TELEFONE TOCANDO
Pego o celular com meus dedos trêmulos e peço licença me afastando do anjo de olhos azuis.
"Eu: Peter!" — atendo a chamada, dando glória aos céus.
"Peter: Você me ligou?"
Sim, eu tinha ligado para ele, mas a chamada só caia na caixa postal.
"Peter: Foi alguma coisa com os bebês?" — perguntou como um irmão preocupado. "Posso voltar agora mesmo se quiser!"
"Eu: Não, os gêmeos estão bem, na verdade eu te liguei para saber se pode me fazer um favor..."
"Peter: Claro é só dizer!"
"Eu: Você ainda tem acesso ao sistema de câmeras do Palácio?"
"Peter: Tenho, mas por quê?"
— Já pode colocá-lo no carrinho, Bennet, o garoto não vai fugir! — disse Hector. — Eu sei, mas ele está tão quieto, ele nunca fica assim quando pego ele! — comentou de pé na sala, balançando o Apolo nos seus braços enquanto o observava atentamente. — Como pode ele e Ártemis serem tão diferentes? — queixou. — Ninguém explica a — O som distante e inusitado que vem do lado de fora é o que faz o bruxo se calar correndo até a janela. Vendo que algo tinha desperto a atenção do amigo, Benjamin coloca seu filho no carrinho perto da irmã, checando o que tinha do lado de fora. — Consegue ouvir? — S— sim... — respondeu concentrado. — Está vindo para cá! Ele solta as cortinas, subindo as mangas do seu suéter preto, ao mesmo tempo que marchava até a porta. Benjamin estava pronto para lutar, até que o bruxo avistou algo ainda mais tenebroso. — Bennet, espere! — pediu. — Por que? — Veja! — chamou no vidro. — O dragão parece ter ouvido o mesmo que nós! Falkor se aproxima d
BENJAMIN"Droga..."— Certo! — digo me colocando de pé, puxando o lençol para cobrir seu corpo enfeitiçado. — Eu te amo, Mila Rivera e eu espero que você me perdoe um dia... — sussurro em despedida, dando um beijo na sua testa. O beijo mais rápido e doloroso de toda minha existência. Perto na sala, Julie está balançando os carrinhos para os gêmeos dormirem. Ela não me vê e eu também não os vejo, então Hector pega no meu braço e me puxa para trás cercando minha estrutura com um abraço amigável.— He...Hector... — digo surpreso. Ele não era um homem de muitas demonstrações de afeto, na verdade, nenhum de nós era.— Prometo que irei cuidar deles, Bennet! — Eu sei que vai, meu amigo! — digo o apertando forte. — Não sei se vou conseguir me despedir dos bebês...— É melhor que não! — aconselhou. Eu duvido conseguir sair por aquela porta depois de ver seus rostinhos. — Você vai contar nossas aventuras para eles? — Todas elas! — afirmou tocando meu ombro.— Só não conte sobre o
BENJAMINLá na frente com pouco espaço na frente das minhas vistas, uma mulher tatuada vem até o chefão cochichando algo no seu ouvido. O que ela diz faz oYlfings levantar a palma da sua mão para os outros dois, pedindo que cesse meu castigo.Eu me ajoelho, cuspo o sangue na minha boca e debocho da cara dele.— Já acabaram? — zombo.— Achou pouco?— Para um cara que se diz tão foda como você, eu confesso que esperava mais!Ele rir, balançando seus dedos duas vezes para cima, ordenando que me levantem.— Tragam ele para o pátio!Suas putinhas pegam meus braços me arrastando até o local que ele mandou.— É nesse pátio que você vai lutar comigo?— Lutar com voc&eci
BENJAMIN— N— não... — bufou sem acreditar.Com o sangue da jovem jorrando e seu corpo batendo contra o chão, todos ficamos petrificados com o episódio, presos sem reações.— O...o que você fez... — disse a própria avó, chocada com a ação da neta.Apoiada no cimento, Mila assististe a irmã se afogar em sangue. Perla sua irmã mais nova e o motivo por tudo que ela já tinha batalhado na vida, morre lentamente e dolorosamente com os olhos cravados no da Rainha. Aquela que ela tinha como irmã do meio e também uma segunda mãe.Ela não grita, não chora, mas seus lábios tremem ao ver a caçula daquele jeito. Só quando seu coração dá a última batida que a vampira se põe de p&e
Minhas palavras duras o fazem me olhar de um jeito perplexo, dando a entender que ele não esperava por uma discussão tão cruel e direta.— Você aceitando— os, ou não Thomas, eles continuam sendo seus Príncipes — afirmo. — E essa rivalidade ridícula que você tem com o Apolo, só o deixa mais motivado a tomar o seu lugar. Sugiro que passe a respeitá-los, antes que se torne o alvo deles!Dito aquilo, levanto da cadeira e pego minha bolsa guardando o notebook. Minhas afrontas ao Rei o deixam pensativo, recorrendo ao que realmente interessava.— Benjamin deveria ter sumido junto com esses bebês quando decidiu ir embora! — cuspiu sua arrogância, sem pensar no que aquela frase me causaria.Então sou pega por um milhão de sentimentos diferentes, que me jogam no meio de um redemoinho de lembran&c
— Sim, mas nem sei por que estou indo. As coisas com o Thomas estão horríveis desde que o proibi de falar sobre os corpos dos pais dele!Ossos que até hoje ela se nega a dizer onde estão, por respeito ao Benjamin.— Sinto muito, Julie. Se eu entendesse alguma coisa sobre relacionamentos pode ter certeza que te daria bons conselhos, mas tudo que tenho a oferecer é um divórcio ruim, um amante desaparecido e uma amizade colorida!Ela não consegue segurar as risadas.— Posso te pedir um favor?— Claro!— Me empresta esse seu salto maravilhoso, estou namorando— o desde que te vi lá embaixo!Blusa e calça meia perna soltinha, coque na cabeça com alguns fios soltos, bracelete de ouro no pulso e um salto cor nude no pé.— É todo seu! — digo
— ESSE ANEL NÃO É VISTO DESDE QUE A MINHA MÃE FOI ASSASSINADA!— VOCÊ ESTÁ LOUCO!Assim que viro para eles dou de cara com dois cães de briga em um Ring.— VOCÊS MATARAM ELES E SUMIRAM COM OS CORPOS!"Realmente é bem intrigante esse anel ser encontrado justo ali!"Mas tudo começou a fazer sentindo quando recordei das coisas que a Julie me contou no passado.— Os corpos nunca saíram do Palácio! — lembro-me.Aquele mar era muito traiçoeiro para alguém se atrever a entrar nele, o que era um dos motivos pelo qual o Benjamin escolheria jogá-los lá dentro sabendo que ninguém se aproximaria para procurar."Sim, é isso. Eles foram jogados no mar, ou então podem estar enterrados na areia!"— &nbs
Depois que assassinei o Rei fui levada do Palácio, detida em um quarto privado por dois meses. Eu podia ter fugido, mas fazer isso colocaria meu título em risco e também diminuiria as chances de ver meus filhos crescerem. Mentir também estava fora de cogitação já que o corpo dele tinha as minhas digitais e seu sangue estava na minha mão."Não sou uma assassinada perfeita como o Benjamin era!"Preferi ficar e contar que agi por legítima defesa, é claro que eles não acreditaram principalmente quando viram que eu tinha arrancado o coração do Rei. As coisas só começaram a dar certo quando a Julie contribuiu com a investigação e depois de uns dias entenderam que não restaram motivos para me manter presa mesmo que a morte dele ainda tivesse um único mistério.A pergunta que todos me faziam era:<