POV: YULLISaí do escritório com passos firmes, cada movimento carregado pela fúria que queimava dentro de mim. Minha loba, rugia inquieta, agitava-se com uma intensidade que me fazia querer explodir.“Volte lá, agora! Vamos arrancar aquela cadela no cio de cima dele,” vociferou, sua voz cheia de autoridade, quase fazendo meus passos hesitarem e o corpo se virar por conta própria. “Vamos dar a ela o que merece, arrancar pedaço por pedaço!”— Não! — Retruquei em um tom firme, lutando pelo controle enquanto forçava meu corpo para o outro lado. — Escuta aqui, meu corpo, minhas regras. Você está aqui há apenas um dia e já acha que pode mandar? É isso?“Fraca...” resmungou a loba, sua impaciência permeando cada palavra. “Você vai deixá-lo escorrer pelos dedos por causa das suas inseguranças e desse medo ridículo. Nós somos dignas do Alfa, Yulli!”— Fale por você! — Disparei de volta, os passos me levando automaticamente em direção ao jardim. As flores ao redor mal chamavam minha atenção; m
POV: YULLI“E você mencionou Drevan e o pacto que o liga a ele?” Minha loba rebateu, sarcástica e com um tom que parecia quase petulante, cruzando pensamentos como se estivesse na vantagem.— Isso é diferente! — Retruquei, ajustando as roupas após me trocar, irritada com a acusação implícita. — Keenan nunca permitiria que Drevan me reclamasse. Ele lutaria para romper qualquer elo, porque ele...Interrompi meus próprios pensamentos, desviando o olhar do espelho, apertando as mãos contra o mármore da pia. Mesmo tentando me convencer, uma parte de mim sabia que a presença de Ayla doía mais do que eu gostaria de admitir.“Ele nos escolheu. Qual o problema dele nos proteger?” Rosnou a Loba, mas sua língua estalou como se a clareza viesse a sua mente, ronronados fortes, reverberavam em minha mente como um rugido suave, e senti as orelhas peludas dela vibrarem com intensidade, transmitindo uma sensação reconfortante que me fez fechar os olhos por um momento. “Ah, compreendo. Você está preocu
POV: YULLI— Amante? — Abaixei o livro, fechando-o com calma, e arqueei uma sobrancelha enquanto a encarava com firmeza. Meu tom era afiado, carregado de sarcasmo. — Ayla, não é mesmo?— Para você, recém-transformada, me chame de Luna! — Rosnou a loba à minha frente, sua hostilidade escorrendo de cada palavra. Os seguranças nos observavam em silêncio, claramente desconfortáveis, mas sem ousar intervir. Fixei meu olhar no dela, firme e desafiador, e, para sua evidente surpresa, comecei a gargalhar.— Qual é a graça, bruxa? — Ela exigiu, sua voz carregada de fúria, enquanto seus punhos cerravam ao lado do corpo.— Ah, Ayla, o que não é engraçado aqui? — Respondi, interrompendo a risada para que meu tom carregasse toda a ironia possível. — É um fato que sou recém-transformada, mas convivo com os lobos há tempo o suficiente para saber uma coisa ou duas.Fiz questão de repetir seu nome de forma lenta e proposital, como se fosse um insulto velado, observando o rubor de raiva tomar conta de
POV: YULLI— Precisa se vestir com algo dele para sentir que tem valor, Ayla? — Rosnei com um tom afiado, dando um passo à frente, ignorando o tumulto interno que sentia. — Se é assim que você define sua importância para Keenan, então é mais patética do que eu pensava.Ayla recuou por um segundo, mas logo recuperou sua compostura, forçando uma risada irônica.— A negação é doce, não é? — Disse ela, sua voz gotejando sarcasmo. — Talvez você devesse aceitar que, quando se cansa das distrações, ele sempre volta para mim. Afinal, sou eu quem está destinada a ser Luna. Você não passa de uma brincadeira."Ela está mentindo." Fel grunhiu, sua fúria quase se tornando insuportável. "Desmascare-a!"Meu sorriso permaneceu firme e provocativo, mesmo diante da crescente tensão no ar.— Dias com ele e ainda assim não ganhou uma marca? — Minha voz gotejava ironia, enquanto meus olhos percorriam Ayla de cima a baixo, avaliando-a como algo descartável. — Precisei de apenas uma noite. Não precisei pedir
