Gostaria de saber se há dor quando você morre... Sacudo com a sensação de sua mão no meu ombro... mas no minuto em que repousa lá, a dor deixa de existir. Mas que... ? Sei que tenho que olhar. Tenho que ver por mim mesmo quem está no carro, mesmo que no final sei a verdade. Lembranças desconexas quebram e cintila pela minha mente, assim como pedaços de um espelho estilhaçado naquele fodido bar vagabundo. Humpty fodido Dumpty.1 Medo serpenteia pela minha espinha, toma conta, e reverbera por mim. Simplesmente não posso fazer. Não posso olhar para cima. Não seja um maricas, Donavan. Em vez disso, olho para a minha direita em seus olhos, a calma inesperada nesta tempestade. —Isso é...? Sou eu...? — Pergunto ao menino quando a respiração obstrui a garganta, apreensão sobre a resposta segura minha voz refém. Ele só olha para mim, olhos claros, rosto sério, os lábios franzidos, sardas dançando antes de apertar meu ombro. — O que você acha? Quero balançar uma fodida resposta
Só quero voltar no tempo e voltar para a suíte quando estávamos envolvidos nos braços um do outro. Quando estávamos conectados vestidos demais e pouco vestidos mas à visão horrível do carro mutilado não vai permitir isso. Elas marcaram a minha memória tão horrivelmente por uma segunda vez, que não é possível para a minha esperança escapar ilesa. — Ry, não estou indo muito bem aqui. — São palavras de Max se infiltrando em minha mente, mas é a voz de Aaron. É Aaron me avisando o que está por vir. O que eu já vivi uma vez na minha vida. Oh, Deus. Por favor, não. Por favor, não. Meu coração torce. Minha determinação vacila. Imagens filtram em câmera lenta. — Hadley, preciso que você se concentre. Olhe para mim! — Palavras de Max novamente. Começo a ceder, meu corpo cedendo como a minha esperança, mas braços fecham ao redor de mim e me dão uma sacudida. — Olhe para mim! — Não, não é Max. Não Aaron. É Becks. Acho isso dentro de mim mesma para me concentrar e encontr
Sapatos rangem novamente. Vozes murmuram. Beckett suspira e esfrega as mãos sobre o rosto antes dos dedos trêmulos alcançarem mais e puxar a mão segurando a minha perna livre e apertando na sua. O pneu solitário rolando pela grama e saltando contra a barreira do circuito. Por favor, me dê um sinal, imploro em silêncio. Algo. Qualquer coisa. Uma pequena coisa para me dizer para agarrar a esperança que está escorregando pelos meus dedos. Celulares tocando ecoam nas paredes estéreis da sala de espera. Mais e mais. Como os sinais sonoros dos equipamentos de suporte à vida, que filtram na sala de espera. Cada vez que um silencia, uma pequena parte de mim faz também. Ouço o engate da respiração de Beck um momento antes dele emitir um soluço estrangulado que me atinge como um furacão, rasgando o saco de papel que preservo a minha determinação e fé. Tão duro quanto ele tenta afastar o ataque de lágrimas que o ameaçam, ele é mal sucedido. A dor escapa e corre pelo seu rosto em
Começo a procurar, com os olhos esvoaçando ao redor da sala de espera quando a esperança domina e pronta para desabrochar, se pudesse apenas encontrar o sinal final. Minhas mãos tremem, meu otimismo se encontra abaixo da superfície, cauteloso para levantar a cabeça cansada. Há som na direção do corredor e o barulho a voz faz com que cada emoção que pulsa por mim acenda. E estou imediatamente pronta para detonar. Cabelo loiro e pernas longas como uma brisa através da porta e não me importo que seu rosto pareça tão devastado e preocupado quanto me sinto. Toda a minha mágoa, toda a minha angústia se ergue e é como um estalar de um elástico. Ou um raio impressionante. Estou do outro lado da sala em questão de segundos, cabeças estalando, do rugido que solto no meu despertar cheio de fúria. — Saia! — grito, tantas emoções correndo por mim que tudo o que sinto é uma massa de confusão esmagadora. A cabeça de Tawny chicoteia acima e seus olhos assustados encontram os meus, se
