Parte 38...
Isabela
— Sei... E vai fazer o que? - brinquei — Vai matar o homem?
Ele levantou e ajeitou o blazer, sorrindo.
— Pode ser - mexeu a cabeça — Ou posso mandar que o matem, se estiver com preguiça.
Eu ergui as sobrancelhas e acho que fiz cara de tonta, porque ele riu baixinho e saiu, seguido por seus seguranças.
Voltei para a cozinha e Angelique veio falar comigo, curiosa.
— Ele queria o que?
— Me chamar para outra viagem, mas dessa vez, na quinta à noite.
Ela deu batidinhas com as mãos, animada.
— Ele está mu
Parte 39...IsabelaAntes de descer do carro, Túlio me deu um envelope com os tais papéis que Marco havia mencionado. Abri e vi que era a dispensa das aulas quando eu quisesse, só tinha que marcar qual aula e dia.— Espera... - eu sorri levemente tensa e até preocupada com isso — Como exatamente você conseguiu resolver a questão de minha prova?Ele virou o rosto, apoiando no braço, como se estivesse pensando no que responder.— Isabela, você está mesmo interessada em Marco? - eu fiz que sim com desconfiança e ele soltou um suspiro — Bom, então vou dar um aviso... Como um amigo... Um novo amigo - ele alisou o volante do carro — Olha... Aproveite seu tempo com ele, qu
Parte 40...IsabelaEscuto um cachorro latindo ao longe e o som de carros passando depressa. Esfrego o rosto de novo, pensando no sonho erótico que comecei a ter com Marco. E eu nunca tive sonhos eróticos antes.— O que está acontecendo comigo?Retiro o lençol e sento na cama, abraçando as pernas, olhando para a penumbra cortada por poucos raios de luz que entram pela cortina, tocando os livros em minha prateleira.Suspirei e levantei. Preciso dormir e na falta de um corpo quente ao meu lado, pego meu elefante rosa e me abraço com ele, fechando os olhos. Marco é um mistério para mim e isso começa a me deixar mais ansiosa.Só não quero qu
Parte 42...Marco— Eu vou pensar sobre isso, Don Alfredo - fiz um pequeno gesto com a cabeça — Preciso fazer algumas ligações - também fui autoritário.— Claro, claro - ele sorriu se virando — E depois pode me dizer o que decidiu - parou à porta — Mas eu realmente acho que seria muito bom, para nós dois, se você e minha filha fossem vistos juntos como um casal.Ele saiu e fechou a porta. Merda! Já vai ser uma mudança em meu plano. Voltei para a varanda, tirei a gravata e joguei na cadeira de ferro.Me apoiei na mureta e fiquei olhando a propriedade lá embaixo. O lugar é muito bonito, com um jeito diferente, devido a cultura, mas ainda assim muito bonito. As
Parte 43...IsabelaNossa, não pensei que o barzinho fosse tão agitado assim. Estava esperando uma coisa mais calma, mais música ao vivo e tal, mas tinha gente entrando e saindo direto e a música era ao vivo, só que um estilo mais agitado.— Amiga, não está gostando do bar? - Mariane perguntou, apertando minha perna.— Até que estou sim, mas eu achei que seria algo mais lento, sabe - dei uma risadinha, balançando as mãos — Mais no estilo que eu costumava ir, lá no Brasil.— Eu sei como é, mas aqui está bem legal também - ela me passou um copo — Experimenta esse, é uma delícia. Vai te animar e vai esquecer que o bonitão te deu um bolo.Eu dei um sorriso meio sem graça. Não estou com vontade de falar sobre Marco agora. Ele me fez uma promessa e não cumpriu.— Hum... - bebi um pouco — É bom mesmo, mas acho forte pra mim - limpei a boca com o guardanapo — Ainda bem que a gente vai voltar de táxi. Se fosse para dirigir não ia dar.Ela riu e apontou para Angelique do outro lado, falando com
Parte 44...IsabelaEu me desliguei da conversa de Túlio e também do cara parado perto da mesa, parecendo um manequim de funerária. Me enturmei com os colegas da Angelique que eu não conhecia e foi muito bom.Acho que exagerei um pouco com a bebida. Comecei a sentir uma pontada fina na lateral da cabeça e apertei a testa, girando os dedos, tentando aliviar a pressão.— Acho que hoje você bebeu mais do que podia, querida - Angelique me abraçou por trás.— Até que não - encostei a cabeça para trás — Só não tenho costume. Acho que tomei umas cinco. Não é muito.— Pra você é demais - ela ri e me aperta.— Não esquenta, a noite está só começando - fiz um som exagerado com a boca e ela riu.— Tudo bem, mas você não vai beber mais, certo? - ela pegou minha mão e me puxou de volta para a mesa.— Cadê o esquisito? - olhei procurando por ele — Estava aqui agorinha.— Hum... Acho que ele foi embora.— Ótimo! - abanei a mão — Me leva pra fazer xixi... - dei uma risada alta — Estou apertada.— Vam
Parte 5...IsabelaNão acredito! Meu coração até deu um pulinho de alegria. Será que foi mesmo?— Você está bem? - ele tira meu cabelo dos olhos, prendendo em minha orelha — Me parece que está meio alta.Alta? Eu nem sei como não dormi ainda.— Estou... - pisquei repetido — É que eu dancei muito...— E bebeu também - ele olha para os copos na mesa — A noite está animada.— Está mesmo - cruzei os braços — E você não pode reclamar. Me deu um bolo - ele franziu a testa — Me deixou esperando - explicou.— Não foi por vontade, bebê - ele segura minha nuca — Tive que resolver alguns assuntos que precisavam de minha presença.— Tudo bem - não estou a fim de continuar essa conversa — Não se preocupe.Tudo bem, nada. Eu fiquei bem chateada.— Eu te levo para casa - ele pega minha mão — Vamos!— Não - eu franzi a testa em birra — Eu estou com minhas amigas. Não vou embora agora.— Se despeça de suas amigas. Eu levo você para casa - ele levantou.— Não, Marco! - acho que falei um pouco alto para
Parte 46....* Marco *Eu não estava mesmo querendo continuar em Barcelona. Quando recebi a chamada de Túlio sobre Isabela estar no bar com as amigas, não gostei disso. Estava com Carolina ao lado, quando atendi o celular.Ela entendeu que eu não gostei do que ouvi e ainda tentou me segurar mais tempo, mas aproveitei e insisti para que nos víssemos outro dia porque precisavam de mim.Peguei o jato que esperava por mim e em uma hora já estava chegando em Roma. Foi uma ótima ideia de Marcello, comprar o jatinho para mim. Está facilitando minha vida.Quando cheguei ao bar, falei com meu homem que a vigiava e ele me informou que não tinha ficado com ninguém. Apenas estava se divertindo com as amigas e com o grupo que as acompanhava. Não sei, mas acho que senti uma coisa estranha ao ver que ela saiu e nem se importou em me ligar. Eu esperava que ela tivesse feito isso.Ela parece sonolenta, sentada perto da porta e olhando pela janela.— Isabela... - ela me olha — Parece que de novo você e