Capítulo 52Arthur ficou com Natasha em silêncio por algum tempo, segurando-a firme, enquanto ela chorava em seu ombro. Ele sabia que qualquer palavra de consolo seria insuficiente naquele momento. O quarto, que antes estava cheio de luz e sons leves do filme que assistiam, agora parecia escuro e pesado, preenchido apenas pelo som baixo do choro de Natasha.Finalmente, ela se afastou ligeiramente, enxugando as lágrimas com as costas da mão. Seus olhos estavam vermelhos, e sua expressão era de uma tristeza profunda.— Arthur, eu preciso estar com ele o mais rápido possível. Não consigo esperar até amanhã. — Sua voz estava mais firme agora, apesar da dor.Arthur, que estava sentado ao lado dela, a observou atentamente. Ele entendia a urgência que Natasha sentia, mas também sabia que as circunstâncias eram complicadas. O voo deles já estava marcado para o amanhecer, e qualquer mudança exigiria novos planos.— Eu sei, Nat... mas estamos em outro país. Preciso ver se consigo adiantar o voo
Capítulo 53Arthur sentiu o coração partir ao ver Max naquele estado. O CEO, sempre tão forte e imponente, agora estava deitado, vulnerável e cercado por máquinas. Ele mal conseguia acreditar no que via. Max era mais que seu chefe, era um homem que ele admirava profundamente. Seus olhos encheram-se de lágrimas, mas ele as segurou, tentando manter a compostura. Ao seu lado, Natasha parecia tão destruída quanto ele.Ela olhou para Arthur, os olhos ainda úmidos, mas agora com uma determinação inesperada.— Eu vou ficar com ele, Arthur — disse, sua voz firme, embora o desespero ainda estivesse ali, escondido. — Ele precisa de mim agora.Arthur assentiu, sem conseguir encontrar as palavras. Ela se levantou, enxugando as lágrimas, e saiu do quarto, indo direto para o corredor onde Daniel estava.Ao avistar Daniel, o olhar de Natasha se endureceu. Ela se aproximou dele sem hesitar, sua determinação clara em cada passo.— Daniel — disse ela, o encarando. — Pode ir para casa, ou para onde quis
Capítulo 54Caterina entrou na empresa com um olhar sério, determinada a assumir as responsabilidades deixadas por Max enquanto ele estivesse em recuperação. Ela sabia que o trabalho estava se acumulando, e alguém precisava manter a empresa funcionando. Ao chegar na sala da secretaria do a chamou e foi direta:— Preciso de todos os documentos acumulados do Max. Quero que envie tudo para minha sala e distribua o que é de cada setor para os supervisores ajudarem. Precisamos deixar tudo em dia enquanto ele se recupera.A secretária assentiu rapidamente, sentindo a pressão da situação. Não era comum Max Colt deixar tanto trabalho para trás, mas a saúde dele estava em jogo, e agora todos precisavam se unir.Caterina sentou-se em sua cadeira, pegou uma caneta e começou a revisar alguns papéis que já haviam sido colocados em sua mesa. Cada decisão precisava ser precisa e eficiente. Ela tinha que manter a empresa funcionando como Max faria. E, além disso, ainda havia a situação pessoal compli
Capítulo 55Ele percebeu que não seria uma conversa agradável.— Daniel, preciso falar com você — disse Caterina com firmeza, mantendo a compostura.— Claro, o que você quer? — respondeu ele, visivelmente impaciente.— Você sabe que seu pai está hospitalizado, e isso é extremamente grave. Ele sempre confiou em mim para cuidar das operações enquanto estivesse fora ou indisposto. Eu entendo que você queira ajudar, mas se você tomar decisões precipitadas, pode comprometer o trabalho que ele construiu ao longo de anos.Daniel sorriu de lado, visivelmente desinteressado.— Acha que não sou capaz, Caterina? Eu sou um Colt, o nome já deveria ser suficiente para você confiar em mim.— Não é uma questão de nome, Daniel. É uma questão de preparo e experiência — disse ela, sem hesitar. — Você não tem ideia do quanto essa empresa depende de decisões estratégicas que precisam ser tomadas com cautela. E, francamente, você não está preparado para isso.Daniel se levantou da cadeira, ajeitando o tern
