Viktor Sinclair
Alguns dias Antes Fecho meus olhos, tentando acostumar meus olhos a luz. Finalmente livre depois de 1 ano preso. Uma coisa necessária, mas que eu não gostei de fazer. Isso me deixou muito tempo afastado do meu filho. _ Senhor Sinclair - Sebastian me cumprimenta com uma reverência. _ Sebastian - coloco minha mão no ombro dele - quero que me conte tudo - ele assente. Entro em um carro e sou levado para um hotel, onde tomo um banho, faço minha barba e coloco roupas novas. Fui preso por assassinato, um crime que eu cometi, mas que consegui me livrar. Sebastian foi um bom advogado. Me sento perto da janela, acendo um cigarro e espero que Sebastian comece a falar. _ Sua mãe marcou um casamento para você. _ O que? - grito de raiva - sempre sendo uma intrometida. Minha mãe não é Grace, eu sou filho da empregada, essa que morreu no meu parto após meu pai não dar nenhum tipo de assistência. Para abafar o caso, eles fingem que sou filho da Grace. Mas a verdade, é que eu sou o renegado. Mas eu nunca deixei isso me abalar. Sou melhor do que o maldito sobrenome Sinclair. _ Os papéis serão assinados amanhã. Penso sobre o casamento. Realmente preciso de uma ajuda com o Theo, meu filho é uma criança que não gosta de ter gente por perto. Ele se livrou de todas as babás. Todas, sem nenhuma exceção, pediram demissão. Com um contrato prendendo essa pessoa a mim, não terá como fugir. _ Eu não irei fazer alarde sobre o casamento, é realmente necessário, no momento. _ Sua mãe pediu para você colocar seus termos, então eu entregarei a Eliza Thompson, sua noiva. _ Eliza... - experimento o nome na minha boca. Sebastian coloca uma foto na minha frente, mostrando a minha futura esposa. _ Tem 21 anos, faz faculdade de administração, que imagino que seja para administrar uma doceria que ela tem. Sebastian me conta tudo que sabe sobre a Eliza. Eu olho para a foto mais de uma vez, e sinto uma necessidade ardente de conhecer ela. _ Eu quero ver ela - ele assente - agora vamos aos negócios. *** Observo Eliza voltar para a casa de chá, enquanto a raiva me domina. Ela iria fugir! Como essa mulher ousa fugir? Ela pertence a mim, é minha propriedade. E tudo que é meu, não pode escapar. Tudo isso porque ela ama meu irmão, saber disso só me deixa com mais raiva dela. _ Pequeno passarinho... - dou um sorriso, sem nenhum humor - como ousa? Passo a mão pelo meu cabelo, tentando controlar minha raiva. Volto para meu carro e espero um pouco, logo Sebastian aparece, com o contrato nas mãos. _ Se eu não a impedisse, ela teria fugido. _ Desculpe, eu estava vigiando o Theo - assinto. _ Vamos até o Armazém 2 - aviso ao motorista, que rapidamente concorda. Sebastian me olha confuso, sem entender exatamente o que eu queria. Armazém é o nome que dou ao lugar onde coloco minhas mercadorias ilegais, e as pessoas que de lá, jamais vão sair. Assim que chegamos, eu desço do carro, entrando no lugar. Observo todo meu negócio fluindo lentamente. Demorei muito para chegar até aqui. Eu fiz isso, eu me tornei maior e melhor do que o sobrenome Sinclair. Sou mais rico, mais poderoso e jurei que vou me vingar da minha família! Eu sou "Vórtex", o temido bilionário, dono de metade dos Negócios de Londres, e o conhecido rei do submundo, com Armazéns cheios de mercadorias ilegais, espalhados pela cidade. Comecei com os negócios ilegais, e após isso, me envolvi no mundo das ações, das empresas. A vontade de destruir minha família me tornou ambicioso. Eu