POV: YULLI— Precisa se vestir com algo dele para sentir que tem valor, Ayla? — Rosnei com um tom afiado, dando um passo à frente, ignorando o tumulto interno que sentia. — Se é assim que você define sua importância para Keenan, então é mais patética do que eu pensava.Ayla recuou por um segundo, mas logo recuperou sua compostura, forçando uma risada irônica.— A negação é doce, não é? — Disse ela, sua voz gotejando sarcasmo. — Talvez você devesse aceitar que, quando se cansa das distrações, ele sempre volta para mim. Afinal, sou eu quem está destinada a ser Luna. Você não passa de uma brincadeira."Ela está mentindo." Fel grunhiu, sua fúria quase se tornando insuportável. "Desmascare-a!"Meu sorriso permaneceu firme e provocativo, mesmo diante da crescente tensão no ar.— Dias com ele e ainda assim não ganhou uma marca? — Minha voz gotejava ironia, enquanto meus olhos percorriam Ayla de cima a baixo, avaliando-a como algo descartável. — Precisei de apenas uma noite. Não precisei pedir
POV: KEENANA chuva fria não era nada comparada ao odor de sangue e magia negra que infestava o ar. Cada respiração que eu tomava parecia pesar no peito, a exaustão pressionava meus músculos, mas não havia espaço para fraqueza. Quantos dias estávamos lutando? Nem isso conseguia mais lembrar.Puxei Alisson para dentro do acampamento improvisado, seus gemidos de dor eram abafados pela respiração ofegante. Ele estava quase inconsciente, mas mesmo assim tentava se manter firme. Deitei-o cuidadosamente no chão, avaliando os ferimentos profundos que marcavam seu corpo. A podridão de magia negra impedindo sua regeneração era um lembrete cruel de que estávamos lutando contra algo muito além das tradições Lupinas.— Você está péssimo, Beta. — Comentei secamente, meu olhar fixo nas feridas que insistiam em sangrar. — Esses malditos bruxos e sua magia nojenta.Alisson abriu os olhos com dificuldade, sua voz saía arrastada, mas ainda carregava a lealdade implacável que sempre demonstrava.— Recue
POV: KEENANConstantine caminhava de um lado para o outro como um animal enjaulado, a fúria estampada em seu semblante. As criaturas das sombras ao seu lado raspavam as garras no chão, seus olhos fixos em mim, ansiosas pelo comando para atacar. Atrás dele, a silhueta imponente de Drevan se destacava, imóvel, mas vigilante. A ausência de sua intervenção direta era mais perturbadora do que qualquer feitiço que pudesse lançar.— O que ele está esperando? — Murmurei, os olhos fixos no cenário à frente enquanto minha mente calculava cada variável.“Que você se desgaste, que vacile, para então ser derrubado,” rugiu Olson em minha mente, sua voz carregada de alerta e raiva. “Se cairmos aqui, ele a levará.”— Me ofende você sugerir algo tão patético. — Estalei a língua com arrogância, permitindo que meu corpo se expandisse ainda mais enquanto assumia minha forma completa. O poder irradiava de mim, fazendo o ar ao meu redor vibrar. Levantei o focinho ao céu, o rugido reverberando como um aviso
POV: KEENANOs olhos de Drevan brilharam com irritação momentânea antes de recuperar sua compostura.— Um guerreiro cansado não é mais um guerreiro, Keenan. — Ele respondeu, sua voz como seda venenosa. — Você está lutando contra sua própria natureza enquanto eu controlo a minha.— Ainda estou de pé. — Respondi com sarcasmo e firmeza, limpando o sangue do canto dos lábios.— Presunçoso, não é mesmo? — Drevan riu, sua voz carregada com uma frieza sombria que reverberava pelo campo. Ele ergueu a mão, conjurando magia em minha direção. Cruzei os braços em defesa, mas seu poder atravessou minha carne como lâminas afiadas, arrancando um arfar relutante de meus lábios. Meu corpo estremeceu, mas me mantive firme.Respirei fundo, sentindo o calor do sangue gotejar pelo meu corpo. Com passos lentos e calculados, avancei em sua direção, cada movimento carregado de ameaça. As garras estendidas refletiam a luz fraca, enquanto meus olhos se cravavam nos dele, desafiadores.Parei à sua frente, fixan
