Eliza Thompson
Tento gritar, mas Yuri coloca a mão na minha boca. Sua outra mão adentra meu vestido tentando tirar minha calcinha. _ Isso não teria acontecido se você tivesse me dado o que eu sempre quis. Ele me beija e é nesse exato momento que a porta é aberta com força e minha irmã entra. Yuri se afasta e eu consigo chorar de alívio. Que nojo, ele me agarrou! _ Eliza! - Emma vem na minha direção - você agarrou meu noivo? Ela b**e no meu rosto, uma, duas, três vezes. Tudo que eu consigo fazer é chorar e pedir para ela parar. _ Me solta! Emma puxa meu cabelo, b**e no meu rosto e grita que sou uma vadia. Será que ela não viu? Ele me agarrou a força, ele tentou abusar de mim. Eu não fiz nada. Como minha irmã pode me odiar tanto assim? Ela puxa meu vestido com força e ele rasga, deixando meu sutiã a mostra. Eu me cubro da forma que posso. Sento na cama, me encolhendo na parede. _ Emma, eu sinto muito. Ela que fez isso. Ela olha para Yuri com um sorriso, depois olha na minha direção. _ Se eu souber que você se quer chegou perto do meu noivo, eu mato você! Eu assinto, com medo do que ela pode fazer. Quando eles saem do quarto, eu choro. Choro por medo, por não estar mais aguentando. Por que minha mãe se foi? Por que meu pai me abandonou? Eu não tenho mais família, sou apenas a moeda de troca dos Thompson e o futuro brinquedo de Viktor Sinclair. Me levanto e vou até o banheiro. Me olho no espelho, meu cabelo bagunçado, vestido rasgado e rosto vermelho pelos t***s, além do sangue nos lábios. _ Você aguenta, Eliza - falo baixinho - você sempre foi forte, você aguenta! *** Emma não deve ter falado sobre o que aconteceu ontem. A única coisa que ficou da noite passada, foi meu trauma e o nojo por Yuri Sinclair. Coloco um vestido azul claro, com manga que pega metade do braço. Ele é longo, desce até o meu joelho. Deixo meu cabelo solto e é apenas isso que eu tenho. Não tenho nada para disfarçar o rosto de quem chorou a noite toda. Saio do quarto, indo para a sala. Grace Sinclair já estava lá, esperando por mim e pela Emma. _ Você ao menos poderia passar maquiagem para disfarçar sua cara de choro? _ Me desculpe! _ Vadia estúpida! - ela me olha com raiva. Ouço barulho dos saltos batendo no chão. Logo minha irmã aparece, com um vestido florido e o rosto cheio de maquiagem. _ Podemos ir, Grace? _ É claro! Vamos até o carro dela. Tinha dois acento, um de frente para o outro. Minha irmã e eu nos sentamos em um e Grace se sentou na nossa frente. _ Essa aqui é uma revista, veio diretamente da Itália. Todos os vestidos de noiva que você pode escolher. Não se importe com o preço. Ela entrega uma revista na mão da Emma, que imediatamente sorri animada. Olho para a janela, evitando contato visual com elas. _ Infelizmente, Viktor não vai poder comparecer hoje, então você irá assinar e ele vai fazer isso depois. _ Ok! - é tudo que respondo. Assinar um contrato, dizendo que eu irei permanecer esposa de Viktor Sinclair pelo tempo que ele desejar. Vou ser brinquedo dele até que ele não me queira e me jogue fora. Chegamos a uma casa de chá, muito sofisticada. Imediatamente sinto que estou muito mal vestida. Assim que entramos, eu vejo um menino, ao lado de um homem e logo atrás estava Yuri. Ao ver ele, meu corpo se arrepia, e não é tão bom como ontem. É um arrepio de medo. _ Theo, essa é a Eliza, ela vai ser sua mais nova mãe. Arregelo os olhos, aquele é o filho de Viktor Sinclair. O menino aparenta ter uns 7 a 8 anos, cabelo castanho claro, olhos verdes e uma aparecia fofa. Não sei se aquilo foi a coisa certa a dizer, porque o menino me dá um olhar que poderia me matar. Não me abalo com isso, é apenas uma criança. Chego mais perto dele. _ Oi, Theo. É um prazer conhecer você. Ele empurra o chá que estava na mesa, fazendo cair no meu vestido. Minha sorte, é que estava frio. _ Eu não quero uma mãe! _ Não, eu não vou ser sua mãe. Tenho certeza que você já tem uma muito boa. Ele continua a me olhar com raiva, e isso apenas me atormenta mais. Como pode um menino ter tanto ódio? Isso não é saudável para ele. _ Eliza, esse é o advogado do Viktor, ele vai mostrar o contrato a você. O homem mostra outra mesa, e eu sigo ele. Theo também nos segue, sentando perto da janela. _ Esse são os termos, você pode ler com calma. Começo a ler, e tudo que eu imaginei estava lá. Sou o brinquedo dele, até que decida descartar. Eu não queria assinar, mas não posso perder a única coisa que tenho da minha mãe. _ Sebastian, ela vai ficar