Parecia que estava nesse corredor há uma eternidade; era como se essas paredes não tivessem fim. Os únicos sons que conseguia ouvir eram os passos ecoando e minha respiração ofegante.O túnel era escuro, a única coisa que o iluminava era uma velha luz de emergência defeituosa que piscava incessantemente me causando enjôos e uma agonia claustrofóbica. O cheiro de poeira era quase tão encômodo quanto o cheiro de mofo; me sentia em um pesadelo, como se estivesse em um labirinto torturante em um sonho agitado.Era como se as paredes estavam se aproximando lentamente, em uma tentativa de me esmagar.Meu coração esta a acelerado e o medo me consumia. O que estava acontecendo? Temia pela segurança de Dylan; meu coração apertado com sua despedida, em seus olhos havia um brilho que jamais vira antes, como se fosse um adeus, e eu não iria vê-lo novamente.Não deveria tê-lo deixado sozinho no castelo, eu deveria ter ficado, mesmo contra sua vontade.Correndo pelo corredor escuro, meus pensament
— Vamos, saia logo humana. – Caleb fala me puxando para fora do carro.Ao perceber Eric se aproximando de Ivy, movo-me rapidamente em sua direção, posicionando-me à frente dela. Ele me encara com desdém ao me ver abraçar seu corpo frágil.— Não encoste nela, verme miserável. – Minha voz é carregada de ódio.Sob a brutalidade de Eric, sou empurrada com violência em direção à escadaria.Abraço Ivy com firmeza, auxiliando-a a dar passos hesitantes. Suas pernas vacilam, seu corpo trêmulo, e seus pés descalços deixam rastros sangrentos na neve.A fraca iluminação ao meu redor obscurecia os detalhes, impedindo-me de enxergar claramente. Perdida e desorientada, não sabia onde estava, nem mesmo se ainda estávamos na cidade. Horas se passaram na estrada, e as paisagens pela janela do carro já eram irreconhecíveis. Agora, diante dessa imponente construção para a qual estava sendo forçada a entrar, sua localização tornava-se um mistério.— Vamos, Ivy. Tente ficar de pé. – Sussurro em seu ouvido.
Ao atravessar os imponentes portões, depara-se com um vasto jardim iluminado por tochas e a lua. A luz da lua acaricia os detalhes de uma majestosa estrutura. Observo atentamente, tentando discernir os pormenores da elaborada decoração do jardim. Será aquilo uma cerejeira? Não posso afirmar com absoluta certeza.— Venha, mestiça, não tenho a noite inteira! – Caleb fala com irritação a alguns metros de distância.— Eu... eu estou indo. – Gaguejo, voltando a andar.A opressão do ambiente gera inquietação e ansiedade. Uma voz interior insiste para que eu fuja, mas compreendo que tal ação não resolveria e poderia agravar a situação tanto para Ivy quanto para mim. Meu coração aperta ao cruzarmos os imponentes portões.A iluminação forte do corredor provoca inquietação em meus olhos, intensificando a atmosfera de luxo com um toque de obscuridade. À medida que avanço, as paredes mergulhadas em sombras revelam ornamentos góticos, destacando-se em contraste com os grandes quadros enigmáticos e
Klaus ria em êxtase, sua animação era tamanha que chegava a ser assustadora.— Garota, você é fascinante. – Seu sorriso cresce. – Você vai me divertir bastante.Klaus se afasta e anda em direção ao trono se sentando. Meu coração acelera devido ao ódio que corre em minhas veias. Eu o odiava, queria que ele morresse por tudo que fizera comigo.— Leve essa criatura para o banho, cuidem de seus ferimentos e a alimentem. – Klaus faz um gesto com a mão. – Depois a leve para meus aposentos.Caleb assente e me puxa com força pelo braço me fazendo gemer de dor.— Tenha cuidado com ela, ou matarei você, Caleb. – Klaus adverte antes que Caleb saia da sala.— Você deu sorte, mestiça. Klaus gostou de você. – Caleb diz enquanto me guia pelos corredores.Sua mão agora já não estava me apertando e sim me guiava com calma e cautela, diferente dos apertos de antes.— Eu quero saber onde levaram a Ivy. – Minha voz ecoa pelo corredor.— Você não precisa se preocupar, não vamos fazer mal a pulguenta. – Sua
