Algumas horas se passaram, a lanchonete estava vazia, as últimas mesas sendo limpas enquanto Leo me chamava para conversar. Nos sentamos em uma mesa, a atmosfera mais relaxada após o movimento do almoço.Leo olhou para mim com curiosidade, seu sorriso amigável presente.— Então, Jane, de onde você veio? E o que aconteceu com o seu braço? — Ele perguntou, sua expressão preocupada.Eu não poderia contar a ele a verdade, ninguém poderia saber minha verdadeira história ou passado. Quem iria acreditar que sobrevivi ao ataque de um vampiro e vivi meses entre lobisomens? Eu seria presa e culpada pelo assassinato de minha família. Seria tachada como louca e ninguém intercederia por mim. Acho melhor assumir a identidade e história que a enfermeira me deu. No fim das contas, eles terem me dado um nome falso foi a melhor coisa que puderam fazer por mim. Agora não seria mais Violet Hathaway e sim Jane Doe, uma mulher humana sem passado e com um futuro como ajudante de cozinha e faxineira nas hora
Com o vento frio cortante lá fora, seguimos em sua caminhonete, enfrentando a tempestade de neve que se intensificava a cada minuto.A casa de Leo revelou-se uma surpresa. Uma construção imponente, um casarão de dois andares, cercado por uma cerca baixa. As luzes amareladas brilhavam pelas janelas, transmitindo uma sensação acolhedora em contraste com o frio exterior. A neve acumulada nos degraus da entrada principal dava à casa uma aura mágica.Ao cruzar o limiar, a sensação de calor imediatamente envolveu-me, um alívio bem-vindo depois da exposição ao vento gélido. A decoração interior era uma mistura de clássico e aconchegante, com móveis que pareciam carregados de histórias. O aroma de algo cozinhando permeava o ambiente, criando uma atmosfera acolhedora.— Surpresa? — Leo sorri, notando minha expressão de surpresa.— Uau, Leo, eu não esperava que você morasse em um lugar assim. — Admiro a casa enquanto deslizo meu olhar por retratos dispostos com carinho pelas paredes.Fotos most
Já haviam se passado alguns dias desde que Leo e eu começamos a construir essa nova amizade. A rotina na casa tranquila e as risadas compartilhadas na lanchonete proporcionavam uma pausa revigorante na tempestade de incertezas que marcara minha vida.A manhã chegou com um propósito claro. Leo e eu nos dirigíamos à delegacia para obter informações sobre as investigações relacionadas ao caso. Eu esperava que ninguém tivesse nada que revelasse minha identidade verdadeira, isso seria um desastre.Ao entrarmos na delegacia, o policial responsável nos conduziu a uma sala para discutir os resultados de suas investigações.O policial examinou os documentos em sua mesa e, depois de um breve silêncio, começou a compartilhar os resultados de suas investigações.— Senhorita Doe, lamento informar que as câmeras da região, estranhamente, não estavam operacionais na noite em que você foi encontrada. Um problema técnico, possivelmente devido à tempestade de neve. Isso tornou impossível rastrear o que
O crepitar da lareira proporcionava uma atmosfera acolhedora, enquanto Leo e eu nos acomodávamos perto do fogo numa noite fria. O silêncio era interrompido apenas pelo estalar ocasional da madeira queimando.— Jane, tenho pensado sobre tudo isso. Sinto muito pela desconfiança anterior. Podemos seguir em frente sem esses olhares acusadores. — Leo quebrou o silêncio, seus olhos buscando compreensão nos meus.— Agradeço, Leo. A amnésia é confusa, e eu mesma estou tentando entender tudo. — Respondi, tentando manter a vulnerabilidade em minha expressão.Leo assentiu, parecendo aliviado pela possibilidade de deixar as tensões para trás.— Não quero que pense que duvido de você. É só que tudo isso é estranho, né? Uma criança tentando te salvar, as câmeras que falharam... é um quebra-cabeça complicado. — Leo expressou seus pensamentos, seus olhos ainda examinando os meus em busca de respostas.— Compreendo, Leo. É um mistério que até eu estou ten
