- Esse é o jardim, o Sr. Mascheratti quase nunca está por aqui, mas sempre gosta de ver que tudo esteja bem cuidado.- E parece que está... - murmurei olhando tudo.Acho que levamos várias horas apenas olhando o interior da mansão. Havia tantos quartos e coisas que chamaram minha atenção, que achava que nunca ia acabar.Me aproximei de um arbusto com várias flores lindas.Mas algo à frente chamou minha atenção. Me levantei e notei melhor aquela pequena construção cercada por um lago, e na entrada havia uma pequena escada.Caminhei até lá sorrindo e quando cheguei na entrada, vi que tinha um assento de madeira preso ao teto, como se fosse um balanço e em frente a ele uma mesinha de café com um pequeno relógio em cima.- O Sr. Alessandro não vai se importar de eu estar aqui, certo? – perguntei para garantir.- Como eu disse, ele não passa muito tempo aqui, então não se importará – disse Fran.- Que bom – murmurei aliviada, me sentando no assento e balançando levemente. - Como
- Eu acho que você já conquistou eles. Alessandro se agacha na minha frente, sorrindo. - Só não pensei que seria tão rápido! – disse enquanto afastava a cabeça de Rex da minha cara, ele não me deixava ver nada – Eles não parecem mais assustadores agora. Sorri e reclamei rindo quando Rex e Ney começaram a lamber meu rosto e pescoço.- Certo, estou com cócegas agora, ai! – disse entre risadas, tentando me soltar.- Alessandro, me ajuda, por favor.Ouvi um assobio e imediatamente os cães pararam e olharam para ele, ficando em posição de guarda. Ele fez um gesto indicando que eles fossem até ele, e eles obedeceram, abanando o rabo.Suspirei enquanto me ajeitava, sorrindo. Alessandro se aproximou de mim e estendeu a mão, me ajudando a levantar do chão. - Por que você não vem aqui mais vezes? É um lugar tão bonito...Eu disse olhando ao redor.- Acontece que o trabalho não me dá tanto tempo livre, e quando tenho, prefiro fazer outras atividades mais...excitantes. A man
Abri a porta do quarto de Alessandro que era o único lugar daquela mansão onde eu sabia que podia dormir. Fechei a porta atrás de mim.Ainda estava pensando no que fazer e como fazer.Levantei o olhar para a cama e então vi uma caixa em cima dela com um bilhete.“Minha bela,Você vai precisar disso. Não importa qual decisão tomar, agora isso é seu.Alessandro.”Deixei o bilhete de lado e peguei a caixa. Ela estava embrulhada com um papel de presente elegante de um tom de branco muito bonito e um laço prateado que brilhava como um diamante. Desenrolei o laço e quando abri, arregalei os olhos ao ver o que tinha dentro.Era um celular muito moderno e não só isso, era um dos melhores que existiam. Pode parecer que vivi debaixo de uma pedra a vida toda, mas eu realmente nunca tive um celular para chamar de meu. Nando nunca autorizou. O único contato que tive com celular foi com o de Tara, que um dia ela me deixou mexer. Abri a caixa e o peguei, era tão fino que eu tinha medo de deixar
Meu estômago ronca pela milésima vez, abraço a mim mesma fazendo uma careta enquanto ainda caminho pelas ruas escuras. Achei que poderia me virar sozinha, mas a verdade é que não faço a menor ideia do que fazer.- Droga... – murmurei.Estava cansada, com fome, com frio e assustada. Tinha medo de encontrar Tara de novo e pior ainda...Nando. Não achei que os encontraria tão rápido, realmente pensei que nunca mais veria eles. Parei e respirei o delicioso aroma de frango assado. Meu estômago roncou mais e eu fiz outra careta, enquanto continuava andando. O vento frio soprou contra o meu corpo e eu comecei a tremer. As ruas estavam vazias, mas muito iluminadas, tudo era bonito, mas eu não conseguia admirar nada por causa da minha situação.E sem poder evitar, soltei um soluço que foi acompanhado pelas lágrimas que começaram a embaçar minha visão, a frustração e impotência tomando conta de mim. - Droga! Droga! Droga! – murmurei, irritada e chorando. Só queria encontrar um lugar para
