Escuto o assobio do vento la fora, minha casa não é tão bem revestida quanto o apartamento que tinha no começo da serie em Miami Beach, não existe ar condicionado para guardar os meus troféus e nenhum climatizado para me aquecer nas noites de inverno, apenas uma velha lareia onde trago lenha no final do meu expediente.
Não era bem a vida que Harry sonhou para mim, mas é bem melhor do que estar preso e ter sido condenado a cadeira elétrica, afinal de contas não existem tantas pessoas por aí como eu.
Na verdade, alguém como eu provavelmente não terá pois tiveram um Harry para criar um código de conduta, a não ser seguir seus próprios instintos primitivos para sanar a sede por sangue.
Pois bem, sigo minha vida me perguntando “o porque estou vivo”? não existe respostas ou um ser magico como algumas pessoas acreditam que exista para me trazer as respostas e me ajudar a trilhar o caminho correto, mas de alguma forma, o destino me deu outra chance após meu barco ser totalmente destruído com as intensas ondas com a aproximação do furacão, na qual eu apenas me lembro de um bando de imigrantes latino americano me puxando para o barco deles, minha cabeça doía devido partes do meu querido barco ter me nocauteado.
Não tinha intenção de sair vivo, pois acreditava que todos em que estavam ao meu arredor poderiam morrer, a morte sempre foi a minha companheira, pois em meus momentos mais sombrios, ela fazia bem, mas não as pessoas que eu “amava”, sendo assim, “Dexter Morgan” morte, iria trazer paz a quem poderia correr perigo, não haveria mais sede por sangue, não haveria pessoas inocentes morrendo por terem conexões ao velho Dexter.
Hoje não sou mais conhecido como analista de sangue forense, nem por ter sido filho do policial Harry Morgan, mas como “William Foster”, meu novo nome onde os mais achegados me chamam de “Bill”.
Após ter sido resgatado pelos imigrantes, fui levado em uma van para a cidade de Chesapeake, localizada em Virginia, pois lá haveria um homem responsável em distribuir a documentação para cada pessoa que chega-se ilegalmente, eu sou um americano nativo, não precisaria de documentação falsa para eu permanecer no país, mas para quem foi encontrado no mar e viajou 13 horas em uma van com 16 pessoas que nunca vi em minha vida e terem compaixão de me trazerem em segurança ate aqui, talvez fosse a hora de começar, talvez “Dexter Morgan” realmente estaria morto, afinal o nome é apenas um rotulo para ser identificado.
No momento em que cheguei aqui não tinha sequer um centavo para poder tomar um café, quanto mais poder pagar ao senhor “Mendel” como era chamado com as identidades n ovas, mas fiz um contrato com ele, se precisava de lenhadores para o local, me coloquei a disposição em trabalhar para ele, pois sabia muito bem como utilizar uma serra elétrica, Harry sempre me ensinava deveres em que o homem “Alfa” deveria saber, talvez eu não tenha utilizado em minha vida para cortar apenas arvores, mas também alguns ossos humanos.
Ser “William Foster” não é difícil, pois aqui a vida é simples, pegar no pesado é algo totalmente normal para pessoas na região, pois não se precisa de academia e sim disposição para carregar alguns troncos de arvores durante todo o dia.
A vida é pacifica e calma, algo que para Dexter seria totalmente inviável! Acostumado com o trânsito de Miami, um pouco de sangue ali e corpos aqui, um pouco de decomposição e uma serie de curiosos e policiais ao arredor, e continuo a me questionar como: “as pessoas dessa cidade apenas morrem de velhice?” porque se for assim eu terei longos anos a viver neste lugar.
Mas esta cidade realmente pode ser o novo lar de Dexter?
Até que um dia normal de trabalho que iria se iniciar, caminhando calmamente, me deparo com algo que fazia a tempo que não encontrava, onde me levou a uma vista sombria sem vida.
