Dylan KomnenosUm ano antesNoite do ritualA floresta escura parecia segurar a respiração enquanto Klaus e eu nos enfrentávamos, nossos olhares se chocando como trovões em meio à tempestade iminente. Seu exército de vampiros aguardava ansiosamente, observando cada movimento, cada palavra que trocávamos.— Dylan, Dylan, Dylan... não precisa ficar tão agressivo. Apenas estou aqui para uma visita amigável. — Klaus provocava com um sorriso desdenhoso.Minha mandíbula se apertava com força, tentando conter a fúria que rugia dentro de mim. Ele queria me provocar, queria me ver perder o controle. Mas eu não cairia nessa armadilha.— Não temos nada para conversar, Klaus. Você violou o tratado de paz, invadiu nosso território, e agora está provocando conflitos. Isso não soa como uma visita amigável para mim. — Minha voz era um grunhido baixo, ecoando pela floresta.— Ah, mas Dylan, você sempre foi tão teimoso. Eu só queria entender como um lobo tão poderoso como você permitiu que a pobre Ivy
Dylan KomnenosUm ano antesNoite do ritualO choque paralisou meus sentidos por um momento, enquanto as implicações desse desafio se desdobravam diante de mim. Aceitar significaria permitir que Klaus e seu exército entrassem em nossa vila, colocando todos em perigo. Recusar significaria perder Ivy para sempre e deixar a vila a mercê desse verme maldito.Klaus sabia que tinha me encurralado, mas eu não cederia tão facilmente.— Você não tem escolha, lobo. Aceite e permita que a verdadeira batalha comece. — Klaus provocava, seu sorriso se alargando.Minha mente trabalhava em velocidade máxima, buscando uma saída, uma forma de proteger minha alcatéia sem cair nas garras de Klaus.Então, uma antiga lei, uma regra estabelecida pelos antigos lobos, ecoou em minha mente. Uma regra que Klaus parecia ter esquecido.— Aceito seu desafio, Klaus. Mas de acordo com a lei antiga, o duelo deve ocorrer fora da vila, em território neutro. E mesmo se eu cair, você e seu exército não terão permissão pa
Dylan KomnenosUm ano antesNoite do ritualOs guardas se afastam, permitindo minha saída da vila. Olie, mesmo relutante, sabia que eu não poderia recuar diante desse desafio. Com um aceno de cabeça, me despeço, adentrando a área neutra da floresta, longe das vidas que jurava proteger.Klaus, com seu sorriso de deboche, observa enquanto entramos na parte isolada da floresta, um terreno neutro onde as regras antigas prevalecem. As árvores testemunhariam o duelo entre o lobo Alfa e o Rei Vampiro, uma batalha que ecoaria por séculos na memória das criaturas noturnas.— Estamos aqui, entre nossos territórios na zona neutra. Espero que você se lembre das regras. – Digo olhando seu exército se aproximar. – Nada de interferências ou armas, apenas nós dois até a morte.— Como se te matar fosse algo difícil. – Klaus ri e acena para seus soldados que se afastam.— Pelo visto é mais difícil do que você faz parecer, já que precisa de apoio pra isso. – Zombei vendo seus homens se afastarem.— Boa
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritualViolet estava deitada no sofá, sua pele estava pálida e seu corpo gelado. Não podia acreditar no que estava acontecendo, eu não podia acreditar que alguém foi capaz de machuca-la.— Ivy, é bom vê-la bem .. pensei que tinham conseguido te pegar. – Alissa diz entrando na sala em desespero. Seu corpo estafa trêmulo e seus olhos arregalados.— Alissa, o que aconteceu? Onde está Dylan e Alaric? Que explosão foi aquela? – Minha avalanche de perguntas a confunde, Alissa balança a cabeça tentando voltar a realidade.— Calma, diga uma coisa de cada vez! – Alissa fala fechando a porta atrás de si. — Que diabos está acontecendo? – Pergunto aflita e seus olhos ficam nervosos.— Não sei ao certo o que está acontecendo, mas existem boatos que o próprio Rei Vampiro veio a vila. – Alissa anda em minha direção. – Precisamos fugir daqui, levar a Violet pra bem longe!Me solto de suas mãos e a olho incrédula. Klaus jamais sairia de seu castelo, ainda mais pra v
