Capítulo 21Daniel empurrou a pesada porta de madeira do escritório sem bater, entrando com um sorriso confiante no rosto. Ele estava ansioso para apresentar Natasha a seu pai, Maximiliano Colt, e iniciar a conversa que ela tanto queria. No entanto, ao entrar, o sorriso de Daniel murchou ao perceber que o escritório estava vazio.Franzindo o cenho, ele olhou em volta, como se esperasse que seu pai surgisse de algum canto escondido. Mas o silêncio da sala apenas acentuava a ausência. Daniel olhou para Natasha, que aguardava à porta, e então saiu do escritório em busca de respostas.Ao sair, ele avistou um dos empregados da casa caminhando em direção à cozinha e rapidamente o chamou.- Ei, você! - disse Daniel, com impaciência. O funcionário parou e virou-se, meio hesitante. - Onde está meu pai? Ele deveria estar no escritório.- O senhor Colt recebeu uma ligação importante e precisou sair às pressas, senhor - respondeu o empregado, com uma ligeira reverência. - Não mencionou para onde
Capítulo 22Max se acomodou na cadeira, com movimentos precisos, como os de uma pantera, eram observados atentamente por Natasha, que não conseguia desviar o olhar. Cada passo dele parecia meticulosamente calculado para deixá-la à beira da loucura. Ele lançou um olhar para ela e, em seguida, para o filho, antes de perguntar com uma voz firme:— Então, vocês se conheceram e se casaram em Las Vegas?Daniel, com um toque de desafio, respondeu:— E como sabe que não nos conhecíamos antes?Max deu de ombros, disfarçando o incômodo que crescia dentro dele.— Eu não sabia, apenas supus. — Ele fez uma pausa, tentando manter a compostura enquanto continuava: — Onde será a lua de mel? — A pergunta saiu com um gosto amargo na boca, difícil de engolir.Natasha corou imediatamente, suas bochechas tingidas de vermelho ao se lembrar da manhã caótica em que acordou nua ao lado de Daniel.— Não teremos lua de mel por enquanto, pai. Estávamos conversando e chegamos à conclusão de que vamos tentar fazer
Capítulo 23Max estava sentado à sua mesa no escritório. Ele apertava as têmporas com força, tentando aliviar a pior dor de cabeça que já sentira. A tensão acumulada parecia se concentrar em sua cabeça, uma pressão incessante que o fazia se sentir à beira de um colapso.A porta do escritório se abriu suavemente, e sua secretária entrou, a expressão cuidadosa como se soubesse que ele estava em um momento delicado.- Senhor Colt, Caterina está aqui e gostaria de falar com o senhor - ela disse em tom suave.Max suspirou, o som carregado de exaustão, e acenou com a cabeça para que ela deixasse Caterina entrar.Quando Caterina entrou no escritório, seus olhos captaram imediatamente o estado em que Max se encontrava. Ele estava abatido, a dor evidente em seus olhos, mesmo que ele tentasse disfarçar. Caterina, sempre perceptiva, notou como ele se mantinha rígido na cadeira, como se estivesse segurando algo que o consumia por dentro.- Max... - ela começou, a voz suave e cheia de preocupação.
