— Não estou interessado em suas tentativas arrogantes de menosprezar tudo que digo. – Dylan fala sem se virar.Vejo ele organizar algo no armário do grande banheiro em silêncio durante longos minutos.— Peço desculpas se magoei você. – Minha voz sai baixa. – É difícil pra mim acreditar nessas coisas... na verdade é difícil acreditar que estou vivendo isso, que não é um pesadelo e que a qualquer momento irei acordar com meu pai me dizendo que está tudo bem.Dylan me olha em silêncio estudando minhas expressões faciais. Olho para meus pés, ainda era muito difícil acreditar que nunca mais veria meus pais novamente.— Eu ainda acordo todos os dias pensando que o meu pai vai entrar no quarto e dizer que estava me esperando para o café da manhã. – Ri nervosa. – Mas eu sei que isso nunca vai acontecer, que é apenas meu cérebro me torturando diariamente.— Essa tristeza vai diminuir? Essa falta? – O olhei com desespero. – Eu só quero que essa dor vá embora. Eles estão mortos por minha causa,
Andando pelo castelo, não consegui descobrir muitas coisas sobre Dylan. Este lugar era realmente muito grande; acabei me perdendo várias vezes.Estava muito entediada, passei o dia inteiro neste enorme castelo, sozinha, e para piorar, já estava escurecendo, e eu estava faminta.— Droga, Dylan... onde você foi? – Pergunto em voz alta.Volto à sala onde estava quando ele foi embora. Ando até a poltrona e me sento bufando irritada.Nessas horas sentia falta da tecnologia; meu smartphone seria muito útil agora.Escuto o som de alguns passos e ajeito minha postura na poltrona com empolgação. Pela primeira vez em horas, veria alguém.— Violet? O que está fazendo aqui? – Alaric pergunta assustado.Olho para sua mão e vejo algumas pastas, me pergunto mentalmente qual seria o conteúdo delas.— Eu que te pergunto. – Dou uma risada. – O que está fazendo aqui? Você não deveria estar viajando?Alaric pisca os olhos algumas vezes e sorri antes de se aproximar em passos largos.— Precisava pegar alg
Suspiro enquanto ajusto o laço no meu cabelo diante do espelho. Sinto nervosismo percorrer meu corpo ao arrumar o vestido.— Ok... lá vou eu. – Digo, olhando meu reflexo.Dou uma última olhada antes de sair do quarto.Meus passos apressados ecoam pelo grande corredor. Mesmo após uma semana neste castelo, ainda me perco em seus corredores. Por isso, Dylan pediu para colocarem flores diferentes nos vasos de cada corredor. Agora estou no corredor das rosas brancas, que me levará à sala de jantar.— Você está atrasada. – Dylan diz assim que me vê entrar na sala de jantar.Sorrio sem graça, indo para o meu habitual lugar à mesa. Ele se levanta, dá uma volta rápida na grande mesa e, antes de me sentar, puxa a cadeira. Sorrio agradecida.Olho para o grande relógio na parede e suspiro profundamente, tentando manter a paciência.— Apenas dois minutos. – Respondo sem olhar para o seu rosto.— Não importa! – Sua voz ecoa pela sala enquanto ele volta ao seu lugar.Dylan se senta e me encara sem e
Parecia que estava nesse corredor há uma eternidade; era como se essas paredes não tivessem fim. Os únicos sons que conseguia ouvir eram os passos ecoando e minha respiração ofegante.O túnel era escuro, a única coisa que o iluminava era uma velha luz de emergência defeituosa que piscava incessantemente me causando enjôos e uma agonia claustrofóbica. O cheiro de poeira era quase tão encômodo quanto o cheiro de mofo; me sentia em um pesadelo, como se estivesse em um labirinto torturante em um sonho agitado.Era como se as paredes estavam se aproximando lentamente, em uma tentativa de me esmagar.Meu coração esta a acelerado e o medo me consumia. O que estava acontecendo? Temia pela segurança de Dylan; meu coração apertado com sua despedida, em seus olhos havia um brilho que jamais vira antes, como se fosse um adeus, e eu não iria vê-lo novamente.Não deveria tê-lo deixado sozinho no castelo, eu deveria ter ficado, mesmo contra sua vontade.Correndo pelo corredor escuro, meus pensament
— Vamos, saia logo humana. – Caleb fala me puxando para fora do carro.Ao perceber Eric se aproximando de Ivy, movo-me rapidamente em sua direção, posicionando-me à frente dela. Ele me encara com desdém ao me ver abraçar seu corpo frágil.— Não encoste nela, verme miserável. – Minha voz é carregada de ódio.Sob a brutalidade de Eric, sou empurrada com violência em direção à escadaria.Abraço Ivy com firmeza, auxiliando-a a dar passos hesitantes. Suas pernas vacilam, seu corpo trêmulo, e seus pés descalços deixam rastros sangrentos na neve.A fraca iluminação ao meu redor obscurecia os detalhes, impedindo-me de enxergar claramente. Perdida e desorientada, não sabia onde estava, nem mesmo se ainda estávamos na cidade. Horas se passaram na estrada, e as paisagens pela janela do carro já eram irreconhecíveis. Agora, diante dessa imponente construção para a qual estava sendo forçada a entrar, sua localização tornava-se um mistério.— Vamos, Ivy. Tente ficar de pé. – Sussurro em seu ouvido.