POV: KEENANA chuva fria não era nada comparada ao odor de sangue e magia negra que infestava o ar. Cada respiração que eu tomava parecia pesar no peito, a exaustão pressionava meus músculos, mas não havia espaço para fraqueza. Quantos dias estávamos lutando? Nem isso conseguia mais lembrar.Puxei Alisson para dentro do acampamento improvisado, seus gemidos de dor eram abafados pela respiração ofegante. Ele estava quase inconsciente, mas mesmo assim tentava se manter firme. Deitei-o cuidadosamente no chão, avaliando os ferimentos profundos que marcavam seu corpo. A podridão de magia negra impedindo sua regeneração era um lembrete cruel de que estávamos lutando contra algo muito além das tradições Lupinas.— Você está péssimo, Beta. — Comentei secamente, meu olhar fixo nas feridas que insistiam em sangrar. — Esses malditos bruxos e sua magia nojenta.Alisson abriu os olhos com dificuldade, sua voz saía arrastada, mas ainda carregava a lealdade implacável que sempre demonstrava.— Recue
POV: KEENANConstantine caminhava de um lado para o outro como um animal enjaulado, a fúria estampada em seu semblante. As criaturas das sombras ao seu lado raspavam as garras no chão, seus olhos fixos em mim, ansiosas pelo comando para atacar. Atrás dele, a silhueta imponente de Drevan se destacava, imóvel, mas vigilante. A ausência de sua intervenção direta era mais perturbadora do que qualquer feitiço que pudesse lançar.— O que ele está esperando? — Murmurei, os olhos fixos no cenário à frente enquanto minha mente calculava cada variável.“Que você se desgaste, que vacile, para então ser derrubado,” rugiu Olson em minha mente, sua voz carregada de alerta e raiva. “Se cairmos aqui, ele a levará.”— Me ofende você sugerir algo tão patético. — Estalei a língua com arrogância, permitindo que meu corpo se expandisse ainda mais enquanto assumia minha forma completa. O poder irradiava de mim, fazendo o ar ao meu redor vibrar. Levantei o focinho ao céu, o rugido reverberando como um aviso
POV: KEENANOs olhos de Drevan brilharam com irritação momentânea antes de recuperar sua compostura.— Um guerreiro cansado não é mais um guerreiro, Keenan. — Ele respondeu, sua voz como seda venenosa. — Você está lutando contra sua própria natureza enquanto eu controlo a minha.— Ainda estou de pé. — Respondi com sarcasmo e firmeza, limpando o sangue do canto dos lábios.— Presunçoso, não é mesmo? — Drevan riu, sua voz carregada com uma frieza sombria que reverberava pelo campo. Ele ergueu a mão, conjurando magia em minha direção. Cruzei os braços em defesa, mas seu poder atravessou minha carne como lâminas afiadas, arrancando um arfar relutante de meus lábios. Meu corpo estremeceu, mas me mantive firme.Respirei fundo, sentindo o calor do sangue gotejar pelo meu corpo. Com passos lentos e calculados, avancei em sua direção, cada movimento carregado de ameaça. As garras estendidas refletiam a luz fraca, enquanto meus olhos se cravavam nos dele, desafiadores.Parei à sua frente, fixan
POV: KEENANO instinto é uma coisa fascinante. Não sei exatamente quando alcançamos a alcateia, mas o estrondo ensurdecedor do impacto contra os portões fechados foi a única confirmação de nossa chegada. O veículo parou bruscamente, e eu desci cambaleando, minha visão turva pelo sangue que ainda escorria de minhas feridas. A cada passo, o chão parecia mais distante, mas a determinação me mantinha firme.Os seguranças correram em minha direção, alarmados, prontos para me amparar, mas meu rosnado cortou o ar como uma lâmina, congelando-os no lugar.— Peguem o beta e levem-no ao hospital. Agora! — Ordenei com firmeza, apontando para o carro onde Alisson permanecia inconsciente. Meus olhos faiscavam com autoridade enquanto minhas mãos ensanguentadas manchavam as grades de ferro que toquei ao passar.— Alfa, o senhor também precisa de cuidados urgentes! — Um dos guardas se aproximou, cauteloso, visivelmente preocupado. — Onde estão os outros?Aquela pergunta cortou mais fundo que qualquer