Minhas palavras duras o fazem me olhar de um jeito perplexo, dando a entender que ele não esperava por uma discussão tão cruel e direta.
— Você aceitando— os, ou não Thomas, eles continuam sendo seus Príncipes — afirmo. — E essa rivalidade ridícula que você tem com o Apolo, só o deixa mais motivado a tomar o seu lugar. Sugiro que passe a respeitá-los, antes que se torne o alvo deles!
Dito aquilo, levanto da cadeira e pego minha bolsa guardando o notebook. Minhas afrontas ao Rei o deixam pensativo, recorrendo ao que realmente interessava.
— Benjamin deveria ter sumido junto com esses bebês quando decidiu ir embora! — cuspiu sua arrogância, sem pensar no que aquela frase me causaria.
Então sou pega por um milhão de sentimentos diferentes, que me jogam no meio de um redemoinho de lembran&c
— Sim, mas nem sei por que estou indo. As coisas com o Thomas estão horríveis desde que o proibi de falar sobre os corpos dos pais dele!Ossos que até hoje ela se nega a dizer onde estão, por respeito ao Benjamin.— Sinto muito, Julie. Se eu entendesse alguma coisa sobre relacionamentos pode ter certeza que te daria bons conselhos, mas tudo que tenho a oferecer é um divórcio ruim, um amante desaparecido e uma amizade colorida!Ela não consegue segurar as risadas.— Posso te pedir um favor?— Claro!— Me empresta esse seu salto maravilhoso, estou namorando— o desde que te vi lá embaixo!Blusa e calça meia perna soltinha, coque na cabeça com alguns fios soltos, bracelete de ouro no pulso e um salto cor nude no pé.— É todo seu! — digo
— ESSE ANEL NÃO É VISTO DESDE QUE A MINHA MÃE FOI ASSASSINADA!— VOCÊ ESTÁ LOUCO!Assim que viro para eles dou de cara com dois cães de briga em um Ring.— VOCÊS MATARAM ELES E SUMIRAM COM OS CORPOS!"Realmente é bem intrigante esse anel ser encontrado justo ali!"Mas tudo começou a fazer sentindo quando recordei das coisas que a Julie me contou no passado.— Os corpos nunca saíram do Palácio! — lembro-me.Aquele mar era muito traiçoeiro para alguém se atrever a entrar nele, o que era um dos motivos pelo qual o Benjamin escolheria jogá-los lá dentro sabendo que ninguém se aproximaria para procurar."Sim, é isso. Eles foram jogados no mar, ou então podem estar enterrados na areia!"— &nbs
Depois que assassinei o Rei fui levada do Palácio, detida em um quarto privado por dois meses. Eu podia ter fugido, mas fazer isso colocaria meu título em risco e também diminuiria as chances de ver meus filhos crescerem. Mentir também estava fora de cogitação já que o corpo dele tinha as minhas digitais e seu sangue estava na minha mão."Não sou uma assassinada perfeita como o Benjamin era!"Preferi ficar e contar que agi por legítima defesa, é claro que eles não acreditaram principalmente quando viram que eu tinha arrancado o coração do Rei. As coisas só começaram a dar certo quando a Julie contribuiu com a investigação e depois de uns dias entenderam que não restaram motivos para me manter presa mesmo que a morte dele ainda tivesse um único mistério.A pergunta que todos me faziam era:<
— Você não imagina o quanto eu estou feliz!"Céus nunca pensei que usaria um anel de novo..."Foi tão difícil me livrar do Thomas que a possibilidade de me casar novamente era praticamente impossível, já que aquele que eu realmente queria, nunca me quis de verdade."Foi certo ter ditosimpara ele?"Enquanto eu olhava o diamante no meu dedo Adam falava comigo sem perceber que meus olhos estavam travados na pedra, onde minha mente flutuava em mil dúvidasdiferentes.— Ei! — falou buscando o meu queixo. — Está me ouvindo? — ele leva meu rosto na mesma direção que o dele com aquelas mãos macias pousadas nas minhas bochechas, olhando dentro dos meus olhos verdes.— S— sim! — minto com um gaguejo nervoso. 
— MUITO MELHOR! — gritou entusiasmado.— Não tenho dúvidas! — brincou.De repente quando menos esperávamos, a voz do Adam surge no corredor a caminho da sala de jantar.— ONDE ESTÃO MEUS MENINOS?"Puta que pariu!"Os olhos do vampiro cerram de ódio, mirando na entrada do cômodo.— TIO ADAM! — ela corre indo buscá-lo. — VENHA VER QUEM ESTÁ AQUI!— OIII! — respondeu alegre. — Nossa...eu adorei seu colar de pedrinhas rosas, quem foi que fez?Conforme o som da sua voz se aproximava de nós, meu corpo suava de nervosismo temendo o que pudesse acontecer. Meus olhos vacilavam na porta e no Benjamin enquanto ele estava fixo como um prego encarando a entrada.— Nós que fizemos, você não se lemb
— Não, eu não deixei que o Hector o tirasse de mim! — revelo deixando-o impactado.— Como assim não deixou? — bufou zangado. — Não acredito que —— Eu não podia arriscar, Benjamin! — o corto explicando meus motivos. — Se eu tivesse deixado ele fazer o feitiço um dos nossos filhos correriam o risco de se tornar o próximo hospedeiro.— Não é certo você ser obrigada a viver com isso dentro de você, deve ter algum jeito de destruir essa coisa para que ninguém mais seja possuído por essa droga!— Melhor eu, do que um deles! — retruco. — São só crianças, eles brigam quando um pega o brinquedo do outro, e até fazem apostas para ver quem é o preferido. Imagine só o que não fariam se tivessem o poder do Falkor
Eu já vi esse homem ter atitudes tão cruéis e irresponsáveis, mas nunca tinha visto ele transbordar de angústia, ao ponto de perder a postura. Até sua voz tinha alterado mesmo que muito pouco. Ele estava reprimindo seu choro, ressoando um tom derrotado.— Benj —— Nosso amor significava tão pouco assim para você?Nossa, aquela pergunta me rachou no meio.— O— o quê? — digo despedaçada. — Claro que não, como pode dizer isso?— Você nunca acreditou no meu amor, que eu pudesse sentir algo por você, não importa quantas coisas eu fizesse você ainda assim suspeitava dos meus sentimentos."Droga..."— Eu te dei dois mil anos da minha existência, fui contra todos os meus princípios só para te proteger, fui julgado por você
BENJAMINNo dia seguinte bem cedo.— Quando fui atrás da Eleonor, acabei encontrando no caminho muito mais inimigos do que eu imaginava. Ela tinha tudo planejado, sabia que eu estava indo atrás dela e queria isso. Quando cheguei lá cai na porra de uma armadilha, e fui me preso em uma jaula impregnada de magia antiga.— Porra!— Nada quebrava aquelas barras, fiz de tudo para me soltar!— Se a jaula tiver sido enfeitiçada com magia de sangue, nada seria capaz de quebrá-la, nem mesmo o dragão da Rainha!— Mas como você conseguiu sair?— Pode parecer piada, mas a porta simplesmente abriu do nada! — contei me lembrando do inferno que vivi.Sete anos em um laboratório abandonado, preso em uma jaula feita para aprisionar vítimas de experimentos. O lugar era