Passou-se alguns dias. Kimbe ajudou a limpar as cavernas vulcânicas de todos os seres sombrios e também a esvazia-los de tudo. Gemas, mantimentos, equipamentos, tudo foi divido por igual entre os quatro Reis.
Esvaziada e limpas as montanhas de Korionenshõ, Mahotsukai convidou Kimbe a viver em Heiwa como um de seus servos, pois, apesar dele ter servido ao seu pior inimigo, reconheceu nele uma preciosa fonte de conhecimento de defesa contra as artes das trevas.
De início, Kimbe se sentiu receoso em aceitar tão maravilhosa oferta (pois já se imaginava voltando a mendigar pelos becos sombrios), mas Bara e Nemuru o convenceu a aceitar. Até Askherone se mostrou mais amigável com ele!
Sobre Askherone, muitos foram os que se assustaram com o dragão ao vê-lo de imediato. Acnarepse quase desmaiou ao ver o lagarto gigante caminhando lado-a-lado de sua menina! Mas aos poucos, não só Askherone
As semanas correram, e Dark Yami já se tornou um sonho ruim do passado. Os Montes Korionenshõ se tornaram muito mais brandos com suas nevascas, permitindo a travessia semi-segura deles, pois ainda possuíam seus riscos naturais. E todos os reinos receberam o convite de uma grande festa em Kyuden que pretendia pronunciar uma grande noticia especial.Não foram poucos os curiosos para a tal revelação.Bara partiu com o pai, Acnarepse, Kimbe e Askherone uma semana antes para ajudarem na preparação da noticia, pois o plano era de apresentar Nemuru (acompanhado de Bara) a todos os presentes somente depois da revelação da verdade.– Ainda acho que iria ser mais interessante se eu me revelasse saindo do meio de todos eles do que de um “esconderijo”. – reclamava Nemuru em seu novo quarto.– Do jeito que você fala, até parece que aguardar do meu lado &eac
A resposta de Bara foi agraciada com uma imensa e calorosa salva de palmas (se bem que os seus ex-pretendentes pareciam que perderiam os braços de tão sem vontade que aplaudiam), e o sorriso de Nemuru pela resposta de sua amada ia de orelha a orelha.Askherone criou com suas chamas azuladas a figura de um grande coração para cima. Um dos muitos truques que ele desenvolvera com a ajuda de Kimbe, do qual ficara mais amigo, para deslumbrar as tantas crianças que apareciam para brincar com a princesa no castelo. Impressionando os nobres e deixando o ambiente ainda mais formidável.– Senhores! – Mahotsukai tomava a atenção – Vocês não imaginam a alegria que sinto nesse momento. Há entre vocês alguns jovens que me procuraram para fazer esse mesmo pedido à minha filha, mas... Eu pude testemunhar por mim mesmo, tudo o que lhes faltava para que eu lhe cons
O casal observava o crepúsculo da janela da torre.– O tempo voou, não é mesmo?... – Bara se recostava no marido.– Realmente. – ele a recolhia – Nem acredito que já faz um mês que você assumiu o lugar de seu pai. E nem no tanto que ele conseguiu viver! Não são muitos os que alcançam os 70 anos atualmente.– Isso só foi possível por minha causa e de Tsuki. Se minha mãe não tivesse sido impedida de me criar, meu pai teria vivido muito mais...– Teria gostado de conhecer minha sogra. A mulher que gerou o mais precioso tesouro de minha vida. – ele lhe roubava um selinho.– Você é sempre um doce. Acha que nossos filhos já superaram a perda do avô? Meu pai foi muito coruja com eles...– Os gêmeos já fizeram 15 anos, a Reinheit está quase fazendo 13 e o Ad
No silêncio da noite, no vazio da floresta, caminhando entre lágrimas, surge a branca elfa. Seu pranto é de perda e dor, pela criança, de seu ventre, nascida fria. Atravessa a floresta e chega a um grande e cristalino lago que, iluminado pela lua cheia, parecia ser de prata, clareando ainda mais os arredores. Avistou ela ao admirar o imenso lago (que não se lembrava de já o ter visto antes) uma grande árvore próxima às margens. Aproximando-se da mesma, reparou em uma espécie de toca formada pelas raízes da arvore, e ao longe ela ouviu gritos distantes de algum grupo de caçadores de bruxas supostamente. Curiosa, adentrou as raízes. Lá dentro encontrou uma mulher semiconsciente que, segundo suas veste e amuletos, era uma mística das aguas. Em seus braços, ela segurava uma menina recém-nascida que dormia suavemente e abaixo da menina, o que parecia ser uma enorme poça de sangue. A mulher percebendo a elfa que a observava, imploro
