Spin-off de Amarras do Destino: Um contrato com o Cowboy.PrólogoEstados Unidos — Texas — 1996Max dirigiu até a pequena cidade que, por sinal, tinha de tudo, e olhou para o filho, que estava perdido em pensamentos, olhando pela janela.— Quer parar na padaria e comprar alguma coisa para a viagem?— Excelente ideia, pai. O senhor vai entrar? — perguntou Daniel quando o pai estacionou na praça.— Não, você conhece meus gostos. Traga algo para mim e uma bebida gaseificada. Vou te esperar na livraria.— Está bem.Daniel entrou na imensa padaria, e Max foi para a livraria. Não costumava ter muito tempo para ler, mas quando algum livro chamava sua atenção, não resistia a ficar horas lendo.Ele pegou um livro de capa dura que lhe chamou atenção, com a imagem do universo e um astronauta perdido no espaço. Então resolveu ler a sinopse para decidir se comprava ou não.Enquanto isso, uma das ajudantes da costureira entrou na livraria. O sino tocou, avisando que outro cliente havia chegado. Ela
Capítulo 2Max entrou em sua sala pisando duro, cada passo refletindo a irritação que o consumia. O dia mal havia começado, e antes mesmo de pôr os pés em seu escritório, Júnior já o confrontava no saguão, atormentando sua mente com problemas legais que precisavam ser resolvidos. No entanto, por mais que esses assuntos fossem importantes, a maior parte de sua irritação não se devia a isso. Era algo mais profundo, algo que ele ainda estava tentando processar, o que sentiu ao ver aquela jovem ruiva.Ela tinha que ser uma das modelos da FashionTech Colt, pensou. A empresa tinha uma política rígida em relação à seleção de modelos, e todas eram extraordinariamente belas. Muitas delas tiravam o fôlego dos funcionários, que tentavam, na maioria das vezes, disfarçar o interesse. Mas alguns não resistiam e acabavam se envolvendo, com resultados variados, alguns com sucesso, outros completamente ignorados.Max não queria ser um desses homens. Ele nunca temeu se apaixonar, isso só havia aconteci
Capítulo 3Max se recompôs com certa dificuldade, endireitando a postura e ajustando a gravata novamente. O coordenador do estúdio, que até então observava tudo em silêncio, olhou estranho para o CEO. Nunca tinha visto Max tão interessado em alguma modelo da empresa, e muito menos em pleno estúdio de ensaio. Ele estava acostumado a vê-lo caminhar pelos corredores da empresa ou em reuniões, sempre focado no trabalho, com o semblante de um homem inabalável. Max só aparecia no estúdio quando estava acompanhado de clientes interessados, e mesmo assim, sempre mantinha uma distância profissional das modelos.— Precisa de alguma coisa, senhor? — perguntou o coordenador, a voz carregada de incerteza.Max respirou fundo, tentando manter o controle de suas emoções, mas a imagem de Natasha ainda dançava em sua mente, provocando sensações que ele não estava acostumado a lidar. Ele sabia que precisava tomar uma decisão rápida, antes que sua razão fosse completamente dominada pelo desejo.— Já cont
Capítulo 4Natasha andava suavemente pelo saguão da empresa, seus olhos percorrendo cada canto, como se buscasse por algo ou melhor, por alguém. Ela sabia exatamente o que procurava: o "coroa bonitão" que havia capturado sua atenção desde o momento em que seus olhares se cruzaram. Mas ela tentava se convencer de que ele não deveria ser seu foco. Afinal, seu verdadeiro objetivo era outro, algo que ela planejava há mais de dois anos.Desde que soube da existência de Maximiliano Colt, o irmão de Jack Colt que era seu crush, Natasha não conseguia tirar da cabeça a ideia de um dia conhecê-lo. Um homem poderoso, respeitado, e, de acordo com os rumores, também irresistivelmente charmoso. Ela sonhava em tê-lo em sua vida, nem que fosse apenas como seu sugar daddy. A ideia de ser a mulher de um homem como Max a excitava e a motivava. No entanto, a visão daquele homem mais velho, cuja identidade ela ainda não conhecia, estava bagunçando todos os seus planos. Algo nele a fez questionar seus pró
