O Rei pediu que lhe fosse trago uma grande bola de cristal. Seja lá o que fosse que Bara desejava lhe mostrar, era algo que seria de interesse de todos os presentes.
Zula (que ficou surpresa e feliz por reconhecer Nemuru, de pé, ao lado da princesa) ajudava com a carregar da esfera. E o Rei aproveitou para explicar-lhe o que seria feito com ela, pois aquela técnica em especial podia ser útil para ela em algum momento.
Com tudo preparado. Mahotsukai se aproximou da menininha:
– Me diga pequena, como você se chama?
– Lizia, senhor Rei. – respondeu a pequena.
– Muito bem Lizia, pode por favor tocar com as duas mãozinhas nessa grande bola, pensando em tudo o que deseja nos contar, e só retirar suas mãozinhas dela quando tudo acabar?
– Posso! – declarou a pequena determinada, já confiando o brinquedo à Bara e se apresando a tocar na bola cristalina.
Mahotsukai apoiou uma das mãos sobre a cabeça da pequena e pronunciou algo com os ol
Amanhecido mais um dia. Assim que Nemuru abriu seus olhos, ele foi logo pedindo que o Rei fosse chamado urgente até ele. E a Rainha Jõo também, uma vez que quem lhe zelava naquele momento não era a Mom ou algum de seus filhos. Assim que esse pedido chegou aos ouvidos de Mahotsukai que, por ventura estava acompanhado de Jõo, os dois dispararam até o encontro do rapaz. – O que aconteceu Nemuru? Que urgência é essa para ter que nos chamar tão cedo assim? – perguntava o Rei após entrar no quarto. – Pensei que algo de ruim estivesse lhe acontecendo! – declarou Jõo meio aflita, conferindo o filho. – Eu estou bem. – declarava Nemuru – Mas sugiro que os dois se sentem! E assim que eu terminar de contar, irão entender porque é uma urgência. Receosos, os Reis se sentaram. Nemuru começou a contar sobre o seu encontro de sonho para eles, sem esconder um detalhe do que tinha acontecido quando aquele servo de Dark Yami apareceu. Os
– E então teu incompetente, conseguistes penetrar nos sonhos do príncipe? – Ainda não meu senhor. – mentia o homenzinho para Dark Yami. – E não me sinto bem nessas tentativas. – Não te sentes bem por culpa da barreira. E ai de tu se estiveres a me enganar! – Estou dando o meu melhor senhor... Mas tudo que encontro é um espaço vazio e escuro. – Se continuares a não conseguir o que desejo, vais acabar por virar refeição de Askherone! – Oh não meu senhor! Tudo menos isso! – implorava o servo desesperado. – Tentarás pela última vez amanhã, e se não conseguir-te... Terei de procurar um novo servo! Agora SAIAS! E o pequeno ser saiu às presas do local que compartilhava com seu mestre. “Agora não tem jeito...” – lamentava ele consigo – “Não posso mais continuar enganando o mestre! Terei que permitir que ele veja a princesinha...” – choramingava ele que tencionava proteger aque
O instinto materno é realmente algo poderoso. No mesmo momento em que Bara e Nemuru tiveram a triste surpresa de encontrarem seu pesadelo durante o encontro de sonho, tanto Jõo quanto Acnarepse despertaram de seus sonos. As duas foram acometidas com uma profunda preocupação por suas crianças mas, como o castelo parecia permanecer em paz, e com plena confiança na segurança de Heiwa, se mantiveram em seus leitos. A noite das duas foi extremamente longa. Cheia de sonos interrompidos. Quando finalmente começaram a ouvir as aves que cantavam a evocar a aurora, desistiram de suas camas e foram atrás daqueles que tanto lhe tomavam o sono. Acnarepse esperava surpreender Bara, estando ao seu lado quando ela acordasse. A ideia a divertia inclusive, porém, depois de adentrar discretamente no quarto de Bara, ficou espantada por não a ver na cama! E pior, a cama estava desarrumada. Uma tarefa que Bara sempre fazia questão de executar ela mesma. Uma prova de que a preocupação que
Com o som de um forte estrondo ecoando por todo o reino de Heiwa, não houve um só morador ou visitante que não acabou despertando de seu sono (por mais pesado que ele fosse) com aquele som assustador. Muitos foram os que deixaram suas camas para descobrir o que estava acontecendo, uma vez que o som se repetia e lembrava uma mistura de rugido com trovão. E alguns dos que voltaram seus olhares para Kendrada, localizaram o problema. Um dragão negro atacava a princesa... Bara estava em estado de choque! De onde foi que aquele dragão saiu? E como ele atravessou a barreira? Ela sempre funcionou tão bem contra esses seres! O dragão era jovem, já que mesmo sendo maior que um cavalo, passava facilmente pelas janelas da Torre. Apesar de todos os rugidos apavorantes que ele havia dado antes, ele não parecia querer ameaçar Bara. O que tornava tudo ainda mais estranho e confuso. Bara não sabia be
