Ao atravessar os imponentes portões, depara-se com um vasto jardim iluminado por tochas e a lua. A luz da lua acaricia os detalhes de uma majestosa estrutura. Observo atentamente, tentando discernir os pormenores da elaborada decoração do jardim. Será aquilo uma cerejeira? Não posso afirmar com absoluta certeza.— Venha, mestiça, não tenho a noite inteira! – Caleb fala com irritação a alguns metros de distância.— Eu... eu estou indo. – Gaguejo, voltando a andar.A opressão do ambiente gera inquietação e ansiedade. Uma voz interior insiste para que eu fuja, mas compreendo que tal ação não resolveria e poderia agravar a situação tanto para Ivy quanto para mim. Meu coração aperta ao cruzarmos os imponentes portões.A iluminação forte do corredor provoca inquietação em meus olhos, intensificando a atmosfera de luxo com um toque de obscuridade. À medida que avanço, as paredes mergulhadas em sombras revelam ornamentos góticos, destacando-se em contraste com os grandes quadros enigmáticos e
Klaus ria em êxtase, sua animação era tamanha que chegava a ser assustadora.— Garota, você é fascinante. – Seu sorriso cresce. – Você vai me divertir bastante.Klaus se afasta e anda em direção ao trono se sentando. Meu coração acelera devido ao ódio que corre em minhas veias. Eu o odiava, queria que ele morresse por tudo que fizera comigo.— Leve essa criatura para o banho, cuidem de seus ferimentos e a alimentem. – Klaus faz um gesto com a mão. – Depois a leve para meus aposentos.Caleb assente e me puxa com força pelo braço me fazendo gemer de dor.— Tenha cuidado com ela, ou matarei você, Caleb. – Klaus adverte antes que Caleb saia da sala.— Você deu sorte, mestiça. Klaus gostou de você. – Caleb diz enquanto me guia pelos corredores.Sua mão agora já não estava me apertando e sim me guiava com calma e cautela, diferente dos apertos de antes.— Eu quero saber onde levaram a Ivy. – Minha voz ecoa pelo corredor.— Você não precisa se preocupar, não vamos fazer mal a pulguenta. – Sua
Andávamos pelo corredor em silêncio, as palavras de Patrícia ecoavam pela minha mente. Então, a história que Dylan me contava era verdadeira? Realmente existem lobisomens, vampiros, bruxas e criaturas sobrenaturais? Eu estava tão confusa.Sentia-me uma completa idiota; deveria ter dado ouvidos a Dylan e Ivy quando tive a chance, mas em vez disso, fui apenas uma arrogante que pensava saber de tudo.Entramos em um grande corredor protegido por diversos homens. Eles seguravam armas estranhas, coisas que jamais havia visto antes. Paramos em frente a uma grande porta, e Caleb parece receoso antes de abri-la.— Trouxe a mestiça como você me pediu, Klaus. – Caleb diz assim que entramos no cômodo.— Certo, pode se retirar. – Klaus diz se aproximando.A sala revela uma atmosfera tensa, e meus olhos exploram o ambiente, capturando detalhes desconcertantes. Klaus, o suposto Rei Vampiro, observa-me com uma expressão enigmática.— Finalmente, temos a oportunidade de nos encontrar, híbrida. – Klaus
A hesitação permeia o ar enquanto minhas mãos tremem ao tocar a maçaneta da porta. O coração acelerado reflete minha ansiedade, enquanto Klaus observa com prazer minha agonia.— Abra a porta, Violet. – Sua voz ecoa, impregnada de um tom desafiador.Ao girar a maçaneta, a porta se abre, revelando um ambiente sombrio além. Meu olhar encontra o rosto familiar de Sarah, minha irmã, de pé diante de mim. Um misto de choque e incredulidade atravessa seus olhos.— Violet? – Sarah sussurra, os lábios entreabertos em surpresa.Era Sarah, minha irmã. Ela estava ali, viva, diante dos meus olhos. Uma onda de choque percorreu meu corpo, e a incredulidade se misturou ao alívio. Não podia acreditar no que estava vendo; ela estava viva! Isso não podia ser real. Testemunhei sua morte, vi sua traqueia exposta, sangue jorrando até que seu corpo cedesse. E agora? Agora ela estava aqui, de pé diante de mim.Sarah estava diferente; seus olhos eram agora laranjas cintilantes, semelhantes aos de Caleb. Sua pe
