Meu coração acelera diante da proposta absurda de Klaus. A ideia de me unir a esse ser cruel, que trouxe minha irmã de volta dos mortos e a transformou em algo que eu mal conseguia compreender, era aterradora.— Casar-me com você? Você está completamente louco! – Exclamo, olhando para Klaus com indignação.O sorriso do Rei Vampiro se alarga, como se esperasse por essa reação.— Oh, Violet, não seja tão precipitada. Você quer sua irmã de volta, não quer? Isso é um pequeno preço a pagar. Além disso, pense nas possibilidades, nas riquezas, no poder que terá ao meu lado. Não seria esse um final digno de uma história épica? – Klaus tenta persuadir, mas suas palavras apenas alimentam minha aversão.— Eu não me importo com suas promessas vazias de poder. Minha irmã é mais importante do que qualquer coisa que você possa oferecer. – Respondo com firmeza.Klaus se aproxima de mim, seu olhar penetrante buscando influenciar minha decisão.— Violet, pense bem. Sua irmã está viva graças a mim. Se r
Sinto meu maxilar tenso ao ouvir sua risada. Como pode falar assim de Dylan? Ele, que era o responsável pelas mortes, agora tem a audácia de me culpar por algo que ele mesmo fez?Klaus circula ao meu redor como um predador à espreita de sua presa. Sinto o desejo de eliminá-lo, mas sei que não seria capaz, pois esse monstro é mais forte.— Meus homens relataram que ele chorou no final, implorando por sua vida. – Klaus gargalha. – Ele não era tudo o que você pensava, não é? Como se sente ao saber que é culpada pela morte de inocentes? Diga-me, Violet.Seu sorriso se intensifica com minhas lágrimas, e sua risada ecoa pela sala enquanto se aproxima do meu ouvido.— Primeiro, sua família; depois, o lobo que a protegia e todos na vila... você acumula uma significativa contagem de mortes em suas costas, minha querida mestiça. – Klaus gargalha.O ódio em mim atinge seu auge. Não conseguindo mais suportar as ameaças e jogos psicológicos, meu punho voa em direção ao rosto de Klaus. O soco acert
— Me solte! Klaus, não deixe ele me levar! – Grito, meu desespero ecoando no quarto enquanto me debato contra a captura do guarda.Klaus observa com um sorriso triunfante, como se meu sofrimento fosse uma melodia agradável para seus ouvidos.— Você escolheu isso, Violet. – Suas palavras ressoam, carregadas de uma frieza cruel, enquanto sou arrastada para fora do quarto.Meus gritos de fúria cortam os corredores, atraindo olhares curiosos de outros habitantes do castelo.— O que está acontecendo aqui? – Patrícia questiona, surgindo à minha frente e bloqueando o caminho do guarda.A voz do homem soa imponente.— Saia da frente, serva. Estou apenas cumprindo as ordens do nosso Rei. – Ele responde, sua voz ecoando pelo corredor.Patrícia fita-me por alguns instantes antes de dirigir um sorriso ao guarda.— Você não está ocupado demais? Deixe-me levá-la de volta ao quarto, Peter. – Seu sorriso parece genuíno, embora eu saiba que é uma encenação. – Você me conhece; vou cumprir as ordens.O
— Eu não tenho escolha... vou ter que me casar com aquele monstro. – Minha voz é baixa enquanto observo o prato em minha frente.— Não precisa ser tão sofrido assim, eu tenho maneiras de melhorar a situação. – Patrícia diz se aproximando.Elevo meu olhar e encontro um sorriso em seu rosto, como se ela ouvesse acabado de ter uma ideia genial.— Do que você está se referindo? – Pergunto aflita.— Violet, você está disposta a fazer Klaus se apaixonar por você? – Seus olhos encaram os meus.Sua pergunta faz meu coração acelerar e meus punhos cerrarem. Klaus era o monstro que matou minha família, que destruiu tudo que eu amava. Ele matou todos da vila, Dylan, me sequestrou e transformou minha irmã em vampira. Porque eu iria querer um monstro desses apaixonado por mim?— Você está bem louca se pensa que isso é algo bom. – O desdém é evidente em minha voz.— Calma, você não entendeu. – Patrícia senta na beira da cama. – Existe uma forma de deixá-lo aos seus pés, Klaus irá fazer tudo que pedir
— Violet, você precisa parecer deslumbrante. Que tal eu trazer alguns vestidos pra você escolher?. — Patrícia sugere enquanto prepara a água do banho.— Eu não me sinto bem fazendo isso... ele é um monstro nojento. É como se eu estivesse me prostituindo. – Minha confissão é um sussurro triste.Patrícia me olha com compaixão, sua mão acaricia meu rosto e um suspiro escapa de meus lábios. Não me lembrava da última vez que alguém havia sido carinhoso comigo ou gentil. Sentia falta da minha vida antiga, de poder correr livremente com o meu pai, de ir aos treinos de baseball nos finais de semana e particular dos campeonatos de Hóquei no gelo.— Eu sinto falta da minha vida... ela não era absolutamente perfeita, mas era minha. – Digo olhando a banheira se encher.— Eu sei minha querida, eu entendo sua dor... faria qualquer coisa pra ter minha antiga vida de volta, meu amado e meu posto no clã. – Patrícia suspira enquanto joga essências na água.— Você era como eles? Era como Caleb e Eric?
