Do outro lado da linha, Sarah apenas escutava e soltou uma risada gélida:- Chame uma ambulância, coloque-o no departamento de neurologia, para ver se há algo errado com seu cérebro.Ela desligou o telefone sem emoção. Ninguém esperava tal desfecho. Todos ficaram estarrecidos. A divorciada Sarah, surpreendentemente, era tão arrogante!A expressão de Rafael subitamente se tornou sombria e a luz em seus olhos se esvaiu. Ele permaneceu sentado e todos podiam sentir a tristeza e a solidão que dele emanavam.Arthur sentiu uma forte vontade de aconselhá-lo a aceitar a situação, mas não sabia por onde começar.Ele se recordou involuntariamente de quando perguntou a Rafael sobre como estavam as tentativas de reconciliação com Sarah, e ele disse que estava indo tudo bem.“Isso é o que chama de estar indo bem?”“É o que o Rafael considera estar indo bem?”“É realmente confuso.”Rafael cambaleou para se levantar e saiu.Continuar bebendo seria inútil, ela não viria, essa mulher implacável, que nã
Sarah disse: - Me traga um lanche noturno, irmão...O motorista entrecerrou os olhos, pensou por um momento e enviou uma mensagem para Isabelly. Logo após, seu saldo bancário aumentou e uma mensagem de agradecimento apareceu em seu celular.O motorista logo partiu. Os empregados estavam preparando comidas para curar a ressaca, enquanto Rafael se sentava ali, com um semblante frio e sombrio.O nome “Isabelly” continuava piscando no seu celular. Ele permanecia indiferente, como se não visse o que estava acontecendo.Rapidamente, Arthur lavou o rosto e saiu, olhou para seu celular e sorriu levemente:- Esse grande problema ainda não foi resolvido, Rafael, quer que eu atenda?Rafael, apático, se sentava ali, seus olhos e sobrancelhas expressavam recusa. Arthur deslizou o dedo para atender a chamada.- Rafael, o que vamos fazer? Pietro está com febre, estou tão assustada, você pode vir aqui?A voz suave de Isabelly atravessava o telefone, fazendo Arthur franzir a testa em desgosto.“Essa v
Rafael estava ali, segurando o estômago, com uma expressão um tanto pálida, e sua alta e imponente figura parecia frágil.Ele parecia estar aguentando bem seu desconforto. Sarah franziu a testa, duvidando de suas palavras.Mas, ao ver seu estado, realmente parecia que estava bem ruim, exalando um cheiro forte de álcool, com o rosto pálido e os olhos escuros como tinta, também inspirava pena.Ele já havia se sentado no sofá, de forma consciente, sem vagar ou olhar ao redor descuidadamente.Apenas olhava para ela com a cabeça levemente erguida, como um pequeno animal sem lar. Sarah se lembrou de que ele a havia resgatado das mãos de Joaquim.Parecia um pouco duro demais simplesmente mandá-lo embora. Agora que estavam divorciados, deveriam ser abertos e sem reservas, sem necessidade de se evitarem.O círculo social era tão pequeno e eles teriam muitas interações no futuro. Ela teria que enfrentar esse dia eventualmente.Ela respirou fundo e tirou a canja da caixa térmica. A canja que João
Ele gemeu de dor.Sarah ainda estava na porta, esperando que eles saíssem.Ele apertou os dentes, planejando carregar Rafael pela frente, embora não tivesse a mesma força que ele, mas conseguiu arrastá-lo para fora da casa de Sarah.Rafael se inclinava pesadamente para o lado e Arthur teve que soltá-lo.Mas, no segundo seguinte, Sarah fechou a porta diretamente, trancando-os do lado de fora. Rafael lentamente abriu seus olhos escuros.Rafael e Arthur se olharam por alguns segundos, e Arthur sentiu a intensa raiva de Rafael, que claramente queria estrangular Arthur.Arthur, culpado, explicou:- Sarah, ela me ameaçou...Mas Sarah era realmente impressionante, ele a admirava enormemente em seu coração, mais uma vez!Rafael calmamente ajustou suas roupas, resmungou e, sem dizer nada, com um ar frio, se virou e entrou no elevador.Arthur não pôde resistir e correu atrás dele:- Rafael, o carro está esperando lá fora...Ele sabia que havia arruinado o plano de Rafael e o ofendido terrivelmen
