Meu corpo é deitado na cama com delicadeza, sinto seu peso sobre meu corpo, minhas mãos passeiam pelas suas costas por debaixo da camisa causando arrepios em sua pele.Era como um sonho tê-lo novamente em minha presença, parecia algo tão surreal vê-lo vivo depois de tanto tempo convivendo com a dor causada pela sua suposta morte.Meus dedos se afundam em sua pele, como se estivesse tentando me certificar de que não fosse mais um de meus sonhos. Minhas unhas afundam em sua pele e um pequeno gemido dolorido escapa de seus lábios.O cheiro de sua pele era tão atrativo e sedutor, estava embriagada em meio aos seus braços.Os lábios de Dylan deslizam para o meu pescoço traçando beijos quentes e molhados por toda sua extensão, minha pele se arrepia com seus toques gentis e cautelosos. Cada movimento de Dylan era tão cauteloso, tão gentil, mostrando sua preocupação e carinho comigo, diferente de seu jeito bruto que sempre teve comigo.O peso reconfortante de Dylan sobre meu corpo cria uma se
O som da tempestade ecoa suavemente, preenchendo o quarto com uma melodia reconfortante. Meus olhos se ajustam à escuridão, revelando um ambiente sereno e familiar. Ao estender minha mão pela cama, encontro a solidez reconfortante de braços fortes, um eco do que transpirou entre nós.A realidade da noite anterior se desenha diante de mim, dissipando qualquer dúvida que pudesse persistir. Dylan estava vivo, e agora nada mais iria nos separar novamente.Ao passo que minha mão percorre a cama, as lembranças ressurgem, tingindo minhas bochechas com um calor suave. Um sorriso se forma naturalmente em meu rosto, uma expressão que reflete a doçura da noite passada e a confirmação de que, de fato, nossos caminhos se cruzaram novamente.Dormindo na cama, o rosto de Dylan era sereno, tão belo quanto o de um anjo. Mal podia acreditar... ele realmente estava aqui e tudo isso era real.— Você já acordou? – Sua voz rouca me assusta.— Pensei que você estava dormindo, desculpa. – Ri envergonhada.—
Saio do chuveiro e em passos rápidos corro para meu roupão. Estava extremamente frio hoje, pelo jeito uma nevasca estava se aproximando.Volto ao quarto sentindo meu corpo congelar, precisava urgentemente de um chocolate quente e roupas de frio. Vejo Ayla saindo do closet e instintivamente me encolho com medo de sua reação ao me ver no quarto de seu irmão.— Violet... então é verdade. – Seus olhos me analisam da cabeça aos pés.— Eu... eu voltei. – Sorri sem graça me aproximando.— Disso eu já sabia. Eu estava lá quando Ivy retornou pedindo por nossa ajuda, mas tive que ficar para proteger a alcatéia. – Ayla me olha de forma intensa. – Só não sabia que era verdadeira as minhas suspeitas sobre a conexão.— Conexão? – Minha voz era carregada de confusão.— Impressionante como a cada palavra que sai de sua boca sinto cada vez mais desprezo por sua existência medíocre. – Os olhos de Alya brilham com seu ódio por mim.Não entendia o motivo de sua implicância comigo, desde que me viu pela p
— Violet, por favor, vista-se. Precisamos sair. – A entrada abrupta de Dylan na biblioteca me assusta.— Boa tarde para você também! – Respondo sarcasticamente, sem desviar minha atenção do livro de magia.— Não podemos perder tempo com brincadeiras. – Sua voz denota pressa e nervosismo.Levanto os olhos, encontrando seu rosto tenso e agoniado, as linhas de preocupação evidentes, como se carregasse o peso de algo desconcertante.— Dylan, não vê que estou ocupada? Estou imersa no estudo desses antigos grimórios. – Volto minha atenção para as páginas do livro, mergulhada em meus pensamentos arcanos.Contudo, em um lamento frustrado, solto um grito abafado ao perceber Dylan apreendendo meu livro e depositando-o com cuidado na poltrona ao meu lado. Contrariada, desvio meu olhar para seu rosto, onde a agonia se revela em seus traços, como se carregasse um fardo invisível.— Você não entendeu direito, isso não é um pedido ou sugestão e sim uma ordem de seu Alfa. – O tom de Dylan é autoritár
