HazelÉ impossível não repetir. É como se essas palavras estivessem enraizadas na minha boca e elas sempre querem escapar.— Eu te amo mais.— Mais?— A amo por dois agora.Meu sorriso se amplia.— E a quero... muito!Dessa vez ele cola a sua boca na minha em um beijo deliciosamente demorado, envolvente e eloquente. Alguns sons escapam da minha boca em meio ao beijo e quando ele para, estamos ofegantes e desejosos.— Quero te mostrar um lugar. — Tristan fala, afastando-se para segurar na minha mão e logo estamos adentrando ainda mais a mata.Sinto frustrada por esse pequeno afastamento e acesa com tão pouco.— Aonde estamos indo? — pergunto curiosa, quando percebo que estamos indo para um lado que eu nunca andei antes.— Você vai ver, Senhora Tybalt.— Senhora Tybalt? Hum, isso soou nem, não acha? — Em resposta ele me beija rapidamente.— Nós dois temos uma conexão perfeita, Hazel. Tudo que envolva nós dois soa bem.— Presunçoso.— Sou um lobo apaixonado. Não me recrimine.Rio.— Cheg
TristanDias depois...— Anabela, preciso do contrato com os estrangeiros da minha última reunião.— Claro, Tristan! — Minha assistente diz, lançando-me um olhar que eu não consigo decifrar.— Está tudo bem? — Procuro saber.— Oh, sim. — Ela parece desnorteada, entusiasmada ou algo assim. — É que... é tão bom tê-lo de volta! Sorrio.No meu normal jamais faria isso. Sorrir não era algo tão fácil a se fazer. Não na minha posição. Ainda mais para elogios como este. A minha condição de Alfa e chefe de uma grande empresa, somado ao meu coração machucado não me dava motivos para sorrir. Mas Hazel mudou isso dentro de mim.— Obrigado, Anabela!Esse agradecimento também não teria saído da minha boca há tempos atrás. Ah, Santa, o que você fez comigo?— Ah, se não se importa, eu... tomei a liberdade de fazer uma comemoração.Arqueio as sobrancelhas em surpresa.— Comemoração? Que tipo de comemoração?Em resposta a minha indignação, ela sorrir, com um menear de cabeça. No segundo seguinte a port
Hazel— Soube que você era a esposa do antigo Alfa — comento quando Luna entra no meu quarto e de costas para mim, ela começa a organizar algumas roupas dentro do meu closet. E o fato de ela não olhar nos meus olhos e de não falar nada me incomoda um pouco, porém, continuo.— Eu sinto muito pelo que aconteceu ao Darius...— Não sente não. — Luna rebate, mas não com agressividade e então ela finalmente me olha.— Parece que você não se sente bem trabalhando dentro essa casa.Ou diretamente para mim. Penso.— Se quiser, eu posso conversar com Tristan e pedir-lhe que lhe dê outra função na alcateia.— Não faça isso, Senhora. — Um tom suplicante passa pela sua boca. — Por favor! — Ela se suspira alto e cautelosa, se aproxima da minha cama, sentando-se na beirada do colchão para olhar dentro dos meus olhos.— Ele agora é o novo Alfa. E não apenas isso, ele é o rei Alfa. Não posso contestá-lo, entende...— Mas, seria eu a falar-lhe...— Mesmo assim. Isso seria uma afronta ao supremo Alfa. E
HazelAlgumas horas...Abro uma brecha de olhos de encontro a imagem desfocada do meu Alfa encostado no espaldar de uma janela. Ele tem as pernas e os braços cruzados, enquanto os seus olhos me analisam, sem dizer qualquer palavra. Portanto, me forço a me sentar no centro da cama e ele finalmente se mexe. Tristan se senta do meu lado e deixa um beijo cálido no meu rosto.— Como está se sentindo.— Estou com fome.Ele sorrir.— É?— Muita fome.— Imagino que sim. Vou pedir para Luna trazer algo para você comer e depois, iremos para a cidade.— Para a cidade? Por quê?— Quero levá-la ao médico, Hazel. Preciso saber o se há algo de errado...— A Luna me falou que esses sintomas são normais no início da gravidez. — O interrompo e seguro em cada lado do seu rosto, beijando-o calidamente.— Bom, eu sou um homem precavido e quero uma opinião médica de verdade. De qualquer forma, você precisa iniciar um pré-natal.— Pré-natal?— São alguns cuidados especiais que os humanos usam quando as mulh
