POV: YULLIUm gemido suave escapou dos meus lábios quando a boca dele continuou traçando o caminho das raízes, demorando-se em cada ponto como se quisesse apagar a dor com seus beijos. Minha respiração estava descompassada, o calor subia pelo meu rosto e o corpo pulsava em um misto de tensão e desejo. Desviei o olhar, incapaz de encarar aqueles olhos que sempre pareciam ver além.— As Deidades perceberam o problema... então uniões precisaram ser feitas. — Minha voz vacilou, e ele imediatamente parou, inclinando a cabeça em minha direção, os olhos intensos e inquisidores fixos nos meus. — Uma maldição nos atingiu. Drevan parecia imune, o único que não foi afetado, e então...— Claro. Por que não juntar dois bruxos com poder puro para salvar a espécie? — Ele rosnou com sarcasmo, a irritação gotejando em cada palavra. — Eu entendo a lógica, mas o Feiticeiro Supremo não parece interessado em ter você como esposa. Ele cheira a podridão e maldade. Não consegue esconder.— É fácil se perder p
POV: KEENANAgarrei sua cintura com firmeza, sentando-a na borda da janela, usando o joelho para afastar suas pernas e me encaixar perfeitamente entre elas. Uma mão se firmou no vidro ao lado de sua cabeça, enquanto a outra enlaçou seus cabelos dourados, puxando-a para um beijo que consumia tudo ao nosso redor.Yulli tinha um gosto que fazia meu controle vacilar, doce e perigoso ao mesmo tempo, como se ela tivesse sido feita para mim. Meu corpo queimava com a necessidade de tê-la, e meu lobo rugia baixo, exigindo o que sempre foi seu por direito. Rosnei contra sua boca, movendo os lábios com voracidade, minha fome por ela crescente a cada segundo.Deixei seus cabelos, deslizando a mão para os ombros delicados, puxando o vestido lentamente, expondo sua pele à luz prateada que entrava pela janela. Cada centímetro revelado era um convite, cada curva, um pecado impossível de resistir. Quando ela ficou completamente nua, a lua refletida na janela iluminava sua pele como um brilho proibido.
POV: KEENAN— Droga, vira-lata! — A voz dela explodiu no ar, rouca e carregada de desejo, enquanto suas unhas arranhavam a janela atrás de si, o som agudo ecoando no quarto. — Te odeio.Meu sorriso cresceu, carregado de malícia. Levantei o olhar, a luz do luar refletindo em seu rosto avermelhado, enquanto mordia o canto da boca em provocação.— Tem um jeito fascinante de demonstrar isso. — Sussurrei com a rouquidão na voz, pressionando o polegar contra seu ponto mais sensível, arrancando um estremecimento do seu corpo. — Então vá em frente, grite o quanto me odeia, bruxinha. Quero ouvir.— Pulguento! — Ela arqueou o corpo, mordendo os lábios com uma força que fazia meu sangue ferver. O tom teimoso, a resistência que ela tentava manter, apenas alimentava minha fome. O oposto exato do que pedi, e, ainda assim, exatamente o que esperava dela.— Que prisioneira mais desobediente. — Rosnei, deixando minha voz grave e carregada de uma ameaça provocativa. Deslizei um dedo e, em seguida, outro
POV: KEENANO som da batida na porta se repetiu, mais insistente, provocando um rosnado baixo de frustração em meu peito. — Inferno! Não conseguem ver que estou ocupado?— Perdão, Alfa, é urgente! — A voz de Alisson atravessou a porta com um tom sério e preocupado, quebrando o momento com irritante precisão.— Você deve ir. — Yulli murmurou suavemente, a mão pousando em meu peito enquanto deslizava um carinho breve, seguido por um suspiro profundo. — É melhor assim.— Nós não terminamos nossa conversa, bruxinha. — Ressoei firme deixando claro que aquela interrupção era temporária. Meus olhos semicerrados capturaram o dela, que desviava ligeiramente, mas não sem antes soltar um suspiro pesado de frustração.— Você sabe o quanto é teimoso, não sabe, pulguento? — Resmungou, ajustando o vestido contra o corpo, mas antes que pudesse vesti-lo completamente, tomei o tecido de suas mãos. Com movimentos deliberados, passei o vestido por seus ombros e a ajudei a se cobrir, enquanto um sorriso tr