Capítulo 5Max Colt, conhecido por seu foco inabalável e disciplina férrea, estava passando por uma manhã incomum. A voz de Alice, sua secretária, ecoava na sala, mas ele não conseguia se concentrar em suas palavras. A imagem da jovem ruiva, que ele avistara mais cedo, dominava seus pensamentos.— Senhor Colt? — Alice repetiu, percebendo o silêncio incomum.Max piscou, voltando à realidade por um breve momento. — Ah, sim, Alice... — respondeu ele, a voz um tanto distante. — Ligue para o Arthur. Diga que quero ver aquela modelo... Agora.Alice o encarou, surpresa. O CEO não costumava chamar modelos para sua sala, e isso o fez parecer mais distante do que nunca. — Claro, senhor Colt — respondeu Alice, embora ainda um pouco confusa.Enquanto ela fazia a ligação, Max se levantou e caminhou até a janela, tentando acalmar a torrente de pensamentos que o invadia. Ele sabia que se envolver com uma funcionária era contra as diretrizes da empresa, mas algo naquela mulher despertava nele uma l
Capítulo 6Natasha olhou para o drink vazio em sua frente, sentindo o calor do álcool percorrer seu corpo, mas, apesar disso, a tensão em sua mente parecia inabalável. Cada vez que tentava se concentrar na conversa com Lu, seus olhos insistiam em voltar para a mesa ao lado.A visão dele com aquela mulher perfeita ao lado a consumia de uma forma que ela não conseguia explicar, como se cada segundo fosse uma tortura silenciosa.- Mais um drink? - Lu perguntou, percebendo o desconforto da amiga, mas Natasha apenas balançou a cabeça.- Não... acho que já bebi o suficiente - Natasha respondeu, forçando um sorriso enquanto sua mente rodava.Mas por mais que tentasse se distrair, a imagem dele e a mulher não saía de sua cabeça. A mulher era estonteante, a personificação de tudo o que Natasha sempre pensou que um homem como ele desejaria. Cabelos perfeitos, maquiagem impecável, e aquele corpo... Como ela poderia competir? Como ousava sentir ciúmes de um homem que nem conhecia? O absurdo da si
Capítulo 7Max sentiu uma necessidade quase incontrolável de se levantar e ir até Natasha, mas no mesmo instante, o celular de Caterina vibrou em cima da mesa. Ela pegou o aparelho, leu a mensagem rapidamente, e sem perder tempo, se levantou.— Preciso ir, querido — disse, guardando o celular na bolsa.— Tem certeza? — Max perguntou, forçando-se a manter a calma.— Sim — ela respondeu com um sorriso leve. — Mas você pode ficar, não precisa me acompanhar.Max hesitou por um momento, mas sabia que não poderia deixá-la ir sozinha.— Eu te acompanho — insistiu, tentando parecer mais cavalheiro do que estava se sentindo naquele momento.— Não precisa. — Caterina o olhou com um misto de carinho e impaciência.— Mas eu insisto, vamos.Ela suspirou, sabendo que Max estava decidido.— Está bem, obrigada.Max se levantou, colocando a mão nas costas dela enquanto a guiava para fora do restaurante. Porém, antes de sair, ele não resistiu em lançar um último olhar para Natasha, que estava agora de
Capítulo 8Natasha voltou para a mesa com o drink na mão, tentando manter a compostura. Sentou-se e começou a comer em silêncio, seus pensamentos estavam tumultuados.Lu, percebendo o desconforto da amiga, quebrou o silêncio com sua voz suave:— Você está bem?Natasha suspirou, dando um pequeno sorriso forçado.— Sim, estou. Sinto por estar me deixando levar por essa situação.Lu deu um sorriso compreensivo, tocando suavemente a mão de Natasha.— Eu que sinto por ver você se envolvendo desse jeito. Homens como ele colecionam mulheres, Natasha. Você merece alguém que te valorize.Natasha sabia que Lu estava certa, mas não conseguia evitar o turbilhão de emoções que Max despertava nela. Assentiu, decidida a tentar afastar esses sentimentos e se concentrar na realidade.— Vou tentar manter o foco — disse Natasha, sua voz um pouco mais firme. — Preciso lembrar que estou aqui por um contrato, não por ele.Lu sorriu, satisfeita com a resposta da amiga, e as duas continuaram a refeição, tent