Viktor Bresson Após a morte do meu pai, minha vida mudou completamente, eu já sabia que, sendo o filho mais velho, eu teria que assumir a empresa, mas não esperava que fosse tão cedo. A empresa tomava boa parte do meu tempo, não tinha espaço para diversão e nem mesmo para pensar em amor ou coisas assim. Passava a maior parte do tempo estressado, pois tudo na Séculus dependia de mim. Mas então, ela apareceu. Era para as coisas serem bem simples, Alison trabalharia para mim, e só, mas Alison decidiu colocar a irmã no lugar dela. Não sei por qual motivo, mas era óbvio que aquela não era a verdadeira Alison, muito mais inteligente, modesta e séria. Eu não conhecia a Alison muito bem, mas sabia o quanto ela era superficial e que estava ali interessada apenas em mim, nem mesmo o bom salário que eu oferecia era o suficiente e as outras também foram assim. Minha desconfiança passou a ser certeza quando esbarrei com Alyssa no fim de um dia, ela tinha a mesma personalidade e a mesma voz da "n
6 horas da manhã, não conseguia pegar no sono novamente e a dor de cabeça estava me matando. Tomei uma aspirina ou duas não tenho certeza e fiz um café. Observei a rua pela janela e quando me senti melhor, decidi dar uma volta no Central Park. Não tenho o costume de correr, mas precisava esfriar a cabeça depois de tudo que aconteceu na noite anterior. O tempo estava totalmente nublado e a temperatura bem baixa, ainda mais a essa hora da manhã, me agasalho o máximo possível e pego um ônibus que passava logo cedo para chegar até o parque. A cidade estava enfeitada para o natal e o frio piorava a cada dia. O parque estava quase vazio, talvez pelo horário e pelo frio, mas ainda tinha alguns corajosos como eu. Comecei a correr e logo meu corpo esquentou, quase podia sentir o sangue correr por todo meu corpo. Corri cerca de 1 km, a adrenalina e o frio percorrendo meu corpo e trazendo uma momentânea sensação de alívio. Ao fazer a primeira curva, avistei uma linda Lamborghini preta fosca es
Eu estava nervosa por causa da conversa com Ed, era estranho pensar no que aconteceu entre nós e me assustei ao perceber que Viktor estava parado na porta da cozinha. - Vejo que já está melhor. - falei. Viktor estava lindo com o cabelo bagunçado e a camisa amarrotada, as tatuagens escondidas debaixo dela e me perguntei o que mais ele escondia debaixo das roupas sociais. - Eu vim pedir desculpas se o que eu falei te chateou. - Está tudo bem, eu só fiquei com vergonha. - Era seu namorado? Aquele que você fez o desenho? - droga! Ele ouviu e entendeu tudo errado. - Não quero te causar problemas. - Não! Não, Ed é meu amigo. - falei sem jeito. - E... Você gosta dele? Quero dizer, mais do que amigo? - o encarei confusa com a pergunta. - Não... eu gostava quando eu tinha 17 anos, mas sempre fomos amigos. Acontece que ontem aconteceram algumas coisas e a gente tomou um vinho, relembrou a época da escola, foi divertido até ele lembrar do nosso beijo e... quase fiz uma besteira que iria m
Viktor Bresson Saí do apartamento da Alyssa direto para o hospital, no caminho não conseguia parar de pensar nela e em tudo que aconteceu. Cada beijo, cada toque, seu cheiro, sua pele... Eu devia estar ficando louco, deveria pensar no meu irmão, mas estava pensando nela. Cheguei no hospital e vi meu irmão Mathieu na sala de espera, foi ele que me ligou.- O que aconteceu? - perguntei me aproximando e ele se levantou ao me ver. - Não me deram muitas informações, mas parece que ele se meteu em uma briga. - Briga? Seria mais fácil acreditar se fosse você. - ele riu e nesse momento um médico apareceu perguntando por nós. - Theodore teve uma fratura no braço esquerdo após uma briga, nós tivemos que fazer uma cirurgia e agora ele está se recuperando. Acredito que ele deve acordar da anestesia em alguns minutos. - Obrigado Doutor, podemos visitá-lo? - perguntei, não queria ter perdido minha noite para nem mesmo ver se meu irmão estava bem.- Vou verificar com a recepção. - dito is