O tempo estica. Cada minuto parece uma hora. E cada hora, parece três que se passam, parecendo uma eternidade. Cada swoosh das portas tem todos nós sobressaltados e, em seguida, afundando de volta para baixo. Copos de isopor vazios transborda o lixo. Trajes de incêndio foram abertos e amarrados na cintura quando a sala de espera cresce abafada. Os telefones celulares tocam incessantemente com pessoas em busca de atualizações. Mas ainda não há notícias. Beckett fica com Andy. Dorothea tem Quinlan de um lado dela e Tawny de outro. A sala de espera está cheia de murmúrios abafados e a televisão ligada como um pano de fundo de meus pensamentos. Sento-me por mim mesma e, exceto pelas mensagens constantes de Haddie, congratulo-me com a solidão, assim não tenho que consolar ou ser consolada a esquizofrenia em minha mente apenas ficando mais alta a cada segundo. Meu estômago se agita. Estou com fome, mas o pensamento da comida me dá náuseas. Minha cabeça pesa, mas congratulo-me c
A preocupação persiste em seus olhos. —Você está bem? Você já comeu alguma coisa? Você quase desmaiou lá. Acho que você precisa comer alguma... —Estou bem. Obrigada, — digo enquanto levanto devagar. Acho que eu o surpreendo quando estendo a mão e aperto a sua. —Como você está indo? Ele encolhe os ombros com indiferença, embora o gesto não seja nada disso. —Contanto que ele esteja bem, então vou ficar bem. Ele acena para mim enquanto vira para recuperar seu posto nas portas do hospital, antes que possa dizer qualquer outra coisa. Meus olhos acompanham seus movimentos por um momento, os comentários cruéis da imprensa reverberando através de minha mente, enquanto construo a coragem para caminhar de volta para a sala de espera. Fecho meus olhos por um momento. Forço-me mesma a sentir qualquer coisa que não seja a dormência que consome minha alma. Tento puxar das minhas profundezas de desespero, o som de sua risada, o gosto de seu beijo, até a sua natureza teimosa e determi
Sei que ele me assustou, e eu só podia imaginar por que uma criança teria esse tipo de reação. Ele se recusou a olhar para mim, não importa quão suave fiz a minha voz. Estendo a mão e tomo a dele na minha, apertando para que ele saiba que conheço os demônios de Aaron sem ele ter jamais revelado. Posso não saber os detalhes, mas já vi o suficiente para chegar à essência. —Estava sentado no chão ao lado dele e apenas esperando para ele entender que eu não ia machucá-lo. Cantei a única música que consegui pensar. — Ele ri. —Puff the Magic Dragon. Na segunda vez, ele levantou a cabeça para cima e finalmente olhou para mim. Doce Cristo, ele roubou meu fôlego. Ele tinha os mais enormes olhos verdes neste rostinho pálido e me olhou com tanto medo... tal mau presságio... que levou tudo o que tinha para não envolver meus braços ao redor e consolá-lo. —Eu não posso imaginar, — murmuro, indo retirar a minha mão, mas parando quando Andy aperta. —Ele não falou comigo em primeiro
Tenho que me lembrar de respirar. Tenho que forçar o pensamento na minha cabeça, porque apenas ela, sozinha, me rasgou e me remendou. E, no entanto sua visão me deixou crua e desgastada com amanhãs que nunca serão. Que nunca podem voltar. Isso nunca foi meu para manter. E do meu lugar no chão, a minha alma se agarrando a algo para pendurar antes de ser engolida nas profundezas escuras do desespero, grito no topo dos meus pulmões o nome da única pessoa que ainda pode ser salva. — Aaron! Pare! Aaron! Lute, droga! — Minha voz rouca cai com as últimas palavras, soluços ultrapassando e desespero me esmagando. Penduro minha cabeça em minhas mãos e me permito ser arrastada abaixo e me afogar, acolhendo a escuridão devastadora, pela segunda vez na minha vida. —Não! — Eu grito. Mãos invisíveis me agarram e tentam me afastar dele, mas luto com cada grama que posso reunir contra eles para que possa salvar Aaron. Salvar o homem que eu amo. —Hadley! — A voz me impulsiona a