Capítulo 50Na manhã seguinte, Caterina, exausta e com os nervos à flor da pele, foi conversar com o médico. A preocupação não a deixava em paz, e o sentimento de impotência ao ver seu amigo querido naquela condição a corroía por dentro. O médico a recebeu com uma expressão séria, mas ao mesmo tempo cuidadosa.— O quadro dele está estável, mas ainda corre risco de vida — explicou o médico, com um tom calmo e profissional. — Não podemos garantir que haverá melhora nas próximas horas, e cada minuto conta. Caterina agradeceu o médico, mas sentiu um aperto no peito. Voltar para o quarto de Max era como enfrentar uma muralha de incerteza e medo. Ao entrar no quarto, deparou-se com Daniel, sentado ao lado do pai. Ele estava pensativo, com as mãos entrelaçadas e a cabeça abaixada. O silêncio no ambiente era sufocante.— Daniel... — sussurrou Caterina, quebrando o silêncio.Ele levantou a cabeça lentamente, os olhos ainda perdidos em pensamentos sombrios. Olhou para ela com uma expressão vaz
Capítulo 51Caterina chegou à empresa naquela manhã com a elegância habitual, mas seu rosto não escondia o cansaço e a tristeza acumulados nos últimos três dias. O peso das preocupações era evidente em seus olhos, e as olheiras deixavam claro que ela mal havia dormido desde o acidente de Max.Ela sabia que precisava ser forte, mas a responsabilidade que agora recaía sobre seus ombros a pressionava. Não havia tempo para fraquezas. Ao entrar em sua sala, respirou fundo e chamou seu secretário.- Organize uma reunião de última hora com os chefes de todos os departamentos. Preciso falar com eles o quanto antes - ordenou.O secretário acenou com a cabeça e saiu rapidamente, deixando-a sozinha por alguns momentos. Caterina aproveitou para se recompor. Sabia que todos esperariam dela uma liderança firme, mas o medo de perder Max, o homem com quem sempre havia trabalhado lado a lado, ainda a consumia.A reunião foi rápida, mas intensa. Ela comunicou o estado crítico de Max, mencionou que as d
Capítulo 52Arthur ficou com Natasha em silêncio por algum tempo, segurando-a firme, enquanto ela chorava em seu ombro. Ele sabia que qualquer palavra de consolo seria insuficiente naquele momento. O quarto, que antes estava cheio de luz e sons leves do filme que assistiam, agora parecia escuro e pesado, preenchido apenas pelo som baixo do choro de Natasha.Finalmente, ela se afastou ligeiramente, enxugando as lágrimas com as costas da mão. Seus olhos estavam vermelhos, e sua expressão era de uma tristeza profunda.— Arthur, eu preciso estar com ele o mais rápido possível. Não consigo esperar até amanhã. — Sua voz estava mais firme agora, apesar da dor.Arthur, que estava sentado ao lado dela, a observou atentamente. Ele entendia a urgência que Natasha sentia, mas também sabia que as circunstâncias eram complicadas. O voo deles já estava marcado para o amanhecer, e qualquer mudança exigiria novos planos.— Eu sei, Nat... mas estamos em outro país. Preciso ver se consigo adiantar o voo
Capítulo 53Arthur sentiu o coração partir ao ver Max naquele estado. O CEO, sempre tão forte e imponente, agora estava deitado, vulnerável e cercado por máquinas. Ele mal conseguia acreditar no que via. Max era mais que seu chefe, era um homem que ele admirava profundamente. Seus olhos encheram-se de lágrimas, mas ele as segurou, tentando manter a compostura. Ao seu lado, Natasha parecia tão destruída quanto ele.Ela olhou para Arthur, os olhos ainda úmidos, mas agora com uma determinação inesperada.— Eu vou ficar com ele, Arthur — disse, sua voz firme, embora o desespero ainda estivesse ali, escondido. — Ele precisa de mim agora.Arthur assentiu, sem conseguir encontrar as palavras. Ela se levantou, enxugando as lágrimas, e saiu do quarto, indo direto para o corredor onde Daniel estava.Ao avistar Daniel, o olhar de Natasha se endureceu. Ela se aproximou dele sem hesitar, sua determinação clara em cada passo.— Daniel — disse ela, o encarando. — Pode ir para casa, ou para onde quis