— Minha cara mestiça, é bom vê-la novamente. – Um sorriso sarcástico surge em seu rosto. – Vejo que o seu tempo nos aposentos lhe fez bem.Mordo minha bochecha internamente, tentando controlar minha raiva. Não deixaria Klaus me afetar; eu deveria ser mais calma, uma pessoa tão fria e astuta quanto ele.— Você está radiante nesse vestido. Venha, se aproxime! – O sorriso em seu rosto aumenta à medida que adentro seus aposentos.As palavras de Patrícia ecoavam em minha mente; eu deveria ser fria agora, por Sarah, por Ivy e, acima de tudo, por mim.— Agradeço sua hospitalidade, Meu Rei. – Faço uma referência segurando a saia de meu vestido.Seu olhar surpreso era cômico, quase me causando uma risada. Abaixo minha cabeça em referência, escondendo minha expressão triunfante.— Se me permite, você também está muito bem em seus trajes. – Digo, me sentando na poltrona.Klaus me olhava surpreso. Nem precisava ser vidente para saber que em sua mente havia um monte de perguntas, como se um pequen
Os olhos de Klaus me fitam com luxúria, revelando seu desejo ardente, sua vontade de me ter em sua cama. Um arrepio percorre meu corpo, e o mal-estar cresce ao imaginar suas mãos tocando-me; a ânsia já se manifesta só na ideia.— Estou ficando cansada. – Sorrio, sem alegria. – Com sua permissão, gostaria de ir aos meus aposentos e me recolher.— Você não irá a lugar nenhum. – Seu sorriso diabólico emerge.Meu coração bate acelerado, o enjoo toma conta de mim. Era parte do plano agradá-lo, mas a simples ideia de tê-lo comigo causava náuseas. Esse homem era um monstro, e o ódio que eu sentia por ele era profundo.— Estou um pouco indisposta. – Levanto-me.Patrícia lança-me um olhar de reprovação, mas não consigo ser forte; não me deitaria com esse monstro.— Violet, Violet, Violet. – Ele bate palmas lentamente. – Que bela atuação de adoração e coragem.Suas palavras me paralisam. Ele notara minhas intenções? Klaus percebera meu plano, ou eu inadvertidamente lhe fornecera uma pista?— At
E por todos os dias, durante treze meses, eu lhe dei meu sangue. Klaus não parecia desconfiar, sempre apreciava uma xícara de meu sangue diariamente durante as noites, como um ritual. Já era algo esperado entre nós; o sol caia, eu jantava em meus aposentos, depois Patrícia vinha me ajudar a me preparar, retirava um pouco do meu sangue, o suficiente para encher uma xícara, e depois pingava algumas gotas de sua poção, ai eu ia até os aposentos de Klaus, onde ele bebia a xícara e depois de uma longa e tediosa conversa, eu podia ir até a biblioteca, onde estuda os livros sobre feitiçaria e poções. Eu não via a Sarah desde o dia que descobri que ela estava viva, Klaus a mantinha em segredo, escondida. Mas, nós trocávamos cartas as escondidas, com a ajuda de Kristen, uma das amigas de Patrícia e participante de seu antigo clã.Ivy por sua vez, vez ou outra ia em meus aposentos, Klaus estava começando a permitir nossa interação novamente. Ele estava considerando aceitar meu pedido de deixá-