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritualA realidade parecia desmoronar ao meu redor, e o desespero se misturava à impotência. Klaus era o Rei Vampiro; ele era uma criatura forte e imoral, sanguinária e cruel. Sabia que Dylan não teria chances contra ele, por mais forte que fosse nosso Alfa. Dylan era imortal, uma criatura cuja existência era finita.— Você precisa tentar! Ele é seu irmão, o Alfa da nossa alcatéia! Sem ele nós vamos morrer, estaremos condenados a desgraça! – Suplicava, tentando despertar qualquer centelha de esperança em Alaric.— Ivy, eu sinto muito, mas não há nada que eu possa fazer. Dylan tomou sua decisão, e agora enfrentará Klaus no duelo. – Alaric confessava, seu olhar pesado de tristeza.O uivo do Alfa ressoava, agora misturado com uma tensão palpável que envolvia a vila. Cada segundo parecia uma eternidade, enquanto o destino de Dylan era selado em um confronto inevitável com o Rei Vampiro.— Precisamos sair daqui. – Alissa quebrou o silêncio, sua voz carreg
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritualViolet agia com pressa, organizando minhas roupas para a fuga iminente. A tensão pairava no ar enquanto eu debatia internamente sobre revelar ou não a verdade sobre Dylan. A escolha de Alaric em me afastar da vila era compreensível, mas o silêncio sufocante sobre o destino de Dylan era uma faca que perfurava meu coração.— Espera, não podemos ir! – Tentei argumentar, buscando um momento para contar a Violet sobre Dylan.— Ivy, você não está entendendo a gravidade da situação, Klaus vai te obrigar a voltar ao castelo e com certeza vai se vingar de mim pelas coisas que fiz com seus guardas. – Violet diz quando olha meu guarda roupa.— Eu sei.. eu sei... – Suspirei andando até o guarda roupa. – Você tem razão, sei que ele tentará se vingar de você. Mas preciso te falar uma coisa.Violet me entrega um casaco e algumas roupas de frio. Seus olhos me estudam brevemente antes de voltar ao guarda roupa.— O Sanguináculum. Não podemos deixar ele aqui. –
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritual— Você é uma tola se acredita que pode me... – Klaus é abruptamente interrompido ao ser arremessado para o outro lado da vila.Sem sequer tocar em Klaus, Violet o projeta com seu poder, uma manifestação assustadora, mas ao mesmo tempo fascinante.— Bruxa maldita! – O Rei Vampiro grita entre dentes ao se levantar.Com um simples gesto de sua mão, Violet afasta o exército que cai sem vida, envolto em chamas roxas. Klaus, com os olhos arregalados, percebe a magnitude dos poderes de Violet.— Você arrancou tudo de mim, transformou esses últimos dois anos em um inferno! – Violet avança em direção ao Rei Vampiro, que a encara desafiador.— Acabei com sua vida? Olhe no que te transformei, Violet. – Klaus ri em êxtase, abrindo os braços. – Libertei você dessa existência humana medíocre.A gargalhada de Klaus ecoa pela vila, todos os olhares voltados para eles, antecipando o caos iminente.— Agora você tem poder, força, nada pode te deter. – Klaus sorr
Ivy GlassmanUm ano antesNoite do ritual— Se continuar aí, vai ser encontrada e morta de qualquer jeito. Vai encarar a morte de braços cruzados? – Ele olha sério em minha direção.— Pular no barranco é melhor do que ser despedaçada pela sua amiga Bruxa ou queimada pelo exército de vampiros lá embaixo, não acha? – Acrescenta, tentando me convencer.Ainda hesitante, observo a expressão decidida em seu rosto. O dilema entre confiar nesse estranho e enfrentar o perigo iminente me atormenta.— Você tem algum plano além de pular no barranco? – Pergunto, mantendo minha voz firme.— Claro que tenho, gracinha. Vamos correr pela floresta como nunca viu antes. — Ele sorri, exibindo confiança. — Agora, ou vem ou fica para trás.A decisão pesa sobre meus ombros, mas a alternativa de enfrentar a morte iminente parece ainda mais assustadora. Com um suspiro resignado, começo a me mover em direção à ponta do galho, preparando-me para o salto arriscado.Antes que eu pule, seu rosto assume uma express