Meu coração acelera diante da proposta absurda de Klaus. A ideia de me unir a esse ser cruel, que trouxe minha irmã de volta dos mortos e a transformou em algo que eu mal conseguia compreender, era aterradora.— Casar-me com você? Você está completamente louco! – Exclamo, olhando para Klaus com indignação.O sorriso do Rei Vampiro se alarga, como se esperasse por essa reação.— Oh, Violet, não seja tão precipitada. Você quer sua irmã de volta, não quer? Isso é um pequeno preço a pagar. Além disso, pense nas possibilidades, nas riquezas, no poder que terá ao meu lado. Não seria esse um final digno de uma história épica? – Klaus tenta persuadir, mas suas palavras apenas alimentam minha aversão.— Eu não me importo com suas promessas vazias de poder. Minha irmã é mais importante do que qualquer coisa que você possa oferecer. – Respondo com firmeza.Klaus se aproxima de mim, seu olhar penetrante buscando influenciar minha decisão.— Violet, pense bem. Sua irmã está viva graças a mim. Se r
Sinto meu maxilar tenso ao ouvir sua risada. Como pode falar assim de Dylan? Ele, que era o responsável pelas mortes, agora tem a audácia de me culpar por algo que ele mesmo fez?Klaus circula ao meu redor como um predador à espreita de sua presa. Sinto o desejo de eliminá-lo, mas sei que não seria capaz, pois esse monstro é mais forte.— Meus homens relataram que ele chorou no final, implorando por sua vida. – Klaus gargalha. – Ele não era tudo o que você pensava, não é? Como se sente ao saber que é culpada pela morte de inocentes? Diga-me, Violet.Seu sorriso se intensifica com minhas lágrimas, e sua risada ecoa pela sala enquanto se aproxima do meu ouvido.— Primeiro, sua família; depois, o lobo que a protegia e todos na vila... você acumula uma significativa contagem de mortes em suas costas, minha querida mestiça. – Klaus gargalha.O ódio em mim atinge seu auge. Não conseguindo mais suportar as ameaças e jogos psicológicos, meu punho voa em direção ao rosto de Klaus. O soco acert
— Me solte! Klaus, não deixe ele me levar! – Grito, meu desespero ecoando no quarto enquanto me debato contra a captura do guarda.Klaus observa com um sorriso triunfante, como se meu sofrimento fosse uma melodia agradável para seus ouvidos.— Você escolheu isso, Violet. – Suas palavras ressoam, carregadas de uma frieza cruel, enquanto sou arrastada para fora do quarto.Meus gritos de fúria cortam os corredores, atraindo olhares curiosos de outros habitantes do castelo.— O que está acontecendo aqui? – Patrícia questiona, surgindo à minha frente e bloqueando o caminho do guarda.A voz do homem soa imponente.— Saia da frente, serva. Estou apenas cumprindo as ordens do nosso Rei. – Ele responde, sua voz ecoando pelo corredor.Patrícia fita-me por alguns instantes antes de dirigir um sorriso ao guarda.— Você não está ocupado demais? Deixe-me levá-la de volta ao quarto, Peter. – Seu sorriso parece genuíno, embora eu saiba que é uma encenação. – Você me conhece; vou cumprir as ordens.O
— Eu não tenho escolha... vou ter que me casar com aquele monstro. – Minha voz é baixa enquanto observo o prato em minha frente.— Não precisa ser tão sofrido assim, eu tenho maneiras de melhorar a situação. – Patrícia diz se aproximando.Elevo meu olhar e encontro um sorriso em seu rosto, como se ela ouvesse acabado de ter uma ideia genial.— Do que você está se referindo? – Pergunto aflita.— Violet, você está disposta a fazer Klaus se apaixonar por você? – Seus olhos encaram os meus.Sua pergunta faz meu coração acelerar e meus punhos cerrarem. Klaus era o monstro que matou minha família, que destruiu tudo que eu amava. Ele matou todos da vila, Dylan, me sequestrou e transformou minha irmã em vampira. Porque eu iria querer um monstro desses apaixonado por mim?— Você está bem louca se pensa que isso é algo bom. – O desdém é evidente em minha voz.— Calma, você não entendeu. – Patrícia senta na beira da cama. – Existe uma forma de deixá-lo aos seus pés, Klaus irá fazer tudo que pedir