Querido Leitor, Aqui termina a parte 1 do primeiro livro da Série Regnaturi, mas A Rainha Guerreira retorna na parte 2 ainda nesse mesmo livro, porém com novos e empolgantes personagens. Malena irá lhe apresentar agora uma nova geração, seus herdeiros tomarão conta da história e já posso adiantar para vocês que vem muita aventura ainda pela frente nos próximos capítulos, acostumem-se porque essa saga é repleta de conflitos, dramas e reviravoltas... Ah, e não fiquem bravos comigo pela morte de alguns personagens, todos têm uma razão de ser e existir, ou não, e lá na frente tudo fará sentido, eu prometo, palavra de escritora! Lembrem-se: em uma saga a história só fecha todos os pontos quando termina o último livro, então, aproveitem o que virá pela frente e uma ótima leitura para vocês. Até Breve, Sandra.
PARTE 2Certas coisas nessa vida são mesmo inexplicáveis. O amor que sentimos pelas pessoas, a natureza que nos cerca, as surpresas que nos reserva o destino… Tudo vem para completar nossas vidas, tudo parece ser exatamente como deveria ser. Alguns empecilhos podem surgir em nosso caminho, mostrando-nos que a luta nunca termina e que nossa fé deve ser o ingrediente principal para mantermos a sanidade e lutarmos por um futuro justo, com paz e sabedoria, para deixarmos como herança o melhor que pode haver dentro de nossos corações, preservando, assim, nossa alma e nossas lembranças, que ficarão aos que ainda estão por vir.***SERAFIM Estava ali, inerte em meus pensamentos, absorvido por um sentimento de vingança que nunca havia estado comigo. Não me lembrava de sentir aquele torpor, aquele veneno correr por minhas veias e inundar todo o meu corpo, todos os meus pensamentos, trazendo coisas ruins para minha vida. O que poderia esperar daquele novo inimigo? Um inimigo que surg
— A senhorita não está um pouco longe do vosso castelo? Virei-me rapidamente para ver quem estava ali, já que naquele horário poucas pessoas passavam por aquela região. — Oh! Quem é você e o que faz por aqui? Nunca o vi aqui no reino — indaguei assustada pela aparição daquele estranho rapaz. — Desculpe-me pela indelicadeza. Anthony, a sua disposição. — Desceu de seu cavalo e estendeu sua mão para que o cumprimentasse. — Felícia. — Estendi minha mão um pouco sem graça e ele a segurou, fazendo uma reverência, sem a beijar, apenas encostando sua testa como forma de respeito. — Encantado com sua beleza, senhorita Felícia. Perdoe minha indelicadeza, imagino que seja uma princesa? — Não, não sou uma princesa, contudo moro no castelo. — Para mim, és uma princesa sim, e permita-me dizer que nunca vi nenhuma tão bela em nenhum outro reino. Sem saber como responder aos elogios daquele estranho, passei a tentar descobrir quem ele era. — Obrigada pelos el
Permanecia sentada, mesmo após terminar meu desjejum. Queria muito a oportunidade de ficar sozinha com meu primo, porém era muito complicado conversarmos e dificilmente conseguíamos tal intento a sós; suas atividades diárias eram tantas que ele sempre estava cercado pelos conselheiros, guardas e representantes do reino. Percebi que naquela manhã seria muito mais difícil, então adiei um pouco a conversa com ele e decidi conversar com minha madrinha que já estava no jardim, em seu habitual passeio matinal com minha mãe e minha tia. Ao me aproximar delas, notei como me olhavam diferente, com um brilho nos olhos que não consegui identificar e sorriram em minha direção, dando a entender que eu era exatamente o que, ou a quem, elas esperavam ver naquele momento. Uma sensação de paz e acolhimento tomou conta de mim. Aquelas três mulheres que estavam ali na minha frente eram meus maiores exemplos de força, garra, determinação, doçura, sabedoria e muita fé. Eu as amava ta
MALENA Não era mais aquela jovem Rainha que venceu seus medos, superou suas perdas e lutou pelos seus ideais, porém estava em paz comigo mesma e sã para tomar providências importantes em minha vida, como transferir meu reinado para meu querido e amado Serafim, que atualmente era o Rei de Minsk. Minha querida e também muito amada afilhada Felícia seria a sucessora do trono, caso fosse preciso, e os filhos de ambos seriam os herdeiros de nosso reino, como estava registrado na lei e em meu testamento. Apesar de alguns empecilhos, tudo foi resolvido há um tempo. Estava feliz com minhas decisões. Não tive meus próprios filhos, no entanto os considerava meus de coração e os amava tanto que queria protegê-los e deixá-los amparados para sempre. Jamais poderia imaginar o que aconteceria dali em diante e quantas boas surpresas a vida ainda iria me oferecer. Todos os verões, viajava para passar uns dias em nosso refúgio nas montanhas, à beira-mar. Uma propriedade linda de on
