Daniel— E eu te amo tanto que às vezes chega a ser difícil respirar — confessa com o mesmo tom que usei. Seu sorriso se amplia e o meu também, então volto a beijá-la. O que eu posso dizer disso? Eu a entendo muito bem e ela compreende a mim. Nosso beijo se torna intenso mais uma vez e é quase avassalador. Não importa onde estamos, nem mesmo quem está ao nosso redor. Nada importa. Só nós dois importamos agora. Não demora para estarmos com dificuldade de respirar, mas não queremos parar o nosso beijo, ele é a nossa melhor conexão, quando não estamos nus na cama e completamente entregues. Outra música finalmente se inicia e eu não faço ideia de qual seja. Na verdade, não me interessa. Eu só quero senti-la em mim. Então paro o beijo abruptamente e em um rompante seguro a sua mão e a puxo para fora do salão. — Mas o que? — Ela tenta argumentar, mas a prenso contra uma parede, em um canto reservado e com atrevimento ergo a saia longa do seu vestido, encontrando a calcinha rendada debaixo d
IsabellyPraticamente uma hora e meia depois estamos todos na sala de espera do hospital. É engraçado ver essa multidão de gente em trajes de gala no meio de um corredor hospitalar tagarelando o tempo todo. Enquanto Iago prontamente trazia os nossos pais para a maternidade, Daniel e eu levamos os noivos para o aeroporto. Ambos irão para o Havaí curtir a lua de mel, um presente dos padrinhos D & I, e já digo de antemão que eles amaram. Estou encostada no meu marido, que está apoiado em uma parede próximo ao elegante balcão de informações. Como sempre o meu marido está abraçando ao meu corpo por trás. É algo bem nosso, sabe? Simplesmente não conseguimos ficar longe um do outro, não quando estamos no mesmo ambiente. O pessoal está distribuído pelo corredor. Alguns sentados em bancos acolchoados, outros ao telefone falando com alguém, ou dormindo no colo de alguém. São quase duas horas da madrugada quando o médico avis que mãe e filhos passam bem, porém, a visita só será liberada no dia s
Daniel.Alguns anos depois...Entro no nosso quarto e encontro a nossa cama completamente vazia. Meus olhos percorrem com avidez pelo quarto, porém, ele também está vazio. Afrouxo o nó da gravata e me livro da peça, largando-a de qualquer jeito em cima de uma poltrona e caminho na direção do banheiro. No curto trajeto, vou me desfazendo do terno e em seguida, abro os botões da camisa social. Aproximo-me da porta e escuto o som do chuveiro ligado. O meu peito infla por saber que estou mais perto dela agora, só há alguns passos dessa porta. Termino de desabotoar a camisa, deixo a peça deslizar por meus braços e ela cair no chão logo em seguida. Contudo, não vou para debaixo do chuveiro. Eu cruzo os meus braços e me permito assistir a minha esposa linda deslizar o sabonete pela pele branca e molhada. A espuma faz o que a minha mão deveria estar fazendo ali e suspiro com inveja dele. Alcanço o cinto da minha calça, o desafivelo, abro o botão e depois o zíper. Livro-me dos sapatos com o au
IsabellyEscuto o som da sua respiração. Ela está ofegante, pesada, entre cortada, enquanto se mexe ávido dentro de mim. Seus movimentos têm um misto de brusco e cuidadoso, selvagem e amoroso e me empurram cada vez mais perto do meu ponto G. Logo sou arrastada para a beira de um abismo e me sinto flutuar.— Aaaaaahh!! — Os meus gemidos se misturam aos seus urros e rugidos, assim como o seu suor ao meu, e no ato as minhas unhas se arrastam por suas costas e ombros. As minhas pernas pressionam a sua pélvis, instigando-o a não parar os seus movimentos. Ele é dominante, envolvente e ardente como sempre. Suas mãos seguram firmes nos meus quadris de modo que eu não posso me mexer, não posso sair do meu lugar e nem quero. Escuto um urro animalesco e sorrio por dentro achando-me poderosa. Ele está perto, tão perto quanto eu estou.— Porra, Isa! — Daniel rosna entre dentes. O seu rosto fica vermelho e contorcido por conta do prazer que vem o partindo ao meio. Logo estamos gemendo tão alto que
