Irina Assim que entramos ele me levou direto para o escritório lá tem um banheiro e de repente ele puxa o sofá que vira um sofá cama de casal e diz para mim:— Como está tarde acho melhor ficarmos por aqui. Não se preocupe, a cama será a mesma, mas tem roupa de cama e travesseiros para dois. Eu não vim com o meu carro, se não te dava uma carona para sua casa.— Está tudo bem, é melhor lavar sua mão e ver se está machucada. — Ele olha para mim e fala:— Você que está machucada. Olhe para seu joelho e seu cotovelo, chegou a rasgar o seu blazer. Vamos cuidar de você enquanto conversamos. Pode começar me contando quem é aquele sujeito desmaiado aqui ao lado no chão da rua.— É meu primo, Boris. Ele tenta abusar de mim já faz alguns anos. Boris acabou revelando coisas para mim que não queria ouvir. Ele sempre tentou abusar de mim quando nossa Dedushka estava viva, mas nunca ia até o fim e acho que era por causa dela. Mas depois que nossa Dedushka morreu ele se rebelou e já tentou de tudo
Irina Foi uma conversa muito agradável e o jantar foi delicioso, já que Tommaso preparou tudo fresco na hora. Não sabia que seria legal ser amiga dele.Ele é uma pessoa muito legal. De repente enquanto estávamos comendo a sobremesa escuto alguém bater na porta. Ele diz que provavelmente deve ser a polícia.Eu não sabia que ele tinha chamado a polícia e fico agradecida. É uma policial feminina e assim que ele abre a porta ela entra e fala:— Olá, boa noite, apesar de ser uma hora da manhã. O criminoso ainda estava deitado no chão ao lado do restaurante, preciso que os dois vão até a delegacia para dar o depoimento.— Podemos ir assim que amanhecer? Estamos sem carro já que ele rasgou os pneus do carro dela e o meu carro está com meu primo que vai me entregar pela manhã.— Não deixem de ir ou ele estará nas ruas novamente em poucas horas. Até mais tarde.Ela sai e eu agradeço ao Tommaso.— Obrigada, Tommaso, vou pedir uma medida protetiva contra o Boris e espero sinceramente que funcio
Irina Estou muito agradecida por tudo que Tommaso fez por mim. Ele me acompanhou até a delegacia, depois me ajudou com meu carro e me deixou em casa para me cuidar para voltar ao trabalho.Ele disse que não tinha problema chegar um pouco mais tarde dado ao que aconteceu comigo, mas eu não quero chegar mais tarde, quero chegar no horário e vou me esforçar para isso.Eu fico feliz já que a oficina onde meu carro está é bem próximo ao restaurante e quando for comer alguma coisa mais tarde posso ir buscar meu carro.Termino tudo o que tenho para fazer em casa e troco de roupa rapidamente, em seguida chamo um carro pelo aplicativo que não demora muito. Quando chego no restaurante no horário, Bartho vem falar comigo dizendo:— Irina, minha flor, o chefe disse que você viria mais tarde, mas chegou no horário. Não entendi, aconteceu alguma coisa com você?— Nada demais! Apenas meu carro que deu problema, mas vou pegar ele mais tarde na oficina.Bartho me olha um pouco desconfiado. Mas aceita
IrinaEu olho para Boris e ele diz no nosso idioma para ter certeza que somente eu irei entender:— Sua maldita vadia, desgraçada. Eu posso estar indo para a Rússia hoje, mas o tempo vai passar e quando chegar o momento nós vamos nos encontrar e depois que eu fizer o que quero com você vou enfiar coisas em você que vão te machucar muito. Quero ter certeza que vai sofrer por ter me rejeitado e por ter feito tudo de ruim que está acontecendo em minha vida. Principalmente a minha volta para a Rússia e a proibição de voltar para esse país maravilhoso.Eu olho para ele e por um momento lembro da minha Dedushka e falo:— Você merece uma morte horrível, e é o que eu desejo para você. Uma morte horrível e dolorosa. Eu prefiro morrer a me entregar para você. E quer saber de uma coisa? Você nunca mais vai poder pisar aqui, e eu nunca mais vou te ver novamente porque já decidi que aqui será o meu lar. E vou naquela casa idiota que você ainda mora para pegar a urna que está as cinzas da única pes
