Não podiam vencer aquela guerra de atrito. Havia suposto isso há um tempo, quando primeiro começou a desconfiar que algo estava errado com a frequência dos ataques de monstros, mas só agora a certeza o acertara em cheio. Um pelotão inteiro foi derrotado e os inimigos invadiram a cidade que tomaram dos vampiros.
Não fossem ele e a elite da elite, aquele teria definitivamente sido o fim para todo o exército. Os monstros já viam-se fortes como alguém no limite mínimo para ser considerado um rank um. Qualquer soldado classificado sob o rank dois era inútil sozinho. E isto diminuia o tanto de muralha que podiam vigiar. Mesmo usando golens e familiares e só tendo sofrido ataques vindos pelo norte… nada impedia um ataque pela outra extremidade.
Colocaram Zéfir
Vieram encontrá-los enquanto se dirigiam por um caminho afastado da estrada de Roma. Eram uma trupe com cinco grandes carroças puxadas por seis bois musculosos e negros. O condutor sorriu ao ver Antony e chamou os companheiros que viam-se do lado oposto ao do mercador para cumprimentá-lo. Foi uma reunião calorosa e cheia de piadas sujas. Fearblood se sentiu uma taça quente de sangue sob o elmo e agradeceu silenciosamente sua intuição apesar da situação diferir da que supora. Colocar o capacete antes de se aproximarem dos carros de madeira puxados por musculosos animais porque talvez pudessem vir a ser perigosos inimigos, bandidos e assassinos, evitando a estrada principal usada por todo viajante de bem, fora sua ideia. De certo modo estar errada não a deixou um bom gosto na boca. — Não precisa se preocupar, garota, são só uns velhos cachorros mal nascid
Quando escapou do exército élfico, disparando pela cidade e a deixando pelo portão oeste, rumar para as áreas de produção que ficavam entre a Cruz do primeiro e as montanhas era o que tinha em mente.Mesmo nunca tendo feito o trajeto, se seguisse a estrada feita de pedras lisas, comumente chamada de rota do ouro, não teria problemas para chegar lá. Mas antes de fazê-lo, usando uma parte da cabeça que ainda não fora afetada pelo medo, concluiu que os elfos iriam para lá a seguir. Se pretendiam exterminar o povo daquela cidade ou apenas dominá-lo, acabariam tomando a área onde boa parte da produção estava logo que terminassem ali.Afinal era onde a maioria da riqueza da cidade construía-se e também o local onde vários vampiros,
— O que está fazendo? - perguntou a pequena elfa enquanto balançava a espada num movimento vertical.A vampira abriu os olhos e a fitou. Estavam acampadas numa pequena elevação coberta de grama. O dia ainda estava no auge e a brisa passava diante seus corpos como uma dançarina travessa de pés leves. A elfa negra vestia trapos cinzentos, um lençol verde desgastado com um buraco por onde punha a cabeça e outros dois pelos quais atravessava os braços.— Hã? - respondeu, atordoada.Ela olhou para a Fearblood com grandes olhos de cor púrpura e largou a espada.— Você tá bem? - a criança perguntou e se aproximou.
O pontífice dos elfos normalmente é aquele que ´´mais se assemelha a deus e, portanto, é o mais próximo de entendê-lo``. Mas só um entre um seleto grupo de talentos, vindos de famílias abastadas, com sangue puro, dotados da visão superior, tinham a chance de o ser e recebiam rigoroso treinamento para tal.Alcides tinha quase todos os pré-requisitos e até chegou a frequentar algumas aulas com aqueles que vieram a ocupar grandes posições na cidade élfica. Helena, Aeolus, Zéfiro, Penthesilea, Aquiles, não o grande herói, e Leônidas. Haviam ao menos outros dez, mas esses foram os mais bem sucedidos e aqueles que desde o início passavam uma sensação de superioridade.Mas quando alguns membros do parlamento, um gr
Foram convidados a usar o teto da guilda, foi preciso que o elfo saísse da frente dela para a Fearblood conseguir se acalmar. E o soldado teve de ser pago com uma quantia generosa de ex para a situação não terminar em cadeia.O guarda contratou uns dois aventureiros que chegaram assim que a situação ficou sob controle e logo se retirou, deixando no ar a promessa de voltar caso a vampira causasse problemas.Antony não havia se machucado e, tirando o fato de que pretendia matar o sujeito que a esperava na parte de cima daquele estabelecimento, não tinha muito com o que se preocupar por hora. A garota sentia-se descansada, sem qualquer traço de dano sobre os membros.Enquanto subia as escadas o mercador tentava desvencilhá-la da ideia de confrontar a
Rayka tinha uma boa vida. Um pai, uma mãe, tantos irmãos que sequer podia contar até recentemente. Dormiam sob a proteção das árvores e comiam o que quer que delas viessem. Geralmente frutas, mas havia algumas flores e sementes que também eram servidas. Tinham gosto bom, só que precisavam ser recebidos da planta certa ou poderiam ser venenosos.E possuíam livros, tantos que era comum não caberem nos armários rústicos feitos de troncos de árvores caídas. Seu pai dizia que apenas livros possuíam permissão de serem feitos através da vida de uma planta. E mesmo assim precisavam ser das bem velhas, aquelas cujo tempo na terra tenha ultrapassado cem anos, sempre pondo uma semente no lugar dela após sua morte.Mesmo assim Rayka nunca os vira de
É, a vampira imaginou desde que vislumbrou sua expressão que ele não mentiria. Não de forma descarada o suficiente para ser descoberto.Fearblood já decidira quem o elfo era. Seu inimigo. O pior dos monstros, mais maligno que qualquer fera irracional que tentou matá-la nos dias que seguiram a queda da Cruz do Primeiro. Mas se este houvesse dito´´Não o mataria, o perdoaria em prol das vantagens disso.``ou algo do tipo, teria fechado os olhos para a raiva e o rancor. Seria fria, racional e compreensiva.Enfim, a escolha foi feita e isso estranhamente a encheu de uma paz e calma pertubadores.Iria dar um fim a vida do assassino. Só, nada mais, nada menos.O estômago se aquietou, os punhos relaxa
Quando o universo começou a ser preenchido, Gaia nasceu, mas era só um pequeno foco de energia divina. Um pedaço de terra pairando no vazio imensurável. Uma pequena fonte de energia mágica, ao menos para o padrão vigente no início dos tempos.Sem nenhuma forma de vida mortal naqueles que foram seus primeiros bilhões de anos de existência. Acompanhada apenas da chama avermelhada que deu-lhe a luz, outros iguais que pairavam espalhados pela imensidão do universo e o próprio vazio, a tela em branco na qual fora pintada. Gaia via-se incapaz de crescer.Então avançou no tempo tão facilmente quanto um mortal comum levanta da cama. No futuro paradoxal, criado pela ida a um local que nunca foi criado, começou a se desenvolver, usando dos seres vivos que habitavam sua