POV: KEENANAntes de entrar no carro, senti a força esmagadora do Alfa Supremo. Sua presença era intensa, pulsando em ondas que faziam o chão vibrar e o ar parecer mais denso. Alisson grunhiu, o corpo arqueando em submissão enquanto abaixava a cabeça, claramente incapaz de resistir à autoridade natural que emanava dele.— Aaron... — Chamei, sem me virar, sentindo sua aproximação enquanto o carro estacionava próximo. Esperei até que ele parasse ao meu lado, sua sombra engolindo a minha, e o som da porta do veículo se abrindo em nossa direção.— Fez uma bela apresentação lá dentro. — Sua voz carregava uma força controlada, baixa e ameaçadora, mas havia um tom de aprovação velada que só alguém tão familiar quanto eu poderia captar. Ele manteve os olhos em mim, desafiadores. — Vai entrar por vontade própria ou terei que jogá-lo como um filhote rebelde?Sorri com presunção, virando a cabeça de leve para encará-lo. Aaron sempre foi direto, mas nunca sutil.— Sutilezas não são o seu ponto for
POV: KEENAN— Por que me trouxe aqui, Aaron? — Questionei, encarando-o enquanto os ventos frios da montanha cortavam a tensão entre nós.De cima da montanha, a visão era de tirar o fôlego. A alcateia central se estendia como uma tapeçaria viva, delimitada pelas fronteiras naturais e cortada pelo rio que serpenteava lá embaixo. O frio da noite fazia os pelos do meu lobo se eriçarem enquanto eu erguia o focinho para a lua, que parecia próxima o suficiente para ser tocada. O céu estrelado brilhava intensamente, mas a tensão entre nós era palpável.Aaron se aproximou, sua presença era tão marcante quanto o peso de sua posição. Sentando-se sobre as patas traseiras, ele seguiu meu olhar, deixando um rugido contido vibrar no ar.— Sou o seu rei, Alfa do Norte, mas também... — Ele pausou, a força de suas palavras ressoando. — Sou um amigo.Soltei uma risada curta, carregada de sarcasmo.— Olha só, nos tornamos lobos sentimentais. — Respondi, com um sorriso presunçoso. — Mas não posso desistir
POV: KEENAN— E os presságios? — Mutamos para a forma humana ao nos aproximarmos dos veículos, o tom grave de sua voz me alertando. — O que eles mostram?Aaron ficou em silêncio por um momento antes de soltar um suspiro pesado.— O fim dos Lupinos, causado por uma relação proibida. Nossos filhos... mortos. — Sua voz quebrou levemente, mas manteve o tom firme, como o líder que precisava ser. — Eu perdia o controle da minha fera e os massacrava, um por um. Era como se minha própria essência fosse corrompida.Minha mente girou com a informação. A conexão com Callie e seus presságios agora fazia muito mais sentido.— Por isso ela reagiu daquele jeito com a Yulli? — Perguntei, ligando os pontos rapidamente. — Ela estava com medo. Medo de perder todos que ama, com pavor de que seus presságios se tornassem reais.Aaron me encarou, seu olhar carregando um misto de autoridade e vulnerabilidade, antes de assentir levemente.— Alfa, não vou permitir que nada aconteça a você, Callie, ou seus filho
POV: YULLIA noite parecia interminável, e Keenan não dava sinais de retorno. Caminhava de um lado para o outro no quarto, os passos ecoando no silêncio, enquanto a bandeja com a refeição intocada permanecia sobre a mesinha. Não conseguia pensar em comida, apenas no vazio que sentia em sua ausência e no desconforto crescente que fazia meu peito apertar.— A senhora aceita um chá? — A voz da governanta me alcançou, interrompendo o fluxo de pensamentos. Seu tom era calmo, mas seu olhar avaliador não passou despercebido.— Não, obrigada. — Respondi sem rodeios, lançando um breve olhar para ela antes de me virar novamente para a imensa janela. A visão era ampla, o vidro quase tocando o teto, e o parapeito que antes fora palco de um momento íntimo entre mim e Keenan agora parecia frio e vazio. — Sabe me dizer quando o seu alfa irá retornar?— Não, senhora. — Disse a mulher com profissionalismo, inclinando levemente a cabeça antes de recuar para a porta. — Se precisar de algo, avise ao guard