Isabella Maziero Rossi Do alto do hotel, cada disparo ecoava como uma batida surda em seus ouvidos, e a visão do tiroteio a fez sentir um desespero. Não podia simplesmente ficar parada. A sensação de impotência a dominava, mas a vontade de agir era mais forte. Sem pensar duas vezes, correu para dentro do quarto, seus passos ecoando no chão de mármore enquanto se dirigia até a porta. A sua mente estava girando, e ela sabia que precisava descer para ver o que estava acontecendo, desceu pelo elevador, foi a opção mais rápida, e apertou o botão de um andar antes do térreo. Assim que as portas se abriram, os gritos já podiam ser ouvidos vindo do térreo, e a cada segundo que passava, sua preocupação aumentava. Hóspedes haviam saído de seus quartos, olhando para os corredores com expressões de pânico.Isabella sabia que Marcos estava na mira daquelas pessoas e não podia deixar que algo acontecesse com ele. Não que ela pudesse fazer algo tão extraordinário. Mas seu coração gritava de desesp
Isabella Maziero Rossi Isabella sentia o balanço do carro enquanto seus pensamentos giravam em seus pensamentos desordenados. Suas mãos estavam amarradas assim que o carro começou a andar, e a sensação de impotência a dominava. Para onde estavam levando-a? Dois homens estavam no carro, seus rostos ocultos pelas sombras. Isabella tentou controlar sua respiração, mas o medo crescia em seu peito. Ela já havia passado por muitas coisas em sua vida, especialmente depois de fugir de casa e ser seguida por seu tio. Já tinha sido levada em um carro antes, mas nunca dessa forma. A situação era diferente agora, estava em um país estrangeiro, sem conhecidos, e a única salvação que conseguia imaginar era Marcos. A única pessoa em quem poderia confiar. E que não tinha ideia de onde Isabella poderia estar.O carro parou bruscamente, interrompendo seus pensamentos. Isabella sentiu um arrepio de medo percorrer sua espinha. O que fariam com ela? Ouviu as vozes dos dois homens conversando, mas o idiom
Isabella Maziero Rossi Isabella estava exausta, seus nervos à flor da pele. A tensão dos últimos dias, misturada à falta de ar com aquele saco preto em sua cabeça e à incerteza do que a aguardava, a mantinha alerta, apesar do cansaço. Um som agudo, distinto, que a fez se sobressaltar: passos de salto no chão. Isabella congelou. Uma mulher estava ali?O medo se misturou à curiosidade. Quem poderia ser? Quem era essa figura misteriosa que agora fazia parte de seu cativeiro? Isabella se forçou a ficar imóvel, controlando a respiração, ouvindo cada detalhe do que acontecia ao seu redor. Ela não podia ver, mas a voz que se seguiu era, sem dúvida, feminina. Um sotaque italiano que fez seu coração bater mais rápido.“Por que trouxeram essa mulher para cá?” A voz feminina questionava, carregada de desdém.“Ela é importante para ele, já que não conseguimos o que queríamos,” respondeu uma voz masculina, que Isabella reconheceu como a de PH, o homem que a tinha cuidado na noite anterior.“Impor
Marcos Rossi Marcos estava tentando disfarçar a tensão. O telefonema de Matteo ecoava em sua mente como um sino de alerta. "Tenho notícias para você, encontrei a mulher que desapareceu, a que estava no contêiner," Matteo dissera, a voz baixa e urgente. "Você pode me encontrar?""Claro, me mande as coordenadas," respondeu Marcos, a voz firme, ele estava ansioso, queria descobrir tudo e logo. Ele sabia que aquela mulher que havia desaparecido poderia ser a chave para desvendar o mistério que envolvia as operações de tráfico que invadiam seu território. Ele se levantou da cama onde Isabella e Sofia, entrelaçadas em um abraço caloroso que trazia à tona uma suavidade que ele raramente permitia a si mesmo sentir. Não queria que Isabella escutasse nada sobre aquilo, então se afastou, saindo discretamente para a sacada.Matteo lhe enviou a localização e, sem perder tempo, Marcos iria atrás das pistas. Ele estava decidido a descobrir quem estava por trás do tráfico, mas o que ele não esperav
