BENJAMIN
— Como?
Thomas e eu estávamos no escritório dele, sentados à mesa encarando nossas faces infernais. A confusão do lado de fora rendeu muitas dúvidas e gritaria, saímos os dois com as roupas manchadas de sangue, mas com a pele já curada dos ferimentos. Lucian estava de pé no canto, garantindo que as coisas não voltassem a sair do trilho e Peter escolheu se manter do lado de fora, tendo a certeza que conseguiria conter a curiosidade da Rainha.
— Como? — rebateu. — Pensei que fosse dizer algo mais interessante!
— Eu matei você! — afirmo rangendo os dentes.
— Sim, você matou! — repetiu. — Arrancou meu coração covardemente!
— COVARDEMENTE? — dou um murro na mesa me apoiando sobre ela em seguida. — VOCÊ IA
BENJAMINEnquanto isso dentro do escritório.— Faremos um acordo então!— Acordo? — começo a rir. — Por que eu faria um acordo com vocês quando posso simplesmente matá— los?— Porque eu tenho algo que você quer! — afirmou.— E o que seria?— A Rainha!— A Rainha não pertence a vocês! — digo em alto e bom som. — Seu neto pode não conhecer nossas regras Lucian, mas você pelo o que estou vendo já é vampiro a um bom tempo, isso significa que está ciente sobre as nossas normas, correto?— Que normas?— Não se pode mexer com as mulheres dele!— O QUÊ?— Exato!— MAS A MILA É A MINHA MULHER!
BENJAMIN— O QUE ESTÁ ACONTECENDO BENJAMIN, POR FAVOR ME FALA LOGO! — implorou deixando as lágrimas escorrerem pelo seu rosto."Droga, não consigo. Não dá para conversar com ela chorando, isso me deixa louco!"— Thomas tentou abusar de você quando estava desacordada. Eu não pude me controlar, Mila. Era impossível ficar ali parado assistindo— o estuprar você!"Três minutos!"— Eles me querem longe, longe de você. Sabem que estamos juntos e ameaçaram te ferir caso eu não fosse embora, po —— Embora? — ela me interrompe. — Você vai embora, vai me deixar aqui?Tortura, ou não aquelas perguntas massacram meu coração, principalmente quando as gotas que deslizam por sua pele deixam suas bochechas
"Adivinha quem é a filha..."Julie.Isso mesmo, a tão amável e carinhosa Julie."A propósito eu fiquei muito triste por ela não ter me contato isso, mas depois entendi que não valia a pena perder sua amizade por um segredo dela."Julie e Greta não eram próximas, achei estranho, só que aí entendi que ambas tinham opiniões contrarias sobre a velhice da empregada. Julie queria a imortalidade para sua mãe e Greta sendo uma senhora orgulhosa queria poder descansar, encontrando a paz.— Julie ligou hoje?— Não, sinto muito...Quanto mais eu perguntava sobre o Benjamin para Julie, mais ela se afastava de mim. Hoje eu já não pergunto mais por ele, mas também não recebo tantas ligações dela como recebia antes.— Não quero comer, não quero
Mais nervosa do que antes, caminho até ela ficando de frente para sua coragem canina.— Majestade... — disse com medo.— Não sou o Rei, mas sou a Rainha, sua Rainha!— Chega vocês duas!— Não se meta garoto!— Não se meta o senhor!— Olha como fala!— Parem, isso não vai levar a nada. Todos precisamos nos acalmar!"Ele está certo!"Concordo dando dois passos para longe dela, até que a sua persistência e ousadia se exibem em dobro na frente de todos.— É Rainha por enquanto! — me surpreende fazendo— me virar para ela.— MARTINA!O Rei solta um grito com ela, indignado com sua afronta, ao mesmo tempo que Greta espreme os olhos apavorada, e Peter passa as mãos no rosto todo suado.— Q
— E é por isso que estou aqui, para ensiná— la que se ela não matar seus inimigos eles podem voltar para assombrá— la depois. Você é meu neto e eu sou grato por ela não ter te ferido, mas por causa disso você hoje é um vampiro e permanece ao lado dela!— Eu estou entendendo suas jogadas!— Jogadas?— Você não está aqui para me ensinar a lidar com o meu novo eu, você está aqui porque quer transformar a Mila numa arma, numa arma perfeita só para você!— Foi por isso que quis o Benjamin longe dela!— Não existe ninguém mais poderoso que o Benjamin e nenhuma outra pessoa que ele ame mais que a Mila. O senhor sabia que quando o afastasse dela, o luto e a dor iria a comer por dentro a deixando vulnerável para que seus planos pudessem surgir efeit
— Mila? Precisei de duas horas para conseguir me por de pé levando meu corpo até a saída. — V— você ainda está aqui... Minha voz sai arrastada e minha respiração cansada, logo me apoio na pedra alta ao lado, desejando só mais dois minutinhos de descanso para prosseguir com os meus passos. — Porra! — destacou acelerando seu andar no meu rumo. — O que ele fez com você? Ele está sendo muito exagerado. Tocou meu rosto, meu cabelo, examinou meu pescoço, levantando meu braço. Estava agindo pior que minha mãe. — P— para! — peço aos gaguejos. — Eu estou bem! — Bem? — zombou. — Você não está nem perto de estar bem, Mila! Ele coloca a mão na minha testa e depois pula com ela para o meu pescoço. — Virou médico? — Não, mas você precisa de um urgentemente! — falou. — Está queimando em febre. Queimando como aquela vez quando te achei jogada no sofá! — Não vou no
— Eu não sou como ela, não sou homicida! — A Martina não concordaria com você! — é irônico. — Se eu fosse esse poço de maldade, você estaria igual a Martina agora! — Está vendo? — apontou. — Isso não é você falando, isso é aquele demônio — Imediatamente, me lanço na estrutura física dele circulando minha mão esquerda no seu pescoço humano e frágil. — AAAAAAA! — berro de ódio. Preso pelas minhas garras, seus dois braços agarram meu pulso tentando fazer com que eu o solte liberando seu sistema respiratório. — Mi...Mi...la... — disse meu nome, sufocado. — Se chamá— lo de demônio de novo, eu quebro sua traqueia! — aviso. — D— descul — — Eu quero você e todo o seu circo, longe de mim e do meu dragão! Neste instante como se pressentisse uma fatalidade, o som de um vibrador soa dentro do bolso do meu segurança interrompendo a expansão da minha fúria.
— Estou morta de fome! — comento sozinha passando pela porta principal com os ombros caídos e os olhos no chão.— Onde você foi?Sua voz ecoa no meio do saguão fazendo minha cabeça se levantar, deparando com a cena de um homem bem trajado e com uma prancheta na mão.— Como você ousa sumir desse jeito depois do que fez?"Odeio ficar com fome. Odeio mais ainda brigar quando estou com fome!"— Matar uma pessoa é tão simples assim para você?Fico parada. Parada como uma estátua apenas olhando para ele.— Responde! — mandou. — Matar uma pessoa é tão simples assim para você, Mila?— Não sei... — sou irônica, voltando a me mover. — Me diz você!— Não foi eu que matei a governanta!— Eu sei, mas morte é morte. O que eu fiz com ela, e o que você fez comigo não tem diferença alguma!— Ai! — zombou escorado na parede do corredor ao lado, revelando sua presença. — Essa doeu!"Ninguém merece esse cara agora!"— Vou subir para o meu quarto! — digo passando pelo rei.— Espera! — pediu cal