Ficamos em nossa propriedade de verão durante toda a temporada. Estava nos planos voltarmos antes, contudo consegui postergar nosso retorno ao castelo. Não desejava sair daquele lugar que me dava tanta paz e tinha trazido de volta minha juventude na forma mais linda possível. Aquele lugar era belíssimo, porém não era só ele que me agradava e sim a presença constante de certo camponês que aceitava meus convites para os chás da tarde e enchia os meus dias de alegria. Henry era muito atencioso e divertido. Com o passar dos dias, descobrimos muitas afinidades. Ele gostava de cavalgar, havia aprendido a lutar também e, apesar de não ter se tornado um guerreiro, era muito habilidoso. Apreciava as obras de arte e até entendia um pouco sobre o assunto, contava sobre sua falecida esposa, Damaris, que lia variados temas e usou a herança de sua família para adquirir quadros e esculturas, que enfeitavam sua casa até agora e lhes traziam boas lembranças dela. Sempre me convidava para ir
O sol mal havia nascido e lá estava eu me preparando para o passeio com Henry. Acordei ansiosa; na verdade, mal dormi e quando consegui descansar um pouco, meus sonhos foram dele. Havia quebrado algumas barreiras que eu mesma ergui quanto a me interessar por alguém novamente. O meu maior medo era não ser correspondida ou viver um novo amor que não se concretizasse. Eu não acreditava que poderia amar outra vez. Poderia jurar que meu coração seria de Aron para sempre; penso que não tinha deixado de ser, mas havia um lugar reservado que merecia ser preenchido pela pessoa certa e estava começando a acreditar que, enfim, havia encontrado essa pessoa. Meu querido amigo Elmos não negava sua felicidade em me ver interessada por outra pessoa, porém parecia preocupado com minha segurança. Consegui convencê-lo que estaria segura, pois confiava naquele homem e sentia que ele era sincero comigo. Ele concordou e desejou-me sorte. Henry chegou cedo, com um buquê de flores frescas q
Despertamos com sorrisos cúmplices, o olhar sereno de quem descobriu o amor e o viveu intensamente. Vestimo-nos e voltamos à sua propriedade. Andamos de mãos dadas, abraçando-nos o tempo todo, com beijos roubados durante todo o percurso. Henry colhia algumas flores pelo caminho e as colocava em meus cabelos, atrás de minhas orelhas, e juntando-as em um buquê que me deu como presente. Ao chegarmos à propriedade, sua cozinheira Anne estava nos esperando com a mesa posta e um aroma delicioso no ar e só assim percebemos o quanto estávamos com fome. Após nos restabelecermos em seus aposentos, sentamos à mesa para saborearmos todas aquelas delícias. — Estava tudo maravilhoso, Anne. Que mãos de fada tens para cozinhar! Adorei cada prato que foi servido. Obrigada por essa deliciosa refeição. — Eu que agradeço, Vossa Majestade, e fico muito feliz que tenhas apreciado. — Por favor! Me chame de Malena, não são necessárias tantas formalidades. — Sim, Senhora Malena,
FELÍCIA Naquele dia, o sol parecia que não estava disposto a nos ajudar a aquecer nossa manhã para trazer mais beleza aos campos e flores. Mesmo assim, saí como sempre fazia, acompanhada de meu cesto e minha confiança de que ele apareceria. Comecei a colher as flores e, aos poucos, minha esperança foi se esvaindo. Já estava chegando a hora de voltar ao castelo para o desjejum, todos já estariam acordados e estranhariam se eu não estivesse à mesa. Quando já havia perdido as esperanças e aceitado que ele não apareceria, resolvi voltar ao castelo. Comecei a seguir o caminho para sair do campo de flores. Não conseguia entender o porque ele não tinha aparecido. Será que tudo não passou de uma doce ilusão que criei? Que ele foi apenas gentil em dizer que viria me ver todas as manhãs para me acompanhar na colheita de flores? Tinha entendido errado os sinais de interesse que ele pareceu me enviar? Será? Segui meu caminho, desolada, até escutar cascos de cavalo bem pr