Pela manhã, após a noite com Viktor, levantei e preparei um café, só então notei um bilhete escrito às pressas em cima da mesinha da sala que dizia: "Obrigado por ter sido incrível ontem e por ser incrível. Esqueci de te perguntar algo, se quiser saber o que é, me ligue ;) *número de telefone* "Eu estava nas nuvens com tudo que aconteceu naquele domingo. E não dava mais para esconder que eu estava apaixonada por ele, por mais que esse sentimento me assustasse. Eu estava ansiosa para o próximo encontro, mesmo que fosse como Alison. Me arrumei e peguei um táxi para o trabalho. As coisas estavam normais para mim, Viktor já estava no escritório quando cheguei e não saiu de lá por horas. Tentei esconder a decepção, ali eu era a Alison e estava ficando boa nisso, me adaptando às roupas dela e encenando seu jeito. - Alyssa, por que parece tão alegre hoje? - Jessy perguntou quando saímos para o almoço, eu e ela estávamos nos aproximado e decidi contar em partes o que aconteceu.- Passei
Troquei de roupa rapidamente, retirei as lentes e a maquiagem pesada e voltei para a empresa levando na bolsa o relógio que valeria um rim no mercado negro. Ao chegar, havia um novo porteiro e ele queria me impedir de entrar, por ordem da recepcionista, a amiga de Jessy.- Vai se arrepender se não me deixar passar. - falei calmamente, cruzando os braços, sabia que Viktor não impediria a minha entrada no prédio e acabaria sobrando para o porteiro. — Sinto muito senhorita, mas o senhor Bresson pediu para que ninguém entrasse. — a recepcionista me olhava com um sorriso cínico e tive quase certeza de que era mentira. Nesse momento dois homens saíram do elevador conversando, um deles tinha um braço envolto em gesso. Assim que me viram ali, barrada na porta como se tivesse cometido um crime, um deles cutucou o outro e falou alguma coisa, logo depois se aproximaram. - Você é a Alyssa? Irmã da Alison? - perguntou o que aparentava ser mais novo e tinha o braço quebrado. Respondi que sim e e
Como havia avisado, Viktor viajou e com o passar dos dias o natal se aproximava e com ele a ceia de natal na mansão da família Bresson. Eu precisava de uma roupa adequada e o meu guarda-roupa ou o da Alison não era o lugar ideal para isso. Louise me chamou para ajudá-la a comprar presentes, este ano ela pretendia visitar a família no Brasil e ela queria presenteá-los. Ela veio de carro até meu apartamento e fomos até o SoHo, um dos bairros de Manhattan com as melhores lojas. Eu amava andar com a Lou, ela era uma romântica incurável e cheia de energia, era impossível sair com ela e não se divertir com seu bom humor. Andamos por todas as lojas e Louise comprou os presentes, enchendo o banco de trás do vermelhão com sacolas, mas mesmo que todas as vitrines exibissem roupas para o natal, eu ainda não havia encontrado nenhum vestido que me agradasse, até gostei de alguns, mas não tive aquele sentimento de "é esse". Por sorte Louise estava comigo para aliviar a frustração de não encontrar
Era a véspera da véspera de natal, eu estava de saida quando o telefone tocou, hesitei por um momento, já imaginando que era o número desconhecido, mas optei por atender. Mais um vez, silêncio, quando eu ia desligar, uma voz mansa e feminina disse sem pausa "avise Viktor que volto no natal". Perdi o ar, seria a Alison? Antes que eu pudesse perguntar quem era a ligação caiu. Devolvi o telefone no lugar e saí dali, tentando não demonstrar meu nervosismo. E então chegou a véspera do natal e eu estava quase pronta, o último detalhe era o vestido e assim que o coloquei, fiquei satisfeita com o que vi. Fiz alguns cachos no meu cabelo, uma maquiagem leve que realçava os meus olhos e passei um batom também na cor vermelha, usei o meu melhor perfume e uma sandália de salto prateada. Eu me sentia linda e pronta para qualquer coisa. No horário marcado um carro parou em frente ao meu prédio e recebi uma mensagem do Viktor dizendo que havia enviado um motorista para me levar. Peguei um casaco e