Me chamo Samantha Martini, tenho 24 anos, sou uma menina mulher como minhas amigas gostam de dizer.

Querem saber o porquê desse apelido?

Rostinho de menina, corpão de mulher.

Sou bem do tipo padrão brasileiro, pelo menos acho né, não sou magrela, nem muito alta nem muito baixa.

Na verdade, me considero baixa quando me encontro com minhas amigas de quase 1.70 de altura, não liguem muito quando digo uma coisa e do nada mudo de idéia, sou um pouco confusa mesmo, mas logo vocês se acostumam com meu jeito.

Malho ao menos 4 vezes na semana e isso tem me rendido um bund*a firme, coxas grossas eu diria um belo par de pernas. Tenho se*ios fartos, 1.62 de altura, cabelos castanho claros, olhos verdes e cor parda.

É, me considero uma mulher bonita e não me julguem por minha alta estima ser elevada.

Moro sozinha e trabalho como secretária no escritório do renomado advogado Tomás Albuquerque.

Pensa em homem top, me fez estremecer inteira na primeira vez que coloquei os olhos nele, tem 29 anos, alto, cor parda, olhos escuros como a noite, um corpo atlético, é um homem de tirar o fôlego de qualquer mulher. (fico só imaginando ele fora daquele terno, ainda não tive esse pra*zer de vê-lo sem aquela peça, mais só de olhar para ele imagino o corpão definido que ele com certeza tem)

Extremamente profissional, um chefe firme porém muito educado, fala pouco e quase não o vejo fora daquela sala, Tomás é um advogado exemplar.

Mas como sempre tem algo para atrapalhar meus fetiches ele também tem um defeito, uma aliança enorme no dedo anelar da mão direita.

Estou concentrada agendando alguns clientes quando meu ramal tocou, meu coração acelera porque só um homem liga para o telefone que fica à minha direita.

Ainda não consigo entender porque sempre fico desta forma quando sei que vou ouvir a voz ou vê-lo.

—Bom dia Sr Albuquerque. -atendo com um sorriso na voz, ainda estou no meu período de experiência e não estou afim de perder meu emprego nem minha visão do paraíso por que não atendi como se deve meu chefe.

–Sra Martini bom dia, por favor ligue para o Sr Cortês e agende nossa reunião para amanhã às 10:00. -ele fala firme sem hesitar, com uma voz grossa que me faz imaginar ele me dizendo algumas safade*zas em meu ouvido, suspiro e sorrio sozinha.

–Sra Martini está me ouvindo? -ele pergunta firme me tirando do meu momento ridículo de distração, balancei a cabeça para afastar meus pensamentos inde*centes e volto minha atenção para a ligação que realmente importa, só posso estar querendo perder meu emprego para fazer uma besteira dessa, onde já se viu deixar meu chefe falando sozinho.

—Me desculpe Sr Albuquerque, estava anotando na minha agenda sua reunião de amanhã com o Sr Cortês. Considere feito, irei fazer a ligação nesse exato momento, posso fazer mais algo pelo Sr? -pergunto tranquila.

Queria muito que ele quisesse que eu fizesse mais algo por ele, porém o que eu pensei teria que ser entre quatro paredes e ele estaria sem aquele terno.

–Após ligar e agendar essa reunião venha até à minha sala. -fala firme.

—Sim Sr. Albuquerque. -falo com um tom de voz tranquilo mas a verdade é que tremi todinha, ele desliga.

Respiro fundo e faço o que ele me ordenou, liguei para o Sr Cortês e agendei a reunião antes que eu acabe esquecendo, hoje não é dia de fazer besteira, ele chegou sério, com cara de poucos amigos.

Quando chegou no escritório não abriu a boca, apenas balançou a cabeça em cumprimento e adentrou para sua sala, como ele pediu para reagendar essa reunião creio eu que ele não está em seus melhores dias e isso me deixa um pouco apreensiva, ainda mais agora que  me chamou em sua sala, espero não ser mandada embora.

–Ei! Hoje vocês vão até aquele bar? -Laura me pergunta animada.

Laura é minha amiga de trabalho e também pessoal, nos conhecemos a pouco tempo mas é como se nos conhecêssemos há vários anos, nos tornamos confidentes, Laura é uma garota linda, leal, amiga e super carismática, estar com ela me faz muito bem, ela é do tipo de pessoa que tem sua luz própria e isso me encanta.

—Com certeza, você vem conosco, não pense que vai escapar. -falo sorrindo.

–O gatinho do Andrew também vai? Se ele for, posso pensar se aceito ou não o convite. -ela acha graça.

—Laurinha não seja cruel, o Andrew não é só um gatinho, ele é um gosto*so mesmo. -Laura ria alto chamando atenção de alguns clientes que aguardavam atendimento para nós.

—Sua doidinha, vai acabar fazendo com que nós perdemos nosso emprego. -sorrio.

–Até parece Sam. Se fosse pra você rodar nesse emprego já teria rodado a alguns dias, faz algum tempo que nenhuma secretária do senhor gosto*são dura tanto tempo aqui, você foi escolhida. -ela fala rindo enquanto lixa suas unhas.

—Estou aqui há apenas três meses gata, você se esqueceu. -falo firme.

–Pois é! Ele está gostando muito dos seus serviços ou das suas curvas, vai saber. -ela fala rindo.

—Queria que ele estivesse gostando dos dois. -falo maliciosa e ela me jogou uma caneta.

–Você é custosa Samantha, amo você. Mas estou falando sério viu, faz alguns meses que uma secretária não para neste escritório, a última que trabalhou aqui ficou três meses e ele dispensou ela no dia que terminou a experiência, o Sr Tomás está bem rígido ultimamente, para falar a verdade ele está bem estressado, acho que está precisando de férias.

—Então deixa eu ir andando, não quero estressar o sr gostosão, ele me pediu para ir na sala dele, acredito que agora vamos descobrir se eu vou ou não passar dos 3 meses. -sorri me levantando para ir até a sala do Sr Albuquerque.

–Merda! -ela levanta.

–Hoje que completa os seus três meses de experiência? -ela pergunta preocupada.

—Sim! Será que ele irá me mandar embora? -pergunto na mesma preocupação.

–Não sei, vai logo amiga, agora estou curiosa para saber o que ele quer com você. -ela fala ansiosa.

—Você acha que ele vai me dispensar hoje? -pergunto aflita.

–Só iremos saber se você ir até lá, vai logo amiga. -ela me j**a a lixa que estava usando para lixar as unhas, eu pego e jogo de volta nela.

—Vou indo antes que ele me mande embora por fazê-lo esperar. -falo firme, pego o telefone que tem acesso direto ao ramal da sala dele e disco o número de sua mesa.

—Sr Albuquerque, já reagendei sua reunião. -falo simpática.

–Perfeito Sra Martini, te espero na minha sala. -ele fala firme e desliga.

—Fui amiga, daqui a pouco te conto se estou ou não demitida, torce por mim. -falo sorrindo caminhando rumo a sala do Sr gosto*são.

–Boa sorte. -ela fala apreensiva.

Cheguei na porta da sala, levei a mão na maçaneta, respirei fundo e adentrei torcendo para não cair no chão de tão trêmula que eu estava.