POV: YULLICom o pouco de força que ainda restava, agarrei seus pulsos, liberando uma onda de choque com a magia que ainda relutava em se manifestar. Ele grunhiu em resposta, um som primal e feroz. Aproveitando sua momentânea hesitação, reuni toda a energia que me restava e desferi um chute certeiro em sua virilha.O impacto o fez rugir de dor, sua forma vacilou, e ele me soltou. Meu corpo caiu pesado no chão como uma pedra, meus pulmões implorando por ar. Toquei o pescoço instintivamente, tossindo e arfando enquanto tentava estabilizar minha respiração.Ajoelhei no chão, encarando-o com os olhos semicerrados, meu coração pulsando descontrolado.— Merda, Keenan... — Murmurei, sentindo o peso da situação e da ferocidade que ele quase não conseguiu controlar.Keenan deu um passo em minha direção, ainda segurando suas partes baixas com uma expressão carregada de dor e irritação. Recuar foi instintivo, minhas unhas arranhando suas mãos que tentavam se aproximar.— Fique longe de mim! — Co
POV: KEENANA água morna da banheira envolveu meu corpo, mas não trouxe o alívio que eu precisava. Soltei todo o peso contra o encosto, deixando a cabeça cair para trás, enquanto o som da água ecoava suavemente pelo banheiro. Passei as mãos pelo rosto, pressionando as têmporas com força, tentando silenciar o turbilhão de pensamentos.— Nós a ferimos. — Murmurei com culpa.Fechei os olhos, o cansaço tomando conta de cada fibra do meu corpo. Após o momento intenso com minha bruxinha, o sono havia me vencido, mas a sensação de culpa agora era mais forte que qualquer exaustão.“Não, eu a feri.” Olson rosnou em minha mente, sua voz carregada de pesar. “Não consegui identificar seu cheiro... Era como se ainda estivéssemos no campo de batalha, cercados por inimigos.”Meu maxilar se apertou, e um rosnado escapou de minha garganta.— O feiticeiro supremo está por trás disso. — Murmurei por entre dentes, sentindo a irritação pulsar em cada célula. Levei a mão à marca em meu peito, que queimava
POV: KEENANEla cruzou os braços, um sorriso irônico brincando em seus lábios.— E você está tentando me distrair, pulguento. — Retrucou, embora a suavidade em sua voz a entregasse.Com um sorriso faceiro, Yulli inclinou-se para frente, suas mãos indo em direção ao xampu atrás da minha cabeça. O movimento proposital fez com que seus seios roçassem em meu rosto, e foi impossível resistir. Depositei beijos suaves em sua pele macia, minha boca explorando cada centímetro que podia alcançar. Um arfar escapou de sua garganta, seu corpo tremendo levemente sob meu toque, mas ela se endireitou rapidamente, tentando recuperar o controle.— Eu quero respostas. — Disse, negando com a cabeça como se tentasse afastar o efeito que eu causava nela.Inclinei minha cabeça para o lado, observan
POV: YULLIMordi o lábio internamente enquanto observava Keenan, a cabeça pendendo para trás, os olhos fechados, com lágrimas silenciosas traçando um caminho por seu rosto marcado pela dor. Ele era mais do que um Alfa; era um líder e protetor nato, e a ideia de ter causado a morte de seus guerreiros, leais até o fim, o destruía por dentro.Deslizei para mais perto, o movimento propositalmente lento e calculado, deixando meu corpo roçar contra sua ereção latente. Um gemido baixo escapou dele, o corpo estremecendo com o contato. Sua cabeça se virou em minha direção, os olhos verdes se cravando nos meus, intensos e carregados de emoções conflitantes.— O que está fazendo, pequena? — Sua voz saiu rouca, vibrante, o tom carregado de desejo e culpa. Ele afastou uma mecha de cabelo do meu rosto com delicadeza, ma