Isabelly— Gostoso, não é? — Ele diz se mexendo atrás de mim. Eu queria poder gritar que sim e expressar com palavras tudo que estou sentindo agora, mas é praticamente impossível! Por tanto, consigo sibilar:— Sim!— Como você quer, meu anjo? — inquire. A sua voz rouca me envolvendo, me excitando, me estimulando.— Rápido... e... forte... por favor! — respondo com dificuldade. E ele começa a se mexer exatamente com lhe pedi.— Assim? — Meu marido me provoca.— Aaaaah, oh céus!— Responde, Isa! — Exige e eu não aguento o seu jeito dominador, que me faz chegar ao ápice.— Assim! Assim! — rosno sentindo o meu fôlego faltar. Daniel geme o meu nome em seguida, soltando um grunhido alto e inevitavelmente explodo junto com ele. Por fim, a sua cabeça tomba em minhas costas e agora escutamos apenas os sons das respirações descompassadas e da água caindo sobre os nossos corpos.— De que horas vamos encontrar Emily e seu pai? — Ele pergunta após alguns segundos em silêncio.— As Três — digo e e
IsabellyLogo estamos entrando no belíssimo restaurante e inevitavelmente observo as suas paredes cor de tabaco, iluminado por suas luzes amareladas dando ao lugar um ar rústico e romântico ao mesmo tempo. Os arranjos florais então por quase toda parte, ornamentados por minúsculas luzes brancas. No centro das mesas tem alguns castiçais com velas acesas e um arranjo de rosas vermelhas complementa o quadro romântico que mencionei. Contudo, um coração trançado por fios dourados com o nome LOVE dentro dele me chama a atenção e me pergunto se é um baile temático. Sabe, tipo Dia dos Namorados ou coisa assim. — Boa noite, senhora! — O maitre diz assim que damos dois passos para dentro do prédio. — Por aqui por favor. — Ok, isso não parece um tanto estranho? Quer dizer, ele não deveria perguntar pelas nossas reservas? Não contesto, apenas seguimos o homem a nossa frente e somos acomodados em uma das mesas bem perto de um palco que só percebi agora. Caramba, onde a Emily me trouxe a final? C
Christopher ÁvilaOnze anos antes...De vez em quando eu paro no tempo e começo a pensar na minha vida. Eu sei. Jovem demais para olhar para trás, mas as vezes é preciso. É algo inevitável, preciso rever o que eu fiz de bom e de ruim. E eu me perco as vezes nos bons atos. Os ruins procuro deletar ou consertar para seguir em frente. Caminho pela calçada a procura de um banco para me concentrar nas provas de final de ano.Desculpa, estou sendo evasivo com vocês, não é?Olho ao meu redor, observando a estrutura moderna do prédio de cinco andares. As paredes de tijolos amarronzados e as grandes janelas de vidros transparentes. Estou rodeado por um belo gramado e poucas árvores frondosas, e alguns alunos espalhados pelo perímetro. Estou no colégio e está quase na hora de iniciar o segundo horário. Me sento em um dos bancos de madeira branca e tiro o caderno de dentro da mochila. Amanhã faço dezoito e como presente dos meus pais, farei uma viagem sozinho. Isso é instigante, estou empolgado,
Christopher ÁvilaÀ noite, estou em casa e como sempre seguimos com a nossa rotina familiar e uma das normas da mamãe é jantar todos reunidos a mesa. O mesmo acontece no café da manhã e no almoço. Nada de negócios, trabalho ou assuntos de escola. É o nosso momento sagrado em família. E acredite, mesmo após tantos anos, ainda olho a mesa farta e a família linda com extrema satisfação. Como sempre, Daniel Ávila se senta em uma das pontas da mesa, e meu avô Dam na outra ponta. Em sequência vem a minha mãe do lado direito do meu pai e minha avó Sara do lado esquerdo do meu avô. Eu me sento de frente para a minha eterna Sorvetinho. A minha irmã Victória com seus dez anos de idade se senta do meu lado esquerdo e ao lado dela está Alice de cinco anos. Pois é, os homens dessa casa estão rodeados de lindas mulheres. Vick, como a chamamos carinhosamente está se tornando uma linda garota. Ela tem os traços fortes do meu pai. É morena, tem os cabelos negros e lisos, mas são curtos, com um corte m