Eram 07:00 Am, eu já tinha tomado meu café da manha reforçado, fui até o estoque de ferramentas buscar a serra e os equipamentos de proteção obrigatório, fui até meu companheiro de trabalho “Hernandez Salvador” (típico nome de quem deve morar na América do Sul) avisar que estaria pronto para subir em um dos setores que iriamos começar os cortes. Desde que eu cheguei por aqui, Hernandez foi sempre aquela pessoa que gostava de conversar bastante e me ajudou até então, não considero como meu melhor amigo, pois o ultimo que considerei, foi parar na minha mesa as vésperas do meu casamento, acredito que não seria uma boa ideia mais alguém conhecer meu lado sombrio. Ao som do seu velho radio a pilhas, subíamos a ladeira que nos levava até o local em que iriamos começar mais um cansativo dia de trabalho, até que me deparo com... Sangue! Eu disse em tom de felicidade. Como sabe que é sangue “Bill”? Hernandez me questionou. Antes de ser “William Foster”
Com tal brutalidade, acredito que nem Deus tenha misericórdia de alguém que faça isso, assim eu também não terei, mas era isso que Hernandez falava ao descermos de volta. Ele não se referia misericórdia ao assassino, mas sim a alma da pobre moça, eu apenas ouvia suas lamentações, pois sou péssimo em argumentos e opiniões quando se trata de religião e crença acredito em mim e nas minhas facas, mas se isso reconfortava deixo-o falando. Fomos ate um telefone mais próximo e acionamos a policia local sobre o que vimos e onde estava, é claro que iriamos depor sobre, e isso me deixava mais confiante, pois mesmo a polícia daqui não disponibilizando de todos os recursos necessários, iria chamar atenção de pessoas mais experientes cuidarem do caso, sendo assim o “William Foster” Dexter Morgan estaria entrando em ativo em uma caçada por Chesapeake. Já se passavam da hora do almoço no dia seguinte a pericia da cidade veio avaliar o local e acionou o FBI para o caso, senh
Eu poderia responder detalhadamente o que possa ter ocorrido, pois a minha experiencia em analisar crimes, estava safo, mas seria muita imprudência minha dar as cartas para o FBI, deixa-los mais perto do assassino e dificultando ainda mais a minha perseguição ao mais novo assassino da cidade. O meu erro foi ter falado demais pelo telefone aos policias, pois minha empolgação ao ver aquela cena, me deixou instigado a procurar saber mais, havia tanto tempo que eu não presenciava algo parecido com meu passado recente que ao descrever a cena possa ter deixado as autoridades cismadas. Mas olhei diretamente Doutor Lecter após a pergunta e disse: Após a conclusão do colégio estudei alguns anos para ser médico, mas não pude concluir por circunstâncias financeiras, ainda guardo um bom conhecimento comigo sobre algumas coisas, e isso veio facilitar da descrição do crime. Concluir tão convincente que até mesmo acreditei na minha mentira. Muito bem senhor Foster,
Após a exaustiva espera para o depoimento de ontem, pude descansar e acordar nesta manhã mais disposto e mais tranquilo, pois o trabalho está parado temporariamente até que terminem a investigação de como o assassino se locomoveu até o local, Hernandez logo cedo me chamou para ficar jogando conversa fora, mas não tenho tempo para isso, tem um assassino a solta nessa cidade e preciso pega-lo antes dos policiais. Tomo meu café, até que batem em minha porta, o som ecoa pela casa e já pronto para sair, me deparo com... Doutoor Lecter! Que surpresa agradável! Afirmo com tom de ironia, péssima hora para aparecer! Espero que não esteja atrapalhando senhor Foster, acho que me precipitei ao dizer o senhor supostamente poderia ser o assassino envolvido. Ficou um pouco surpresa pela atitude tomada por um homem como o senhor Doutor Lecter, mas se me dá licença eu preciso interrompido antes de concluir em dizer que estou de saída. Gostaria de leva-lo comigo para u
