As palavras desesperadas de Ivy quebram meu coração. Eu sempre odiaria Eric pelo que fez com minha amiga e eu iria me vingar dele e todos que nos fizeram sofrer.— Eu não quero ser exilada... Alaric tem me mantido aqui presa para evitar que alguém descubra isso. Aqui na vila, apenas ele e você sabem do que o Eric fez comigo. – Ivy suspira olhando para o teto. – Alaric ficou furioso, destruiu toda a mobília da casa, e desde então está preso em seu laboratório... a única vez que ele me deixou chegar perto, ele disse que estava tentando arrumar um jeito de arrumar as coisas.Ivy olha em meu rosto e vejo a preocupação em seus olhos.— Tenho medo do que isso significa... sei que Alaric ficou transtornado com tuda essa situação. Não quero que ele faça alguma besteira. – Ivy confessa enquanto olha em meus olhos.Passei todos esses meses em que estive trancada no castelo de Klaus estudando os livros antigos, especialmente sobre magia. Na época não entendia muito sobre e nem encarava isso como
O silêncio que se instala após minha revelação paira no ar, preenchendo o quarto com uma tensão palpável. Os olhos de Ivy permanecem fixos em mim, sua expressão um misto de incredulidade e perplexidade.— Espere, você está dizendo que seu pai é o primeiro lobo criado? Então ele seria o lobo alfa original? Ele é o Rei dos lobos? – Ivy pergunta, ainda tentando processar a informação.Assinto nervosamente, sentindo o peso da revelação sobre meus ombros. Ainda é difícil acreditar que meu pai não era um humano.— Como isso é possível?– Ivy sussurra, como se temesse que alguém pudesse nos ouvir.Seus olhos se arregalam e Ivy segura os meus ombros com firmeza.— Violet, eu acho que a profecia devia estar falando de você! Se seu pai é o primeiro lobo, ele é o Rei dos lobos, não acha? – Suas palavras são apressadas e seus olhos se movem agitados.A sugestão de Ivy atinge minha mente como um raio, deixando-me perplexa diante da possibilidade que ela apresenta. Seu entusiasmo é palpável, e seus
Paramos em frente à saída da vila, e eu olho confusa para Alissa, que aponta em direção à floresta.— Dylan está alguns metros à frente, cortando madeira para a fogueira. – Ela indica o local na floresta.— Mas... é seguro? – Gaguejo, lembrando do meu sequestro pelos vampiros.— Pode ficar tranquila. Estamos em nosso território, e ninguém a fará mal. Apenas siga em linha reta por alguns metros, e encontrará o Alfa. – Alissa sorri de maneira reconfortante. – Não posso deixar Ivy sozinha, senão a acompanharia.— Tudo bem... obrigada. – Sorrio envergonhada.Alissa se despede e volta a caminhar em direção ao interior da vila. Suspiro ao observar a floresta antes de iniciar minha jornada para dentro dela. Avanço alguns metros na densa vegetação, e o som do machado de Dylan se torna cada vez mais audível.Sigo o som por alguns minutos até encontrar Dylan cortando madeira. O Alfa, sem camisa, exibe seu peitoral definido, segurando firmemente o machado acima da cabeça. Com velocidade, seus br
— Aquele desgraçado tinha a sua irmã todo esse tempo? Ela não havia morrido? – Dylan questiona confuso.Era complicado demais, mas sabia que eu deveria revelar a ele toda a verdade, inclusive, minha origem. Seria melhor assim, eu estava com medo de sua reação, mas sabia que precisava contar a ele a verdade, ainda mais sabendo sobre a profecia e como eu posso ter estragado seu futuro.— Ela foi transformada em vampira... Klaus a levou como um trunfo. – Minha voz é baixa.— Trunfo? Do que você está falando? Não vejo o que o Rei dos Vampiros pode querer com você, uma humana. – Dylan diz confuso.— Dylan, você mesmo sabe que não é verdade, que eu não sou uma humana. Desde o início você sentiu isso em mim. – Minha voz sai baixa, como um sussurro envergonhado.— Você sempre negou, dizia que eu estava errado e seus pais eram humanos. Violet, que merda está acontecendo aqui? – Sua voz era impaciente.Tiro suas mãos do meu rosto e olho para o chão tentando tomar coragem. Eu sabia que qualquer
