MAYSUNNo momento em que o sol ilumina o quarto, acordo atordoada com uma estranha convicção me perseguido. A sensação é de mais ou menos como se tivesse engolido um despertador antes de dormir, e agora, está ressoando em minha barriga. Intuição, ansiedade, medo. Um misto de sensações paira sobre mim. Fecho os olhos e meus pensamentos invadem a minha mente.Desde o momento que coloquei os meus pés nesse lugar, tenho vivido dias que nem nos meus piores pesadelos cogitei vivenciar. Uma ferida tão grande que não sei se algum dia será capaz de cicatrizar. Ao contrário das mulheres de outras culturas, aqui somos vistas como objetos que devem satisfazer as vontades do marido, no momento e na hora, que assim ele desejar. Nem se aquele maldito me desse mil chibatadas faria uma ferida como a que estou sentido.Todas as palavras que proferi a Kadar ainda estão aqui, repassando como um lembrete, irei fazer exatamente o que disse a ele. Só depois de passar mal que a realidade bateu forte em mim.
MAYSUNAssim que o automóvel entra em movimento, um turbilhão de pensamentos paira na minha mente. De nada vai adiantar medir forças contra Kadar, terei que vencer o meu inimigo de outra forma. Depois que Tita me conta o estado que ele ficou após me tirar daquele quarto, um pensamento se faz presente na minha cabeça. A princípio pensei que aquele demônio só quisesse me mostrar que sua vontade teria que prevalecer após não ter aceitado a sua proposta, mas ele poderia ter me forçado e conseguido o que queria sem precisar casar comigo. Também já percebi o jeito que ele fica quando está transando comigo, a sua expressão é de puro êxtase. Se terei que continuar com esse casamento e Maktoum vai continuar usufruindo do meu corpo, essa será a arma mais poderosa que terei contra ele.Tita avisa-me que já chegamos. Como o carro ficaria nos aguardando, faço o sinal e ela logo começa a gemer, dizendo que esta sentindo dor no estômago. Peço ao motorista que a leve até a farmácia, saio do carro e o
MAYSUNDesde o dia que estive aqui pela última vez, não sentia essa sensação de paz tão grande em meu coração. Um misto de sensações paira sobre mim, e ver a alegria nos olhos do meu irmão por estamos juntos nesse dia, faz meu coração dar pulos de alegria.Minha mãe questiona o porquê de não ter vindo com meu esposo, pois haviamos combinado que a noite estaríamos aqui. Conto a ela que Maktoum tinha alguns assuntos para resolver na empresa, mas que ao entardecer, virá se juntar a nós. Tita não demora a chegar e me diz que já está com o medicamento em mãos, aproveito e começo a fazer o uso do anticoncepcional. Sei que não fará efeito de imediato, porém a sorte está ao meu favor, pois se depois de Kadar ter me possuindo incontáveis vezes desde que nos casamos, eu não engravidei, agora me prevenindo isso se tornará algo impossível de acontecer. As horas passam voando, quando dou por mim, já está na hora do almoço. Parece que não como desde o dia em que fui morar naquele palácio, porque com
MAYSUNAcordo ao me sentir muito inquieta, quente, com o coração disparado. Ainda sonolenta, levo minhas mãos de encontro ao meu rosto, esfregando os olhos, assim que baixo a cabeça, me deparo com o motivo que está me causando um misto de sensações por todo o meu corpo. No impulso, tento fechar minhas pernas, mas elas são seguradas e abertas pelo homem a minha frente. Os olhos dele são intensos, perspicazes, até exigentes.— Você é minha. — Sussurra — Só minha. Nunca se esqueça disso.Ele coloca novamente a cabeça, ajeitando-a entre as minhas pernas, tendo acesso a carne latejante da minha vagina. A ponta da sua língua impetuosa toca meu clitóris, em seguida, o envolvendo com os lábios, passando a explorar cada curva e fenda do meu sexo, chupando-a e lambendo. Mordo o lábio para não deixar escapar um gemido de prazer, e por mais que eu tente me manter firme, meu corpo começa a ficar ainda mais quente e a reagir aos seus toques. Seus dedos massageiam deliciosamente meu clitóris, em le
