Tristan— Olhe para mim! — ordeno um tanto rude. A garota ergue o seu queixo e quando encontro os seus olhos percebo uma certa relutância neles. — Eu perguntei como está a Hazel? — repito com uma aspereza que não consigo evitar.— A minha Senhora está sofrendo um pouco com os sintomas da gravidez, mas isso é normal…— Normal? É normal que a minha mulher se sinta fraca e apagada? Sem forças até mesmo para sorrir?— São apenas enjoos, majestade. Logo vai passar. Sei que sente a sua falta, meu Senhor, mas Hazel não poderá satisfazê-lo por enquanto.— O que isso quer dizer?Luna não me responde. Ela apenas me olha nos olhos e deliberadamente caminha com passos leves na minha direção. A garota segura firme nos braços da minha cadeira e a faz girar, parando-a de frente para ela. E na sequência, Luna se inclina levemente para aspirar o meu cheiro.— Que porra você está fazendo? — Rasgo um rosnado rude.— Sou sua escrava, meu Alfa. — Luna sussurra deixando um beijo curto nos meus lábios. — Vo
Tristan— Deixe que eu levo, Senhora! — Escuto Luna pedir solicita para a minha noiva e na sequência ela segura uma das pesadas malas para colocar dentro do carro. Hazel lhe abre um sorriso amistoso e agradecido até. Então ela aproveita para se despedir de alguns moradores mais chegados de Maldagan.— Ela me parece bem hoje. — Asterin comenta, parando na minha lateral, porém, não desvio o meu olhar especulativo de cima da Beta sisuda, que parece concentrada no seu trabalho.E sim, Hazel está mais corada, sorridente e bem acordada desde que resolvi ficar por perto. O que me faz questionar: ela estava mesmo sentindo os agressivos sintomas da gravidez, ou algo a estava fazendo se sentir mal? Penso nos chás da estrangeira. E em como Luna a cercou de todas as formas, mando-nos distantes e ocupados. E depois, em como tudo mudou quando me aproximei de Hazel. Pelos deuses, eu espero estar errado. Mas se essa Beta realmente está tentando matar o meu herdeiro, sou capaz de destruí-la com as min
TristanSorrio quando ela abraça o seu dragão do jeito que pode e Hazel começa a conversar algo com ele. Com certeza está repetindo que dessa vez ele não poderá segui-la. É uma cidade grande e movimentada. Um dragão só iria conturbar as coisas por lá. Minutos depois, ela retorna com lágrimas nos olhos e após se acomodar no banco, ela vem para os meus braços.— Será por pouco tempo, amor. — Tento confortá-la.— Por que não podemos escondê-lo nas montanhas? — Ela insiste com voz embargada.— Porque os humanos costumam explorar tudo, Hazel. Nós já conversamos sobre isso, querida — falo com calma e ela suspira. E quando o carro entra em movimento outra vez, a Santa se afasta para olhá-lo pelo vidro de trás, acenando com pesar para a fera que alça voou nos acompanhando pelos céus. — Ele te ama muito — falo, admirado do quanto Draknar se apegou a Hazel.Hazel sorrir para o meu comentário, mesmo com seus olhos molhados de lágrimas não derramadas.***Dois dias depois...— Não se preocupem, R
HazelDois bebês. A profecia finalmente se cumpriu. Novas raças surgirão. Fortes e imponentes. Respeitada e adorada por todas as nações. Um Alfa de coração puro e uma santa propagarão a terra, trarão a paz e protegerão para os mais fracos. Contudo, o meu coração está em festa, mas não pelo cumprimento dessa profecia em si. E sim, porque esses bebês são o fruto de um amor forte o suficiente para enfrentar o mundo. Feliz, olho para Tristan que está do meu lado. Entretanto, ele não parece estar aqui realmente. Seus olhos e pensamentos parecem distantes. E sua fisionomia rígida demais me diz exatamente no que ele está pensando. Portanto, seguro na sua mão, o absorvendo desses pensamentos. Seu olhar encontra o meu. E ele se suaviza imediatamente.— No que está penando? — pergunto, mesmo sabendo da sua resposta.— Ela tentou matá-los. E tentou matá-la também. Não sei o que seria de mim se...— Shiii! — Não permito que ele termine essa frase. Portanto, levo dois dedos meus para os seus lábio