E continuo me perguntando porque ainda a vida me deu uma segunda chance? Eu poderia muito bem pensar que a Rita, a Deb’s e a capitã Lagueta merecia outra chance! Mas porque Dexter Morgan? Que por onde passa continua deixando com que o mal seja atraído para ele! Talvez porque pessoas como elas não seriam capazes de fazer isso que eu faço, praticar a justiça com quem pratica a injustiça e quando penso que posso ser alguém diferente, a sombria a injustiça, e quando penso que posso ser alguém diferente a sombria morte trás de volta o meu “passageiro sombrio” que acreditava estar adormecido. Pois bem, olho fixamente para o Dr. Lecter e fico lá parado, enquanto ele pega minha ficha e solta uma pergunta para o silencio não permanecer entre nós. Voce não vai pedir nada enquanto conversamos senhor Morgan? Pode me chamar de Dexter, e respondendo a sua pergunta, já tomei meu café antes de sair de casa. Ok Dexter, mas é um pouco deselegante da sua parte não me acompanhar
Depois de tantos anos trabalhando no meio de policiais é a primeira vez que me sinto diferente! Afinal aqui já existem olhares me observando e talvez pensando: “o meu irmão do serial Killer, o marido da mulher morta na banheira! O americano com dupla identidade!”. Oi talvez seja tudo invenção da minha cabeça perturbada e desacostumado com as pessoas daqui. Olho para o Dr. Lecter e vejo que as vezes ele me observava de um jeito diferente, mas não com um olhar de desconfiado, mas de quem queria ter uma aproximação pacifica! Vamos caminhando calmamente pelos corredores do departamento, e ele vai me auxiliando a quais corredores entrar e me deparo som a sala do “Agente Crawford” e eis que seja muito bem vindo Sr. Morgan! Assim que devo lhe chamar agora, correto?! Sou o Agente Jack Crawford – FBI! Agente Crawford! Dr. Lecter havia comentado sobre voce! Disse em um tom que sou tão falso quanto o meu nome como William Foster. Dr. Lecter falando sobre mim? Achei que
Saio da sala de Will Graham, e vejo nos solhos dele a sede insaciável de pegar este assassino tanto quanto eu e agora sabendo que ele atacou novamente, mostra-nos que ele está na ativa e pretende continuar matando. Conheço essa necessidade, pois também estou sentindo o mesmo dentro de mim, escuto meu passageiro sombrio gritando para se libertar a fim de saciar e imensa vontade de matar! Havia já um tempo que não sentia, mas vendo está situação e agora podendo participar em conjunto com o FBI é como chegar a um rodizio com fome sem poder comer. Para poder ir ao campo preciso passar logo pela avalição do Dr. Lecter vou chegando um pouco eufórico pois a alegria imensa em poder verificar a cena dos novos crimes e finalmente encontrar algo que possa ser útil para mim. Observo o Dr. Lecter dentro de sua sala improvisada, pois ele é apenas alguém credenciado assim como eu ele se levanta com um sorriso no rosto se levanta de sua cadeira me cumprimentar mais uma vez. E então
Chego ao local tão entusiasmado que me sinto uma criança ao chegar a Disney! Ainda me sinto um pouco distante de casa, mas feliz por estar dentro de um caso e ainda pelo FBI! Em Miami odiávamos quando o FBI se intrometia nos nossos casos, era como se não fossemos capazes de soluciona-los e hoje Dexter Morgan, recém ressuscitado dos mortos talvez um pouco mais de três dias, mas em torno de uns 10 meses está na ativa e no time dos grandes. Aproximo-me do local e me identifico com a provisória que me foi dada ainda no departamento e subo as escadas do prédio onde foi localizada o corpo. Entro no apartamento, já observo Will Graham em frente calado e apenas observando o local. O sangue estava por toda parte do banheiro no corpo a um corte de 25 cm próximo a região torácica. Diz Will já me adiantando algumas informações que outras épocas era eu que costumava dizer. Aproximo-me e faço a minha análise. De fato, é um corte cirúrgico, mas o corte foi realizado após a