Sua respiração quente em meu rosto provocava arrepios. Um lobo preto gigante me encarava com seus olhos cor de mel, os mesmos olhos de Dylan. Era assustador e fascinante ao mesmo tempo perceber que aquele lobo imponente era o Alfa, era o próprio Dylan. Ele era gigantesco, o dobro da minha altura, algo surreal; nunca antes havia presenciado um lobo tão majestoso e imponente. Seu pelo negro reluzia com a luz da lua, tornando-o ainda mais magnífico.Ele estava sentado, observando-me com uma intensidade que fazia parecer que seus olhos cor de mel podiam ver minha alma. Receosa, estendo minha mão, tocando sua pelagem. Dylan me observa atentamente, como se tentasse decifrar meus pensamentos e sentimentos. Seu pelo é incrivelmente macio, proporcionando uma sensação reconfortante, como a de acariciar um bichinho fofo que desperta o desejo de abraçar. No entanto, em vez da fofura, há apenas sua imponência e tamanho assustador. Sinto-me intrigada na mesma medida em que estou intimidada diante da
Nos aproximamos da vila, e o som de gritos se torna perceptível antes mesmo de entrarmos. Dylan diminui seus passos. Assim que o grande lobo preto entra na vila imponente, ele uiva alto. Seu uivo é tão agudo e assustador que dói meus ouvidos; os cubro com a mão. Seu uivo é como os sons de um filme de terror na floresta, ecoando entre as casas. A atmosfera carregada paira no ar, e as sombras das árvores se estendem de forma ameaçadora, criando um cenário digno de pesadelos.A altitude imponente de Dylan parece intensificar o efeito de seu uivo, e, surpreendentemente, os gritos na vila cessam quase imediatamente. O poder do Alfa não só impõe respeito, mas também silencia a tumultuada situação na vila.Seu uivo cessa, e os moradores saem de suas casas, especialmente da residência onde estavam os moonhowlers, que parecia ser o foco dos gritos. Preenchendo as laterais das ruas, os moradores olham em silêncio enquanto o grande lobo Alfa anda lentamente, observando tudo a
Abro os olhos e me deparo com as grandes esferas cor de mel de Dylan, fixas em mim com atenção. Ele estava ali, transformado de volta à sua forma humana. Seu corpo esculpido refletia a luz, e o aroma marcante de sua colônia preenchia o ambiente, indicando que havia acabado de sair do banho.— Você voltou. – Minha voz sai como um sussurro rouco devido às horas dormidas.— Cheguei há alguns minutos. – Sua voz é sedutora.Observo ao redor, percebendo que estou em um ambiente diferente do qual eu havia dormido. Até onde me lembro, eu havia dormido em um dos quartos de hóspedes do castelo, agora, estava em sua cama.— Espera, como me trouxe para este lugar sem me acordar? – Pergunto, sentando-me na cama.— Você tem um sono pesado. – Ele responde e dá de ombros. – Não ache que vai escapar de mim.— Dylan, não acho certo a gente dormir no mesmo quarto. Eu não quero que nós tenhamos qualquer contato íntimo novamente. Não quero ser a razã
Os olhos de Dylan permaneciam fixos nos meus, sua voz suave exercendo um magnetismo que me envolvia cada vez mais, como se eu estivesse sendo gradualmente jogada em sua trama sedutora.Meu corpo estava quente, ansiando por seu toque, desejando ser sua posse. Uma torrente de sensações envolvia-me: o som suave da madeira queimando na lareira preenchia o quarto, enquanto o aroma envolvente da colônia de Dylan permeava o ar. Nossas respirações ofegantes ecoavam, criando uma trilha sonora para o momento intenso que vivíamos. O pulsar acelerado do meu coração reverberava em meus ouvidos, quase afogado pelo desejo ardente que nos consumia. Cada batida parecia uma dança frenética, sincronizada com a proximidade irresistível entre nós.Suas mãos quentes percorriam pela minha cintura deixando uma trilha ardente por onde passava, minha pele se arrepiava com o choque térmico causado pelo contato de seu calor e minha pele fria. Seus olhos cor de mel estavam fixos nos meus, e, p