KADARDurante o trajeto até o palácio cogito a ideia de deixar Maysun passar algumas horas na biblioteca, embora meu objetivo seja fazer daquela atrevida a esposa perfeita, não poderei deixá-la ficar presa no quarto até chegar o dia de nos mudarmos. Porém assim que adentro a sala principal, me deparando com a cena a minha frente, meus órgãos internos começam a funcionar a todo vapor, algo queima por dentro, como se um vulcão em erupção estivesse dentro de mim. Ódio. Raiva. Um misto de sensações ruins se apodera de todo o meu ser, e tudo que ecoa na minha mente é a possibilidade de alguém tocar no que é meu.Com o ódio inflamando em minhas veias, saio puxando-a na direção do quarto vermelho. Desde que assumi o comando das empresas, não entro neste lugar, mas será o ambiente ideal para mostrar a ela quem é o seu dono. O medo em seus olhos me deixa em puro êxtase, sei que sua reação será exatamente essa ao olhar as imagens na parede. A maldita ainda cogita tentar fugir, o que acaba por a
KADARTrês dias se passaram desde que Maysun está naquele lugar, e ao contrário do que pensei, ela continua inabalável, se mantendo forte. Nem os piores criminosos aguentaram tanto tempo ao passarem pela Tortura Vermelha. Porém já não vejo o mesmo brilho que antes havia nos seus olhos, é como se o seu corpo está ali presente, mas sua alma não. Ela está três dias ouvindo o mesmo som , tendo somente uma refeição ao dia e permanecendo no escuro total, só ligo a luz nos momentos que adentro o seu quarto.Nem mesmo quando a possuí durante esses três dias nenhum som saiu entre seus lábios, ela simplesmente abriu as pernas e permaneceu com os olhos arregalados fixos na direção da maldita parede, como se fosse uma boneca inflável.Desde ontem não consigo falar com Jamil para saber como está indo o rumo das investigação sobre os Wehbe. Completamente esgotado, — pois são três malditos dias que não consigo dormir direito, sempre as imagens dela dormindo com seus longos cabelos escuros passam com
MAYSUNDor. Frio. Meu corpo está fraco e dolorido, minha cabeça dói, sinto um forte desconforto entre minhas pernas, minha boca está seca, minha garganta doendo. Preciso abrir meus olhos, mas novamente apago, caindo em uma escuridão sem fim. Sinto algo macio e quente sobre mim, meu corpo está aquecido, mas algo perfurante incomoda a minha mão. Abro os olhos lentamente, ainda está no escuro, exceto por uma pequena luz vindo de um abajur ao longe. Movimento-me e logo sinto meu corpo dolorido. Fecho novamente meus olhos, vozes ecoam na minha mente, meu ofuscado cérebro começa a procurar entre suas lembranças recentes o que ouve, pouco a pouco as imagens fragmentadas começam a me torturar.Depois da noite que Maktoum me colocou naquele quarto, não tive nenhuma noção do tempo transcorrido, não sabia se era dia ou noite, então comecei a calcular o tempo pela hora que ele entrava com um prato de comida, percebendo ao vê-lo impecavelmente em um terno, que minhas refeições estavam sendo feitas
KADARTrês dias se passam desde o dia que encontrei Maysun naquele quarto caida no chão. Fecho meus olhos e as lembranças dos últimos dias invadem a minha mente.Depois dela ser atendida pelo Dr. Kassan, fiquei mais aliviado ao saber que a pancada em sua cabeça não terá consequências graves. Tita está encarregada da medicação que deverá ser administrada de acordo com os horários estabelecidos pelo médico. Ao sair do quarto dela, vou até meus aposentos, tomo uma ducha quente e minutos depois, já vestido, caminho em direção ao corredor de acesso a escada. Me deparo ao descer com alguns pares de olhos fixos na minha direção. Visto minha armadura de homem frio, fechando-a por completo e termino de descer os últimos degraus. O silêncio paira no ambiente, e pela expressão da minha mãe, sei que ela está louca para abrir sua boca e como sempre falar a mesma ladainha. Para a minha surpresa, ela se mantem quieta, ao contrário da mulher a minha frente, que a cada dia me causa uma enorme irritaçã
MAYSUNNo momento em que o sol ilumina o quarto, acordo atordoada com uma estranha convicção me perseguido. A sensação é de mais ou menos como se tivesse engolido um despertador antes de dormir, e agora, está ressoando em minha barriga. Intuição, ansiedade, medo. Um misto de sensações paira sobre mim. Fecho os olhos e meus pensamentos invadem a minha mente.Desde o momento que coloquei os meus pés nesse lugar, tenho vivido dias que nem nos meus piores pesadelos cogitei vivenciar. Uma ferida tão grande que não sei se algum dia será capaz de cicatrizar. Ao contrário das mulheres de outras culturas, aqui somos vistas como objetos que devem satisfazer as vontades do marido, no momento e na hora, que assim ele desejar. Nem se aquele maldito me desse mil chibatadas faria uma ferida como a que estou sentido.Todas as palavras que proferi a Kadar ainda estão aqui, repassando como um lembrete, irei fazer exatamente o que disse a ele. Só depois de passar mal que a realidade bateu forte em mim.