Narrado por AlessandroLía cai novamente no chão. Eu seguro sua cabeça a tempo, antes que ela se machuque. Ela desmaiou de novo. Diego se aproxima e eu dou as ordens. “Leve ela para casa e deixe as mulheres cuidarem dela.""Sim, senhor” Ele se abaixa para pegá-la, mas eu o interrompo por um momento."Nem por um segundo, ninguém sequer pense em tocá-la.""Com certeza, senhor" ele responde um pouco nervoso, e então ele a carrega nos braços. Eu me levanto, observando como Diego leva Lia. Um dos meus homens se aproxima de mim."Senhor, o que fazemos com eles?"Eu me viro e foco nas súplicas e gritos de Nando e seus capangas, que estão ajoelhados diante das armas apontadas para eles. Me aproximo dele e ele começa a implorar. "Por favor, tenha piedade, eu imploro! Eu não sabia que ela era importante para você, nunca mais vou tocar nela, eu juro...""Claro que não vai.” Eu solto a fumaça do cigarro no rosto dele e ele estremece de medo. "Cortem os dedos dele... e depois, a mão inteira
Suspirei quando abri os meus olhos, mas as lembranças da noite passada logo atingiram minha cabeça como um balde de água fria. De repente, me levantei com a respiração ofegante. A sensação de estar me afogando fez eu me desesperar, levei a mão ao peito sentindo que não conseguia respirar. Meu corpo tremia, enquanto o terrível sorriso de Nando, me assombrava fazendo eu gritar por socorro.Fiquei tensa ao sentir uma mão no meu ombro.- Respire... Lia, respire – A voz dele no meu ouvido e o modo como ele chamou meu nome me paralisaram por um momento.Minha respiração foi se acalmando aos poucos, era como se eu estivesse acordando de um pesadelo muito ruim. Abri os olhos e vi Alessandro me encarando tranquilo, como se o que aconteceu ontem nunca tivesse acontecido. - Você... é da máfia... – disse, sem saber o que falar. - Exato – Ele respondeu, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. – E agora você pertence à máfia.Desviei o olhar, mas ele me fez olhar nos olhos dele,
- Não acha que vai precisar de mais coisas? – pergunta Fran, olhando as poucas sacolas de roupas que eu havia comprado. - Hm... não sei, durante minha vida nunca usei muitas roupas – eu disse, segurando um braço envergonhada.Ela olha para os dois guardas que nos acompanharam e os três fazem um sinal positivo. Eu fiquei confusa com aquilo, mas então ela se aproxima e coloca uma mão no meu ombro, como se quisesse me explicar algo. – O Sr. Alessandro te deu o cartão pessoalmente, isso significa que ele quer que você compre o que quiser. - Mas... ele disse que ia saber quanto gastei, onde e quando...- Sim, mas ele não disse que você tinha um limite, certo?Pensei por um momento e neguei. Ela sorriu e levanta a outra mão me indicando que continuemos comprando. Suspirei e concordei, sorrindo.Entramos em outras lojas de roupas, onde comprei um pouco mais do que esperava, embora ainda não fosse muito. Não me sentia confortável gastando o dinheiro de outra pessoa, então, mesmo que me d
Eu estava balançando no sofá suspenso da casinha no jardim, enquanto Rex estava ao meu lado e Ney estava no chão. Eu estava acariciando Rex enquanto sorria levemente. “Foi rápido como eles mudaram”Os cachorros e eu levantamos a cabeça em direção à entrada e vimos Alessandro sorrindo enquanto entrava. - Pensei que, devido ao seu trabalho, você não tivesse muito tempo livre mas eu já te vi muitas vezes sem fazer nada. - Bem, às vezes, só preciso enviar uma mensagem ou fazer uma ligação, e isso é tudo o que faço. - Ele se aproxima, Rex desce e lhe dá espaço.- É assim que a máfia funciona? - Hmm... ás vezes – ele respondeu.Eu o observei por um momento, pensando... Meu Deus! Estou morando com um mafioso. E não só isso... eu fiz um acordo e agora me vendi para um mafioso! Mas... até agora foram apenas flertes e insinuações... ele não me tocou além disso...“Hmm...” desviei o olhar para esconder minha risada por um pensamento. “O quê?”, ele perguntou com notável curiosidade.“Nada...