Nemuru estava nervoso. Ele, mesmo aparentemente inconsciente, pode ouvir toda a conversa tida no quarto em que ele havia sido instalado.
Ficou curioso com a apresentação dos itens de Bara (que lhe pareceu divertido de se assistir de acordo percebia as reações de todos) e bastante preocupado quando ouviu o pedido de sua mãe ao terminarem as demonstrações das ferramentas da Filha do Luar.
“Minha mãe deseja visitar o meu mundo de sonhos?!”
Esse pedido deixou o príncipe cheio de dúvidas e receios... E se sua mãe não o reconhece? Bara não havia tido que sua real aparência física era um pouco diferente da que ele fazia de si dentro de seu consciente? Jõo teria mudado muito de aparência se comparado ao que ele se lembrava? Esse... experimento que ela e Bara fariam era seguro? E Dark Yami?
Nemuru estaria prestes a surtar se não tivesse ouvido o Rei dizer que dentro de Heiwa, aquela praga
Jõo começou a tratar da necrose de Mahotsukai, assim que recebeu o que precisava. Ela estava irritada. Não só com o Rei por usar um método tão arriscado como aquele para velar o seu povo, como também por entender (através de explicações mais detalhadas de Zuline) como era o verdadeiro funcionamento daquela proteção e o fato consumado de que seu encontro com seu filho tinha sido interrompido por culpa daquele parasita. “Se ele se colocar diante de mim, faço picadinho dele!” – Pensava a Rainha consigo. – Mas me explique Zula, como foi que você colocou aquela praga pra correr e assim salvar esse tolo aqui. – pedia a Rainha terminando de enfaixar o braço de Mahotsukai. – Me perdoe senhora, mas... Acredito ter conseguido usar magia. – Como? – surpreendeu-se Acnarepse que acalmava Bara, já que a princesa havia se recusado a se afastar do pai. – Quando eu encontrei o encantamento da barreira, eu questionei um dos presentes s
Depois de Mahotsukai dizer que sabia um meio de ajudar Nemuru a se recuperar mais depressa, ele pediu para que as duas aguardassem junto do príncipe após o desjejum, e seguiu para a Biblioteca Mística, em busca da receita que se recordara. Enquanto esperavam, Bara conversava com Nemuru um pouco, e Jõo lia cuidadosamente cada palavra presente naquele guia, também reparando que, algumas das circunstâncias relatadas nele, tinham o mesmo tipo de letra que explicava sobre alguns dos itens ali descritos. Os Soamri (com exceção de Zula que continuava mergulhada nos livros) descansavam um pouco. Até que desse a hora do almoço, onde só retomariam seus sonos após a meia noite. Faltava pouco para o almoço ser anunciado quando uma serva, carregando um copo cheio de uma mistura perfumada e cor incomum em uma mão, e um pergaminho enrolado na outra, adentrou o quarto dizendo: – Sua majestade, o Rei, pediu-me para trazer isto para o paciente beber. – entregava ela a
Apesar de contrariada, Jõo permitiu que Zula adquirisse conhecimento místico se assim ela desejasse, e claro, jurando incondicionalmente não mencionar nada sobre seu filho, uma vez que ela seria liberada de seu voto de silêncio, até que ela decidisse revelar para o mundo a verdade sobre o seu filho. Zula não só prometeu manter o segredo, como também jurou que faria tudo o que estivesse em seu alcance não só para ajudar o príncipe, como também para garantir que ninguém mais tivesse que sofrer como a Rainha. Isso alegrou e confortou o coração de Jõo. Zul e Zunol, assim que souberam que uma de suas irmãs havia sido convidada a se tornar uma maga, mais que depressa foram questionar sobre aquilo. Ficando tão perplexos quanto aos outros após descobrirem sobre seus antepassados. Quando chegou a noite, Bara e Jõo repetiram a viagem aos sonhos de Nemuru. Conversaram sobre as descobertas feitas nesse dia; sobre o que Nemuru sentiu ao provar do elixir que o Rei lhe prep
