Com o som de um forte estrondo ecoando por todo o reino de Heiwa, não houve um só morador ou visitante que não acabou despertando de seu sono (por mais pesado que ele fosse) com aquele som assustador.
Muitos foram os que deixaram suas camas para descobrir o que estava acontecendo, uma vez que o som se repetia e lembrava uma mistura de rugido com trovão.
E alguns dos que voltaram seus olhares para Kendrada, localizaram o problema.
Um dragão negro atacava a princesa...
Bara estava em estado de choque! De onde foi que aquele dragão saiu? E como ele atravessou a barreira? Ela sempre funcionou tão bem contra esses seres!
O dragão era jovem, já que mesmo sendo maior que um cavalo, passava facilmente pelas janelas da Torre. Apesar de todos os rugidos apavorantes que ele havia dado antes, ele não parecia querer ameaçar Bara. O que tornava tudo ainda mais estranho e confuso.
Bara não sabia be
Nemuru não estava certo se poderia mesmo ou não conseguir fazer aquele encantamento funcionar (Dark Yami falhou em corromper a pureza do coração de Nemuru com todas as suas maldades?), mas respirou fundo, leu o encantamento em voz alta com toda a esperança do mundo e, após mais um suspiro com término do pronunciamento, encarou os céus. Nemuru chorou... De a-le-gri-a!!! Dark Yami falhara sim em corromper o coração do príncipe! E a prova, era que Nemuru, assim que olhou para o firmamento, viu o que parecia ser uma trilha de estrelas douradas marcando o céu abaixo das nuvens. Restaurada a confiança com esta descoberta, correu para se preparar e assim poder acompanhar o Rei (que se tornaria seu futuro sogro se tudo dêsse certo). Bara não conseguia saber qual era o caminho que eles faziam. Aquela criatura era tão rápida que, se não fosse pelo corpo quente dele, ela estaria congelando por causa do vento provocado.
Bara agora se sentia quase tão cansada quando tinha chegado naquele lugar. Só tinha um pouco mais de força. O suficiente para se manter desperta por mais um tempo. Assim que aquele monstro tinha acabado com as suas explicações, ele a encarou de um jeito tão... tão desconfortável para Bara, que ela acabou ficando de pé, contra a parede. Dark Yami aproximou-se devagar dela, sem deixar de sorrir de forma maldosa. Bara se mantinha o mais indiferente possível diante dele. – Sois mesmo uma bela donzela... – havia tido ele enquanto lhe tocava o rosto – Comecemos logo, estais bem? – foi a última coisa que ele disse antes de citar o encantamento que usava com Nemuru. Para Bara, aquele drenar foi como... Se um forte adesivo bem grudado na pele fosse arrancado beeeeem devagar. E com essa sensação envolvendo todo o seu corpo. Foi após alguns minutos de suplicio, onde ela fez de tudo para não deixar nem mesmo um gemido lhe escapar
Mahotsukai e sua “comitiva”, continuou seguindo o rastro deixado por Bara por quase a noite toda. Mas sem nem um sinal do dragão ou da princesa. Cada um sentia que, naquele momento, já não conseguiriam mais impedir dela acabar nas mãos daquele monstro. Mas, assim como Nemuru (e os dois empecilhos que faltavam se livrar), ele não desistiria de recuperar Bara das mãos dele. – Sem querer ser hipócrita amigo, mas como é que você e sua majestade conseguem saber se estamos ou não no caminho certo? – perguntava o lord James, um dos pretendentes sobreviventes para Nemuru. – Bara conseguiu beber uma poção especial antes de ser levada. E se você for o tipo certo de pessoa, poderá enxergar um rastro especial, deixado por ela, após citar um pequeno encantamento. O Rei e eu o vemos, mas será que você ou o outro cara conseguiriam? – Hum... Não vejo problemas em tentar. Tem as palavras consigo? Nemuru estendeu-lhe um papel onde tinha escrito cada encantament
Depois que Nemuru se separou de Bara, ele acordou quase na mesma hora que o restante de seu grupo. Zul foi o primeiro. Tanto que o príncipe lhe pediu para que todos o aguardassem lá, pois precisava falar com o Rei com urgência! Disparando ao encontro do grupo de sua majestade sem dar muitas explicações. – Bara já passou por tudo isso!?! – Mahotsukai estava assustado com tudo que terminava de ouvir de Nemuru. – Aquela peste... Ao menos podemos disser que ela não está sozinha! Apesar de eu ainda não confiar nesse tal de Kimbe... – complementava Jõo nervosa. – Teremos de nos apressar ainda mais então. – era Keberanian através da gema com o Rei – O quão mais rápidos vocês conseguem ser? – Pelas minhas observações, considerando tudo o que estamos levando, acho que podemos conseguir chegar no ponto de encontro até duas horas mais cedo. – calculava Jõo. – Para a nossa situação, pode acabar sendo pouco. – Tem razão Kebera, mas nós temos que to