Andávamos pelo corredor em silêncio, as palavras de Patrícia ecoavam pela minha mente. Então, a história que Dylan me contava era verdadeira? Realmente existem lobisomens, vampiros, bruxas e criaturas sobrenaturais? Eu estava tão confusa.Sentia-me uma completa idiota; deveria ter dado ouvidos a Dylan e Ivy quando tive a chance, mas em vez disso, fui apenas uma arrogante que pensava saber de tudo.Entramos em um grande corredor protegido por diversos homens. Eles seguravam armas estranhas, coisas que jamais havia visto antes. Paramos em frente a uma grande porta, e Caleb parece receoso antes de abri-la.— Trouxe a mestiça como você me pediu, Klaus. – Caleb diz assim que entramos no cômodo.— Certo, pode se retirar. – Klaus diz se aproximando.A sala revela uma atmosfera tensa, e meus olhos exploram o ambiente, capturando detalhes desconcertantes. Klaus, o suposto Rei Vampiro, observa-me com uma expressão enigmática.— Finalmente, temos a oportunidade de nos encontrar, híbrida. – Klaus
A hesitação permeia o ar enquanto minhas mãos tremem ao tocar a maçaneta da porta. O coração acelerado reflete minha ansiedade, enquanto Klaus observa com prazer minha agonia.— Abra a porta, Violet. – Sua voz ecoa, impregnada de um tom desafiador.Ao girar a maçaneta, a porta se abre, revelando um ambiente sombrio além. Meu olhar encontra o rosto familiar de Sarah, minha irmã, de pé diante de mim. Um misto de choque e incredulidade atravessa seus olhos.— Violet? – Sarah sussurra, os lábios entreabertos em surpresa.Era Sarah, minha irmã. Ela estava ali, viva, diante dos meus olhos. Uma onda de choque percorreu meu corpo, e a incredulidade se misturou ao alívio. Não podia acreditar no que estava vendo; ela estava viva! Isso não podia ser real. Testemunhei sua morte, vi sua traqueia exposta, sangue jorrando até que seu corpo cedesse. E agora? Agora ela estava aqui, de pé diante de mim.Sarah estava diferente; seus olhos eram agora laranjas cintilantes, semelhantes aos de Caleb. Sua pe
Meu coração acelera diante da proposta absurda de Klaus. A ideia de me unir a esse ser cruel, que trouxe minha irmã de volta dos mortos e a transformou em algo que eu mal conseguia compreender, era aterradora.— Casar-me com você? Você está completamente louco! – Exclamo, olhando para Klaus com indignação.O sorriso do Rei Vampiro se alarga, como se esperasse por essa reação.— Oh, Violet, não seja tão precipitada. Você quer sua irmã de volta, não quer? Isso é um pequeno preço a pagar. Além disso, pense nas possibilidades, nas riquezas, no poder que terá ao meu lado. Não seria esse um final digno de uma história épica? – Klaus tenta persuadir, mas suas palavras apenas alimentam minha aversão.— Eu não me importo com suas promessas vazias de poder. Minha irmã é mais importante do que qualquer coisa que você possa oferecer. – Respondo com firmeza.Klaus se aproxima de mim, seu olhar penetrante buscando influenciar minha decisão.— Violet, pense bem. Sua irmã está viva graças a mim. Se r
Sinto meu maxilar tenso ao ouvir sua risada. Como pode falar assim de Dylan? Ele, que era o responsável pelas mortes, agora tem a audácia de me culpar por algo que ele mesmo fez?Klaus circula ao meu redor como um predador à espreita de sua presa. Sinto o desejo de eliminá-lo, mas sei que não seria capaz, pois esse monstro é mais forte.— Meus homens relataram que ele chorou no final, implorando por sua vida. – Klaus gargalha. – Ele não era tudo o que você pensava, não é? Como se sente ao saber que é culpada pela morte de inocentes? Diga-me, Violet.Seu sorriso se intensifica com minhas lágrimas, e sua risada ecoa pela sala enquanto se aproxima do meu ouvido.— Primeiro, sua família; depois, o lobo que a protegia e todos na vila... você acumula uma significativa contagem de mortes em suas costas, minha querida mestiça. – Klaus gargalha.O ódio em mim atinge seu auge. Não conseguindo mais suportar as ameaças e jogos psicológicos, meu punho voa em direção ao rosto de Klaus. O soco acert