MAYSUNAssim que o automóvel entra em movimento, um turbilhão de pensamentos paira na minha mente. De nada vai adiantar medir forças contra Kadar, terei que vencer o meu inimigo de outra forma. Depois que Tita me conta o estado que ele ficou após me tirar daquele quarto, um pensamento se faz presente na minha cabeça. A princípio pensei que aquele demônio só quisesse me mostrar que sua vontade teria que prevalecer após não ter aceitado a sua proposta, mas ele poderia ter me forçado e conseguido o que queria sem precisar casar comigo. Também já percebi o jeito que ele fica quando está transando comigo, a sua expressão é de puro êxtase. Se terei que continuar com esse casamento e Maktoum vai continuar usufruindo do meu corpo, essa será a arma mais poderosa que terei contra ele.Tita avisa-me que já chegamos. Como o carro ficaria nos aguardando, faço o sinal e ela logo começa a gemer, dizendo que esta sentindo dor no estômago. Peço ao motorista que a leve até a farmácia, saio do carro e o
MAYSUNDesde o dia que estive aqui pela última vez, não sentia essa sensação de paz tão grande em meu coração. Um misto de sensações paira sobre mim, e ver a alegria nos olhos do meu irmão por estamos juntos nesse dia, faz meu coração dar pulos de alegria.Minha mãe questiona o porquê de não ter vindo com meu esposo, pois haviamos combinado que a noite estaríamos aqui. Conto a ela que Maktoum tinha alguns assuntos para resolver na empresa, mas que ao entardecer, virá se juntar a nós. Tita não demora a chegar e me diz que já está com o medicamento em mãos, aproveito e começo a fazer o uso do anticoncepcional. Sei que não fará efeito de imediato, porém a sorte está ao meu favor, pois se depois de Kadar ter me possuindo incontáveis vezes desde que nos casamos, eu não engravidei, agora me prevenindo isso se tornará algo impossível de acontecer. As horas passam voando, quando dou por mim, já está na hora do almoço. Parece que não como desde o dia em que fui morar naquele palácio, porque com
MAYSUNAcordo ao me sentir muito inquieta, quente, com o coração disparado. Ainda sonolenta, levo minhas mãos de encontro ao meu rosto, esfregando os olhos, assim que baixo a cabeça, me deparo com o motivo que está me causando um misto de sensações por todo o meu corpo. No impulso, tento fechar minhas pernas, mas elas são seguradas e abertas pelo homem a minha frente. Os olhos dele são intensos, perspicazes, até exigentes.— Você é minha. — Sussurra — Só minha. Nunca se esqueça disso.Ele coloca novamente a cabeça, ajeitando-a entre as minhas pernas, tendo acesso a carne latejante da minha vagina. A ponta da sua língua impetuosa toca meu clitóris, em seguida, o envolvendo com os lábios, passando a explorar cada curva e fenda do meu sexo, chupando-a e lambendo. Mordo o lábio para não deixar escapar um gemido de prazer, e por mais que eu tente me manter firme, meu corpo começa a ficar ainda mais quente e a reagir aos seus toques. Seus dedos massageiam deliciosamente meu clitóris, em le