Nesse capítulo, contém um pequeno hot. ⚠️ Não poderia dizer que não fiquei surpresa com o que descobri. Sentia medo pelo meu irmão, ele estava arriscando demais, será que valia mesmo a pena? Respirei fundo mais uma vez, mal tive tempo de dormir com meus pensamentos me assombrando. Meus olhos estavam com olheiras visíveis. O que eu deveria fazer? Nada! A vida não é sua! — Senhora… Saí do transe e olhei para a entrada da porta do closet, uma empregada estava parada me olhando. — Sim? — me levantei. — O seu irmão está lá embaixo te esperando. — disse com a cabeça baixa. — Meu irmão? — Acho que estava apavorada agora. — Já estou indo. Ela saiu e me deixou sozinha. Me olho novamente no espelho e decido sair do quarto. Meus passos até a sala são vacilantes, não sabia muito bem como agir em tal situação. Meu irmão estava sentado e olhava para o copo de água em sua mão, ele parecia mais perdido que eu. — Luigi? — Chamo seu nome calmamente. Ele levanta a cabeça e me observa nerv
O dia com Sofia estava sendo maravilhoso, com ela sempre me divertia e me sentia leve.Havíamos acabado de sair do salão de beleza. Sofia havia cortado um pouco o comprimento do cabelo, só resolvi fazer uma hidratação e nada mais, adorava meus fios ruivos.— O que acha desse colar? — Ela me mostrou um delicado colar com um pequeno diamante.— É lindo… Combina com você.— Vou levar! — Falou para a vendedora.Compramos muita coisa, principalmente Sofia, ela dizia querer gastar todo o dinheiro de Ivan que ela pudesse. O que era impossível para gastar nessa vida.Nos sentamos em uma mesa para almoçar, o restaurante estava com um bom movimento, então pegamos uma mesa mais afastada e reservada.— Hum… Quero uma salada panzanella. — Digo folheando o cardápio.— Quero um ravioli de frango. Ah, traga também uma garrafa de vinho branco.Olho curiosamente para ela.— Vinho? Sabe que somos menores de idade, né?— Sim, mas eles não. — Abre um sorriso travesso.Nego com a cabeça e bebo um pouco da
Um mês depois… Eu custava a acreditar que meu irmão estava mesmo fazendo algo assim, ele não amava Bianca, muito menos sentia alguma atração por ela. Por que todo amor na máfia está condenado? A vida é cheia de problemas mirabolantes, muitas vezes não conseguimos escolher nosso caminho. Uma luta diária com nós mesmos, uma batalha sem fim. Eu sentia os problemas sufocarem minha vida, meu irmão, meu marido, minha família, todos estavam se tornando um pequeno problema para mim. Ultimamente, Matteo andava estranho, ele andava sempre estressado e qualquer coisa fora do lugar era motivo de briga. Não fazia a menor ideia do que acontecia fora daqui, mas imaginava que ele estava com algum problema. A maquiadora terminou de retocar meu batom. — Obrigada! — Sorri, agradecida. Assim que ela saiu pela porta, Matteo entrou. Ele não falou nada e apenas seguiu para o banheiro. Estava impaciente, então entrei no banheiro. Minha primeira observação foi olhar para o se
A luz fraca do banheiro refletia em meu rosto, e eu me encostei na pia, tentando encontrar um pouco de estabilidade em meio ao turbilhão de emoções que me consumia. Minhas mãos tremiam, e eu as segurei com força, como se isso pudesse me ancorar à realidade. Meus olhos estavam vermelhos e inchados, e a respiração, irregular. O que eu havia vivido era um pesadelo que parecia não ter fim.A porta se abriu, e eu sabia que era Sofia. Ela sempre tinha esse jeito de entrar, como se trouxesse consigo um pouco de luz, mesmo nas situações mais sombrias. Mas, ao vê-la, meu coração disparou. O olhar dela estava carregado de preocupação, e eu sabia que ela havia visto algo que não deveria.— Angeline! O que aconteceu? — ela exclamou, fechando a porta atrás de si. A expressão em seu rosto fez meu estômago revirar.— Sofia, eu... — tentei começar, mas as palavras se perderam na minha garganta. O que eu poderia dizer? Como explicar o que havia acontecido entre mim e meu irmão?— O que aconteceu no ba