Capítulo 54Caterina entrou na empresa com um olhar sério, determinada a assumir as responsabilidades deixadas por Max enquanto ele estivesse em recuperação. Ela sabia que o trabalho estava se acumulando, e alguém precisava manter a empresa funcionando. Ao chegar na sala da secretaria do a chamou e foi direta:— Preciso de todos os documentos acumulados do Max. Quero que envie tudo para minha sala e distribua o que é de cada setor para os supervisores ajudarem. Precisamos deixar tudo em dia enquanto ele se recupera.A secretária assentiu rapidamente, sentindo a pressão da situação. Não era comum Max Colt deixar tanto trabalho para trás, mas a saúde dele estava em jogo, e agora todos precisavam se unir.Caterina sentou-se em sua cadeira, pegou uma caneta e começou a revisar alguns papéis que já haviam sido colocados em sua mesa. Cada decisão precisava ser precisa e eficiente. Ela tinha que manter a empresa funcionando como Max faria. E, além disso, ainda havia a situação pessoal compli
Capítulo 55Ele percebeu que não seria uma conversa agradável.— Daniel, preciso falar com você — disse Caterina com firmeza, mantendo a compostura.— Claro, o que você quer? — respondeu ele, visivelmente impaciente.— Você sabe que seu pai está hospitalizado, e isso é extremamente grave. Ele sempre confiou em mim para cuidar das operações enquanto estivesse fora ou indisposto. Eu entendo que você queira ajudar, mas se você tomar decisões precipitadas, pode comprometer o trabalho que ele construiu ao longo de anos.Daniel sorriu de lado, visivelmente desinteressado.— Acha que não sou capaz, Caterina? Eu sou um Colt, o nome já deveria ser suficiente para você confiar em mim.— Não é uma questão de nome, Daniel. É uma questão de preparo e experiência — disse ela, sem hesitar. — Você não tem ideia do quanto essa empresa depende de decisões estratégicas que precisam ser tomadas com cautela. E, francamente, você não está preparado para isso.Daniel se levantou da cadeira, ajeitando o tern
Capítulo 56Perto do meio-dia, o médico entrou com sua equipe no quarto de Max para examiná-lo. Natasha, que estava sentada ao lado da cama, segurando a mão dele com firmeza, sentiu um aperto no coração ao ver o médico se aproximar, temendo qualquer notícia negativa. Ela estava cansada, mas o amor que sentia por Max lhe dava forças para continuar ali, ao lado dele, sem vacilar.O médico fez os exames com cautela, checando os sinais vitais, observando o monitor cardíaco e analisando o progresso de Max. Natasha observava tudo, cada movimento, sem dizer uma palavra, sua respiração presa na garganta.Após terminar os exames, o médico se virou para Natasha e a conduziu para fora do quarto, para uma conversa mais privada. O coração dela acelerou, e o medo do pior a invadiu.— Natasha — começou o médico, com um tom mais tranquilo do que o habitual — eu sei que os últimos dias foram muito difíceis para o senhor Colt, mas tenho boas notícias para você. Ele está fora de perigo imediato.Natasha
Capítulo 57Daniel sentiu o chão tremer sob seus pés assim que Caterina saiu da sala. A notícia de que seu pai estava fora de perigo o atingiu com a força de um soco. Max Colt estava para despertar, e com isso, todas as lembranças daquela noite também. Ele não poderia continuar fingindo que estava no controle.Sem pensar muito, Daniel se levantou de sua cadeira, pegou o paletó com pressa e o vestiu com movimentos bruscos. Sua mente estava um caos, e ele precisava sair dali, respirar, pensar em um novo plano antes que fosse tarde demais. Com passos rápidos, ele saiu da sala e caminhou até a saída da empresa.Ao chegar na rua, procurou seu carro e não o encontrou. Ele olhou em volta, incrédulo. Onde estava seu veículo? Ele havia estacionado em uma vaga proibida, mas não esperava que a fiscalização fosse tão rápida.— Inferno! — gritou, irritado, cuspindo enquanto sua raiva tomava conta.Seus olhos faiscavam de frustração. Sem outra opção, voltou para o saguão da empresa e foi até a rece