KADARDepois que saí do quarto de Maysun a deixando totalmente frustrada por não chegar ao limite do seu prazer, um sorriso se faz presente em minha face. Além de ser dona de uma beleza como nunca tinha visto antes, ela tem um corpo perfeito, e um sabor que a cada dia está se tornando o meu maior vício. Tinha cogitado ontem que hoje passaria o dia todo no palácio, mais acaba por surgir alguns imprevistos em uma das empresas onde a minha presença foi indispensável para solucioná-lo. Depois de horas intermináveis, deixo minha sala indo ao encontro da garagem onde meu motorista já me aguarda. Com o aparelho em minhas mãos, passo o dedo sobre a tela acessando o aplicativo das câmeras que foram instaladas no quarto de Maysun e na biblioteca, em questão de segundos as imagens surgem a minha frente, onde minha adorável esposa adentra o cômodo caminhando na direção da poltrona a sua frente. Minha garganta se fecha no exato momento que a tela do maldito celular fica numa escuridão total. Mesmo
KADARMesmo tentando se afastar de mim, pego Maysun em meus braços deixando o cômodo. Ao adentrar a sala encontro Tita que descia as escadas com alguns materiais de limpeza, dou ordens para ir guarda os objetos e vir rapidamente para os aposentos de May. Assim que a coloco em cima da cama, ao virar em direção a porta, Tita aparece, mando que a mesma cuide dela e sigo para o meu quarto. Meus olhos vão de encontro a parede e pego o primeiro chicote que surge no meu campo de visão. Em passos largos, sigo para os aposentos dos meus pais.Assim que chego próximo a porta, abro-a com brusquidão, fazendo a mulher que estava com o olhar concentrado no monitor do seu notebook ficar mais branca que um papel. Caminho até ela, que se levanta rapidamente. Embora já saiba que seus planos fracassaram, ela mantem seu ar de superioridade, que só agita ainda mais o sangue em minhas veias que está pulsando freneticamente.— Se o que você quer é a confirmação do que já descobriu, sim! Eu planejei tudo, ja
HUMAILDAcordo em um sobressalto, novamente com a sensação de um grande vazio, como se a escuridão que apoderou-se da minha alma me reivindicasse por inteiro. Todas as noites, desde a partida de Aylla, ao dormir sempre estou em um lugar sombrio, as imagens do seu rosto sempre surgem em minha mente trazendo uma forte luz em meio a escuridão em que me encontro. Porém ao pensar que aquela atrevida que era a minha princesinha se tornou tão petulante, é como se um fogo líquido estivesse em minhas veias me queimando. Assim que surgem os primeiros raios do sol, recebo uma ligação de Dusan, me informando que dentro de uma hora já estará em minha presença com as informações que foram solicitadas.De banho já tomado e arrumado, sigo para o meu escritório, ao adentrar o cômodo, me acomodo em minha poltrona. Aqui estou eu, neste exato momento, com os arregalados e fixos na direção da porta, esperando meu funcionário e amigo chegar. Não demora muito e a maçaneta é girada, revelando o homem que eu
JASMIMDor. Dor é o que exatamente estou sentindo. Embora já tenha passado uma semana após o ocorrido, as minhas costas ainda estão doloridas demais. Jamais meu marido havia levantado a sua mão contra mim, mas ao ver o ódio visível através de suas órbitas esverdeadas, o medo agudo e crú atravessou todo o meu corpo. A sua voz ao ecoar no ambiente fez os meus batimentos cardíacos aumentarem, minha garganta se fechou assim que ele pegou o chicote da mão de Kadar, fiquei totalmente sem reação pois tentei falar e antes que qualquer som saísse entre meus lábios, ele disse tudo que a muito tempo gostaria de ter falado.A cada golpe deferido era como se estivesse rasgando a minha pele, uma dor insuportável percorreu por todo o meu corpo a cada vez que o som do chicote estalava no ambiente e atingia as minhas costas me queimando por dentro. Minhas pernas já estavam fracas, minha visão embaçada pelas lágrimas e, e no momento que meu corpo desabou no chão ao ouvir o som do chicote, soube que o