Mahotsukai conversou mais um pouco com Jõo sobre o que ela lhe contara em segredo de todos aqueles nobres, e sobre o que ela sabia sob a forma de pensamento boçal que alguns carregavam, assim como lord Kalel lhe mostrara. Combinando entre os dois como fazer os planos de Jõo (que eram bem mais agradáveis ao Rei) darem certo no final das contas. Mahotsukai decidiu reunir todos no dia seguinte na sala do trono, para que juntos, todos ouvissem a opinião da princesa sobre aquele assunto... No mínimo delicado. À tarde, enquanto Bara cuidava de Nemuru ao lado de Mom e alguns curandeiros do reino. Os Reis chamaram Acnarepse para lhe repassar o desejo de todos aqueles visitantes; o que eles planejavam para o futuro de Bara e Nemuru; e pedirem para que ela preparasse Bara para quando lhe fosse repassada a situação no dia seguinte. Acnarepse não podia ter ficado mais consternada do que ficou ao saber da conferência que o Rei teve. E se colocou disposta como nunca para g
O Rei pediu que lhe fosse trago uma grande bola de cristal. Seja lá o que fosse que Bara desejava lhe mostrar, era algo que seria de interesse de todos os presentes. Zula (que ficou surpresa e feliz por reconhecer Nemuru, de pé, ao lado da princesa) ajudava com a carregar da esfera. E o Rei aproveitou para explicar-lhe o que seria feito com ela, pois aquela técnica em especial podia ser útil para ela em algum momento. Com tudo preparado. Mahotsukai se aproximou da menininha: – Me diga pequena, como você se chama? – Lizia, senhor Rei. – respondeu a pequena. – Muito bem Lizia, pode por favor tocar com as duas mãozinhas nessa grande bola, pensando em tudo o que deseja nos contar, e só retirar suas mãozinhas dela quando tudo acabar? – Posso! – declarou a pequena determinada, já confiando o brinquedo à Bara e se apresando a tocar na bola cristalina. Mahotsukai apoiou uma das mãos sobre a cabeça da pequena e pronunciou algo com os ol
Amanhecido mais um dia. Assim que Nemuru abriu seus olhos, ele foi logo pedindo que o Rei fosse chamado urgente até ele. E a Rainha Jõo também, uma vez que quem lhe zelava naquele momento não era a Mom ou algum de seus filhos. Assim que esse pedido chegou aos ouvidos de Mahotsukai que, por ventura estava acompanhado de Jõo, os dois dispararam até o encontro do rapaz. – O que aconteceu Nemuru? Que urgência é essa para ter que nos chamar tão cedo assim? – perguntava o Rei após entrar no quarto. – Pensei que algo de ruim estivesse lhe acontecendo! – declarou Jõo meio aflita, conferindo o filho. – Eu estou bem. – declarava Nemuru – Mas sugiro que os dois se sentem! E assim que eu terminar de contar, irão entender porque é uma urgência. Receosos, os Reis se sentaram. Nemuru começou a contar sobre o seu encontro de sonho para eles, sem esconder um detalhe do que tinha acontecido quando aquele servo de Dark Yami apareceu. Os
– E então teu incompetente, conseguistes penetrar nos sonhos do príncipe? – Ainda não meu senhor. – mentia o homenzinho para Dark Yami. – E não me sinto bem nessas tentativas. – Não te sentes bem por culpa da barreira. E ai de tu se estiveres a me enganar! – Estou dando o meu melhor senhor... Mas tudo que encontro é um espaço vazio e escuro. – Se continuares a não conseguir o que desejo, vais acabar por virar refeição de Askherone! – Oh não meu senhor! Tudo menos isso! – implorava o servo desesperado. – Tentarás pela última vez amanhã, e se não conseguir-te... Terei de procurar um novo servo! Agora SAIAS! E o pequeno ser saiu às presas do local que compartilhava com seu mestre. “Agora não tem jeito...” – lamentava ele consigo – “Não posso mais continuar enganando o mestre! Terei que permitir que ele veja a princesinha...” – choramingava ele que tencionava proteger aque
O instinto materno é realmente algo poderoso. No mesmo momento em que Bara e Nemuru tiveram a triste surpresa de encontrarem seu pesadelo durante o encontro de sonho, tanto Jõo quanto Acnarepse despertaram de seus sonos. As duas foram acometidas com uma profunda preocupação por suas crianças mas, como o castelo parecia permanecer em paz, e com plena confiança na segurança de Heiwa, se mantiveram em seus leitos. A noite das duas foi extremamente longa. Cheia de sonos interrompidos. Quando finalmente começaram a ouvir as aves que cantavam a evocar a aurora, desistiram de suas camas e foram atrás daqueles que tanto lhe tomavam o sono. Acnarepse esperava surpreender Bara, estando ao seu lado quando ela acordasse. A ideia a divertia inclusive, porém, depois de adentrar discretamente no quarto de Bara, ficou espantada por não a ver na cama! E pior, a cama estava desarrumada. Uma tarefa que Bara sempre fazia questão de executar ela mesma. Uma prova de que a preocupação que