Capítulo 94O detetive, percebendo a confusão e o impacto emocional, manteve a calma e retirou um envelope grosso de sua maleta. Dentro dele, estavam as provas que ele havia prometido.- Aqui estão os documentos, senhor Colt - disse o detetive, abrindo o envelope e espalhando as folhas e fotos sobre a mesa. - Eu coletei todas as provas ao longo das investigações. E, como eu disse, não é apenas o incêndio e o acidente de carro.Max olhou para as fotos, seus olhos correndo sobre imagens nítidas de Daniel em situações que ele jamais imaginaria. Mas o pior estava por vir.- Além disso, tenho algo mais. - O detetive pegou um tablet. Ele passou o aparelho para Max e começou a reproduzir um vídeo. - Caso não se lembre, aqui estão as filmagens que o senhor me pediu, das câmeras de Las Vegas, no dia em que Daniel se casou com Natasha. Max olhou para o detetive, confuso.- As filmagens do casamento?O detetive assentiu e continuou:- Sim. Você queria provas do que aconteceu naquela noite. Eu a
Capítulo 95Durante a semana, Natasha finalmente recebeu os resultados dos exames e, com um certo alívio, ouviu do médico que estava tudo bem. No entanto, ele recomendou que ela agendasse uma consulta com seu ginecologista para verificar se o cansaço poderia estar relacionado a algum problema hormonal. Natasha seguiu o conselho e marcou a consulta, aguardava o dia marcado, enquanto ainda sentia aquele cansaço persistente.Enquanto isso, na FashionTech Colt, Arthur estava lidando com sua própria pressão. Já haviam se passado vários dias desde que o cliente havia feito o pedido específico de uma modelo grávida para a nova campanha, e ele ainda não havia conseguido encontrar ninguém que se encaixasse no perfil. Ele revisava as listas de modelos, fazia chamadas incessantes para agências e até cogitou colocar um anúncio mais aberto, mas nenhuma solução parecia surgir.- Onde vou encontrar uma modelo grávida no meio dessa correria? - resmungou ele, frustrado, enquanto passava as mãos pelos
Capítulo 96A gangue de Daniel foi cercada pela polícia em um antigo armazém nos arredores da cidade. As sirenes cortavam o ar, e o lugar estava rodeado de carros de polícia e agentes armados. Não havia para onde fugir. Eles sabiam disso. Os membros da gangue levantaram as mãos, lentamente se rendendo, mas Daniel resistia. Ele olhou ao redor, a expressão de ódio crescente em seu rosto, a sensação de traição e raiva queimando em seu peito.- Mãos na cabeça moleque! Não nos faça usar a força! - gritou um dos policiais.Daniel relutou por um momento, a respiração ofegante, o coração disparado. Mas ele sabia que não tinha saída. Com um rosnado de frustração, ele ergueu as mãos. Foi algemado e levado para o carro da polícia.Na cela fria da cadeia, Daniel se sentou, as mãos cerradas em punhos, as correntes da algema ainda pesando em seus pulsos. A raiva queimava dentro dele, e seus olhos, vermelhos de frustração, encaravam a porta de ferro. Ele começou a socar a parede, gritando a plenos p
Capítulo 97 Arthur estava observando Natasha desfilar pela passarela, quando algo inesperado lhe ocorreu. Ele inclinou a cabeça, mudando sua perspectiva, e um sorriso lentamente surgiu em seu rosto. Claro, pensou ele, como não tinha percebido isso antes? Era Natasha quem ele procurava para ser a modelo gestante da campanha que tanto precisava. Ele fez um biquinho, feliz consigo mesmo, e depois abriu um sorriso mais largo. Após o desfile, Arthur não perdeu tempo e chamou Natasha em sua sala. Ela entrou com um sorriso suave, ainda radiante da apresentação. - Arthur, você me chamou? - perguntou, se aproximando da mesa dele. Arthur assentiu, ainda com aquele sorriso estampado no rosto. - Sim, Natasha. Eu estive pensando em algo... - Ele fez uma pausa dramática. - O projeto que eu estou tentando resolver há dias... Bom, eu acho que encontrei a solução. - Ele a olhou fixamente. Natasha franziu a testa, um pouco confusa. - Como assim? - Ela riu, curiosa. Arthur respirou fundo, ainda s