na minha casa? - finjo não prestar atenção na conversa. _ Sim. _ Bem, então ela pode dormir com o Tobi - pisco os olhos lentamente. _ Quem é Tobi? - questiono. _ Nosso cachorro. Você pode ficar com ele. Como pode uma criança ser tão mal criada? Não me admira, já que o pai estava preso. Sabe se lá porque ele estava na prisão. _ Theo, eu realmente não quero tomar o lugar da sua mãe. _ Cala a boca, você não sabe de nada! Parecia que a mãe era um tópico sensível para ele. _ Eu entendo, você não quer falar da sua mãe. Ele desce da cadeira e pisa no meu pé com força, após isso, chuta minha canela. Eu me afasto, sentindo que se continuasse ali, ele iria continuar me agredindo. _ Não quero que você se case com meu pai, nunca! O olhar dele me deixa aflita. Um dos termos do contrato, era cuidar do filho dele, fazer tudo o que uma mãe precisa fazer. _ Querido, isso... _ Cala a boca, sua vadia! Sentindo que era demais para mim, deixo o contrato em cima da mesa e saio. Eu não vou assinar, não vou me prender a esse pesadelo!Eliza Thompson Eu corro para longe da casa de chá, mas infelizmente não vou longe. Bato em um corpo forte e isso me faz cair no chão. Olho para cima e sinto meu coração acelerar. O homem a minha frente parecia uma pintura de tão lindo. O cabelo estava jogado para trás, os olhos são verdes, tinha uma barba por fazer. Ele estava com uma camisa social, puxada até o cotovelo, deixando o braço musculoso com tatuagem a mostra. O corpo era atletico, forte. Não tinha músculos que deixa feio, era na medida certa. _ Me desculpa! Ele não diz nada, apenas fica me olhando. Sinto meu rosto esquentar sobre seu olhar predatório. _ Por que está fugindo? - a voz rouca me faz estremecer. Me levanto do chão, me sentindo menos patética. _ Desculpe senhor, eu não queria esbarrar em você - aperto minha mão em um punho. Eu só queria sair correndo, ir para longe daquele lugar. Mas para onde eu vou? Tudo que vai restar disso será os tapas que meu pai vai me dar. _ Você não respondeu a pergunta - bal
Viktor Sinclair Alguns dias Antes Fecho meus olhos, tentando acostumar meus olhos a luz. Finalmente livre depois de 1 ano preso. Uma coisa necessária, mas que eu não gostei de fazer. Isso me deixou muito tempo afastado do meu filho. _ Senhor Sinclair - Sebastian me cumprimenta com uma reverência. _ Sebastian - coloco minha mão no ombro dele - quero que me conte tudo - ele assente. Entro em um carro e sou levado para um hotel, onde tomo um banho, faço minha barba e coloco roupas novas. Fui preso por assassinato, um crime que eu cometi, mas que consegui me livrar. Sebastian foi um bom advogado. Me sento perto da janela, acendo um cigarro e espero que Sebastian comece a falar. _ Sua mãe marcou um casamento para você. _ O que? - grito de raiva - sempre sendo uma intrometida. Minha mãe não é Grace, eu sou filho da empregada, essa que morreu no meu parto após meu pai não dar nenhum tipo de assistência. Para abafar o caso, eles fingem que sou filho da Grace. Mas a verdade, é que
Eliza Thompson Acordo sentindo uma mão tocar meu rosto. Com medo, eu me afasto do toque. Olho para cima, encontrando o olhar de Viktor Sinclair, meu noivo. Ele me olha de forma curiosa. _ Você parece fraca, quando foi a última vez que comeu? _ Eu estou fazendo uma dieta - minto. Não quero contar que minha irmã é quem me proíbe de comer. _ Então é melhor parar. Não quero precisar cuidar de uma esposa doente. Fui claro? - assinto. Como vou comer se não tenho dinheiro e minha irmã me proíbe? Talvez eu consiga um pouco de comida hoje na festa de noivado. Me levanto, tentando não ficar tonta, então faço isso com calma. Viktor continua me observando como um Falcão. _ Acho melhor voltar. Minha irmã pode se sentir insultada se eu não estiver lá Ele concorda comigo e me sinto aliviada com isso. Quanto menos eu irritar a Emma, menos ela me pune. Saímos do escritório e passamos pela cozinha, mas antes de sair, Viktor pega uma maçã e me entrega. _ Se certifique de comer antes. Eu co