Sarah parecia surpresa por um momento.Esta era a segunda vez que ela via as duas juntas. Na última vez, no hospital, Isabelly estava furiosa e Lorena estava lá, embora naquele momento Lorena parecesse uma estranha.Mas elas se conheciam...Um pensamento cruzou a mente de Sarah, mas ela não conseguiu capturá-lo imediatamente.“Lorena é a esposa de Guilherme e Isabelly sempre teve um bom relacionamento com Guilherme.”“Então, faz sentido que Lorena e Isabelly se conheçam.”“Mas a identidade de Lorena não é pública, como Guilherme poderia introduzi-la aos seus amigos de maneira tão imprudente?”Ela sempre sentia que havia algo estranho nessa situação. Davi notou que ela estava distraída e acenou com a mão:- Sarah, o que aconteceu?Sarah desviou o olhar e sorriu:- Nada, apenas vi alguém que conheço.Davi perguntou:- Quer ir lá cumprimentar?- Não é necessário, não somos tão íntimos. - Sarah sorriu novamente e eles continuaram a conversar sobre outras coisas. Davi se levantou para aten
Davi enviou uma mensagem a ela perguntando se precisava de ajuda, ao que ela respondeu prontamente.“Não, já estou de saída.”Ela organizou seus pensamentos e, ao sair, encontrou Lorena, que também se preparava para partir. No instante em que seus olhares se encontraram, a expressão de Lorena se alterou.Ela percebeu que Sarah tinha ouvido tudo.Sarah tentou agir como se nada tivesse acontecido, mas Lorena segurou seu braço com uma expressão serena, embora tensa, e um olhar incerto:- Srta. Sarah, o que você ouviu?Sarah estava prestes a responder quando viu Davi sair de um interior da sala. Ambos pareciam um tanto surpresos, então ele olhou carinhosamente para Sarah:- Eu estava preocupado que você pudesse estar em apuros. Felizmente, você está bem.Sarah, com sua postura elegante e refinada, sorriu naturalmente:- Encontrei um conhecido no caminho e parei para conversar um pouco.Davi olhou para o relógio de maneira contemplativa e indiferente:- Já é hora, posso te levar para casa?
A recepcionista estava tão surpresa que seus olhos se arregalaram. Ela se conteve para não revirar os olhos, porém já não encontrava palavras para expressar sua incredulidade. Sarah levantou uma sobrancelha, permanecendo calma, e lançou um olhar desinteressado, suspirando levemente: - Fernanda, se você gosta dele, vá atrás dele. Ninguém está te impedindo. Isso significava que era inútil Fernanda procurá-la por conta de problemas pessoais. Afinal, não era Sarah quem estava desesperadamente à procura de Davi. Havia seguranças protegendo o acesso ao elevador privado, ela não tinha permissão para entrar. Fernanda, sem querer se dar por vencida, pisoteou o chão, frustrada, apenas observando Sarah entrar no elevador. Ela ligou, choramingando, para Rafael: - Irmão, Davi gosta da cunhada, o que eu faço? Você pode pedir para a cunhada não se aproximar tanto dele... Rafael sempre tratou sua irmã enferma com carinho. Foi uma surpresa para ele saber que ela gostava de Davi. No enta
Ao se lembrar da cena do acidente, o coração dela se apertou dolorosamente, como se fosse sufocar. Mas o responsável pelo acidente tinha caído de um prédio. Eles nem mesmo sabiam se tinha sido intencional ou acidental.- Vovó... - Ela chamou baixinho.Os olhos turvos da Sra. Hanna gradualmente se concentravam, se fixando em Sarah enquanto ela acariciava seus cabelos. Esse gesto simples parecia ter consumido todas as suas forças. Ela sorriu, tentando confortar Sarah, mas a expressão em seu rosto relaxava gradualmente, o brilho de seus olhos se apagava, e ela lentamente fechava os olhos. Ela voltou a cair em um sono profundo.Sarah baixou a cabeça, triste, com os ombros tremendo levemente, querendo chorar. Mas no segundo seguinte.Uma mão grande pousou em seu ombro, leve como uma pena, o aroma frio e tranquilo do cedro a envolveu, familiar e ao mesmo tempo estranho. Ela se levantou abruptamente ao ver Rafael que tinha aparecido de repente. Ele estava vestindo uma camisa preta bem cor