Ao atravessar os imponentes portões, depara-se com um vasto jardim iluminado por tochas e a lua. A luz da lua acaricia os detalhes de uma majestosa estrutura. Observo atentamente, tentando discernir os pormenores da elaborada decoração do jardim. Será aquilo uma cerejeira? Não posso afirmar com absoluta certeza.— Venha, mestiça, não tenho a noite inteira! – Caleb fala com irritação a alguns metros de distância.— Eu... eu estou indo. – Gaguejo, voltando a andar.A opressão do ambiente gera inquietação e ansiedade. Uma voz interior insiste para que eu fuja, mas compreendo que tal ação não resolveria e poderia agravar a situação tanto para Ivy quanto para mim. Meu coração aperta ao cruzarmos os imponentes portões.A iluminação forte do corredor provoca inquietação em meus olhos, intensificando a atmosfera de luxo com um toque de obscuridade. À medida que avanço, as paredes mergulhadas em sombras revelam ornamentos góticos, destacando-se em contraste com os grandes quadros enigmáticos e
Klaus ria em êxtase, sua animação era tamanha que chegava a ser assustadora.— Garota, você é fascinante. – Seu sorriso cresce. – Você vai me divertir bastante.Klaus se afasta e anda em direção ao trono se sentando. Meu coração acelera devido ao ódio que corre em minhas veias. Eu o odiava, queria que ele morresse por tudo que fizera comigo.— Leve essa criatura para o banho, cuidem de seus ferimentos e a alimentem. – Klaus faz um gesto com a mão. – Depois a leve para meus aposentos.Caleb assente e me puxa com força pelo braço me fazendo gemer de dor.— Tenha cuidado com ela, ou matarei você, Caleb. – Klaus adverte antes que Caleb saia da sala.— Você deu sorte, mestiça. Klaus gostou de você. – Caleb diz enquanto me guia pelos corredores.Sua mão agora já não estava me apertando e sim me guiava com calma e cautela, diferente dos apertos de antes.— Eu quero saber onde levaram a Ivy. – Minha voz ecoa pelo corredor.— Você não precisa se preocupar, não vamos fazer mal a pulguenta. – Sua
Andávamos pelo corredor em silêncio, as palavras de Patrícia ecoavam pela minha mente. Então, a história que Dylan me contava era verdadeira? Realmente existem lobisomens, vampiros, bruxas e criaturas sobrenaturais? Eu estava tão confusa.Sentia-me uma completa idiota; deveria ter dado ouvidos a Dylan e Ivy quando tive a chance, mas em vez disso, fui apenas uma arrogante que pensava saber de tudo.Entramos em um grande corredor protegido por diversos homens. Eles seguravam armas estranhas, coisas que jamais havia visto antes. Paramos em frente a uma grande porta, e Caleb parece receoso antes de abri-la.— Trouxe a mestiça como você me pediu, Klaus. – Caleb diz assim que entramos no cômodo.— Certo, pode se retirar. – Klaus diz se aproximando.A sala revela uma atmosfera tensa, e meus olhos exploram o ambiente, capturando detalhes desconcertantes. Klaus, o suposto Rei Vampiro, observa-me com uma expressão enigmática.— Finalmente, temos a oportunidade de nos encontrar, híbrida. – Klaus