– Princesa. Princesa acorde! Trouxe o seu desjejum. Acaso não dormiu a noite? – Hummm... Kimbe? Já amanheceu?... Como Dark Yami não tinha conseguido perceber que Bara estava conseguindo engana-lo por enquanto, ele não quis vê-la cedo como nos outros dias. Por isso, na manhã do terceiro dia, era Kimbe quem lhe entregava o café da manhã. – Sim, já amanheceu. E não me parece que você usou a noite para dormir... – ajudava-a Kimbe a sentar-se. – Não vou lhe mentir. Eu real... – ela bocejava – ...mente... Não dormi praticamente nada da noite. – É melhor que você coma tudo hoje, para que o mestre não perceba. E o que foi que te manteve desperta? – Só lhe conto se jurar segredo! – falou ela meio traquina. Enquanto comia, ela contou-lhe todo o seu trabalho noturno. Impressionando o homenzinho e só agora percebendo as coisas fora do comum que haviam acontecido em todo aquele processo. – Céus!! Não é à toa que está cansada! O que
Mais nova ferramenta... Bara estava totalmente entusiasmada por descobrir como que cada uma daquelas ferramentas haviam realmente surgido e ainda mais por ter podido criar algo tão especial. A espada, aparentemente feita de cristal (que devia ser o gelo) devia ter um metro e pouco entre o pomo e a ponta, e era tão leve que ela nem acreditava no qual fácil era erguê-la apesar do tamanho e do esforço que ela tivera para carregar o gelo até o magma. O pomo tinha o formato e a aparência de uma lua cheia. A guarda, era uma rosa branca semi-aberta com as luas minguante e crescente incrustadas nela, e ramos de folhas fixando a base da lâmina. O punho, longo o bastante para ser segurado com as duas mãos, era da mesma cor da lâmina, azul meio turquesa assim como o gelo extremamente frio e saía de dentro da rosa. A lâmina, de dois gumes e perfeitamente reta, em sua base podia ser totalmente envolvida pelo polegar e o indicador de Bara (sendo que a base original do gelo não pod
Kimbe estava exausto. Passara a noite em claro tentando encontrar meios da princesa poder manter parte de sua força consigo e ainda teve de supervisionar a criação de dez novos goblins que por muito pouco não conseguiram ataca-lo. Ele preparava a bandeja com o desjejum da princesa para entrega-la, sem parar de pensar em tudo que pesquisou no decorrer da noite. Ao abrir a porta de Bara, vendo-a dormir tranquilamente, teve uma grande vontade de deitar-se aos seus pés e descansar um pouco. Mas Bara despertou assim que a porta foi fechada. – Quem é? – perguntava Bara ainda sonolenta. – Bom dia alteza. Seu café. – falava Kimbe andando com cuidado para não tropeçar por conta do sono. – Kimbe! – ela despertava de vez, mas se contendo em seguir ao se recordar de um detalhe – Aquele “ser” está com você? – O mestre? Não! Não. É somente eu princesa. – Que alívio. Mas porque você me parece tão abatido? – observava Bara recebendo a bandeja.
Outra vez Nemuru se viu presente naquele lago incomum. “Será que quem criou este lugar foi a Selena?” – ele se questionava. – Nemuru? – Bara! Os dois correram para se abraçarem. – Que bom que você ainda está bem Nemuru... E a Candra? Foi útil? – preocupava-se Bara. – Ela tem se mostrado muito mais útil do que o imaginado. Até fez com que James fosse mandado de volta para casa! – Que quer dizer? Nemuru então repassou para Bara o ocorrido, fazendo com que Bara se aliviasse de uma de suas preocupações (além de lhe dar mais detalhes para descrever no guia sobre a espada). – Isso é muito bom Nemuru... Me alivia um pouco a Candra estar ajudando até dessa forma... – Não esperava que ela pudesse realmente fazer a tempestade parar. Dessa forma vamos conseguir chegar muito mais rápidos até você. Se bem que as cavernas podem acabar nos atrapalhando um pouquinho... – Sobre isso, elas não serão um pr