Um mês depois...Eu estava ali, diante do espelho, tentando encontrar alguma resposta nas linhas cansadas do meu rosto. A mão na pia me dava uma sensação de estabilidade que eu não tinha mais. Como se o simples ato de me apoiar em algo pudesse me ajudar a suportar o que estava dentro de mim. Mas nada parecia funcionar. Meu cabelo preso, de qualquer jeito, revelava o que eu não queria admitir: estava perdida. O vestido, simples, não disfarçava a angústia. Talvez eu estivesse tentando me convencer de que ainda havia algo de mim que valesse a pena ser visto, algo que fosse mais do que esse vazio que me consumia.Matteo ainda não voltou de viagem. Isso ainda parecia tão inacreditável, mas, ao mesmo tempo, não era.O silêncio dele cortava mais do que qualquer grito, e eu me sentia vazia, mas não de uma forma que pudesse ser facilmente preenchida. Era o fim de algo maior. Algo que, na verdade, eu já sabia que estava indo embora há muito tempo. Talvez eu estivesse esperando pelo momento em q
Eu a observava do outro lado do quarto, enquanto o peso da minha posição como chefe da máfia se acumulava em meus ombros. Angeline estava sentada à mesa, os dedos nervosamente brincando com a borda da toalha. Havia algo de diferente nela, uma distância que não conseguia ignorar. O brilho nos olhos dela, que costumava ser tão vibrante, agora parecia opaco, como se uma sombra a envolvesse.— Angeline, precisamos conversar. — disse, tentando quebrar o silêncio que se estendia entre nós como uma corda tensa prestes a se romper.Ela levantou o olhar, mas não encontrou o meu. Em vez disso, desviou a atenção para a janela, onde a luz do sol filtrava-se através das cortinas, criando padrões de sombras no chão.O que estava acontecendo com ela? O que a estava consumindo?— Não agora, Matteo. — respondeu, a voz baixa e distante, como se estivesse falando muito longe de mim.Eu sabia que ela estava evitando uma conversa, mas não podia deixar isso passar. O que quer que estivesse a atormentando,
O salão estava repleto de pessoas influentes, vestidos de luxo e sorrisos ensaiados. O brilho dos lustres dourados refletia nas taças de champanhe e nas joias extravagantes das mulheres. Matteo e eu entramos de braços dados, a imagem perfeita de um casal poderoso e inabalável. Eu mantinha a pose de mulher submissa, meu olhar baixo e minha expressão serena, mesmo que meu peito estivesse em chamas.Os cumprimentos eram trocados com naturalidade, sorrisos falsos e promessas vazias flutuavam pelo ar. Matteo conduzia a conversa com maestria, e eu assentia nos momentos certos, rindo quando esperado. Por dentro, cada palavra parecia um peso que eu precisava carregar. Ele tocava minha cintura com possessividade.Foi quando vi Bianca, observando-me à distância. Seu olhar era inquisitivo, quase preocupado. Engoli em seco, desviando o olhar antes que Matteo notasse. Não podia me dar ao luxo de demonstrar qualquer fraqueza.— Você está maravilhosa está noite. — Matteo sussurrou contra minha orelh
As luzes da cidade passavam como borrões pelo vidro do carro enquanto Angeline e eu seguíamos em silêncio. O clima entre nós era denso, sufocante. Desde que saímos da festa, ela não disse uma palavra. Eu também não sabia por onde começar. Mas precisava falar. Precisava contar.Suspirei, passando a mão pelo rosto, sentindo o peso do que estava prestes a dizer. A verdade queimava na minha garganta desde que voltei de Nova York, mas não sabia como soltá-la sem causar ainda mais dor.Quando o carro parou em frente à nossa casa, Angeline saiu sem esperar. Segui atrás dela, observando seus passos apressados e a tensão visível em seus ombros.Engoli em seco. Meu coração batia forte. Não era assim que eu queria que essa conversa começasse, mas não havia mais tempo para hesitação.— Preciso te contar uma coisa. — Minha voz saiu mais baixa do que eu queria, mas firme.Ela cruzou os braços e me encarou, esperando.— Minha viagem para Nova York… não foi apenas sobre negócios. — Olhei nos olhos de