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A Outra Face do "Dexter"
A Outra Face do "Dexter"
Por: Chrys
• O começo pelo fim

Escuto o assobio do vento la fora, minha casa não é tão bem revestida quanto o apartamento que tinha no começo da serie em Miami Beach, não existe ar condicionado para guardar os meus troféus e nenhum climatizado para me aquecer nas noites de inverno, apenas uma velha lareia onde trago lenha no final do meu expediente.

Não era bem a vida que Harry sonhou para mim, mas é bem melhor do que estar preso e ter sido condenado a cadeira elétrica, afinal de contas não existem tantas pessoas por aí como eu.

Na verdade, alguém como eu provavelmente não terá pois tiveram um Harry para criar um código de conduta, a não ser seguir seus próprios instintos primitivos para sanar a sede por sangue.

Pois bem, sigo minha vida me perguntando “o porque estou vivo”? não existe respostas ou um ser magico como algumas pessoas acreditam que exista para me trazer as respostas e me ajudar a trilhar o caminho correto, mas de alguma forma, o destino me deu outra chance após meu barco ser totalmente destruído com as intensas ondas com a aproximação do furacão, na qual eu apenas me lembro de um bando de imigrantes latino americano me puxando para o barco deles, minha cabeça doía devido partes do meu querido barco ter me nocauteado.

Não tinha intenção de sair vivo, pois acreditava que todos em que estavam ao meu arredor poderiam morrer, a morte sempre foi a minha companheira, pois em meus momentos mais sombrios, ela fazia bem, mas não as pessoas que eu “amava”, sendo assim, “Dexter Morgan” morte, iria trazer paz a quem poderia correr perigo, não haveria mais sede por sangue, não haveria pessoas inocentes morrendo por terem conexões ao velho Dexter.

Hoje não sou mais conhecido como analista de sangue forense, nem por ter sido filho do policial Harry Morgan, mas como “William Foster”, meu novo nome onde os mais achegados me chamam de “Bill”.

Após ter sido resgatado pelos imigrantes, fui levado em uma van para a cidade de Chesapeake, localizada em Virginia, pois lá haveria um homem responsável em distribuir a documentação para cada pessoa que chega-se ilegalmente, eu sou um americano nativo, não precisaria de documentação falsa para eu permanecer no país, mas para quem foi encontrado no mar e viajou 13 horas em uma van com 16 pessoas que nunca vi em minha vida e terem compaixão de me trazerem em segurança ate aqui, talvez fosse a hora de começar, talvez “Dexter Morgan” realmente estaria morto, afinal o nome é apenas um rotulo para ser identificado.

No momento em que cheguei aqui não tinha sequer um centavo para poder tomar um café, quanto mais poder pagar ao senhor “Mendel” como era chamado com as identidades n ovas, mas fiz um contrato com ele, se precisava de lenhadores para o local, me coloquei a disposição em trabalhar para ele, pois sabia muito bem como utilizar uma serra elétrica, Harry sempre me ensinava deveres em que o homem “Alfa” deveria saber, talvez eu não tenha utilizado em minha vida para cortar apenas arvores, mas também alguns ossos humanos.

Ser “William Foster” não é difícil, pois aqui a vida é simples, pegar no pesado é algo totalmente normal para pessoas na região, pois não se precisa de academia e sim disposição para carregar alguns troncos de arvores durante todo o dia.

A vida é pacifica e calma, algo que para Dexter seria totalmente inviável! Acostumado com o trânsito de Miami, um pouco de sangue ali e corpos aqui, um pouco de decomposição e uma serie de curiosos e policiais ao arredor, e continuo a me questionar como: “as pessoas dessa cidade apenas morrem de velhice?” porque se for assim eu terei longos anos a viver neste lugar.

Mas esta cidade realmente pode ser o novo lar de Dexter?

Até que um dia normal de trabalho que iria se iniciar, caminhando calmamente, me deparo com algo que fazia a tempo que não encontrava, onde me levou a uma vista sombria sem vida.

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