O mistério do ritual pairava no ar, alimentando minha curiosidade, mas a reação desconfortável de Dylan indicava que aquele não era um assunto para questionamentos.Enquanto caminhávamos pela vila, Dylan recebia afeto caloroso. A admiração da alcatéia refletia sua liderança cuidadosa.— As pessoas realmente gostam de você, não é mesmo? – Comento, apressando o passo para acompanhá-lo.— Isso é apenas o resultado de ser um bom líder, um bom alfa. – Dylan responde, sem desviar o olhar do trajeto.Curiosa sobre nosso destino, questiono: — E para onde estamos indo?— Você vai me ajudar nas tarefas de hoje e a preparar as coisas para o ritual. – Dylan explica, auxiliando uma criança no processo. – Cuidado, Liam, você pode acabar se machucando desse jeitinho!Observo o pequeno Liam sorrir envergonhado antes de correr para longe.— Filhotes... sempre desastrados. – Dylan ri, observando a cena.A dedicação de Dylan à alcatéia se revela ao cumprimentar cada morador.— Não entendo... eu não tenh
Dylan bate na porta da casa de Alaric, alguns segundos se passam até que uma mulher a abra. Espera... eu me lembro dessa mulher, é a mesma que me acordou aquele dia.— Dylan, a que devo a honra de receber o Alfa? – Sua voz era carregada de animação.— Vim acompanhar a Violet, ela ficará algumas horas com a Ivy enquanto eu termino de organizar as coisas. – Dylan diz e me lança um breve olhar.Os olhos da mulher me analisam com entusiasmo, um sorriso surge em seu rosto ao perceber que eu a encarava de volta.— A Ivy irá amar a visita, ela não para de perguntar sobre a Violet. – A mulher olha para Dylan e ri. – Sabe como Alaric é, ele não a deixará sair tão cedo. A coitadinha está muito ansiosa esses dias.— Depois de tudo que aconteceu acho compreensível esse comportamento. – Dylan suspira. A mulher abre completamente a porta permitindo nossa entrada na casa, ela de Dylan conversavam sobre algo mas não conseguia prestar a atenção pois estava olhando ao redor. Estava tudo diferente, re
As palavras desesperadas de Ivy quebram meu coração. Eu sempre odiaria Eric pelo que fez com minha amiga e eu iria me vingar dele e todos que nos fizeram sofrer.— Eu não quero ser exilada... Alaric tem me mantido aqui presa para evitar que alguém descubra isso. Aqui na vila, apenas ele e você sabem do que o Eric fez comigo. – Ivy suspira olhando para o teto. – Alaric ficou furioso, destruiu toda a mobília da casa, e desde então está preso em seu laboratório... a única vez que ele me deixou chegar perto, ele disse que estava tentando arrumar um jeito de arrumar as coisas.Ivy olha em meu rosto e vejo a preocupação em seus olhos.— Tenho medo do que isso significa... sei que Alaric ficou transtornado com tuda essa situação. Não quero que ele faça alguma besteira. – Ivy confessa enquanto olha em meus olhos.Passei todos esses meses em que estive trancada no castelo de Klaus estudando os livros antigos, especialmente sobre magia. Na época não entendia muito sobre e nem encarava isso como
O silêncio que se instala após minha revelação paira no ar, preenchendo o quarto com uma tensão palpável. Os olhos de Ivy permanecem fixos em mim, sua expressão um misto de incredulidade e perplexidade.— Espere, você está dizendo que seu pai é o primeiro lobo criado? Então ele seria o lobo alfa original? Ele é o Rei dos lobos? – Ivy pergunta, ainda tentando processar a informação.Assinto nervosamente, sentindo o peso da revelação sobre meus ombros. Ainda é difícil acreditar que meu pai não era um humano.— Como isso é possível?– Ivy sussurra, como se temesse que alguém pudesse nos ouvir.Seus olhos se arregalam e Ivy segura os meus ombros com firmeza.— Violet, eu acho que a profecia devia estar falando de você! Se seu pai é o primeiro lobo, ele é o Rei dos lobos, não acha? – Suas palavras são apressadas e seus olhos se movem agitados.A sugestão de Ivy atinge minha mente como um raio, deixando-me perplexa diante da possibilidade que ela apresenta. Seu entusiasmo é palpável, e seus