POV: KEENANO instinto é uma coisa fascinante. Não sei exatamente quando alcançamos a alcateia, mas o estrondo ensurdecedor do impacto contra os portões fechados foi a única confirmação de nossa chegada. O veículo parou bruscamente, e eu desci cambaleando, minha visão turva pelo sangue que ainda escorria de minhas feridas. A cada passo, o chão parecia mais distante, mas a determinação me mantinha firme.Os seguranças correram em minha direção, alarmados, prontos para me amparar, mas meu rosnado cortou o ar como uma lâmina, congelando-os no lugar.— Peguem o beta e levem-no ao hospital. Agora! — Ordenei com firmeza, apontando para o carro onde Alisson permanecia inconsciente. Meus olhos faiscavam com autoridade enquanto minhas mãos ensanguentadas manchavam as grades de ferro que toquei ao passar.— Alfa, o senhor também precisa de cuidados urgentes! — Um dos guardas se aproximou, cauteloso, visivelmente preocupado. — Onde estão os outros?Aquela pergunta cortou mais fundo que qualquer
POV: KEENANO rosnado que escapou de minha garganta fez os vidros da janela vibrarem. Passei as mãos pelos cabelos sujos e desgrenhados, tentando conter a explosão de emoções que ela provocava em mim. Sorri de canto, mordendo a parte interna da boca, sentindo o autocontrole se esvaindo pouco a pouco. Deusa, era preciso toda a minha força para não a reivindicar ali mesmo, para não provar com cada fibra do meu ser que ela era minha e apenas minha.Caminhei lentamente até a poltrona, jogando o peso do corpo ferido contra o estofado. A dor pulsava em cada músculo, mas era um preço que valia a pena pagar. Tirei a camisa ensanguentada, jogando-a de lado sem cerimônia, enquanto sentia o olhar de Yulli me acompanhar. Sua expressão, antes desafiadora, transformou-se em algo que mesclava preocupação e surpresa ao notar as marcas das batalhas.Sem dizer uma palavra, ela se aproximou, rápida, ajoelhando-se entre minhas pernas como se guiada por um instinto primal. Meus músculos se retesaram quand
POV: YULLITalvez fosse o álcool, a loba ou simplesmente o magnetismo dele. A verdade era que, naquele momento, eu desejava Keenan com uma intensidade. Seu cheiro me intoxicava, tão fresco e envolvente, e a proximidade apenas aumentava o calor que se espalhava pelo meu corpo. Meu peito subia e descia rápido enquanto a tensão entre nós se tornava palpável.Deslizei o nariz por seu pescoço, absorvendo seu aroma inebriante, enquanto minha língua traçava um caminho provocante pelas feridas que marcavam sua pele. O gosto do seu sangue, quente e doce, parecia viciante em meus lábios. Um gemido grave escapou de sua garganta, e o som fez meu coração disparar. Ajoelhei-me diante dele, meus olhos presos aos seus enquanto minhas mãos percorriam suas coxas, apertando a carne firme com uma mistura de necessidade e provocação. Minha língua continuava sua trilha deliberada, cada deslizar arrancando um novo grunhido dele.— Feiticeira... — Ele sussur
POV: YULLIEle reagiu imediatamente, suas mãos grandes agarrando minha cintura com força, seu toque possessivo enviando arrepios pela minha pele. Quando abandonei sua boca, mordi seu queixo com firmeza, descendo minha língua por seu pescoço e cravando meus dentes o suficiente para deixar minhas marcas em sua pele quente. No que era meu.“No que é nosso!” Vibrou Fel em minha mente, sua aprovação enchendo meu peito de um prazer selvagem.O rosnado de Keenan ecoou pelo ambiente, seus dedos apertando o braço da poltrona com força suficiente para ameaçar quebrá-lo. Ele umedeceu os lábios, me encarando afiado, como um predador prestes a dar o bote. Meu sorriso se alargou ao notar o efeito que causava nele. Deslizei a ponta dos dedos por seus ombros largos, provocando-o com toques leves que seguiam até a ferida em sua pele. Parei ali, cobrindo o machucado com as mãos, fechando os olhos enquanto entoava um feitiço. A magia percorreu meus dedo