Nemuru não estava certo se poderia mesmo ou não conseguir fazer aquele encantamento funcionar (Dark Yami falhou em corromper a pureza do coração de Nemuru com todas as suas maldades?), mas respirou fundo, leu o encantamento em voz alta com toda a esperança do mundo e, após mais um suspiro com término do pronunciamento, encarou os céus. Nemuru chorou... De a-le-gri-a!!! Dark Yami falhara sim em corromper o coração do príncipe! E a prova, era que Nemuru, assim que olhou para o firmamento, viu o que parecia ser uma trilha de estrelas douradas marcando o céu abaixo das nuvens. Restaurada a confiança com esta descoberta, correu para se preparar e assim poder acompanhar o Rei (que se tornaria seu futuro sogro se tudo dêsse certo). Bara não conseguia saber qual era o caminho que eles faziam. Aquela criatura era tão rápida que, se não fosse pelo corpo quente dele, ela estaria congelando por causa do vento provocado.
Bara agora se sentia quase tão cansada quando tinha chegado naquele lugar. Só tinha um pouco mais de força. O suficiente para se manter desperta por mais um tempo. Assim que aquele monstro tinha acabado com as suas explicações, ele a encarou de um jeito tão... tão desconfortável para Bara, que ela acabou ficando de pé, contra a parede. Dark Yami aproximou-se devagar dela, sem deixar de sorrir de forma maldosa. Bara se mantinha o mais indiferente possível diante dele. – Sois mesmo uma bela donzela... – havia tido ele enquanto lhe tocava o rosto – Comecemos logo, estais bem? – foi a última coisa que ele disse antes de citar o encantamento que usava com Nemuru. Para Bara, aquele drenar foi como... Se um forte adesivo bem grudado na pele fosse arrancado beeeeem devagar. E com essa sensação envolvendo todo o seu corpo. Foi após alguns minutos de suplicio, onde ela fez de tudo para não deixar nem mesmo um gemido lhe escapar
Mahotsukai e sua “comitiva”, continuou seguindo o rastro deixado por Bara por quase a noite toda. Mas sem nem um sinal do dragão ou da princesa. Cada um sentia que, naquele momento, já não conseguiriam mais impedir dela acabar nas mãos daquele monstro. Mas, assim como Nemuru (e os dois empecilhos que faltavam se livrar), ele não desistiria de recuperar Bara das mãos dele. – Sem querer ser hipócrita amigo, mas como é que você e sua majestade conseguem saber se estamos ou não no caminho certo? – perguntava o lord James, um dos pretendentes sobreviventes para Nemuru. – Bara conseguiu beber uma poção especial antes de ser levada. E se você for o tipo certo de pessoa, poderá enxergar um rastro especial, deixado por ela, após citar um pequeno encantamento. O Rei e eu o vemos, mas será que você ou o outro cara conseguiriam? – Hum... Não vejo problemas em tentar. Tem as palavras consigo? Nemuru estendeu-lhe um papel onde tinha escrito cada encantament
Depois que Nemuru se separou de Bara, ele acordou quase na mesma hora que o restante de seu grupo. Zul foi o primeiro. Tanto que o príncipe lhe pediu para que todos o aguardassem lá, pois precisava falar com o Rei com urgência! Disparando ao encontro do grupo de sua majestade sem dar muitas explicações. – Bara já passou por tudo isso!?! – Mahotsukai estava assustado com tudo que terminava de ouvir de Nemuru. – Aquela peste... Ao menos podemos disser que ela não está sozinha! Apesar de eu ainda não confiar nesse tal de Kimbe... – complementava Jõo nervosa. – Teremos de nos apressar ainda mais então. – era Keberanian através da gema com o Rei – O quão mais rápidos vocês conseguem ser? – Pelas minhas observações, considerando tudo o que estamos levando, acho que podemos conseguir chegar no ponto de encontro até duas horas mais cedo. – calculava Jõo. – Para a nossa situação, pode acabar sendo pouco. – Tem razão Kebera, mas nós temos que to