gosto de deixar todos pensarem que sou um nada, um ninguém, apenas o deserdado da família Sinclair. Vai continuar assim, até que eu decida finalmente me mostrar. Por enquanto, a segurança do meu filho é mais importante. _ Senhor Vórtex - o responsável pelo Armazém 2 me cumprimenta com uma referência. _ Imagino que meus negócios estão indo bem, certo? _ Sim senhor! - ele responde rapidamente. O tempo na prisão me tornou um homem desconfiado, e talvez isso seja extremamente necessário na minha posição. Sebastian me conduz até o pequeno escritório que tem ali. Eu me sento na cadeira e ele fica de pé ao meu lado. _ Seu irmão insiste em uma reunião com você. _ Com Vórtex, você quer dizer - ele assente. Dou uma risada, sentindo muita satisfação com isso. O irmão que sempre me desprezou, agora implora para simplesmente falar comigo. _ Continue enrolando ele, não tenho o mínimo interesse em fazer negócios com os Sinclair, eu quero destruir os Sinclair! Sebastian concorda, sua vontade sendo a minha. _ Amanhã será o noivado do seu irmão, sua mãe insistiu que você comparecesse. Penso em negar, mas só a imagem de Eliza na minha mente, me faz repensar minhas vontades. Ter aquela mulher tremendo de medo nos meus braços, como um animal prestes a ser devorado, faz meu dia melhorar consideravelmente. _ Eu irei! - Sebastian me olha surpreso. Saio do Armazém e mando meu motorista dirigir para a casa da minha família. Assim que chego, entro na casa. O grito do meu filho pode ser ouvido, e com raiva, eu sigo o som. Grace estava na frente dele, gritando sobre alguma coisa, enquanto um segurança estava prendendo meu filho. Ela levanta a mão para bater nele, mas eu seguro seu braço. O segurança que estava segurando meu filho, rapidamente o solta. _ Já chega! - falo com raiva. Ela mandou um segurança segurar meu filho enquanto b**e nele. Essa mulher... Theo corre na minha direção, abraçando meu corpo. _ Seu filho precisa de disciplina. _ Deixa que eu cuido disso, Grace. Eu estou livre agora! Ela sorri, nada abalada pelo que eu disse. A mulher se sente tão superior, que não imagina o que tenho preparado para ela. _ Que bom que está livre, Viktor. Imagino que já saiba do casamento. _ Sim, eu já sei. _ Eu escolhi a melhor para meu filho, é claro. Mas você pode ficar com a ex-noiva dele. A mulher que o ama - ela sorri presunçosa. Então Eliza ama meu irmão? Espero que ela não chore muito quando eu destruir ele e toda a família Sinclair. Está na hora do Vórtex entrar em ação!Eliza Thompson Acordo sentindo uma mão tocar meu rosto. Com medo, eu me afasto do toque. Olho para cima, encontrando o olhar de Viktor Sinclair, meu noivo. Ele me olha de forma curiosa. _ Você parece fraca, quando foi a última vez que comeu? _ Eu estou fazendo uma dieta - minto. Não quero contar que minha irmã é quem me proíbe de comer. _ Então é melhor parar. Não quero precisar cuidar de uma esposa doente. Fui claro? - assinto. Como vou comer se não tenho dinheiro e minha irmã me proíbe? Talvez eu consiga um pouco de comida hoje na festa de noivado. Me levanto, tentando não ficar tonta, então faço isso com calma. Viktor continua me observando como um Falcão. _ Acho melhor voltar. Minha irmã pode se sentir insultada se eu não estiver lá Ele concorda comigo e me sinto aliviada com isso. Quanto menos eu irritar a Emma, menos ela me pune. Saímos do escritório e passamos pela cozinha, mas antes de sair, Viktor pega uma maçã e me entrega. _ Se certifique de comer antes. Eu co