Dias se passaram tão rápidos que mal os lembrava. Já havia feito a cirurgia de reconstrução da pele. A ferida emocional continuava a arder, mas a rotina diária e a companhia de Leo ajudavam a acalmar as tormentas interiores.Leo, com sua paciência e compreensão, se tornou um refúgio inesperado. Sua presença suavizava as arestas afiadas da solidão que eu enfrentava. Conversas casuais, risadas compartilhadas e pequenos gestos de bondade começavam a desenhar uma nova tela em meu mundo, contrastando com as sombras do passado.A cada dia, eu me permitia abrir um pouco mais para a possibilidade de uma vida além das traições e decepções. Os passeios pela cidade coberta de neve, as tardes na lanchonete e até mesmo as sessões de fisioterapia tornavam-se pequenos raios de luz rompendo as nuvens escuras que pairavam sobre mim.O gesso em meu braço era um lembrete constante da batalha física que travava, mas também simbolizava a força recém-descoberta para superar adv
Dylan KomnenosUm ano antesNoite do ritual— A lua está em seu ápice, em breve os moonhowlers vão despertar seus desejos por acasalamento e esse lugar virará um caos! – Alissa diz enquanto me ajuda a arrumar a fogueira.— Eu não deveria ter me transformado agora... está realmente dificultando as coisas. – Falo provocando a risada de Alissa.Alissa era como uma irmã pra mim, sabia que ela nutria sentimentos por Alaric desde que éramos muito pequenos, mas, meu irmão sempre foi muito lento para perceber qualquer interesse por ele. Às vezes sentia vontade de chacoalhar Alaric e gritar para ele abrir os olhos; Alissa fazia de tudo pelo beta, e ele ainda não havia notado suas intenções.— Você gosta da humana, não é? – Alissa pergunta colocando mais uma pedra em volta da fogueira.— Eu? – Minha voz é surpresa.Não sei porque, mas sua pergunta me deixou envergonhado e o meu coração acelerou como cavalos de corrida.Alissa me olhou com um sorriso divertido, como se pudesse enxergar através d
Dylan KomnenosUm ano antesNoite do ritualAo observar Violet adormecida, sua beleza era como a de um anjo em repouso. Alissa não estava errada; eu estava profundamente apaixonado por ela, disposto a sacrificar tudo por essa mulher. Profecias e posições perderiam seu significado se ela dissesse que me aceitaria; eu abandonaria tudo para compartilhar a vida ao lado dela. Bastava ela dizer que me aceitava... Bastava Violet afirmar que também sentia o mesmo por mim e que não se importava em largar tudo; eu a seguiria até o fim do mundo, iria para qualquer lugar, qualquer país, qualquer cidade, desde que eu pudesse tê-la.Violet abre os olhos lentamente e me estuda em silêncio, com uma expressão sonolenta. Seus grandes olhos cor de mel focam em meu rosto.— Voltou. – Sua voz sai como um sussurro rouco devido às horas dormidas.— Cheguei há alguns minutos. – Minha voz é sedutora.Ela observa ao redor, percebendo que estamos em um ambiente diferente do qual ela havia dormido. Até onde se
Dylan KomnenosUm ano antesNoite do ritual— Dylan... – Meu nome soa como um gemido dolorido ao penetra-la.— Não irei me controlar, pequena. – Digo com um sorriso diabólico ao vê-la se contorcer na cama.Violet sorri maliciosa, seus olhos brilham e uma faísca de determinação surge neles, como um convite a loucura.— E quem disse que quero que se controle? – Questionou com um sorriso sedutor.Essa mulher iria acabar comigo. Seu sorriso foi a permissão que precisava para iniciar minhas estocadas fortes e rápidas, Violet envolve minha cinturas com suas pernas cravando suas longas unhas em minhas costas.Minhas estocadas são rápidas, seus gemidos preenchem os meus ouvidos me causando arrepios. Essa mulher era a minha perdição e eu estava completamente apaixonado por ela.(...)Horas mais tardeNoite do ritual— Merda, ela desmaiou de vez. – Alaric diz enquanto segura Violet em seus braços.— Vocês são irresponsáveis! A Violet está sangrando, e vocês não vão fazer nada? – Ivy grita em su