IrinaTommaso decidiu fazer uma festa de comemoração no restaurante, algo somente para os funcionários, já que ele viu que não me sentiria confortável em aceitar um pedido dele para comemorar somente nós dois.Realmente ficaria muito estranho, sou apenas a funcionária e ele é meu chefe, já basta essa noite passamos juntos. Não juntos como casal, mas dormimos na mesma cama.E essa comemoração é somente pela minha nova conquista, porque além de me livrar do meu primo abusador fazendo ele ir preso, também consegui com que ele seja levado de volta para a Rússia.Assim como ele também foi proibido de colocar os pés aqui novamente, para ele voltar aqui teria que ter muito dinheiro. Coisa que não conseguiria, já que lá na Rússia ele não vai conseguir um trabalho que ganhe muito dinheiro por causa das suas qualificações ruins.Não estou muito confortável com essa comemoração, mas por saber o motivo por trás dela, sei que o Tommaso vai dizer que é por causa do dia produtivo no restaurante.Mas
IrinaVejo também que aqui tem casais e nem sabia que eram casais, pois se escondem muito bem. Como eu disse, a bebida faz as pessoas se liberarem e mostrarem seu verdadeiro eu e o seu verdadeiro desejo.Não quero ser a única que não bebeu nada, então aceito uma taça de vinho que Tommaso me ofereceu. Depois da quarta taça eu estava como o resto do pessoal.Tirei meus sapatos, fiquei descalça e mostrei alguns passos de dança russa para todo mundo e não é que pegaram direitinho.Estou tão animada dançando que mal percebi todos indo embora de pouco a pouco. Até que sobrou apenas quatro pessoas no restaurante Matteo e Daphne, Tommaso e eu. Matteo decidiu fazer um jogo e a penitência seria uma dose de vodka, eu não deveria ter aceitado. Bebi até perder a razão.Em algum momento ali acabei no escritório de Tommaso com ele. Nossos beijos tinham tanta necessidade de toque humano que ficava difícil manter distância.Nem que fosse por um segundo. Comigo ainda em seu colo ele puxa o sofá cama qu
Irina Depois da conversa que tive com a Daphne, estou bastante nervosa. Ela disse que não sabe se Tommaso se lembra ou não da noite de ontem e eu gostaria muito que ele não lembrasse. Porque é algo muito constrangedor e não deveria ter acontecido.Querendo ou não meu dia passa rápido e a noite também, e eu tenho que trabalhar. Como faltam apenas três folhas do meu diário para escrever eu decido que vou levá-lo comigo para o trabalho e vou escondê-lo na recepção.Já que lá é um local que somente eu tenho acesso, no período em que não tiver clientes entrando eu posso escrever. E é o que eu vou fazer.Eu tomo meu banho, me arrumo e um pouco relutante vou para o meu dia vergonhoso de trabalho. Ao chegar lá limpo a recepção toda, mas não consigo entrar no salão. Não sei se ele está lá dentro, mas também não vou procurar saber.Quanto menos contato com ele eu tiver melhor para mim. Então eu fico por aqui. Sem que notasse, Bartho chega perto de mim com uma simples bandejinha de café da manh
Tommaso Não acredito no que fiz, o que ela deve estar pensando de mim? Como eu fui tão irresponsável assim? Por que dormi com ela? Por que pareceu tão certo como foi? Foi como se meu corpo reconhecesse o dela de alguma forma, foi tão intenso.O perfume dela me lembra a mulher da outra noite. Da noite em que eu deixei de ser virgem aos trinta e poucos anos. Aquele perfume que me enlouquece, aqueles lábios perfeitos, aquele corpo que me deixa insano. Eu não posso fazer isso, ela é minha funcionária. Isso não é nem um pouco profissional. Eu vou fazer as coisas serem mais fáceis para ela e vou evitar ir naquele restaurante por um tempo.Estou aqui distraído até que meu primo entra e falando:— Sei que está furioso comigo, mas leve em consideração que ambos estávamos bêbados e não fizemos nada por mal. Foi apenas a bebida tirando as nossas inibições. Não te obriguei a beber. — Eu irritado respondo para ele:— Eu ainda não sei porque vou na sua onda. Você teve a ideia de incluir bebida na