Capítulo 24Max estava imerso em seus próprios pensamentos, quando Caterina passou suavemente a mão sobre a dele, chamando-o carinhosamente para almoçarem juntos, ele aceitou com um aceno de cabeça, grato pela distração momentânea.Eles saíram do escritório em silêncio, com Caterina guiando o caminho. O restaurante que ela escolheu era tranquilo, longe do burburinho habitual da cidade, um lugar onde ele poderia relaxar um pouco. O almoço foi agradável, com Caterina tentando, sem sucesso, arrancar de Max algum traço de sorriso ou leveza. Mas ele estava distante, lutando contra os próprios sentimentos, sem conseguir se livrar do peso que carregava desde que soubera do casamento do filho.Após o almoço, Caterina, percebendo o estado abatido de Max, o levou para uma praça grande, onde havia uma sorveteria. Ela sugeriu que tomassem um sorvete e ele, mais uma vez, concordou com um aceno. Eles se sentaram em um banco de madeira, com uma vista privilegiada do pequeno lago, onde passarinhos ca
Capítulo 25Caterina entrou no carro atrás do volante e lançou um olhar preocupado para Max, que mantinha os olhos fixos na estrada à frente. Ela preferiu esperar até que estivessem fora da mansão para falar.Enquanto o carro deslizava pelas ruas escuras, Caterina observava Max de canto de olho. Ele parecia distante, perdido em seus próprios pensamentos, e isso a deixava ainda mais preocupada. Finalmente, quando estavam a uma boa distância da mansão, ela quebrou o silêncio.— Max, você parece estar em outro mundo. O que está acontecendo? — perguntou ela, sua voz suave e preocupada.Max suspirou.— É complicado, Caterina... As coisas em casa estão... diferentes agora.***Enquanto isso, na outra ponta da cidade, Daniel estava em uma boate esfumaçada, o cheiro de álcool e luxúria impregnando o ar. Ele estava encostado em uma parede mal iluminada, seus lábios colados aos de uma jovem mulher que ele mal conhecia. As mãos dele percorriam seu corpo com urgência, enquanto ela se entregava ao
Capítulo 26Natasha respirou fundo e, movida por um impulso quase irracional, se aproximou mais de Max. A visão dele adormecido no sofá, com a camisa aberta e a gravata caída ao lado, estava provocando nela um forte desejo.Enquanto se inclinava sobre ele, o cheiro do uísque misturado com o aroma do perfume dele a envolvia. Natasha sentiu o coração disparar quando tocou a mão dele, seus dedos trêmulos roçando levemente na pele quente.Max, sem perceber a presença de Natasha, se movia um pouco, o que fez ela hesitar por um momento. O álcool no sangue fazia com que ele estivesse em um sono profundo e tranquilo, sem perceber a presença dela.Natasha, se aproximou ainda mais de Max. Seus movimentos eram suaves e hesitantes, como se temesse que qualquer erro pudesse acordá-lo. Ela se sentou lentamente no colo dele, o calor do corpo de Max se tornando um estímulo quase irresistível para ela.Com um toque delicado, seus dedos passaram pelos ombros dele, traçando um caminho lento e carinhoso
Capítulo 27Max decidiu deixar de lado o a decepção, pelo menos por enquanto. Havia uma questão mais urgente: seu filho precisava de um banho frio para voltar à sobriedade. Com esforço, ele ergueu Daniel, apoiando o peso do filho embriagado em seu ombro, e o conduziu até o quarto. Ali, sem dizer uma palavra, começou a despir o filho, ligou a água fria do chuveiro e ajudando-o a entrar. Daniel reclamou, tentou resistir, mas estava tão desorientado que mal conseguia se manter em pé. Max segurou o filho com firmeza, mantendo-o sob o jato de água até que sua respiração começasse a se estabilizar.Quando finalmente Daniel parecia menos confuso, Max o ajudou a sair do chuveiro, secou-o rapidamente e o vestiu com roupas limpas. Ele o guiou até a cama, certificou-se de que estava deitado de forma confortável antes de apagar as luzes deixando apenas o abajur aceso. Daniel caiu em um sono pesado quase instantaneamente.Max ficou observando o filho por alguns instantes. Deu um suspiro profundo
Capítulo 28Ele deu um passo mais perto dela, seus olhos nunca deixando os dela.— Eu sei que você sente isso tanto quanto eu, essa atração... Mas você se casou com meu filho. E por mais que isso me torture, eu preciso saber... Por que você fez isso? Por que Daniel? Foi por dinheiro? Status? Ou foi apenas para me ferir?Cada palavra saía com dificuldade, como se estivesse admitindo em voz alta algo que ele preferia nunca ter confrontado.— Eu me sinto... traído, Natasha. Não só como homem, mas como alguém que... que talvez tenha se permitido acreditar em algo mais. Então me diga, por que você o escolheu e me deixou para trás?Natasha sentiu as palavras de Max como uma facada. A acusação implícita naquelas palavras, a redução de tudo o que sentia a um simples jogo de interesses, fez com que a raiva começasse a fervilhar dentro dela. Ela fechou a boca, o queixo tenso, e o encarou com os olhos brilhando de indignação.— Como você pode dizer uma coisa dessas? — ela finalmente conseguiu r