BENJAMIN— Mila... _digo seu nome enquanto a vejo encolhida, observando as árvores passarem pela janela do carro."Ela está tão quieta..."Parece que todas às vezes que eu chego perto dessa mulher, um turbilhão de emoções acaba tomando conta de mim. Logo eu que sempre tive tudo conforme meus desejos sem ter que me preocupar com as vozes que me rodeavam, hoje me vejo aqui, preocupado com o silêncio daquela que mal conheço, mas que o meu corpo faz questão de mostrar o quanto a falta da voz dela consegue me desestruturar.— Eu já disse que não precisa se preocupar, ninguém vai encontrar aqueles corpos!Ela esfrega suas bochechas com as mãos manchadas de sangue e volta a se encolher sobre o couro, ainda sem me olhar nos olhos."Por que ela está tão estranha?"— Você não vai falar comigo? _questiono deixando minha raiva vazar pouco a pouco. — Não posso te ajudar assim!Essa merda de sentimentalismo deixa tudo muito confuso.Aperto o volante com meu punho, pisando fundo no acelerador até
BENJAMINO porquê de somente o criador conseguir dar essa resposta, é justamente pela ligação de sangue e formação. Podíamos sentir por baixo da nossa carne enterrado no nosso peito, uma sensação eletrizante que causava um conjunto de tormento e desequilíbrio, sempre que as nossas crias corriam algum tipo de perigo, ou dano. Mas aqueles criadores que não conseguem prever esse tipo de situação, são aqueles que tem uma linhagem muito grande e que já não conhecem mais esse sentimento, por estarem acostumas a viver com ele."Depois de tantas perdas, a gente se acostuma e aí começa a passar despercebido!"— Ela está bem! _revelo aliviado.— Nossa...Meu mordomo relaxa os ombros visivelmente mais leve e eu me encarrego de pegá— la do colo d
BENJAMINMila "Cheguei à conclusão que nessa vida eu nasci só para me lascar. Tanto homem no mundo e eu resolvo ter tesão no tio enquanto transo com o sobrinho."— Você sempre fica muito estranha quando toca no nome dele...— O quê? _ela se levanta de repente, com a pele ainda mais clara. — Nossa Benjamin, você é pior que eu quando se trata de fantasias mentais.— Dependendo da fantasia, eu já me encarrego de tirar a limpo antes que ela fique me perturbando.Mila "Oh Deus..."— O que acha de colocarmos as cartas na mesa? _insinuou. — Diga de uma vez tudo o que sabe sobre mim, e você me conta sobre você!— Por que tanto interesse nisso?— Não gosto dessa sensação, de estar com alguém e n&ati
BENJAMIN— Você se lembra disso?— Claro... _ela morde os lábios me provocando.— Mila... _digo seu nome, oscilando meus olhos nos dela e nos seus peitos.— Sim? _murmurou.— Pensei que tínhamos combinado de parar com essas provocações...— Mas eu não estou fazendo nada... _falou ao mesmo tempo que movimentou seus pés, abrindo docemente suas pernas.“Porra, assim me quebra!”— Por favor...— Não está quente aqui?“E como!”— Posso te fazer uma pergunta?— Até duas se quiser!— Pelo menos está usando calcinha?Ela sorri para mim. Sorri de um jeito muito malicioso e diabólico.—  
— O— oi? _retorno para o mundo da consciência sendo interrogada pelo meu Deus grego.— De onde você tirou essa roupa?Fico com a pele corada, sem entender se aquilo tinha agradado, ou decepcionado ele.— Não pode ficar andando por aí assim, está totalmente exposta. Isso é vergonhoso!"Nossa..."Meus olhos murcham junto ao meu rosto que fica abatido, repleto de humilhação. Eu não precisei falar nada, na verdade, até o Vicent pode sentir aquela pontada também, mesmo que não tivesse sido com ele.— S— senhor... _ele me olha entristecido e olha para o seu mestre. — Ela não tem culpa, fui eu quem comprei pensando que —— Errado! _ele o bloqueia. — Ela é uma Rainha, não pode ficar andando por aí como uma camponesa inocente, pronta para ser pegue pelo primeiro imbecil!Vicent me olha no mesmo minuto, sabendo que a onda que tinha derrubado ele, também tinha me afundado duas vezes mais no fundo. Eu o olho envergonhada, triste por lembrar das desfeitas que o Thomas também me fazia e conseq
— Talvez eu não tenha as mesmas experiências que você Mila, mas se tem uma coisa que aprendi nesses meus quarenta anos, é que jogar seu peso em outra pessoa, não vai diminuir a dor que você sente. Em outras palavras, o Benjamin não tem culpa dos erros que o Thomas cometeu com você. Evitá— lo com medo do que aconteceu no seu passado e com outra pessoa, é totalmente injusto, já que você nem deu a ele a oportunidade de provar seu amor."Que conversa mais difícil..."— Sabe quantas pessoas por aí deixam de ir atrás dos seus sonhos porque tem medo de tentar? _perguntou. — No meu ver, ser esse robô programado que você disse é a mesma coisa de estar morto.— Não sei... _fico pensativa.--------------Uma semana se passa, meus dias tem sido tediosos e cansativos, a única coisa que faço é comer, treinar e dormir.Frequentava poucas partes da casa, mas também não fazia muita questão de olhar o resto, já que no meu tempo livre eu me enfiava dentro daquele livro.Não vejo o Benjamin desde o di
— Eu estou cansada desses seus joguinhos, não vou ficar esperando você decidir o que quer enquanto brinca comigo! — Não está claro que eu sou louco por você, caramba? — Então por que toda essa dificuldade? — Eu comeria você umas mil vezes, Mila, se isso não colocasse sua vida em perigo! — Não tem ninguém aqui para você estar preocupado com isso agora! — Você nunca vai entender! — Vai pro inferno, Benjamin! _digo com um solavanco, me levantando da cama. — Para com isso! _ele se ergue do colchão tentando me tocar. — Eu nunca deveria ter deixado você chegar perto de mim! Vou me afastando, mas ele insiste em vir atrás buscando meu braço. — Vamos conversar! — PARA! _grito virando meu rosto com o arco vermelho dentro dos olhos. — C— calma! _ele vê meu lado animal se revelar. — Por favor, vamos conversar. — Eu só abro minha boca para falar agora quando eu estiver gozando encima de um pau bem gostoso! Ouço— o bufar. — Okay, já chega! As veias dos seus braços fica
— Calma!"Eu vou morrer!"— Ele é muito pesado...O cheiro de sangue começa a tomar conta do espaço, enquanto arranhões no piso e gemidos baixos soam do outro lado, me deixando preocupada.Engatinho silenciosamente até a ponta e tento enxergar o que estava acontecendo.— Olha só... _ela caminhou até o homem e se agachou do seu lado.Duas mulheres e um homem ferido no chão.— Nojento!A mulher arrogante que estava ao lado daquele senhor, tinha os cabelos castanhos e os olhos cor de mel. Ela era linda e parecia uma modelo de vinte anos.— O que está fazendo?Julie, como a outra chamou, era totalmente diferente da outra mulher. Ela parecia uma menina, uma menina de só dezenove anos. Ela era loira, mas os seus olhos eram azuis, tão azuis que até lembravam a cor do c&e