Eliza Thompson Eu já estava acostumada a receber tapas da minha irmã. Para mim, aquilo não foi nada demais. Mas ela iria bater em uma criança. Mesmo que o menino aja de forma rude com todos, não é certo bater nele. _ Por que entrou na frente? Esse menino merece uma lição. _ Quem você pensa que é para agredir meu filho, sua vadia? - o grito de Viktor faz minha irmã se calar. _ Ele me chutou! Viktor pega Theo no colo. O menino me olha antes de deitar a cabeça no ombro do pai. _ Você vai pagar por isso, Emma. Ele segura minha mão e me arrasta para o lado de fora, levando o Theo no colo. Viktor entra em um carro luxuoso, e eu sou forçada a entrar junto. O meu noivo coloca o filho do meu lado. Preocupada, eu seguro o rostinho dele, procurando qualquer machucado. _ Você está bem, querido? Fiquei com medo dela machucar você. Emma não tem escrúpulos. Ela agride quem ela quiser, e sempre terá alguém para encobrir o que ela faz. _ Não me chama de querido - ele cruza os braços, vira
Eliza ThompsonMary continua a me olhar, esperando por uma resposta minha. _ Não, você deve ter se confundido. Meu noivo deve ter enviado você, não é? A mulher se vira, olhando para minha irmã. Emma não pode suportar o fato de que eu tenho uma coisa que ela não tem. Quando Viktor disse que eu preciso estar saudável, não imaginei que ele iria mandar uma profissional. _ Eu não me confundi. Fui enviada para cuidar da Eliza, e apenas dela. _ Pois eu proíbo isso - minha mãe grita - não vai ficar na minha casa. _ Senhora, eu não estou me importando muito com sua opinião. Eu vou cuidar da futura esposa do Viktor, e ninguém irá me impedir. Minha mãe respira fundo, demonstrando sua raiva. Ela vem até a mim e segura meu braço. Com um aperto doloroso, ela me faz da um passo a frente. _ Mas a Eliza não quer você aqui. Diga isso, Eliza! _ Por favor, Mary, vá embora! - olho para o chão. Mary da uma risada, fazendo com que eu levante meu olhar, surpresa com a atitude dela. _ Eu disse que
Eliza ThompsonOs vestidos de noiva daquela loja são um absurdo de caros. Mas segundo a vendedora, foram feitos pelos melhores estilistas. Emma estava eufórica, olhando os vestidos, tocando naqueles que mais chamavam a atenção dela. _ Sejam muito bem-vindas, eu sou Danielle, a dona dessa loja. Qual de vocês é a noiva? _ Eu! - Emma falou junto comigo. A dona da loja olha de mim para minha irmã, e vendo que ela está muito mais apresentável, volta toda sua atenção para ela. _ Eu ajudo você a escolher um - Mary sorri. _ Sim, amiga, não liga para essas aí - Liana concluí. Emma estava com suas damas de honra e com a madrinha. Como eu não tenho muitas amigas, estou apenas com a Liana, e bem, com a Mary. Eu toco em um vestido lindo, que realmente chamou minha atenção. Ele não era chamativo e parecia perfeito. _ Eu quero experimentar aquele vestido ali - Emma aponta para o vestido que estou tocando. As amigas dela dão risada, debochando da situação. _ Irmã, você nem tem dinheiro par
Eliza Thompson Dou um sorriso ao ver os doces que acabei de preparar. Estavam bonitos, com as decorações que eu fiz. Coloco em uma caixa e entrego a mulher atrás do balcão, que sorri em agradecimento. _ Agradeço, Eliza. Tenho certeza de que estão ótimos. _ Eu que agradeço, senhora Fernández. Pego o dinheiro e entrego o troco a ela. Assim que a mulher se vai, eu começo a arrumar tudo para fechar. Trabalho em uma pequena doceria, herança deixada pela minha mãe. Ela morreu quando eu tinha 5 anos, pela pouca idade, não lembro muito dela. Mas se tem uma coisa que não esqueço, é do seu lindo rosto. Acho que puxei a ela. Tenho 1,60, cabelo preto ondulado, olhos um pouco grande e um corpo não muito chamativo. _ Eliza! - sinto um arrepio pelo meu corpo ao ouvir essa voz. Quando minha mãe morreu, eu fui adotada por uma família, os Thompson. Mas eu não sou nem um pouco feliz. Tudo o que sempre quis, é deixar a casa, ir embora. Mas eles compraram essa doceria e me deram de presente. Tu
Eliza Thompson As risadas na sala de aula, é a única coisa que estou ouvindo no momento. Enquanto todas as meninas da faculdade estão bajulando minha irmã. Ser noiva do herdeiro da família Sinclair, traz muita popularidade. Isso nunca aconteceu comigo, Yuri nunca quis tornar nosso relacionamento público. _ Eliza, por que sua irmã está noiva do seu noivo? _ Não fala alto, Liana - repreendo ela - eles vão se casar. Yuri descobriu que eu sou adotada, e que Emma é a verdadeira herdeira da família Thompson. _ Isso não é justo, amiga. Eu começo a chorar, e Liana me abraça, me trazendo conforto momentâneo. _ Herdeiros se casam com pessoas ricas, tudo que podemos fazer é sonhar - respondo secando minhas lágrimas. Ouço sons de passos e logo minha irmã está na minha frente, junto ao seu grupo de amigas. _ Olhe, o anel que Yuri Sinclair deu para mim - ela coloca a mão na frente do meu rosto. _ É de uma coleção especial, tem apenas 2 no mundo inteiro - uma das amigas dela fala. _ O qu