— Aquele desgraçado tinha a sua irmã todo esse tempo? Ela não havia morrido? – Dylan questiona confuso.Era complicado demais, mas sabia que eu deveria revelar a ele toda a verdade, inclusive, minha origem. Seria melhor assim, eu estava com medo de sua reação, mas sabia que precisava contar a ele a verdade, ainda mais sabendo sobre a profecia e como eu posso ter estragado seu futuro.— Ela foi transformada em vampira... Klaus a levou como um trunfo. – Minha voz é baixa.— Trunfo? Do que você está falando? Não vejo o que o Rei dos Vampiros pode querer com você, uma humana. – Dylan diz confuso.— Dylan, você mesmo sabe que não é verdade, que eu não sou uma humana. Desde o início você sentiu isso em mim. – Minha voz sai baixa, como um sussurro envergonhado.— Você sempre negou, dizia que eu estava errado e seus pais eram humanos. Violet, que merda está acontecendo aqui? – Sua voz era impaciente.Tiro suas mãos do meu rosto e olho para o chão tentando tomar coragem. Eu sabia que qualquer
Sua respiração quente em meu rosto provocava arrepios. Um lobo preto gigante me encarava com seus olhos cor de mel, os mesmos olhos de Dylan. Era assustador e fascinante ao mesmo tempo perceber que aquele lobo imponente era o Alfa, era o próprio Dylan. Ele era gigantesco, o dobro da minha altura, algo surreal; nunca antes havia presenciado um lobo tão majestoso e imponente. Seu pelo negro reluzia com a luz da lua, tornando-o ainda mais magnífico.Ele estava sentado, observando-me com uma intensidade que fazia parecer que seus olhos cor de mel podiam ver minha alma. Receosa, estendo minha mão, tocando sua pelagem. Dylan me observa atentamente, como se tentasse decifrar meus pensamentos e sentimentos. Seu pelo é incrivelmente macio, proporcionando uma sensação reconfortante, como a de acariciar um bichinho fofo que desperta o desejo de abraçar. No entanto, em vez da fofura, há apenas sua imponência e tamanho assustador. Sinto-me intrigada na mesma medida em que estou intimidada diante da
Nos aproximamos da vila, e o som de gritos se torna perceptível antes mesmo de entrarmos. Dylan diminui seus passos. Assim que o grande lobo preto entra na vila imponente, ele uiva alto. Seu uivo é tão agudo e assustador que dói meus ouvidos; os cubro com a mão. Seu uivo é como os sons de um filme de terror na floresta, ecoando entre as casas. A atmosfera carregada paira no ar, e as sombras das árvores se estendem de forma ameaçadora, criando um cenário digno de pesadelos.A altitude imponente de Dylan parece intensificar o efeito de seu uivo, e, surpreendentemente, os gritos na vila cessam quase imediatamente. O poder do Alfa não só impõe respeito, mas também silencia a tumultuada situação na vila.Seu uivo cessa, e os moradores saem de suas casas, especialmente da residência onde estavam os moonhowlers, que parecia ser o foco dos gritos. Preenchendo as laterais das ruas, os moradores olham em silêncio enquanto o grande lobo Alfa anda lentamente, observando tudo a
Abro os olhos e me deparo com as grandes esferas cor de mel de Dylan, fixas em mim com atenção. Ele estava ali, transformado de volta à sua forma humana. Seu corpo esculpido refletia a luz, e o aroma marcante de sua colônia preenchia o ambiente, indicando que havia acabado de sair do banho.— Você voltou. – Minha voz sai como um sussurro rouco devido às horas dormidas.— Cheguei há alguns minutos. – Sua voz é sedutora.Observo ao redor, percebendo que estou em um ambiente diferente do qual eu havia dormido. Até onde me lembro, eu havia dormido em um dos quartos de hóspedes do castelo, agora, estava em sua cama.— Espera, como me trouxe para este lugar sem me acordar? – Pergunto, sentando-me na cama.— Você tem um sono pesado. – Ele responde e dá de ombros. – Não ache que vai escapar de mim.— Dylan, não acho certo a gente dormir no mesmo quarto. Eu não quero que nós tenhamos qualquer contato íntimo novamente. Não quero ser a razã