Em uma terra longínqua, havia um reino chamado Heiwa. Um reino onde o conhecimento sobre a magia prosperava apesar de só ser utilizada naquilo que fosse essencial, como proteções por exemplo, já que um escudo forjado com o auxílio de magia era muito mais resistente que um forjado sem ela, mas em contra medida, o alimento cultivado sem magia era muito mais saboroso que aquele cultivado com o uso dela. Este reino era governado por um Rei-Mago de nome Mahotsukai Kuroshy: justo, sábio e poderoso, de todos os magos foi ele o eleito mais poderoso em poder de conhecimento. Ele tinha uma filha chamada Bara, uma donzela inteligente de incrível beleza – tanto no físico quanto no coração. Quase vizinho a este, havia outro reino chamado Kyuden. Este era avançado na alquimia, arte e filosofia. Medicina, física, química, conhecimentos científicos em geral, tecelagem, esculturas, pinturas, compreensão lógica, não havia um país que fosse mais avançado ou aprimorado que este em todas as área
As festas do reino de Heiwa tinham início com a chegada da aurora, por isso, antes dos primeiros raios de sol surgir, muitos já estavam de pé preparando o que ainda era preciso para festa. E nos 15 anos de Bara, não foi diferente. Mal era cinco da manhã e a cozinha mais os corredores principais do castelo já estavam cheios de movimento, e aos poucos, todos os moradores e visitantes despertavam de seus sonos. Bara acordara com o surgir dos primeiros raios de sol, pulando da cama cheia de alegria e disposição. Os convidados de outros reinos levantavam-se aos poucos, sempre tendo Bara como primeira visita do dia, junto de sua guardiã; aproveitando eles para parabenizar e presentear a aniversariante com joias, roupas, sapatos, enfeites etc. Quando Bara chegou aos aposentos de Jõo, surpreendeu-se por vê-la já pronta – diferente de todos os outros que mal haviam saído da cama, quando estavam de pé. – Bom dia Rainha Jõo! – Bom dia Bara. Você parece e
Quando o sol surgiu, Bara observava o céu enquanto refletia sobre o sonho, ou seja lá o que for que tenha acontecido durante a noite. Ela arrumou-se para o dia que se iniciava e foi tomar o café da manhã, onde encontrou Jõo indo fazer o mesmo. – Bom dia Rainha Jõo! – Bom dia Bara. – A senhora já está arrumada tão cedo? – perguntou Bara ao perceber as vestes de viagem da Rainha. – Sim minha cara. – respondeu a Rainha – Assim que eu e meus aprendizes terminarmos o café, partiremos de volta para Kyuden. Teríamos partido ontem se não tivéssemos ficado tão cansados. – Compreendo – Bara ria de leve – fico feliz de saber que aproveitaram bem a festa. – Bom dia a todas! – cumprimentou Mahotsukai ao vê-las conversando. – Bom dia papai! – Bom dia majestade. – Vocês... tiveram alguma discussão ontem quando juntos? – questionou Bara estranhando a resposta de Jõo, observando a ambos. – Não minha filha. Eu e a Rainha
Quando acordou, Bara observou que ainda havia luar sobre ela. Respirou fundo, acalmando o coração disparado, e começou a refletir sobre o estranho homem. Ao romper da aurora, Bara correu para o café e seguiu para a biblioteca do castelo o mais rápido que pôde, em busca de respostas para o que ela estava vivenciando, não saindo de lá nem para comer. Enquanto isso, em Kyuden, Jõo mal alcançara os portões do palácio e uma das amas noturnas de Nemuru aproximou-se correndo ao avistar a Rainha, atrapalhada nos sinais pelo nervosismo, contou à Rainha que seu filho reagira nas últimas noites como quando Jõo estava junto dele, só que sem ninguém conversando com ele. – Impossível!! – respondeu Jõo já correndo para seu filho quando a ama finalmente conseguiu terminar de contar. Chegando lá, Nemuru estava no mesmo estado em que havia sido deixado. Ela lhe fez um carinho no rosto e beijou-lhe a testa – Nemuru deu um leve sorriso ao perceber a