Hazel— Eu sei — lamento. — O médico disse que estou por um fio de abortar os bebês.— O que? Por quê? — Asterin parece atordoada.— Os chás que a Luna fazia eram abortivos. — Minha amiga solta um grunhido de desagrado.— Que os deuses a façam queimar nas brasas ardentes do inferno! — Ela rosna irritada. — Não é para menos que o Alfa está furioso.Suspiro baixo.— Não é para menos — repito.— Ok, se deite e descanse, Hazel. Eu ficarei por perto para que ela não se aproxime de você.— Obrigada, Asterin!A observo sair do cômodo e fechar a porta atrás de si. Contudo, percebo a sua sombra por debaixo da porta e eu sei que Asterin não arredará os seus pés de perto desse quarto. Os minutos se avançam entre um carinho e outro, até que a sonolência me absorve.***Algumas horas depois...Abrir os meus olhos e encontrar o pôr do sol atrás das montanhas me deixa um tanto surpresa. Droga, eu dormi praticamente o dia inteiro! Resmungo mentalmente e ao me sentar no meio da cama, encontro uma band
Tristan— O que você está me dizendo? — indago tenso para uma Hazel ofegante e eufórica, olhando-me com extremo espanto.— Que o Tino acordou.— Impossível! — Atlas fala, atraindo o olhar assustado de Hazel para ele. — O humano estava morto.Não digo nada. Apenas saio apressado do escritório para ver com os meus próprios olhos. Atlas tem razão. A raça humana é deveras frágil demais. Uma vez morta, ela não se regenera, não volta a vida. E temo que só exista uma explicação para isso.Vampiros. Há décadas não vejo um aqui na Inglaterra.Pelos deuses, espero estar engando.Mas não estou. Penso adentrando o salão quase vazio se não fosse pelo garoto franzino em pé perto de uma janela admirando a lua nova, escondendo-se parcialmente entre as poucas nuvens densas em um céu escuro. Cauteloso, adentro o cômodo e o observo respirar fundo.— É incrível. — Tino sibila sem ao menos se virar para me olhar. — Eu consigo sentir o seu cheiro canino. — Então ele se vira e me olha nos olhos. — Qual a po
HazelUma vampira. A Luna é a vampira que matou o Tino. Como lido com isso agora? E por que ela estava tão próxima do Tristan daquela maneira? Essas interrogações preenchem a minha cabeça a medida que corro como uma condenada para longe do casarão.Mas, para onde ir? Onde me esconder?Os meus bebês! Penso, agora apavorada e quando estou a um passo de adentrar a mata, paro bruscamente encarando um par de olhos vermelhos._ Será que não vê? _ Luna fala dando um passo ameaçador na minha direção.Engulo em seco, afastando-me dela cautelosamente. Contudo, estou me perguntando..._ Por quê?Luna abre um sorriso Malévolo e seus olhos se erguem para o céu escuro. Ela contempla a lua bem no centro da escuridão. Depois, ela me olha outra vez e com um olhar está bichão me responde:_ Nós vampiros somos um povo de elite, Hazel. Somos supremos e poderosos. E sempre estivemos no topo de tudo. Para nós vampiros nunca foi difícil manter Lobos em seus territórios. Eles não passam de férias. Bestas ir
TristanMeses depois…A maior honra de Alfa é cumprir com a sua palavra. Eu jurei manter o meu povo em segurança e estou cumprindo a minha promessa. A alcateia está feliz e mais unida do que nunca, mesmo com a mistura das raças. Lobos amarelos e cinzentos unidos como um só povo. Em meses não temos uma batalha, ou qualquer desavença. Por onde passamos trilhamos um caminho de paz e de novas amizades, e fazer festas tornou-se um hábito de comemoração.— Senhor Tybalt, o Senhor ainda não está pronto? — Anabela ralha, adentrando o meu quarto e eu a encaro em frente ao espelho. — Vamos, deixe-me ajudá-lo. — Ela pede e eu me viro para ficar de frente para ela. Minha assistente humana imediatamente se aproxima e começa a arrumar a minha gravata borboleta no meu pescoço.— Como ela está? — Procuro saber por que não a vejo a horas.— Eles estão muito bem, Senhor Tybalt, mas o Senhor não me parece nada bem.Bufo em resposta.— Agora só mais um pequeno detalhe. — A mulher resmunga sorridente. — P