POV: YULLICom dedos trêmulos, disquei seu número uma última vez. Meu corpo doía, não apenas pelos ferimentos, mas por todo peso das decisões que me trouxeram até aqui, aos portões ancestrais do clã das bruxas.— Alô? — Sua voz grave e familiar fez meu coração apertar.— Me perdoe, pulguento... — sussurrei direta, enquanto o vento gélido cortava minha pele. Uma lágrima teimosa escorria por meu rosto, mordi os lábios, tentando conter um soluço. — Não consegui ficar fora de confusão.— Yulli? Onde você está? — A preocupação em seu rosnado me fez quase desistir de tudo.— Preciso que pare de me procurar, vira-lata. — Endureci minha voz, mesmo que por dentro estivesse despedaçada. Ergui o queixo, como se ele pudesse me ver. — Siga com sua vida, encontre uma Luna e seja feliz. Não venha mais atrás de mim!Desliguei antes que sua voz pudesse me fazer mudar de ideia. O celular encontrou seu fim sob meus pés, cada pedaço quebrado simbolizando o fim desta história. Com passos pesados, entrei na
POV: YULLIDei alguns passos para o lado, meus olhos se arregalando enquanto ele se aproximava com uma confiança elegante e um ar de preguiçosa superioridade. Keenan andava como um predador que não se preocupava com a reação de suas presas, cada movimento calculado, mas desdenhoso. Atrás dele, seus lacaios seguiam em silêncio, todos vestidos com trajes formais, cada um emanando uma aura de ameaça controlada.— Fiquei chateado, encrenca. — Sua voz gotejava sarcasmo enquanto ele me olhava de cima a baixo, o olhar predatório fixo em mim. — Não recebi o convite para o seu casamento. — Seus lábios se curvaram em um sorriso insuportavelmente autoconfiante. — A propósito, você está linda.— Keenan, o que você está fazendo aqui? — perguntei, tentando manter minha voz firme, embora o nervosismo me atravessasse. Com os olhos semicerrados enquanto ameaçava me aproximar dele, mas o feiticeiro supremo se colocou entre nós, bloqueando meu caminho. — Eu disse para não vir atrás de mim!Keenan apenas
POV: KEENANAntes de adentrar o carro, uma dor lancinante atravessou minhas costas até meu peito. O ar escapou de meus pulmões e cambaleei, apoiando-me na porta do carro para não cair. Um rosnado feroz escapou de minha garganta enquanto meus seguranças rapidamente formavam uma barreira protetora atrás de mim.Virei-me lentamente, minhas presas expostas, e encarei Drevan parado à distância. O feiticeiro exibia um sorriso triunfante, seus lábios e dentes manchados com sangue vermelho-ferrugem.— Vocês pagarão por isso! — ameaçou ele.— Mal posso esperar — respondi com um sorriso irônico, minha voz áspera pela dor. Com esforço, abri a porta do carro e empurrei Yulli para dentro, ignorando sua resistência. Entrei em seguida e suspirei pesadamente ao notar o líquido viscoso que escorria do ferimento, manchando o tecido. — Droga, era meu terno preferido.— Qual é o seu problema?! — Yulli gritou, acertando um tapa em meu ombro.— Ei, estou ferido, esqueceu? — arqueei uma sobrancelha, mantendo
POV: YULLIMeus olhos encontraram os dele, e um peso avassalador me impediu de desviar. Tentei empurrá-lo, forçando uma distância entre nós, mas ele permaneceu imóvel, como se minha força fosse insignificante. Antes que pudesse refletir sobre minhas ações, minha mão subiu em um gesto rápido e certeiro, descendo com força contra seu rosto. O som do impacto reverberou no ar, nítido e afiado, enquanto sua pele exibia um leve rubor onde meus dedos haviam deixado suas marcas. Apesar disso, ele sequer vacilou.— Foi só isso? — Sua voz carregava um sarcasmo irritante, e sua sobrancelha arqueada acentuava a provocação. — Já terminou, bruxinha?Seus lábios se curvaram em um sorriso frio, revelando as presas afiadas que brilhavam sob a luz fraca. Ele não demonstrava dor ou surpresa, apenas uma confiança perigosa que parecia se expandir com meu ato impulsivo. Seus olhos fixaram-se em mim com precisão, estudando cada reação, cada tremor em meu rosto, enquanto um brilho predatório cintilava em seu