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• Que Deus tenha misericórdia!

Com tal brutalidade, acredito que nem Deus tenha misericórdia de alguém que faça isso, assim eu também não terei, mas era isso que Hernandez falava ao descermos de volta.

Ele não se referia misericórdia ao assassino, mas sim a alma da pobre moça, eu apenas ouvia suas lamentações, pois sou péssimo em argumentos e opiniões quando se trata de religião e crença acredito em mim e nas minhas facas, mas se isso reconfortava deixo-o falando.

Fomos ate um telefone mais próximo e acionamos a policia local sobre o que vimos e onde estava, é claro que iriamos depor sobre, e isso me deixava mais confiante, pois mesmo a polícia daqui não disponibilizando de todos os recursos necessários, iria chamar atenção de pessoas mais experientes cuidarem do caso, sendo assim o “William Foster” Dexter Morgan estaria entrando em ativo em uma caçada por Chesapeake.

Já se passavam da hora do almoço no dia seguinte a pericia da cidade veio avaliar o local e acionou o FBI para o caso, senhor Mendel estava furioso, pois teve que parar o nosso trabalho para um interrogatório pacifico entre os trabalhadores daqui, pois qualquer pista já era um início, e parando para pensar talvez qualquer um poderia ser suspeito.

Duvido muito que alguém que esteja por aqui seja um assassino pois são pessoas de vidas sofrida com o único proposito de ter uma chance melhore na vida, e nem o bom e velho Dexter, que temporariamente aposentado pois não existia até então pessoas que poderiam se encaixar no código.

Senhor Mendel foi o primeiro a ser interrogado, e depois passariam para os funcionários dois homens credenciados do FBI, sem perfil de policial, talvez um deles detetive e outro analista, já participei de alguns interrogatórios com Batista e sei bem com é totalmente maçante realizar esse procedimento.

O primeiro homem semblante meio cansado e mórbido, mas ainda tentando manter a concentração nas perguntas que fazia, se identificando como Will Graham agente especial do FBI, já li algumas coisas sobre ele tempos atras, é ótimo psicanalista e hoje da aula em uma universidade aqui no Estado, conhecido por identificar seriais Killers, espero que ele seja amigável. O outro homem um poco mais quieto, apenas anotava algumas coisas em um pequeno bloco, aparentemente sereno e culto, se vestia bem e até parecia muito tranquilo com a situação, observei o crachá de identificação e se denominava como “Dr. Hannibal Lecter” especialista psiquiátrico, um agente especial do FBI e um especialista psiquiátrico, talvez estejam acompanhando o agente para uma elaboração psicológica criminalística. E então os dois homens se aproximam de mim se apresentando para mim e Hernandez (que tem ficado próximo de mim a todo o momento desde que começou os interrogatórios pela manhã) e noto que Dr. Lecter um pouco atras do agente Graham que havia começado a realizar as perguntas para Hernandez, começa-me a olhar de um jeito estranho será que ele tem o mesmo faro que o agente Will Graham tem para identificar serial Killer? Ou apenas está tentando me assustar com seu olhar penetrador? Para mim tanto faz, sou inocento no caso e estou acostumado com esse tipo de gente, e acredito que ele gostara de participar das perguntas quando for a minha vez.

Concluindo as perguntas realizadas para Hernandez o agente e o Doutor viram-se para mim, mantendo aquele olhar de desconfiança, afinal o assassino poderia estar naquela sala, o assassino poderia ser eu, mas desta vez “William Foster” era inocente.

Podemos começar senhor? Perguntou Will Graham.

Senhor William Foster, agente Graham, disse ainda encarando a não muito carismática feição de Dr. Lecter.

Pois bem, talvez não precisasse de apresentações, pois deve ter ouvido nossa apresentação pela manhã, completou Will Graham.

Senhor William Foster! Conte-nos o que viu ao aproximar e porque detalhou a policia o local em termos técnicos via telefone?

Questionou Dr. Lecter.

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