Eliza Thompson Eu já estava acostumada a receber tapas da minha irmã. Para mim, aquilo não foi nada demais. Mas ela iria bater em uma criança. Mesmo que o menino aja de forma rude com todos, não é certo bater nele. _ Por que entrou na frente? Esse menino merece uma lição. _ Quem você pensa que é para agredir meu filho, sua vadia? - o grito de Viktor faz minha irmã se calar. _ Ele me chutou! Viktor pega Theo no colo. O menino me olha antes de deitar a cabeça no ombro do pai. _ Você vai pagar por isso, Emma. Ele segura minha mão e me arrasta para o lado de fora, levando o Theo no colo. Viktor entra em um carro luxuoso, e eu sou forçada a entrar junto. O meu noivo coloca o filho do meu lado. Preocupada, eu seguro o rostinho dele, procurando qualquer machucado. _ Você está bem, querido? Fiquei com medo dela machucar você. Emma não tem escrúpulos. Ela agride quem ela quiser, e sempre terá alguém para encobrir o que ela faz. _ Não me chama de querido - ele cruza os braços, vira
Eliza ThompsonMary continua a me olhar, esperando por uma resposta minha. _ Não, você deve ter se confundido. Meu noivo deve ter enviado você, não é? A mulher se vira, olhando para minha irmã. Emma não pode suportar o fato de que eu tenho uma coisa que ela não tem. Quando Viktor disse que eu preciso estar saudável, não imaginei que ele iria mandar uma profissional. _ Eu não me confundi. Fui enviada para cuidar da Eliza, e apenas dela. _ Pois eu proíbo isso - minha mãe grita - não vai ficar na minha casa. _ Senhora, eu não estou me importando muito com sua opinião. Eu vou cuidar da futura esposa do Viktor, e ninguém irá me impedir. Minha mãe respira fundo, demonstrando sua raiva. Ela vem até a mim e segura meu braço. Com um aperto doloroso, ela me faz da um passo a frente. _ Mas a Eliza não quer você aqui. Diga isso, Eliza! _ Por favor, Mary, vá embora! - olho para o chão. Mary da uma risada, fazendo com que eu levante meu olhar, surpresa com a atitude dela. _ Eu disse que
Eliza ThompsonOs vestidos de noiva daquela loja são um absurdo de caros. Mas segundo a vendedora, foram feitos pelos melhores estilistas. Emma estava eufórica, olhando os vestidos, tocando naqueles que mais chamavam a atenção dela. _ Sejam muito bem-vindas, eu sou Danielle, a dona dessa loja. Qual de vocês é a noiva? _ Eu! - Emma falou junto comigo. A dona da loja olha de mim para minha irmã, e vendo que ela está muito mais apresentável, volta toda sua atenção para ela. _ Eu ajudo você a escolher um - Mary sorri. _ Sim, amiga, não liga para essas aí - Liana concluí. Emma estava com suas damas de honra e com a madrinha. Como eu não tenho muitas amigas, estou apenas com a Liana, e bem, com a Mary. Eu toco em um vestido lindo, que realmente chamou minha atenção. Ele não era chamativo e parecia perfeito. _ Eu quero experimentar aquele vestido ali - Emma aponta para o vestido que estou tocando. As amigas dela dão risada, debochando da situação. _ Irmã, você nem tem dinheiro par