Isabella mal conseguia respirar com o saco preto sobre sua cabeça. Sentia o coração martelar no peito, cada batida mais alta do que a anterior. A escuridão que a envolvia parecia comprimir seus pensamentos, cada um mais assustador que o outro. Ouvia passos, o som abafado de vozes ao longe, mas não conseguia distinguir palavras. Tudo era um borrão de medo e ansiedade.Então, de repente, a porta rangeu e ouviu-se um clique suave. A mulher que estava lá saiu, e Isabella ficou imóvel, apenas ouvindo o som dos passos dela se afastando. Por um instante, o silêncio caiu pesado, até que novos sons de passos invadiram o pequeno quarto onde ela estava. As vozes se tornaram mais claras, e então ela ouviu o som áspero de Muriçoca, seguido por um comando rude:“Não olhe para a gente, fique com a cabeça abaixada.”O saco preto foi arrancado de sua cabeça cuidadosamente por PH. Isabella piscou várias vezes, tentando ajustar seus olhos à luz fraca que iluminava o lugar. Ela obedeceu instintivamente,
Isabella Maziero Rossi Isabella sentiu um arrepio percorrer sua espinha assim que as palavras saíram de sua boca. **Por que você vive no crime?** A pergunta ecoou em sua mente enquanto PH, em pé diante dela, estreitava os olhos. Havia algo perigoso naquela expressão, algo que fez Isabella se questionar sobre sua própria sanidade por ter ousado falar. O olhar dele não era de raiva, mas de algo mais profundo, como se aquelas palavras tivessem tocado em uma ferida há muito fechada. PH deu um passo em direção a ela, sua presença se tornando ainda mais opressora. "Por que você está me perguntando isso?" A voz dele era baixa, quase um sussurro, mas carregava um peso que fez o coração de Isabella saltar em seu peito. "Aqui você não tem o direito de fazer perguntas. Não é porque eu te trouxe aqui em cima que você não é mais uma prisioneira."Ela abriu a boca para tentar se justificar, o medo apertando seu peito. “Me desculpe, não queria…”Mas PH não a deixou terminar. Com um movimento rápid
Isabella Maziero Rossi “Eu deixei umas roupas para você,” Ela quase infartou quando ele bateu na porta e ela ouviu a voz do seu algoz.Após o banho, ela se secou com a toalha que PH lhe deu e vestiu as roupas que estavam penduradas em um prego agarrado na madeira da porta e que sustentava os tecidos. Uma camiseta velha com um desenho de uma boca e um short jeans. Assim que saiu do banheiro, PH não estava lá. Isabella seguiu para sua cela.Sentia-se exausta, tanto física quanto emocionalmente, e o colchão no canto do quarto parecia convidá-la para um descanso necessário. Deitou-se e, apesar de todos os seus esforços para manter os olhos abertos, seus pensamentos vagavam entre lembranças de momentos felizes e o medo do que ainda estava por vir. Tinha medo. Quem não teria? Isabella viu quando PH entrou no quarto silenciosamente, ela fingiu estar dormindo, queria ver o que ele iria fazer, mas ele foi até ela certificando-se de que ela estava bem coberta antes de trancar a porta com cuid
Isabella Maziero Rossi PH segurou firmemente o braço de Isabella, puxando-a com urgência em direção a uma parede aparentemente comum. Isabella mal teve tempo de reagir, seu coração acelerado pela súbita mudança de ambiente. Com um empurrão firme em uma parte específica da parede, um mecanismo oculto fez uma porta se abrir silenciosamente. Ela jamais imaginaria que algo assim pudesse existir ali.O som das dobradiças enferrujadas ecoou pelo espaço enquanto PH a empurrava para dentro, revelando uma escada íngreme e estreita, envolta em escuridão. Isabella hesitou, sentindo o cheiro de mofo e a umidade do lugar, que a fez lembrar de porões antigos e esquecidos. Teias de aranha pendiam do teto baixo, e ela teve que lutar contra o impulso de se afastar, seu instinto de sobrevivência brigando com o medo avassalador que começava a dominá-la.“Para onde você está me levando?” Isabella perguntou, a voz baixa, quase engolida pelo eco da passagem sombria.PH não respondeu. Ele apenas a olhou ra