as situações mais complicadas e encontrar soluções para tudo. Meu pai tentou impor tantos obstáculos, mas Ozan... Ele contornou cada um como se fossem apenas meros detalhes.Ainda assim, a pressa dele para o casamento me incomoda mais do que eu gostaria de admitir. Talvez seja um excesso de cuidado da minha parte. Talvez seja apenas o medo de estar mergulhando fundo demais em algo que ainda não sei se entendo completamente.A noite se estende, Ozan permanece para o jantar, e o clima é surpreendentemente leve. Ele é encantador. Um verdadeiro príncipe grego moderno sentado à mesa do meu pai. Seu olhar atento, suas palavras cuidadosas... Ele se comporta como se já fosse da família. Até meu pai, que normalmente é mais reservado, está completamente à vontade. Ozan não apenas o impressiona, ele conquista.O jantar passa entre conversas sobre negócios e algumas risadas discretas. Minha atenção, porém, está toda nele. No jeito como ele
O dia de nosso casamento no cartório.O vestido rosa desliza suavemente pelo meu corpo, como se tivesse sido feito para esse momento, para esse dia. O tecido leve e delicado me abraça, e quando me olho no espelho, mal acredito na mulher que vejo refletida. Há algo diferente em mim hoje. Um brilho nos olhos, uma felicidade tímida que transborda. É o meu casamento.Desço as escadas e entro na sala, o coração batendo tão forte que parece que todos ao redor podem ouvi-lo. E então eu o vejo.Ozan se levanta do sofá, imponente em seu terno negro impecável. A gravata escura forma um contraste perfeito com a camisa branca, e ele parece ainda mais lindo do que eu me lembrava. Seus olhos, porém, são o que mais me prendem: eles me olham como se eu fosse a única coisa que importa no mundo.Por um instante, o tempo para. Eu só vejo ele.— Você está deslumbrante, — ele diz com uma voz suave, como se estivesse falando algo sagrado.Meu sorriso surge sem esforço, pequeno, tímido, mas verdadeiro. Ozan
Um casamento grego é mais que um evento: é uma celebração gravada na alma de quem o presencia. É como um poema em movimento, onde cada passo, cada sorriso e cada nota de música se transforma em memória. A dança e a diversão nunca faltam, como se o tempo tirasse um intervalo para se render à alegria.A recepção é sempre uma festa de arromba, onde tradições ancestrais e a fé ortodoxa se entrelaçam como numa dança harmoniosa. Hoje, a mansão de Ozan é o palco desse espetáculo. Preparada com esmero, cercada de verde e com o aroma da gastronomia impecável do buffet que escolhemos, ela parece um cenário tirado de um sonho.Tradicionalmente, uma recepção grega dura até o sol nascer, mas, desta vez, deixamos claro nos convites: a festa terminará às três da manhã. Mesmo assim, os momentos de alegria explodem como fogos de artifício, com comida farta, bebidas que aquecem a alma, música que eleva os espíritos e danças que unem os corações.Estamos em uma das mesas redondas no gramado, rodeados pe
É hora da serenata.Levanto-me, sentindo o cansaço suavizado pela doçura do momento, e caminho até ele ao som das cordas.— Enfim ficaremos a sós. — Ele murmura, exausto, mas com um brilho no olhar.— Sim, e teremos uma semana inteira para aproveitar.Ele segura minha mão, e todos os convidados se levantam, sabendo que estamos nos retirando. Acompanhados pelos violões, acenamos para todos, encerrando nossa festa sob o som de uma melodia romântica que nos levará ao começo de nossa vida juntos.Quando fechamos a porta, as vozes lá fora continuam a ecoar, uma melodia suave que nos envolve como um último abraço da festa. Ozan me puxa para seus braços, e por alguns instantes ficamos ali, apenas sentindo o calor um do outro. Quando a música termina e os passos se afastam, o silêncio começa a preencher o quarto, apenas quebrado pelo som distante da festa que ainda pulsa do lado de fora.Ele solta o ar como se estivesse exorcizando o cansaço e ri, um som leve e genuíno. Meu riso o acompanha,
OzanEu me inclino sobre ela, e nossos olhos se encontram em uma troca silenciosa e profunda. Meus dedos deslizam por seus cabelos com ternura, e um leve sorriso brota em meus lábios — cheio de carinho, pleno em felicidade.Quem diria que uma garota grega, com costumes tão distintos, seria a mulher certa para mim?Ainda assim, uma parte de mim permanece cautelosa, murmurando dúvidas. Bem, o tempo dirá, penso, tentando acalmar os resquícios de incerteza.Sofia sorri para mim, aquele sorriso que parece iluminar o ambiente, e algo dentro de mim se rende. O lado otimista, esperançoso, atesta com fervor: ela é minha alma gêmea, a mulher da minha vida.Aproximo meu rosto do seu, e nossos lábios se encontram em um beijo demorado, carregado de promessas silenciosas. Quando me afasto, sinto seu olhar fixo em mim, me acompanhando enquanto puxo a gaveta ao lado da cama e pego uma camisinha. O gesto é metódico, mas não passa despercebido por Sofia, que me observa atentamente.Eu deslizo a camisin