Capítulo 56Perto do meio-dia, o médico entrou com sua equipe no quarto de Max para examiná-lo. Natasha, que estava sentada ao lado da cama, segurando a mão dele com firmeza, sentiu um aperto no coração ao ver o médico se aproximar, temendo qualquer notícia negativa. Ela estava cansada, mas o amor que sentia por Max lhe dava forças para continuar ali, ao lado dele, sem vacilar.O médico fez os exames com cautela, checando os sinais vitais, observando o monitor cardíaco e analisando o progresso de Max. Natasha observava tudo, cada movimento, sem dizer uma palavra, sua respiração presa na garganta.Após terminar os exames, o médico se virou para Natasha e a conduziu para fora do quarto, para uma conversa mais privada. O coração dela acelerou, e o medo do pior a invadiu.— Natasha — começou o médico, com um tom mais tranquilo do que o habitual — eu sei que os últimos dias foram muito difíceis para o senhor Colt, mas tenho boas notícias para você. Ele está fora de perigo imediato.Natasha
Capítulo 57Daniel sentiu o chão tremer sob seus pés assim que Caterina saiu da sala. A notícia de que seu pai estava fora de perigo o atingiu com a força de um soco. Max Colt estava para despertar, e com isso, todas as lembranças daquela noite também. Ele não poderia continuar fingindo que estava no controle.Sem pensar muito, Daniel se levantou de sua cadeira, pegou o paletó com pressa e o vestiu com movimentos bruscos. Sua mente estava um caos, e ele precisava sair dali, respirar, pensar em um novo plano antes que fosse tarde demais. Com passos rápidos, ele saiu da sala e caminhou até a saída da empresa.Ao chegar na rua, procurou seu carro e não o encontrou. Ele olhou em volta, incrédulo. Onde estava seu veículo? Ele havia estacionado em uma vaga proibida, mas não esperava que a fiscalização fosse tão rápida.— Inferno! — gritou, irritado, cuspindo enquanto sua raiva tomava conta.Seus olhos faiscavam de frustração. Sem outra opção, voltou para o saguão da empresa e foi até a rece
Capítulo 58Uma enfermeira entrou silenciosamente no quarto do hospital, segurando uma bandeja com o jantar.- Aqui está seu jantar, senhora - disse a enfermeira com uma voz suave, tentando não interromper o momento. Natasha ergueu os olhos, a expressão exausta e abatida. - Obrigada - respondeu baixinho, sem soltar a mão de Max. Desde que chegou ali, ela não tinha se alimentado adequadamente. Mal havia bebido água. Simplesmente, não sentia fome ou sede, sua mente estava focada inteiramente no estado de Max.A enfermeira deixou a bandeja sobre a mesa ao lado e, antes de sair, olhou para Natasha com preocupação.- Você precisa se cuidar também. Ele vai precisar de você forte quando acordar. Não se esqueça disso - disse com gentileza.As palavras da enfermeira ecoaram na mente de Natasha. Ela sabia que, se continuasse sem comer ou beber, acabaria desmaiando, e isso a afastaria de Max por horas. A simples ideia de ficar longe dele naquele momento a fez tomar uma decisão. Suspirando, ela
Capítulo 59Natasha ficou com os olhos fixos no rosto dele. De repente, ela viu um leve movimento. No começo, pensou que poderia ter imaginado, mas então o viu novamente, os músculos do rosto de Max se contraíram levemente.— Max... — sussurrou, a voz trêmula de emoção.Ela se levantou devagar, inclinando-se mais perto dele. O rosto dele se mexia mais agora, os olhos tentando se abrir. Natasha segurou o fôlego, as lágrimas brotando. Não sabia o que aconteceria, mas aquele pequeno movimento era tudo o que precisava naquele momento.— Max... você está me ouvindo? — Sua voz era um sussurro cheio de esperança e medo.Os lábios dele se moveram, emitindo um som quase imperceptível. Natasha apertou suavemente a mão dele, encorajando-o.— Você está voltando... Ôh God! — disse, as lágrimas escorrendo por suas bochechas. Ela mal conseguia acreditar no que estava vendo. Ele estava ali, lutando para sair do coma.A porta se abriu, e um dos médicos entrou. Ao ver a expressão de Natasha, ele correu