Tristan— Mandou me chamar, Alfa?— Sim. Entre por favor, Aleron. Preciso de uns conselhos.O feiticeiro adentra o meu escritório e fecha a porta atrás de si, acomodando-se na cadeira que está de frente para a minha mesa. Os seus olhos cor de gelo me encaram especulativo, enquanto ele aguarda que eu fale.— Precisa de alguma estratégia? Um cenário de guerra? Ou antidoto para algum mal?— Como eu disse, preciso que me aconselhe.— Sobre o que, Alfa?Em alguns anos enfrentei muitas guerras e já tive que lutar pela minha própria vida. É fácil transformar-me em uma fera indomável, rasgar peles e derramar sangue. Mas, eu não sei nada sobre bebês e seus cuidados. Menos ainda sobre uma grávida. Contudo, é estranho que Hazel esteja tão vulnerável. E é mais estranho ainda que ela durma como se um mundo tivesse se acabado.— Gravidez.— O que?— Quero saber mais sobre isso. Sobre os seus sintomas e tudo mais.— Me desculpe, Alfa! Mas se quer um conselho, precisa de uma parteira. Eu conheço algu
Tristan— Olhe para mim! — ordeno um tanto rude. A garota ergue o seu queixo e quando encontro os seus olhos percebo uma certa relutância neles. — Eu perguntei como está a Hazel? — repito com uma aspereza que não consigo evitar.— A minha Senhora está sofrendo um pouco com os sintomas da gravidez, mas isso é normal…— Normal? É normal que a minha mulher se sinta fraca e apagada? Sem forças até mesmo para sorrir?— São apenas enjoos, majestade. Logo vai passar. Sei que sente a sua falta, meu Senhor, mas Hazel não poderá satisfazê-lo por enquanto.— O que isso quer dizer?Luna não me responde. Ela apenas me olha nos olhos e deliberadamente caminha com passos leves na minha direção. A garota segura firme nos braços da minha cadeira e a faz girar, parando-a de frente para ela. E na sequência, Luna se inclina levemente para aspirar o meu cheiro.— Que porra você está fazendo? — Rasgo um rosnado rude.— Sou sua escrava, meu Alfa. — Luna sussurra deixando um beijo curto nos meus lábios. — Vo
Tristan— Deixe que eu levo, Senhora! — Escuto Luna pedir solicita para a minha noiva e na sequência ela segura uma das pesadas malas para colocar dentro do carro. Hazel lhe abre um sorriso amistoso e agradecido até. Então ela aproveita para se despedir de alguns moradores mais chegados de Maldagan.— Ela me parece bem hoje. — Asterin comenta, parando na minha lateral, porém, não desvio o meu olhar especulativo de cima da Beta sisuda, que parece concentrada no seu trabalho.E sim, Hazel está mais corada, sorridente e bem acordada desde que resolvi ficar por perto. O que me faz questionar: ela estava mesmo sentindo os agressivos sintomas da gravidez, ou algo a estava fazendo se sentir mal? Penso nos chás da estrangeira. E em como Luna a cercou de todas as formas, mando-nos distantes e ocupados. E depois, em como tudo mudou quando me aproximei de Hazel. Pelos deuses, eu espero estar errado. Mas se essa Beta realmente está tentando matar o meu herdeiro, sou capaz de destruí-la com as min
TristanSorrio quando ela abraça o seu dragão do jeito que pode e Hazel começa a conversar algo com ele. Com certeza está repetindo que dessa vez ele não poderá segui-la. É uma cidade grande e movimentada. Um dragão só iria conturbar as coisas por lá. Minutos depois, ela retorna com lágrimas nos olhos e após se acomodar no banco, ela vem para os meus braços.— Será por pouco tempo, amor. — Tento confortá-la.— Por que não podemos escondê-lo nas montanhas? — Ela insiste com voz embargada.— Porque os humanos costumam explorar tudo, Hazel. Nós já conversamos sobre isso, querida — falo com calma e ela suspira. E quando o carro entra em movimento outra vez, a Santa se afasta para olhá-lo pelo vidro de trás, acenando com pesar para a fera que alça voou nos acompanhando pelos céus. — Ele te ama muito — falo, admirado do quanto Draknar se apegou a Hazel.Hazel sorrir para o meu comentário, mesmo com seus olhos molhados de lágrimas não derramadas.***Dois dias depois...— Não se preocupem, R