Os olhos de Dylan permaneciam fixos nos meus, sua voz suave exercendo um magnetismo que me envolvia cada vez mais, como se eu estivesse sendo gradualmente jogada em sua trama sedutora.Meu corpo estava quente, ansiando por seu toque, desejando ser sua posse. Uma torrente de sensações envolvia-me: o som suave da madeira queimando na lareira preenchia o quarto, enquanto o aroma envolvente da colônia de Dylan permeava o ar. Nossas respirações ofegantes ecoavam, criando uma trilha sonora para o momento intenso que vivíamos. O pulsar acelerado do meu coração reverberava em meus ouvidos, quase afogado pelo desejo ardente que nos consumia. Cada batida parecia uma dança frenética, sincronizada com a proximidade irresistível entre nós.Suas mãos quentes percorriam pela minha cintura deixando uma trilha ardente por onde passava, minha pele se arrepiava com o choque térmico causado pelo contato de seu calor e minha pele fria. Seus olhos cor de mel estavam fixos nos meus, e, p
A intensidade do momento é interrompida por uma forte ventania que repentinamente abre a janela, causando-nos surpresa mútua. Trocamos olhares envergonhados, e eu solto um suspiro, sentando-me na cama.— Droga... – solto uma risada sem humor. – Parece que os espíritos da floresta estão nos repudiando por isso.Dylan tenta dissipar o clima desconfortável com um sorriso nervoso.— Não diga asneiras, Violet. É apenas uma ventania. – Suas palavras carregam uma tensão que revela que, assim como eu, ele sentiu a perturbação no ambiente.Os traços esculpidos do rosto de Dylan são destacados pela luz da lareira, seus lábios grandes e volumosos adquirindo uma tonalidade atraente sob a iluminação. Ele se afasta com uma elegância inerente, colocando-se de pé ao lado da lareira, onde a dança das chamas destaca os contornos de seu corpo. Uma ventania repentina invade o quarto, e involuntariamente abraço meu corpo para me resguardar do frio que se intensif
— Então, senhor nobre, você sempre tem um estilista para suas roupas? – Pergunto provocativa, observando cada detalhe das vestes de Dylan.— Você é uma pessoa muito irritante, sabia? – Ele responde, sua mão cobrindo meu rosto momentaneamente. – Se não fosse tão adorável, eu te daria um soco!Minha risada é abafada por sua grande mão cobrindo meu rosto. Dylan agarra minha cabeça, ainda cobrindo meu rosto, e a balança em um gesto brincalhão, intensificando minhas risadas.Sua mão me solta, e Dylan me olha com um brilho diferente em seus olhos, algo que nunca havia presenciado. Um sorriso fraco surge em seu rosto.— Até parece que não sentiu minha falta esses meses, não é mesmo? – Perguntei provocativa olhando em seus olhos cor de mel que estavam completamente escuros.— Bom, não posso negar que senti sua falta. – Sua voz era suave.Seus olhos, normalmente intensos, suavizaram-se revelando uma ternura incomum. Naquele momento, parec
Uma dor latejante na cabeça me tira da inconsciência, e ao abrir os olhos, percebo um lugar estranho e embaçado ao meu redor. A visão vai clareando aos poucos, revelando Ivy, com uma expressão preocupada, seus olhos agitados refletiam alívio e apreensão. A luz suave do ambiente destaca os traços do seu rosto enquanto ela observa meu despertar. Tento entender o que aconteceu, mas a dor persiste, acompanhada por uma sensação de confusão e familiaridade.— Parece que virou tradição eu acordar de um desmaio e encontrar seus olhos preocupados. — Digo envergonhada.Ivy ri aliviada ao me ver bem, seus olhos tristes e avermelhados denunciavam sua preocupação. Sentada na cama, percebo que estou vestida, então, Dylan me trocou? Observo o ambiente e me assusto ao notar que estou no quarto de Ivy, na casa de Alaric. Como Dylan me trouxe até aqui? Isso significava que ele já estava no ritual? Meu coração dispara com a possibilidade de perdê-lo para sempre.Não faço ideia do que os moradores da vil