Eliza Thompson Dou um sorriso ao ver os doces que acabei de preparar. Estavam bonitos, com as decorações que eu fiz. Coloco em uma caixa e entrego a mulher atrás do balcão, que sorri em agradecimento. _ Agradeço, Eliza. Tenho certeza de que estão ótimos. _ Eu que agradeço, senhora Fernández. Pego o dinheiro e entrego o troco a ela. Assim que a mulher se vai, eu começo a arrumar tudo para fechar. Trabalho em uma pequena doceria, herança deixada pela minha mãe. Ela morreu quando eu tinha 5 anos, pela pouca idade, não lembro muito dela. Mas se tem uma coisa que não esqueço, é do seu lindo rosto. Acho que puxei a ela. Tenho 1,60, cabelo preto ondulado, olhos um pouco grande e um corpo não muito chamativo. _ Eliza! - sinto um arrepio pelo meu corpo ao ouvir essa voz. Quando minha mãe morreu, eu fui adotada por uma família, os Thompson. Mas eu não sou nem um pouco feliz. Tudo o que sempre quis, é deixar a casa, ir embora. Mas eles compraram essa doceria e me deram de presente. Tu
Eliza Thompson As risadas na sala de aula, é a única coisa que estou ouvindo no momento. Enquanto todas as meninas da faculdade estão bajulando minha irmã. Ser noiva do herdeiro da família Sinclair, traz muita popularidade. Isso nunca aconteceu comigo, Yuri nunca quis tornar nosso relacionamento público. _ Eliza, por que sua irmã está noiva do seu noivo? _ Não fala alto, Liana - repreendo ela - eles vão se casar. Yuri descobriu que eu sou adotada, e que Emma é a verdadeira herdeira da família Thompson. _ Isso não é justo, amiga. Eu começo a chorar, e Liana me abraça, me trazendo conforto momentâneo. _ Herdeiros se casam com pessoas ricas, tudo que podemos fazer é sonhar - respondo secando minhas lágrimas. Ouço sons de passos e logo minha irmã está na minha frente, junto ao seu grupo de amigas. _ Olhe, o anel que Yuri Sinclair deu para mim - ela coloca a mão na frente do meu rosto. _ É de uma coleção especial, tem apenas 2 no mundo inteiro - uma das amigas dela fala. _ O qu
Eliza Thompson Tento gritar, mas Yuri coloca a mão na minha boca. Sua outra mão adentra meu vestido tentando tirar minha calcinha. _ Isso não teria acontecido se você tivesse me dado o que eu sempre quis. Ele me beija e é nesse exato momento que a porta é aberta com força e minha irmã entra. Yuri se afasta e eu consigo chorar de alívio. Que nojo, ele me agarrou! _ Eliza! - Emma vem na minha direção - você agarrou meu noivo? Ela bate no meu rosto, uma, duas, três vezes. Tudo que eu consigo fazer é chorar e pedir para ela parar. _ Me solta! Emma puxa meu cabelo, bate no meu rosto e grita que sou uma vadia. Será que ela não viu? Ele me agarrou a força, ele tentou abusar de mim. Eu não fiz nada. Como minha irmã pode me odiar tanto assim? Ela puxa meu vestido com força e ele rasga, deixando meu sutiã a mostra. Eu me cubro da forma que posso. Sento na cama, me encolhendo na parede. _ Emma, eu sinto muito. Ela que fez isso. Ela olha para Yuri com um sorriso, depois olha na minh
Eliza Thompson Eu corro para longe da casa de chá, mas infelizmente não vou longe. Bato em um corpo forte e isso me faz cair no chão. Olho para cima e sinto meu coração acelerar. O homem a minha frente parecia uma pintura de tão lindo. O cabelo estava jogado para trás, os olhos são verdes, tinha uma barba por fazer. Ele estava com uma camisa social, puxada até o cotovelo, deixando o braço musculoso com tatuagem a mostra. O corpo era atletico, forte. Não tinha músculos que deixa feio, era na medida certa. _ Me desculpa! Ele não diz nada, apenas fica me olhando. Sinto meu rosto esquentar sobre seu olhar predatório. _ Por que está fugindo? - a voz rouca me faz estremecer. Me levanto do chão, me sentindo menos patética. _ Desculpe senhor, eu não queria esbarrar em você - aperto minha mão em um punho. Eu só queria sair correndo, ir para longe daquele lugar. Mas para onde eu vou? Tudo que vai restar disso será os tapas que meu pai vai me dar. _ Você não respondeu a pergunta - bal