Capítulo 98No final da tarde, Max finalizou a reunião com Adrian e já havia deixado tudo agendado para a continuação no dia seguinte. Ele fez uma anotação mental para depois dessa reunião ir finalmente visitar o filho, Daniel, na prisão.Só de pensar nisso, Max sentia o peso no peito. Não fazia ideia do que iria dizer ao filho, considerando o turbilhão de emoções e a decepção profunda que vinha carregando.Com o trabalho do dia encerrado, Max decidiu passar pela sala de Arthur antes de ir até Natasha. Caminhou pelos corredores até chegar à porta, onde já podia ouvir a euforia de Arthur antes mesmo de entrar.— Max! — Arthur exclamou assim que o viu. — Você não vai acreditar! Encontrei a gestante para a nossa nova campanha, e estou radiante! Nem imagina quem é!Max sorriu com o entusiasmo contagiante de Arthur e entrou, fechando a porta atrás de si.— Isso é ótimo, Arthur. Quem é a sortuda? — perguntou, curioso, mas também intrigado pelo brilho nos olhos do amigo.Arthur deu um sorris
Capítulo 99Max passava os dias vagando entre seus compromissos, como um zumbi, incapaz de focar em qualquer coisa que não fosse a dor que sentia. A mensagem de Daniel ecoava em sua mente, e a ideia de que seu filho o considerava um estranho era insuportável. Sentado em sua mesa, olhava para os documentos espalhados, mas não conseguia se concentrar. As palavras do advogado ainda martelavam em sua cabeça: "Ele não quer mais suas visitas, Max. Ele se sente órfão de pai e mãe."Em um momento de fraqueza, as lágrimas escorriam pelo seu rosto. O peso da culpa e do arrependimento se tornava cada vez mais insuportável. Ele se perguntava se teria feito algo diferente, se teria tomado decisões que poderiam ter mudado o curso da vida de Daniel.Ele se esforçava para manter as aparências diante de Natasha. Ao chegar em casa, tentava esconder o que sentia, colocando um sorriso no rosto e conversando com ela sobre trivialidades, mas o vazio dentro de si crescia. Natasha estava radiante, sua gravid
Capítulo 100Na sexta-feira, Natasha e Max estavam no avião a caminho do Texas. O barulho dos motores e a sensação de subida não conseguiam desviar a mente de Natasha dos pensamentos ansiosos que a assombravam. Ela segurava a mão de Max, buscando conforto no toque dele, mas ainda se sentia aflita.— E se for algo grave, Max? — disse Natasha, a voz trêmula. — O médico não foi muito claro, e isso só me deixa mais preocupada.Max apertou a mão dela, seus olhos cheios de compreensão.— Ei, calma. Vamos descobrir assim que chegarmos. O mais importante é que você esteja ao lado dela. Não importa o que for, nós vamos enfrentar isso juntos — respondeu Max, tentando transmitir uma sensação de segurança.Após algumas horas, o avião finalmente pousou no Texas. Ao desembarcarem, o calor do Texas os envolveu, e Natasha respirou fundo, tentando se acalmar. Max pegou as malas e os dois seguiram até o local de aluguel de carros.— Que tal um Mercedes? — Max sugeriu, observando os modelos disponíveis.
Capítulo 101Charlotte sorriu ao ver a emoção nos olhos de Natasha enquanto segurava o bebê. Max, ao lado, parecia igualmente emocionado ao ver a noiva cativada pelo recém-nascido.— Como ele se chama? — perguntou Natasha, com a voz suave, olhando para o pequeno nos braços.Charlotte, com um olhar orgulhoso, respondeu:— Ele se chama Maxwell, em homenagem ao tio Max.Natasha abriu um sorriso largo, surpresa e tocada pela escolha do nome. Ela olhou para Max, que estava visivelmente emocionado ao ouvir aquilo.— Maxwell... — Natasha repetiu o nome, com carinho. — É um nome tão lindo e forte. Ele é perfeito, Charlotte.Max se aproximou, colocando a mão gentilmente no ombro de Natasha, e olhou para o bebê com um sorriso orgulhoso.— Mal posso acreditar que deram meu nome a ele. É uma honra — disse Max, com a voz embargada pela emoção.Natasha, ainda balançando o bebê suavemente, olhou para Max com ternura, percebendo o quanto isso o tocava. Aquele momento, segurando Maxwell, trouxe a ela